rodolfo

Ronaldo, vai ser insuportável, pois agora o calor vai chegar com tudo ! Até este momento as temperaturas estão agradáveis, mas daqui para frente, só tenderá a aquecer de forma a incendiar tudo.

Desculpem a ausência, mas tenho tido muito trabalho. De qualquer forma, volto ao tema da chuva. Refiro-me a chuva significativa e mais, ao ritmo. Defendo que esta irregularidade espacial da chuva caracteriza o estado de seca. A convergência de umidade não é suficiente para provocar chuva generalizada e em quantidade suficiente. Isto se deve ao ritmo que é gerado pela massa de ar seca e persistente, que permitiu até mesmo a entrada de alguns episódio de frio mas não de neve no sul. As quantidades de chuva em Vila Isabel estão mais afinadas com o Grajaú do que com a Tijuca. Na verdade, observo pelos dados da GEORIO que chove bem mais na Tijuca. Acredito que seja pela repercussão do colo do Alto da Boa Vista, que permite a entrada das nuvens de chuva até este bairro. Aqui e no Grajaú, por exemplo, já estamos ao abrigo das partes mais altas do maciço da Tijuca. De qualquer forma. as chuvas têm sido insuficientes tanto pela irregularidade (espacial e temporal) quanto pela quantidade. Observo isso in loco, pois tenho participado de projeto de reflorestamento e agora mesmo as árvores estão sem folha como se estivéssemos na caatinga. Não há água no solo. Em períodos de maior participação de frentes frias ativas sobre o estado as chuvas são mais abundantes, freqüêntes e distribuídas espacialmente. OUtros fenômenos associados ao período de chuva, como trovoada, por exemplo, são também mais freqüêntes e intensas. Neste verão quase não ocorreram. Vou até fazer a contagem do Rocha, onde eu morava e coloco os dados aqui.

A nevada de 55 veio acompanhada de uma onda de frio extremamente severa. Em Bom Jesus, -9ºC! Houve neve em Porto Alegre em quantidade que obrigou o fechamento do aeroporto Salgado Filho. No Paraná também houve registro de temperaturas e neve extrema. Será a neve de 75 foi mais abrangente que a de 65 ?

Alguém tem idéia de quando esta massa de ar seco vai acabar ? A situação é crítica aqui no estado do Rio.

A seca continua implacável. Pelo jeito a situação não muda pelo menos até 4ª feira. É triste vêr tudo queimando e seco. Tenho ido molhar as árvores do reflorestamento todos os dias. A cada dia não resta vestígio da água que coloco.

Outro dado interessante que tenho observado é a permanência destas estiagens. Elas ocorrem no verão. Mas normalmente duravam no máximo um mês, sendo comum haver uma reposição no mês subseqüênte. Agora não, entre fevereiro e maio, por exemplo, as chuvas foram muito irregulares e insuficientes. Ocorrem períodos de 45 dias sem chuva nenhuma ! Agora mesmo, pelo jeito teremos novamente uns 40 dias sem chuva. Afinal, houve chuva bem no início de agosto, em pequena quantidade e, pelo jeito, somente depois do dia 15 volta a chover alguma coisa por aqui.

O fenômeno da seca no estado do Rio de Janeiro tem sido freqüênte. Nâo falo da estiagem de inverno, habitual, mas daquela que ocorre durante o período das chuvas. Embora tenha chovido bastante no norte fluminense em janeiro, de fevereiro em diante os sistemas estancaram e as chuvas cessaram. A própria irregularidade espacial das precipitações é um sintoma da seca. Observo empíricamente que há uma coincidência entre a irregularidade das chuvas e da neve no sul do Brasil. É apenas uma hipótese, mas penso que vale o debate. Afinal, há muita gente aqui falando da falta de chuva. O Paraná me parece estar sofrendo do problema. São Paulo recebeu uma boa quantidade no verão. O Rio foi irregular, Minas igual ao Rio. O que acham ?

Volto ao desafio: alguém se lembra da última trovoada ocorrida na cidade do Rio de Janeiro ?

Estive consultando as imagens de satélite e há um conglomerado de CBs, não muito frios a leste de São Paulo e sul do Rio de Janeiro.

Ronaldo, acho que as nevadas de 55 e 57 foram maiores do que a de 65, principalmente a de 57.

Hoje saiu no Jornal do Brasil matéria de página inteira sobre a seca na Austrália, que já dura anos. A bacia dos rios Murrey Darling, praticamente as únicas do país estão secas. A produção agrícola está perdida no país. Quem não tiver como adqüirir um exemplar, vale a pena dar uma olhada pela internert.

O dia ficou muito nublado, principalmente na parte da manhã. À tarde abriu um pouco na Zona Norte. Não choveu.

Refiro-me a última frente fria do mês de agosto. As chuvas foram restritas apenas à vertente sul dos maciços. Do outro lado não houve chuva alguma. Está tudo seco.....

Setembro ainda é mês seco, embora com aumento gradativo das chuvas. Por enquanto, o bloqueio continua.

Concordo que a neve de 88 foi mais forte, com maior acumulação. Tive vendo fotos. Inclusive foi mais extensa. Mas a de 88 foi a que mais se aproximou dela nos últimos anos.

O sábado amanheceu claro e com elevação de temperatura. A previsão do tempo do Jornal do Brasil indica chuva para amanhã. Não sei nem o que pensar...... A seca continua muito acentuada. Acho que a estação de chuva falhou no centro-sul fluminense. Isso tem ocorrido nos últimos anos, acredito que desde que parou de nevar no sul. A propósito, alguém ainda se lembra da última trovoada aqui no Rio de Janeiro ?

O sábado amanheceu com muito sol e elevação da temperatura. A frente fria passou por aqui, ameaçou e não provocou chuva. Continua tudo muito seco.

Será que a frente fria que ainda está no sul do Paraná chega mesmo ao Rio ? Acho que ela está com muito pouca atividade no sul. Não estou acreditando nas previsões que dizem que chove amanhã aqui. O pré-frontal foi forte. A pressão caiu muito e agora acuso 1007 hPa no meu barômetro. Ontem à noite havia subido para 1010 hPa e, há cinco dias, estava com 1021 hPa. Acho que pelo menos, vento forte deve-se registrar. Alguém tem alguma notícia sobre a previsão de chuva para amanhã ?

a situação de seca é crítica no estado do Rio. Nâo chove regularmente já fazem alguns anos, acredito que o mesmo período em que não neva regularmente no Sul do Brasil. É interessante, que fenômenos associados à estação chuvosa, como as trovoadas, não são ouvidas há muito tempo. Os dados de Teresópolis ilustram muito bem a situação: os meses de verão, sem chuva, que somados aos do inverno, acabam por criar um problema gravíssimo: a vegetação começa a arder em chamas, destruindo as reservas e as áreas de reflorestamento acabam sendo perdidas. No norte fluminense, pude observar in loco, a mudança de regime dos rios, que passaram de perenes para temporários, pois nesta época eles simplesmente secam. Vi isso em Itaocara, Aperibé e Santo Antonio de Pádua. Mas sei que o problema é grave em todos os municípios daqulas bandas.

Michel, acredito que sim, a grande nevasca de 88 foi logo no início do mês, se não me engano, no dia 4.

acho que esta frente não vai provocar chuva aqui no Rio. Me parece que ela está sem atividade sobre o continente. As previsões indicam chuva para amanhã e terça feira. Não estou acreditando nisso..... Alguém tem alguma previsão para cá Estamos precisando de chuva desesperadamente.

Como disse o Ronaldo, o inverno de 1965 foi moderado, com a exceção deste episódio que cobriu todo o sul do Brasil com grossa camada de neve. Em Pamas a temperatura chegou aos 8º C negativos por dois dias seguidos.... A máxima ficou um pouco abaixo de zero. Nevou por 4 dias: a tarde do primeiro, os dois dias seguintes o dia inteiro e a manhã do último dia. Mesmo assim acho que as nevadas de 57 e 55 ainda foram maiores. Acho que 57 com certeza. Acredito que 65 seja comparável ao que ocorreu em junho de 88 no Planalto da Neve.

Linda foto de Chapecó....

A seca está tomando conta do Brasil. Com o bloqueio nenhuma grande irrupção polar conseguiu atingir latitudes mais baixas neste mês de agosto até agora. Aqui no Rio a situação já está crítica, com a seca destruindo grande parte da vegetação, que arde em chamas. O alto do Itatiaia registr um grande incêndio. Sabemos que na faixa tropical a seca ocorre neste período do ano, mas a situação é agravada pela ação das queimadas e pelos desmatamentos das últimas décadas. Aqui no norte estado do Rio, por exemplo, os rios mudaram de regime e agora são temporários. Me causou grande surpresa ao ver o rio Paraíba do Sul com o nível tão baixo que existia água apenas na calha principal. Dava para ver o fundo, cheio de pedras. Diversas ilhas podiam ser atingidas com uma simples caminhada. Os rios tributários está muito baixos ou completamente secos.

O temo está ensolarado em Vila Isabel. A seca está castigando.... A área de reflorestamento na serra do Engenho Novo está muito seca e as árvores já estão perdendo as folhas. Está com a cara do sertão nordestino. Acho que vou até plantar um cacto por lá. Tenho ido molhar as mudas que plantei todos os dias.