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Brasil Abaixo de Zero

Daniel Panobianco

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  1. A quantidade de focos de incêndios no Brasil ainda vai aumentar. O mês de setembro é considerado como o mais crítico em números de queimadas e conseqüentemente, em emissão de gases poluentes na atmosfera. Daniel Panobianco – Os números de focos de queimadas computados durante o mês de agosto em todo o Brasil, pelo grupo de Monitoramento de Queimadas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) de São José dos Campos-SP, através de onze satélites, não geram nenhuma ação de comemoração, muito menos de propaganda de vitória dos governos. Pelo contrário, embora na totalidade a quantidade seja de apenas 5432 focos de queimadas abaixo do mesmo período registrado no ano passado, em todo o País, a distribuição territorial aumentou com relação a agosto de 2006. O fogo avançou para áreas como o centro-leste do Maranhão, sul do Piauí e oeste da Bahia, ditando que a fronteira agrícola segue firme e forte nos extremos da então chamada “faixa de produtividade” do Brasil. No sudoeste do Pará, norte de Mato Grosso e noroeste de Rondônia, a quantidade de queimadas continua no mesmo ritmo acelerado de destruição. No total, em todo o País foram detectados pelos satélites 20376 focos, contra 25808 registrados em agosto de 2006. Situação em Rondônia O ritmo do desenvolvimento em Rondônia está tomando outras posições que geram preocupação. Enquanto em agosto do ano passado, o maior número de focos de queimadas ficou concentrado apenas na região de Buritis, o município rondoniense mais devastado na atualidade, em agosto desse ano, o fogo se dispersou largamente pelo interior atingindo reservas florestais e áreas de preservação ambiental, fato totalmente desconhecido pelas autoridades locais, que adoram se aparecer na imprensa ditando que medidas cabíveis estão sendo tomadas. Sim, claro, tantas medidas foram tomadas, que Rondônia fechou agosto com mais de 1500 focos de queimadas e o governo ainda tem a cara de pau em ditar que estão controlando o ritmo desordenado de desmatamento ilegal no Estado. Um fato até interessante, pois, quem rege pelo controle e fiscalização dos crimes ambientais em Rondônia, como SEDAM (Secretaria de Desenvolvimento Ambiental) e IBAMA, também rege o fator desenvolvimento, enriquecimento local. O governo está lá preocupado com queimadas no Estado coisa alguma, se tivesse teria junto aos seus parlamentares, medidas concretas e eficazes contra esse crime que ano após ano se repete em Rondônia. Lembra do exemplo no vizinho Estado do Acre, que entrou em colapso ano passado em virtude dos incêndios e da intensa fumaça? Pois é, lá os deputados existem. Fizeram duras leis, com duras penas para o cidadão que colocasse fogo fora de época e agora você já viu o resultado? Uma diminuição de 90% no número de queimadas. Será que em Rondônia, caso os deputados existissem de verdade, medidas como as tomadas no Acre, também teriam o mesmo efeito? Por que será que ninguém ainda pensou nisso, só estão preocupados com o enriquecimento pessoal e o bem mais importante que fique pra segundo plano? Porque em Rondônia ainda existe muita, muita árvore mesmo em pé. Árvores que custam alto, que geram lucro e desenvolvimento para o Estado. Essa é a verdade, enquanto existir espaço para o desmatamento ilegal, a política governamental e outras tantas ONGs e siglas de centros de pesquisas enfiadas nesse lugar, que só estão interessados nos números positivos, com o desenvolvimento da região, o desmatamento que se dane! A atual estiagem que castiga a agricultura, a pesca, a pecuária e a população urbana de muitas cidades em si, até pode ser levada na conversa infame dos pesquisadores locais, de que tudo se finda em fenômenos de grande escala, ou melhor, traduzindo, no bendito aquecimento global. São tão idiotas pensando que as pessoas levam a sério suas teses e conclusões, em boletins e mais boletins esparramados na imprensa, mas esquecem de somar o atual ritmo de destruição do Estado ao fator cume de agora. A seca excessiva em solo rondoniense, a diminuição drástica do volume de chuvas ano após ano e o aumento assustador das temperaturas, está totalmente ligado aos números do desmatamento, ou melhor, do desenvolvimento que o governo tanto vangloria nesse lugar. Idiotas! Pagam agora o preço esse colapso climático com a intensa seca, o mesmo preço que computaram anos atrás com toneladas e toneladas de madeiras viradas ao progresso. Parque Nacional dos Campos Amazônicos em Machadinho d’ Oeste O primeiro ponto, com focos variando entre 50 e 100, foi detectado ao norte do município de Machadinho d’ Oeste, nas proximidades do rio Machado, na divisa com os Estados do Amazonas e Mato Grosso. É nessa mesma região que no ano passado, o Ministério do Meio Ambiente criou a então Floresta Nacional dos Campos Amazônicos, e que há duas semanas foi descoberto, mediante uma operação conjunta entre IBAMA e Policia Federal, o regime de escravidão na área e retirada ilegal de madeira. Conclusão: O governo, inocente como só, cria áreas de lei para ditar que está fazendo a sua parte e joga nas costas das demais autoridades, a competência e responsabilidade de fiscalização. Esse é um dos muitos pontos mais destruídos em Rondônia na atualidade. Uma área de lei federal, mas que na atual situação, em nada tem valia se é de lei ou simplesmente uma terra de grilagem perdida por ai. O negócio é explorar mesmo, pois o desenvolvimento madeireiro no Estado não pode parar! Estamos em alta, momento ápice de exportação de madeira para a Europa! Parque Indígena Karipunas, entre Nova Mamoré, Buritis e Porto Velho Inocentes são os índios que estão vendo suas terras virar cinza não é mesmo? Mentira! Há três anos consecutivos, as terras dos Karipunas estão registrando a maior quantidade de focos de queimadas e conseqüentemente de desmatamento em Rondônia. Localizada no noroeste do Estado, a área, também de lei, é a mais devastada que se tem registro. Nos dados apenas do mês de agosto, de queimadas na região, três pontos de quadrículos acumulam entre 50 e 100 focos. Será que tanto fogo ao mesmo tempo e por vários anos seguidos seria somente descontrole da natureza, ou melhor, acidente ambiental? Com tanta imagem de satélite, com a maior resolução possível da área, FUNAI, onde está? Na mesma região mais a leste está o município de Buritis. Esse município foi criado em 2001 onde até então, comportava aproximadamente 9100 habitantes. Apenas cinco anos adiante, hoje Buritis apresenta o maior índice de crescimento populacional em Rondônia, segundo dados do IBGE, com mais de 50 mil habitantes. Será que mais uma mina de ouro foi descoberta na região para tanta gente se mudar para lá em tão pouco tempo? Sim, claro, o nosso ouro verde tem de sobra naquele lugar, e como Buritis é um município rondoniense 100% sem um palmo de terra de lei, com parques, reservas e áreas de preservação ambiental, o negócio é guincho nas máquinas e fogo no mato, pois o desenvolvimento na localidade anda a todo vapor! O interessante é que hoje, dia 1° de setembro de 2007, muitos moradores da mesma Buritis do progresso, da riqueza e do desenvolvimento, estão assustados com a escassez de água potável. Olha como é bela a ironia do destino. Uma região tão rica e tão inexplorada até então, não tem água para seu povo beber. Onde está o erro? Será que isso os pesquisadores locais se habilitam em dizer onde o todo apocalíptico aquecimento global tem influência direta? Ou será que o problema é mais embaixo, mais localizado? Município de Vilhena Esse é um dado que preocupa de verdade. O município de Vilhena, localizado no extremo sul de Rondônia, na divisa com o Estado de Mato Grosso, é um dos mais ricos do Estado. O desenvolvimento flui de maneira espetacular, onde a soja e a criação de gado fala mais alto. É o campeão no quesito exportação dos dois produtos, considerados, a face de Rondônia lá fora. A mesma Vilhena do progresso, do futuro e do enriquecimento levou um grande susto no mês passado. A quantidade de poluentes na zona urbana, principalmente, jamais foi registrada, nem mesmo na década de 80, quando o governo federal “abriu as porteiras” para o povoamento da região amazônica e o avanço do progresso ao tão jovem Estado de Rondônia. A visibilidade horizontal na cidade no período noturno chegou a impressionantes 400 metros de distância. Para se ter uma idéia de como a fumaça, ou melhor, o desenvolvimento no Cone Sul lançado a atmosfera anda acelerado, a OMS (Organização Mundial de Saúde) estabelece que, visibilidade horizontal de partículas provenientes da combustão de gases antropogênicos (gerados pelo homem), abaixo de 2 mil metros, já é considerada como Estado de Emergência, pois, além de oferecer sérios riscos aos meios de transporte, aéreo, rodoviário e fluvial, como o engavetamento ocorrido dias atrás pela falta de visibilidade na rodovia, influi diretamente na saúde das pessoas, com o agravamento de doenças respiratórias, principalmente problemas de garganta, além da proliferação de qualquer tipo de vírus contido na atmosfera. A mesma Vilhena do desenvolvimento vê hoje em seus postos de saúde e no Hospital Regional, uma quantidade absurda de pessoas, principalmente crianças e idosos, amontoados nos leitos pedindo ajuda para sugar um ar mais límpido. A quantidade de queimadas registradas só no mês de agosto no município de Vilhena é maior que os focos de 2005 e 2006 juntos no mesmo mês. A região do distrito de São Lourenço é a mais devastada, onde o fogo tem que queimar, pois logo a chuva chega e o pasto tem de estar preparado para engodar o gado. E assim vamos levando o desenvolvimento adiante! Note nas três situações em destaque do mês de agosto, O Parque Nacional dos Campos Amazônicos, o Parque Indígena Karipunas, o sul do município de Porto Velho, o município de Buritis por completo e o oeste do município de Vilhena, que o desenvolvimento segue firme e forte e não há ação de governo ou outra entidade de fiscalização que freie esse processo de destruição. Note também que nas mesmas localidades, pessoas passam sede, fome, são escravizadas, ficam doentes com uma pandemia de doenças infecciosas e respiratórias, mas para o governo, o que importa são dados positivos, dados do enriquecimento de Rondônia, da região amazônica, por parte do governo de Lula e companhia limitada. A população local, ela que se dane, pois gente chegando à região não falta mesmo. Morre um chegam dez para o trabalho. A incumbência dos nossos governantes deixa de levar a riqueza de certa região, a que regras geradas para o desenvolvimento de uma sociedade organizada. Apenas atacar o governo não vale, seria demagogia demais criticar quem não existe mesmo, só aparece na hora do voto. O povo brasileiro, o povo amazônico e o povo rondoniense são totalmente coniventes com a atual situação de colapso climático que a região enfrenta. Se não fossem tão ignorantes e se não colocassem a maldita gana de riqueza a frente de suas idéias, o tão falado, comentado e elogiado desenvolvimento regional poderia ocorrer sim, só que de forma pacifica, ordenada e compreendida. Mas como né, se tudo ao final volta para a política. O ciclo de ignorância é esse mesmo. Começa pelos políticos, passa pela população e volta pra quem nós colocamos no cargo. No pesar da balança, veja se os milhões conseguidos com a venda de madeira ilegal suprem os gastos em um grande hospital, onde todos são tratados como miseráveis. É a política do nosso governo na Amazônia. Protetores, defensores, isso um dia existiu? Dados: CPTEC/INPE – IBGE – SEMUSA[/b]
  2. Dia 01 de setembro de 2007. Essa é a data fantasia criada por IBAMA e SEDAM (Secretaria de Desenvolvimento Ambiental) para o inicio de queimada liberada em Rondônia. Quer dizer, os mais de 1300 focos registrados até o momento foram ilegais e como se o governo não soubesse de nada, medidas para frear o desmatamento ilegal no Estado não têm valia. Prova maior está no céu, no ar que respiramos agora. A intensa concentração que CO (Monóxido de Carbono) e outros tantos poluentes nocivos à saúde humana e animal registrados desde julho, não podem entrar no calendário do desmatamento feito pelo Ministério do Meio Ambiente. Assim há redução absurda mesmo nas taxas de desmatamento na Amazônia Legal. A verdade é que, enquanto houver árvore de custo em pé nessa região, a queimada irá fazer parte do cotidiano, aliás, já faz porque a própria SEDAM desconhece tamanha quantidade de destruição ocasionada pelo fogo em Florestas de Preservação Ambiental e Reservas Biológicas. A mesma poluição das queimadas que foi responsável por um grave acidente na rodovia BR-364 na semana passada em Vilhena, não pode entrar no calendário mesmo das autoridades de fiscalização de Rondônia. Para todos, o que importa são os números do desenvolvimento, mesmo que irracional e ignorante, pois são esses dados que geram lucro ao governo local. O interessante é que no vizinho Estado do Acre houve boa vontade dos parlamentares em criar leis rígidas para diminuir o sofrimento da população local na época da seca. Resultado: Não há mais concentração excessiva de poluentes na atmosfera do Acre. Dizer que não há o que se fazer em Rondônia para minimizar os efeitos da poluição e desmatamento ilegal, é horrendo e pensamento de menosprezo com a população local. A fumaça das queimadas só piora a cada dia no Estado. A cidade de Vilhena, por exemplo, tem registrado visibilidade horizontal de apenas 500 metros no aeroporto Brigadeiro Camarão. Uma falta de visibilidade nesse patamar já é considerado como fator de altíssimo risco aos meios de transporte, fluvial, rodoviário e aéreo. Mas, como não há medidas preventivas, o jeito é se familiarizar com a densa bruma todos os dias, manhã, tarde, noite e madrugada principalmente. O livre pensamento do governo agora, não coloca na ponta do lápis, que no pesar da balança, os lucros obtidos no desmatamento, não suprem os gastos com pessoas amontoadas nos leitos dos hospitais. Quem paga por isso? A população, claro. Um fator agravante contribuiu para a piora na qualidade do ar e consequentemente na visibilidade em Rondônia nas últimas 24 horas. A tão comentada frente-fria que, segundo as previsões, traria chuva para acabar com o longo período de estiagem, não surtiu efeito benéfico na região, apesar da queda geral de temperatura dando um alivio no intenso calor de até 38°C dos últimos dias. Os ventos de sul provenientes da Bolívia trazem agora no final de agosto, uma densa camada escura de fumaça que fecha o céu por completo no sul da Amazônia. O mês de setembro é considerado o mais critico em queimadas e poluição e quanto mais friagens chegaram à região, mais poluída ficará a atmosfera. No momento auge em que o governo espuma a boca para falar de redução de desmatamento, até parece que estamos livres da incompetência visível de quem governa esta região
  3. Importantes rios de Rondônia estão à beira do caos, com nível muito baixo. Alguns já superam a marca registrada na seca de 2005 que atingiu grande parte da região amazônica. O rio Machado atingiu no final da tarde desta quarta-feira, o menor nível já observado desde que as medições começaram a ser feitas pelo Corpo de Bombeiros e Comissão Municipal de Defesa Civil de Ji-Paraná em 1978. A cota de 2,85 metros registrada há duas semanas só não era menor que os 2,65 metros registrados em 1989. Curiosidade ou não, no mesmo ano, o Machado também registrou seu maior volume de águas, com 17 metros colocando Ji-Paraná em estado de calamidade pública em virtude da intensa cheia ocorrida entre fevereiro e abril. Naquela época, a cheia foi tão impressionante que 30% da cidade, ainda jovem, foi engolida pelas águas barrentas e rápidas do maior rio do interior de Rondônia, com nível ultrapassando inclusive a rodovia BR-364. A parte mais afetada da zona urbana foi à vila Jotão, que teve todas as casas e lojas tomadas pela força da natureza. Logo após a terrível cheia, a mais severa também já registrada no Estado ganhando até mesmo da grande enchente do rio Madeira em 1997, o nível caiu bruscamente em questão de semanas. Começava ai a longa estiagem em solo amazônico. No final de setembro, o Machado tinha apenas 2,65 metros, entre fios d´água para a navegação segura e uma quantidade assustadora e visível de pedras. Esta mesma cena se repete agora em 2007, ano em que a tecnologia dos centros de pesquisas, não consegue detectar tamanha intensidade de uma estiagem capaz de interferir direta e indiretamente na vida das pessoas. Só que esse ano a coisa está muito além de uma simples ausência de chuvas constantes e condição segura para a população jiparanaense e outras tantas cidades por onde o Machado passa até alimentar suas águas no rio Madeira, já na divisa com o Estado do Amazonas. A seca este ano, muito ao contrário do que foi divulgado pelo CTO (Centro Técnico Operacional) do SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia), de Porto Velho - uma instituição criada única e exclusivamente para pesquisar e monitorar qualquer evento dentro da região amazônica – é a mais intensa já registrada em Rondônia. Os centros de pesquisas levam em consideração e motivo para pauta de comparação, a estiagem que assolou a Região Norte em 2005, quando tivemos uma importante fração anômala da temperatura das águas dos oceanos pacifico e atlântico juntos. Em 2005, a grande quantidade de furacões no Caribe e Estados Unidos e a manutenção do fenômeno El Niño na costa peruana, foram os principais argumentos responsáveis para uma estiagem tão severa e abrangente, como a que culminou na secura quase que completa de largos rios no Amazonas e Pará. No sul da região, entre Acre, Rondônia e norte de Mato Grosso, a estiagem também foi marcante, porém não a mais intensa. O rio Machado, em Ji-Paraná chegou a 3,10 metros de nível mínimo com fatores não muito significativos de interferência no cotidiano da população local. Embora a instituição SIPAM não tenha dado atenção ao inicio do “verão amazônico” este ano em Rondônia, a drástica redução no volume de chuvas em janeiro, fevereiro e março, já indicava o que estávamos por enfrentar meses adiante. Diversas foram as notas publicadas a partir do blog De olho no tempo – Rondônia e repercutidas na imprensa de um modo geral, com imagens, testemunhos do Corpo de Bombeiros e Comissão Municipal de Defesa Civil, alertando que o perigo estava a mostra, mas como de praxe, o único centro de pesquisas de Rondônia não demonstrou o mínimo interesse. A verdade é que nesta quarta-feira, o rio Machado chegou à histórica marca de 2,50 metros, um valor até então nunca visto pelos mais antigos moradores dessa região. Fato justificável para a atenção redobrada do Corpo de Bombeiros, em alertar às comunidades ribeirinhas e pescadores sobre os ricos de trafegabilidade no rio. A quantidade de pedras e bancos de areia vistos hoje impressiona. E não é só em Ji-Paraná que o Machado se transformou em um grande corredor de pedras ou o “corredor da morte”, assim chamado por muitos pescadores locais, que tiram do rio seu sustento todos os dias. Desde Pimenta Bueno, o nível já deixa nítida a imagem de uma catástrofe ambiental. Em Cacoal, Machadinho d’ Oeste e Vale do Anari, a visão jamais foi relatada anteriormente. Uma comissão de pescadores de Rondônia formula agora, um protocolo junto às comissões municipais de defesa civil dos municípios banhados pelo Machado, o pedido para que seja decretado estado de emergência, pois não há como trabalhar e tirar o alimento, sendo que a fonte principal de sobrevivência das comunidades está quase seca. Acidentes com lanchas e pequenas embarcações foram registrados no final de semana em Machadinho d’ Oeste, com equipamentos encalhados no montante de pedras presentes no rio. Segundo informações do departamento de turismo e pesca de Machadinho, a pior seca da história do rio Machado agrava e muito o setor hoteleiro na região. Não há atrativos a se mostrar para as pessoas, com pedras e mais pedras no leito totalmente intrafegável. Outros rios também estão com nível critico Mas não é só o rio Machado que sofre com a mais intensa estiagem já registrada em solo rondoniense. Em Jaru, o nível do rio que recebe o mesmo nome da cidade alcançou nesta quarta-feira, o nível impressionante de 3,20 metros, segundo o Corpo de Bombeiros local. A preocupação se dá nesse ponto do Estado, porque as águas do Jaru alimentam parte da cidade e milhares de vilarejos e comunidades da região. Esse também é um dos menores valores de água corrente já registrados no rio Jaru. Em Ariquemes, a situação do rio Jamarí não é diferente. As nascentes localizadas no município de Governador Jorge Teixeira, às margens da serra dos Pacaás Novos, estão quase secas. Há registro de falta d´ água no interior de Governador Jorge Teixeira, Monte Negro e Cacaulândia. Se a chuva não cair com intensidade significativa agora na primeira quinzena de setembro, o abastecimento de água em várias localidades estará comprometido. Na capital, o rio Madeira atingiu a marca de 3,50 metros estando apenas poucos centímetros de chegar menor nível registrado em 2005. A Capitania dos Portos confirma que o tráfego noturno permanece proibido, pois a quantidade de bancos de areia e pedras no canal hidroviário preocupa. Diante dessa situação, o escoamento de balsas que trazem diversas mercadorias de Manaus, dentre elas o cimento de argamassa, está comprometido em Rondônia. Em várias cidades falta cimento e a construção civil está paralisada. A situação tende a pender nas próximas semanas para o abastecimento de combustível no Estado. Como a distribuição por Manaus corre sérios riscos de ficar comprometida, o método de transportar combustível via terra a partir do sul poderá produzir reflexos de imediato no bolso do consumidor, com o aumento dos preços. Uma estiagem anunciada há tempos, mas que pela falta de boa vontade e atenção dos nossos centros de pesquisas locais para com a população de Rondônia, medidas simples de prevenção e alerta mais uma vez não foram tomadas, por quem julga “Proteger e Promover o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia”. É o preço da ciência brasileira na região amazônica. Dados: Corpo de Bombeiros/Pimenta Bueno/Cacoal/Ji-Paraná/Jaru/Ariquemes – Comissão Municipal de Defesa Civil de Ji-Paraná – Capitania dos Portos – Secretaria Municipal de Turismo de Machadinho d’ Oeste
  4. Após uma misera possibilidade de chuva em solo rondoniense, o ar frio entrou com força sobre o Estado nesta madrugada. Ontem, a grande quantidade de nuvens fechou o tempo em Rondônia, com registro de chuva fraca e muito isolada apenas nos setores norte e oeste, áreas que sofrem com a longa estiagem. Nas regiões de Ji-Paraná, Cacoal, Costa Marques e Vilhena, nenhuma gota d’ água pra contar história nesse evento foi registrada. A temperatura que, ao contrário de todas as previsões, tanto dos centros de pesquisas locais, quanto dos de âmbito nacional, surpreenderam mais uma vez. A previsão do SIPAM, por exemplo, enfocava ontem uma máxima de 33°C para a cidade de Ji-Paraná, sendo que na realidade, a mesma não passou de 25°C. O CPTEC/INPE previu temperatura de 17°C em Vilhena nesta madrugada, mas às 6 horas, os termômetros marcavam 14°C. A queda de temperatura ocorreu em todos os municípios rondonienses. Em Cacoal, Rolim de Moura e Ji-Paraná, a temperatura mínima foi de 16°C, segundo o SIVAM. Guajará-Mirim e Costa Marques registraram mínima de 15°C e em Porto Velho, o aeroporto governador Jorge Teixeira de Oliveira, às 6 horas enfocava temperatura de 20°C. Um menor valor foi registrado na estação automática do INMET na Embrapa, Zona Sul da cidade, com 18,7°C às 7 horas. Os ventos fortes que vieram junto com a frente-fria trouxeram um sério problema para Rondônia. Os inúmeros focos de incêndios existentes ganham proporções enormes agora, como o foco registrado desde domingo no Parque Nacional dos Pacaás Novos, em São Miguel do Guaporé. Como não choveu na região, o vento de até 40 km/h e a vegetação totalmente seca fazem com que o fogo se alastre rapidamente. O tempo deve permanecer nublado durante esta terça-feira, segundo dados do CPTEC/INPE. Entre quinta e sexta-feira, uma nova incursão de ar frio deve entrar no sul da Amazônia prometendo queda de temperatura. Desta vez, o ramo organizado de nuvens não chega por isso à queda de temperatura será notória apenas no período da noite, principalmente no oeste do Estado.
  5. Os efeitos desta décima segunda friagem do ano estão bastante notórios no Acre, em Rondônia e Mato Grosso. Desde o ínicio do dia as temperaturas despencaram nesses Estados, com registro de acumulados significativos de precipitação, principalmente no extremo norte de Mato Grosso e quase todo o Estado do Acre. Em Rondônia, apesar da densa nebulosidade visível na imagem de satélite, poucas foram as células observadas durante todo o período. O destaque de hoje ficou por conta mesmo da queda espontânea de temperatura. Nenhum modelo numérico previu tal declínio tão acentuado nos termômetros. Às 21 horas (local) fazia apenas 14°C na cidade de Costa Marques, oeste de Rondônia, na divisa com a Bolívia. Devido aos ventos fortes, a sensação térmica na cidade ainda é de 07°C. Em Vilhena, considerada uma das cidades mais frias da Amazônia, a temperatura não baixou de 20°C, por enquanto. Venta muito forte em praticamente todos os municípios rondonienses, o que aumenta ainda mais a sensação de frio e o fato mais grave, a propagação dos inúmeros focos de queimadas registrados. A queda de temperatura na capital acreana foi fantástica, assim como em Cuiabá, onde por quase 10 horas consecutivas, a mesma não passou de 16°C. Faz frio na chapada mato-grossense, com 14°C em Comodoro, 14°C em Tangará da Serra e 12°C na região de Campo Verde nesse momento.
  6. Os efeitos desta décima segunda friagem do ano estão bastante notórios no Acre, em Rondônia e Mato Grosso. Desde o ínicio do dia as temperaturas despencaram nesses Estados, com registro de acumulados significativos de precipitação, principalmente no extremo norte de Mato Grosso e quase todo o Estado do Acre. Em Rondônia, apesar da densa nebulosidade visível na imagem de satélite, poucas foram as células observadas durante todo o período. O destaque de hoje ficou por conta mesmo da queda espontânea de temperatura. Nenhum modelo numérico previu tal declínio tão acentuado nos termômetros. Às 21 horas (local) fazia apenas 14°C na cidade de Costa Marques, oeste de Rondônia, na divisa com a Bolívia. Devido aos ventos fortes, a sensação térmica na cidade ainda é de 07°C. Em Vilhena, considerada uma das cidades mais frias da Amazônia, a temperatura não baixou de 20°C, por enquanto. Venta muito forte em praticamente todos os municípios rondonienses, o que aumenta ainda mais a sensação de frio e o fato mais grave, a propagação dos inúmeros focos de queimadas registrados. A queda de temperatura na capital acreana foi fantástica, assim como em Cuiabá, onde por quase 10 horas consecutivas, a mesma não passou de 16°C. Faz frio na chapada mato-grossense, com 14°C em Comodoro, 14°C em Tangará da Serra e 12°C na região de Campo Verde nesse momento.
  7. A total falta de visibilidade registrada hoje em Rondônia causou engavetamento de sete carretas e um ônibus próximo à cidade de Vilhena. Daniel Panobianco Um acidente registrado na manhã desta quinta-feira, pouco depois das 7 horas na rodovia BR-364, aproximadamente a 30 km de Vilhena, sentido Cuiabá, envolveu seis carretas e um ônibus, sendo três carretas de transportes, duas de combustível e derivado, um ônibus e uma carreta baú. Algumas vitimas foram encaminhadas para o hospital regional com várias fraturas, mas sem registro de situações graves, com risco de morte. De acordo com a Cabo Sara do Corpo de Bombeiros as vitimas estavam conscientes e nervosas com o acidente, ela ressaltou que somente o motorista do ônibus da empresa Eucatur estava com várias fraturas, mais que foi removido consciente para o Hospital. Até o momento não foi divulgado os nomes das vitimas, para a imprensa. Informações fornecidas por testemunhas alegam que a fumaça das queimadas ao redor da BR 364, estava impedindo a visão dos motoristas, quando a primeira carreta parou. E de acordo com alguns motoristas mesmo os veículos estando em baixa velocidade, não havia tempo o suficiente pra que todos parassem sem se colidir, neste momento iniciou-se o engavetamento. O motorista condutor do ônibus colidiu com a traseira de uma carreta que transportava álcool combustível, gerando vazamento do liquido pela pista. O corpo de bombeiros acionou o caminhão contra incêndio que lavou o trecho da BR 364, evitando qualquer risco de incêndio e transportou a carga do tanque em vazamento para um caminhão auxiliar. Até o momento que a equipe de reportagem deixou o local por volta das 10h20min, os guinchos não haviam começado a retirar as carretas da BR para a liberação da pista. Rondônia registra hoje, o dia com menor visibilidade horizontal desde 2002. Na cidade de Vilhena, às 5 horas, não se enxergava nada após 500 metros de distância.
  8. Nos últimos dias, quem mora em Rondônia têm enfrentado um verdadeiro caldeirão insuportável por conta da intensa fumaça das queimadas e do calor tórrido. Na manhã desta quinta-feira, a visibilidade horizontal em muitas cidades chegou a menor cota desde 2002. Daniel Panobianco – Rondônia respira monóxido de carbono apenas. A quantidade de focos de queimadas registradas nesses 22 dias de agosto, não reflete apenas em vastas áreas verdes e intactas viradas à pó. A intensa bruma, aquele “nevoeiro” formado a partir da fumaça expelida nos focos de incêndio e que, em conjunto com a total falta de ventos fortes - que dispersariam um pouco o aglomerado na atmosfera - fecha agora o céu de norte a sul trazendo sérios riscos de acidentes e levando muita gente para hospitais. A quinta-feira começou com muita fumaça em praticamente todo o território rondoniense. A cidade de Vilhena às 5 horas registrava no aeroporto Brigadeiro Camarão, apenas 500 metros de visibilidade horizontal. Pouco depois das 8 horas, a qualidade tinha melhorado estando com visibilidade em torno de 1600 metros, mas mesmo assim, considerada como muito baixa, principalmente para a aviação. Esse valor de apenas 500 metros de visibilidade horizontal na cidade de Vilhena - em nossos registros arquivados e os do aeroporto Brigadeiro Camarão – não era registrado desde setembro de 2002. Na ocasião, o ano foi um dos mais poluídos pela fumaça das queimadas em Rondônia, com registro de apenas 350 metros de visibilidade horizontal na Cidade Clima. Na região central, o dia também começou com muita fumaça. Entre Cacoal, Ji-Paraná e Jaru, a visibilidade observada chegou a 800 metros logo nas primeiras horas do dia. Alguns trechos da rodovia BR-364 chegaram a ser interrompidos pela Policia Rodoviária Federal devido a total falta de visão conjugada com os focos de incêndios às margens da mesma. Na capital Porto Velho, o aeroporto Governador Jorge Teixeira registrou às 8 horas, apenas 1200 metros de visibilidade horizontal e em Guajará-Mirim, também foi registrado um valor muito baixo, cerca de 2000 metros. A visibilidade em diversas cidades de Rondônia é a menor desde 2002. A falta de ventos fortes dificulta e muito a dispersão dos poluentes. Somente nas últimas 24 horas, mais de 150 focos de queimadas foram detectados pelos satélites no Estado de Rondônia. A atual política de controle, fiscalização e prevenção já não têm mais valia nesse lugar. O interessante é que todos os anos as queimadas fogem de controle em Rondônia, mas na atual situação, o estado é de emergência, não só pela intensa bruma ou a quantidade de focos registrados, mas sim o local onde está pegando fogo. Focos intensos foram detectados na Reserva Biológica do Guaporé, no município de São Francisco do Guaporé, na fronteira com a Bolívia, no Parque Nacional do Pacaás Novos, que fica no município de Guajará-Mirim e na Reserva Biológica do Jaru, em Ji-Paraná. Todas, áreas de preservação protegidas por leis federais, mas que na atual circunstância dos focos já registrados, em nada mais adianta se o governo está ou não atuante na fiscalização. Outra data que nunca teve valia em Rondônia. Todos os anos, o calendário de queimadas é feito pelo IBAMA e sempre, a liberação é a partir do mês de setembro. Nesse ano, a data liberada para a queima é a partir do dia 1°. Parece até ironia dos governantes, pois todos sabem que queimada na Amazônia, quando chega setembro quase tudo já foi consumido e o trabalho está na reta final. Mais uma data estipulada pelos governantes tentando criar na cabeça das pessoas seu poder viril de ação e proteção ao meio ambiente. Tolo quem acreditar na idéia infame. Dados: CPTEC/INPE – INMET – REDEMET – SEDAM – IBAMA
  9. A longa estiagem que atinge todo o Estado de Rondônia coloca em risco a tráfego fluvial no rio Madeira entre Porto Velho e Manaus. A situação tende a piorar, pois o período de vazante está apenas na metade. Mais uma prova do caos do clima em Rondônia neste ano. Embora as previsões dos especialistas locais fossem de neutralidade no período da seca, a imagem de agora do rio Madeira preocupa as autoridades. Segundo a Capitania dos Portos, a média histórica de baixa no Madeira é de 4,72, mas hoje, o mesmo não passa de 3,83 metros e continua diminuindo a cada dia. Para o delegado fluvial Robson Aberdon, o alerta vale para todos que navegam dentro do canal hidroviário. Segundo ele, nunca foi tão perigoso navegar na hidrovia do Madeira. O recorde de baixa ainda pertence ao ano de 2005, quando a Amazônia foi castigada pela pior estiagem dos últimos 60 anos. Há dois anos, o nível mínimo do rio chegou a 3,22 metros, apenas 70 cm a menos que a situação de agora. A Capitania dos Portos faz um alerta e considera a atual situação como “alerta vermelho”, o mais alto grau de periculosidade na navegação em hidrovias. “Acontece que este ano, o período da vazante, o surgimento de bancos de areia é maior e o perigo de embarcações encalharem é muito grande”, comenta o delegado. Vários incidentes já foram registrados nas últimas semanas no rio Madeira e o alerta prossegue. Na semana passada, uma balsa que saiu do canal de navegação, encalhou próximo a capital de Rondônia. A quantidade de bancos de areia e troncos de árvores presentes no Madeira assusta. Como ainda estamos no período de vazante, a tendência é de que o nível do rio diminua ainda mais, podendo ficar até abaixo do valor registrado em 2005. A chuva em Rondônia que, ao contrário da previsão dos pesquisadores locais, não caiu em quantidade suficiente, teve um fator mais agravante, pois o período de seca começou quase dois meses antes da normalidade. Os dados do CPTEC/INPE (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) do (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) vão contra a previsão dos centros de pesquisas locais, que julgam uma neutralidade da estiagem na porção sul-amazônica. A chuva deve demorar a voltar com intensidade esse ano, os volumes esperados, segundo o mesmo instituto, devem ficar ligeiramente abaixo da média climatológica, o que sugere total cautela da população local e mais competência a quem tem o papel de “cuidar” e “monitorar” esta parte do País. Devido à mesma baixa dos rios em Rondônia, muitas cidades já enfrentam racionamento de água potável, situação nunca registrada no Estado. A seca ainda está pela metade. Dados: CPTEC/INPE – Capitania dos Portos – CAERD
  10. Estiagem amazônica: A ineficiência das institutições de pesquisas para com a população local A previsão climática do SIPAM enfocava ausência de estiagem marcante em Rondônia este ano. A imagem de agora, de rios secos e um número assustador de queimadas por todo o Estado dita que nem sempre uma previsão climática de fato se confirma, ainda mais quando julgam tamanha confiança em seus prognósticos. A realidade do clima rondoniense é preocupante a cada dia e contradiz qualquer prognóstico climático feito por centro de pesquisa local. No dia 18 de junho, o Centro Técnico Operacional (CTO) do SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia) de Porto Velho, reuniu certa quantidade de pessoas para ditar a população, o que os pesquisadores da instituição esperavam para o período de seca na Amazônia em 2007. De praxe, logo foi descartada a possibilidade de uma estiagem mais agravante na Amazônia, semelhante com a de 2005, da qual levou a região amazônica para capas de jornais do mundo todo ditando as influencias de El Niño na maior floresta do planeta Terra. Acontece que no evento de El Niño em 2005, a maior parte da Amazônia afetada pela seca pertenceu aos Estados do Amazonas e Pará, com a secura completa de grandes rios e o isolamento total de comunidades que margeiam as áreas alagadiças. Em Rondônia, a estiagem também foi sentida, mas sem danos marcantes como nos demais Estados. Ainda no inicio do mês de maio, a baixa espontânea no nível das águas dos rios Madeira, Guaporé e Machado já dava uma síntese do que poderia de fato vir a ocorrer nos meses seguintes, considerados os mais cruciais no assunto estiagem em solo rondoniense. Diversas foram às notas publicadas na imprensa com imagens, dados de gráficos e mapas dos institutos de âmbito nacional mostrando que haveria sim certa preocupação, caso uma mudança radical na atmosfera não ocorresse. Pois bem, essa mudança, como já esperada, não ocorreu e a seca ganhou imagens impressionantes. O que a reunião do SIPAM em Porto Velho houvera descartado até então, já não tinha mais valia em diversas localidades do Estado, principalmente na região central, que desde o mês de janeiro só registra anomalias negativas de precipitação. No inicio desta semana veio o susto, principalmente para quem acompanha o nível dos rios no Estado. O nível do rio Machado, em Ji-Paraná, que sempre oscila nesse período do ano entre 6 e 7 metros, na tarde desta segunda-feira marcou apenas 2,85 metros, a menor cota desde que as medições começaram a ser feitas pela equipe do Corpo de Bombeiros local. A dificuldade antes enfrentada por diversos pescadores em descer o rio à procura de sustento, agora se limita a uma pequena parcela, não mais distante que 2 km do centro da cidade. O agrupamento do Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná está aconselhando que as pessoas não utilizem barcos e lanchas no Machado, pois a quantidade de pedras a mostra jamais foi vista antes. O rio mingua a um estreito canal d’ água em seu centro, visão esta provocada pela mais longa estiagem já registrada na região desde 1989. A última chuva significativa com acumulo de mais de 60 milímetros que caiu na região de Ji-Paraná foi no dia 23 de abril, logo no primeiro fenômeno da friagem de 2007. De la para cá, nada de chuva de grandes proporções. Antigamente, mesmo em período de estiagem amazônica, alguma pancada de chuva era registrada entre os meses de julho e agosto. Na atual realidade, nenhuma nuvem, quiçá de chuva se forma no céu de Rondônia. Outro ponto que sofre com a seca intensa é a região do baixo Madeira em Porto Velho. A navegação de grande porte que faz o trajeto Porto Velho - Manaus está comprometida. Grandes bancos de areia se formaram ao longo do rio dificultando a navegação e trazendo sérios riscos de acidentes. O Madeira é conhecido por suas águas barrentas e o rio com as maiores corredeiras do mundo. Na época do inverno amazônico, a velocidade das águas chega a ser superior a 30 km/h arrastando troncos de árvores e qualquer outra embarcação de pequeno porte. Milhares de acidentes completam a história do Madeira em Rondônia. Na situação atual, o nível das águas marca apenas 4,65 metros, quando o normal seria de 8 metros. A situação não é diferente na fronteira com a Bolívia. O nível dos rios Guaporé e Mamoré é alarmante. Estamos diante de um verdadeiro caos para a navegação e sobrevivência da população ribeirinha. A média do Mamoré, que nesse período varia entre 5 e 6,50 metros, hoje só marca 2,75 metros na região de Guajará-Mirim. A quantidade de pedras impede o tráfego de qualquer espécie de embarcação, seja ela de pequeno, médio ou grande porte. Em todas, as situações de risco de acidentes são elevadas. Com base em todas as imagens reais que agora vemos fica uma pergunta: Por que há tanta falta de interesse e menosprezo dos centros de pesquisas locais para com a população amazônica? Falam tanto de seus estudos, seus serviços prestados a comunidade em geral, se ao final o que vemos é puro desleixo, pessoas sofrendo com as questões climáticas, vivendo em meio à miséria, a fome. Se simples medidas preventivas fossem tomadas antes de o fato realmente acontecer, será que hoje, na atual realidade em que se encontram as milhares de comunidades ribeirinhas de Rondônia, elas estariam passando por tamanha necessidade? O governo federal enche a boca para ditar que os serviços de incentivo a pesquisa cientifica no Brasil anda de vento e polpa. São operações e mais operações das autoridades competentes dentro da floresta para coibir o desmatamento ilegal, o regime de escravidão e o tráfego internacional de drogas. Há quantos anos o governo diz a mesma ladainha e nada muda? Tantas siglas criadas para cuidar da região mais rica do planeta, mas que no final a junção das mesmas em nada tem efeito positivo para nós, população amazônica, que não precisa de dados computadorizados para tomar as devidas precauções quando uma catástrofe se anuncia. Que não esperamos o mandado final das autoridades de Brasília, que controlam pelo cabresto tais instituições de pesquisas na região Amazônica. O exemplo mais simples, notório e verdadeiro está na ineficiência de controle do SIPAM e outra sigla conjugada, o SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia), que foram incapazes de detectar dentro do espaço aéreo brasileiro o transporte de cocaína trazida da Colômbia para o Brasil, passando pela área de monitoramento dessas instituições. O governo federal e seus ministros fantoches adoram aparecer na imprensa brasileira tentando “tapar o sol com a peneira” mostrando ações glorificadas de combate ao desmatamento, ao trabalho escravo e as pesquisas cientificas na Amazônia. Será que o restante da população brasileira, não a residente neste lugar, mas aquela que em tudo o que vê, ouve e lê acredita, será que o morador la do Rio Grande do Sul realmente acredita na eficiência do trabalho dos nossos governantes nesse local? A realidade está ai a mostra para quem ainda tiver dúvidas ou simplesmente não acreditar que em pleno agosto de 2007 vivemos o caos do clima no sul da Amazônia. Rios secos, gente passando fome, pessoas escravizadas dentro das matas e fogo, muito fogo por todos os cantos. Vale a pena para quem ainda duvida destas cenas que convivemos no cotidiano, a comparação com dados numéricos, imagens de satélite ou simplesmente ler, ver e ouvir a horrenda preocupação dos nossos governantes, para com as pessoas dessa região. Ações que poderiam sim ter seu efeito benéfico, caso medidas inteligentes fossem tomadas e investimentos adequados fossem feitos. Mas como tudo no Brasil “se dá um jeito de resolver”, nada que um rico merchandising na imprensa possa reverter o inteligente pensamento da população local. A censura na pesquisa cientifica em Rondônia e no restante da Amazônia, é vexatória. Dados: CPTEC/INPE – Amazônia.org – Corpo de Bombeiros – Delegacia Fluvial de Rondônia – Capitania dos Portos de Porto Velho – EMBRAPA – SEDAM
  11. O décimo primeiro pulso frio de 2007 chegou a Rondônia essa madrugada provocando fortes rajadas de ventos e queda acentuada de temperatura. Os menores valores foram registrados nas regiões sul e oeste do Estado, com mínima de 14°C na cidade de Vilhena, segundo dados do aeroporto Brigadeiro Camarão. As mínimas cairam também na região central, entre Ji-Paraná e Cacoal, com registro de 16°C e rajadas de 35 km/h. No mesmo horário da madrugada de domingo, a temperatura era de 26°C. Na capital rondoniense o frio não chegou, mas os ventos aumentaram bastante de intensidade, o que ajudou a dispersar a grossa bruma formada pelas queimadas. No aeroporto Governador Jorge Teixeira, as rajadas às 9 horas de hoje chegaram a 32 km/h. A atmosfera permance muito seca em todas as cidades. Pelo quinto dia consecutivo, Rondônia registrou UR abaixo de 20%, com observação mínima de apenas 11% no municipio de São Miguel do Guaporé, região centro-oeste do Estado, segundo dados do SIVAM.
  12. Em Rondônia, moradores de cidades que fazem fronteira com a Bolívia, como em Costa Marques e Guajará-Mirim, também relataram que a sensação de tremor foi sentida na noite de ontem. Em cidades que possuem construções maiores como Vilhena, Cacoal e Ji-Paraná, os relatos de lustres de luz e vidraças de casas tremendo é comentário geral hoje em Rondônia. A Defesa Civil estadual confirma que tal fenômeno possa ter ligação direta com a catástrofe ocorrida no Peru. Não há informações de vitimas em solo rondoniense.
  13. Como tem se comportado a URA ai amigo? Muito baixa também? Abraços
  14. Uma verdade inconveniente: A farra de Marina Silva e ONGs ilimitadas Brasil afora Os dados apresentados semana passada pelo Ministério do Meio Ambiente sobre a redução do desmatamento na Amazônia Legal enfeita a imprensa brasileira. Diversas ONGs, que sobrevivem do dinheiro público para atrapalhar importantes obras de desenvolvimento elogiam dados que só servem para escurecer a mente da população mediante aos verdadeiros números do desmatamento. O povo brasileiro é burro! Jamais pudemos ver tanta gente infiltrada clamando ser “defensor do meio ambiente” no meio da grande corja horrenda da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva e companhia limitada. Para agravar ainda mais a situação vexatória, diversas ONGs (Organizações Não-Governamentais) fazem dos dados divulgados pelo Ministério, como uma grande bandeira de vitória ditando que conquistas foram adquiridas na atual política brasileira. Para entender melhor, a outra face da moeda que o governo esconde da população veja primeiro a integra divulgada pela Agência Brasil: “A taxa de desmatamento na Amazônia caiu 25,3%, totalizando 14.039 quilômetros quadrados. O dado, correspondente ao período de agosto de 2005 a julho de 2006, foi anunciado por um grupo interministerial.A área representa cerca de metade do estado de Alagoas e supera a estimativa divulgada em outubro pelo governo, que era de 13.100 quilômetros quadrados. No ano anterior, o desmatamento havia sido de 18.790 quilômetros quadrados. O presidente do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), Gilberto Câmara, observou que foi a segunda redução consecutiva. “Isso mostra que antes havia uma tendência de crescimento e que agora está caindo significativamente”, comentou. Câmara anunciou para setembro o lançamento de um novo satélite brasileiro de monitoramento e informou que está em implantação o terceiro sistema de acompanhamento na região, o Detecção de exploração Seletiva (Detex), que mapeará também a extração de madeira. “A Science [uma das principais publicações científicas] diz que o modelo brasileiro é a inveja do mundo”, disse. Segundo o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco (também presidente interino do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), três estados concentraram 80% (quatro quintos) do desmatamento: Pará, Mato Grosso e Roraima. Desses, apenas no último houve crescimento, informou. O outro estado, dos nove da Amazônia Legal, onde a área derrubada cresceu foi o Amazonas. De acordo com o Ministério da Ciência e Tecnologia, o Brasil libera na atmosfera cerca de 1 bilhão de toneladas por ano de gás carbônico – um dos principais gases que agravam o aquecimento global. Isso faz dele o quarto maior emissor do mundo, e, segundo o ministério, três quartos desse total se devem à derrubada de árvores.” “O anúncio da diminuição do desmatamento na Amazônia Legal foi elogiado pela ONG Greenpeace. Segundo a ONG, mesmo que os dados para 2006-2007 sejam provisórios, eles são muito "estimulantes", pois "mostram que o desmatamento inverteu a tendência de alta". Para o coordenador da Campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, os esforços do governo na fiscalização e aumento das APA´s (Áreas de Proteção Ambiental) foram importantes para a diminuição do desmatamento, mas outros fatores precisam ser considerados como a queda do preço da soja e da carne. Adário avalia que é necessário se pensar na questão econômica para que se mantenha a diminuição do desmatamento. "Não houve uma mudança estrutural na economia brasileira que permita a continuação da queda do desmatamento. Os fatores econômicos que foram favoráveis a floresta estão negativos, a economia está se aquecendo e a questão dos biocombustíveis pode aumentar o desmatamento no futuro", avalia o coordenador. Segundo o Greepeace, vários fatores podem ter contribuído para esta queda, entre elas: a criação de milhões de hectares de áreas protegidas, aumento na fiscalização do Ibama, a queda de preço das commodities agropecuárias, desvalorização do real e até campanhas da sociedade contra o desmatamento.” A outra face da moeda: A fiel ligação dos tantos setores do governo brasileiro com as diversas ONGs esparramadas pelo Brasil só tem mesmo é que ser positiva. O governo, por obrigação tem que mostrar dados positivos e as ONGs mostrarem que também estão ali, firmes e fortes atuando na defesa do não-desmatamento desordenado na Amazônia Legal. Dentre tantos números, tantas tabelas, a ministra do Meio Ambiente (que é nata desta terra) esqueceu de um pequeno detalhe: Os índices de desmatamento observados estiveram concentrados em áreas privadas. Áreas onde o agricultor, pela atual movimentação cambial não está mais conseguindo investir como antes. Áreas onde criar gado hoje em dia não compensa mais como há 10, 15 anos atrás. E com isso, com o empobrecimento no solo, a “entrada” da Amazônia, espaço que compreende o centro-sul de Rondônia, sul e leste de Mato Grosso, sul de Tocantins e sul do Maranhão, está ficando de lado. Usam as terras, promovem o desmate para a abertura de novas fronteiras de desenvolvimento e poucos anos adiante, com o solo já todo remexido, mudam Amazônia adentro para lugares ainda não explorados pelo homem. Com isso, produção e desenvolvimento chegam ao Acre, à região de Humaitá já no sul do Amazonas e Novo Progresso no Pará. O governo esqueceu de ditar que as áreas protegidas pelas leis federais e estaduais estão por um fio. Os enormes parques indígenas, as florestas nacionais, unidades de conservação estão sob fogo. Nisso o governo federal jamais pode atestar e, como se não soubessem de nada, medidas preventivas não podem ser adquiridas para frear aquilo que já foi quase tudo consumido. Não temos tecnologia suficiente para o monitoramento à aplicação de penas a quem comete este crime? O que significa então o montante de siglas SIPAM, SIVAM, LBA, outras tantas de ONGs amoitadas Amazônia adentro? Sim, equipamento existe. É tão eficiente que o próprio Sistema de Vigilância da Amazônia não consegue captar os pequenos aviões que transportam a cocaína da Colômbia para o Brasil passando pela Amazônia. Por esse outro ângulo, você já parou pra pensar o porquê de o governo nunca saber a resposta? Dados: CPTEC/INPE
  15. ISTO MOSTRA A VERDADEIRA FACE DOS GOVERNANTES E GRANDES EMPRESÁRIOS, MAIORIA, NÍVEL BRASIL E MUNDO, FALAM DA BOCA PARA FORA. UMA GERAÇÃO OU DUAS TERÁ QUE PAGAR O PATO, SERÁ A NOSSA E DOS FILHOS, MAS NINGUÉM ACREDITA NISSO E CONTINUA COM A VIDINHA... QDO REALAMENTE COMEÇAR O DESEQUILÍBRIO E O REEQUILÍBRIO DA NATUREZA, AÍ SERÁ TARDE PARA ESTE SISTEMA ATUAL E O SER HUMA SOFRERÁ A SUA MAIOR EVOLUÇÃO, POIS A NOVA SOCIEDADE SERÁ TOTALMENTE DIFERENTE DESTA, PENA QUE TERÁ UM CUSTO ALTÍSSIMO E DESNCESSÁRIO PARA ISTO.... É meu caro Ronaldo, tudo o que se refere às questões ambientais na Amazônia, têm lá a sua boa parcela de ficção! É horrenda a politica desse País.
  16. A quantidade de focos de queimadas surpreende em Rondônia. Mesmo com a atual politica do meio ambiente, tanta gente dizendo-se preocupada na defesa da Amazônia e as autoridades governamentais ditando dados e mais dados, sobre a redução do desmatamento na região, como fazem todos os anos, a mesma ladainha de sempre que nunca muda. Quem vê pela televisão ou acompanha via internet o sofrimento da população desse lugar agora, não faz idéia do verdadeiro caldeirão que estamos dentro. Não é exagero muito menos sensacionalismo, é fato! A quantidade de fumaça das queimadas está prestes a levar Rondônia e norte de Mato Grosso a um verdadeiro colapso ambiental. As queimadas sempre existiram, desde que o governo federal "abriu" a porteira para o então "desenvolviento" da região amazônica. Acontece que mesmo com toda a tecnologia disponível de satélites, a ação, ainda que minima, das autoridades competentes na fiscalização e a boa vontade de alguns, não supre o vencimento na balança com os atuais focos. O sol não aparece em boa parte do período. Da mesma forma que um forte nevoeiro fecha aeroportos e reduz a visibilidade no Sul e Sudeste em dias de tempo úmido e temperatura baixa, aqui nós temos a mesma coisa agora, só que totalmente poluido: A bruma. A baixa visibilidade, que nas primeiras horas do dia ficou restrita à menos de 1000 metros em Vilhena, em conjunto com o calor tórrido das tardes, mais de 35°C, têm lotado hospitais e postos de saúde e o interessante é que agora, governo algum aparece para ditar medidas emergênciais. Como sempre, só fazem o uso da mídia para divulgar dados ilustrativos de que suas ações têm efeito comprovado na Amazônia. Grande mentira. A verdadeira prova não está exposta em gráficos, montantes de papéis ou imagens de satélite, a verdadeira prova está aos nossos olhos, ao nosso convivio diário.
  17. Caro Carlos, a nossa falta de visibilidade aqui é a intensa bruma. Hoje o dia foi insuportável em todo o Estado de Rondônia. A fumaça das queimadas impediu o sol de brilhar durante boa parte do período. Agora no inicio da madrugada, por exemplo, os aeroprotos de Porto Velho, Ji-Paraná e Vilhena estão fechados para pousos e decolagens. No porto da capital, a Marinha não permite o tráfego de nenhuma embarcação.
  18. As temperaturas mínimas caíram na madrugada desse domingo em todo o Estado de Rondônia, assim como havia sido previsto. A entrada de mais uma friagem, a nona desse ano, pela calha do rio Guaporé, produziu uma acentuada queda nos termômetros que saltaram de 36°C para 15°C em menos de 12 horas. Um frio sentido por muitos em várias cidades. No Cone Sul, o pulso frio entrou ainda na noite de sábado com intensificação gradativa dos ventos e ligeira queda nos termômetros. Essa não foi uma queda brusca apenas na região de Vilhena, considerada a cidade mais fria de toda a Região Norte do Brasil, mas sim em regiões tradicionalmente quentes como Cacoal, Ji-Paraná e Guajará-Mirim. Segundo dados do aeroporto Brigadeiro Camarão de Vilhena, a mínima às 06h45min chegou a 13°C na Cidade Clima. Temperaturas baixas também em toda a faixa oeste, que faz fronteira com a Bolívia. No posto fiscal Rolim Miguel do Guaporé, que fica ao sul do município de Alto Alegre dos Parecis, às margens do rio Guaporé, a temperatura mínima observada na plataforma do CTENERG (Fundo Setorial de Energia), pertencente a ELETRONORTE, foi de 14°C às 06 horas. Mesmo padrão de mínima registrado em Costa Marques, pela plataforma da SEDAM, com apenas 14,2°C. Em Cacoal, no centro-sul rondoniense, a mínima também baixou muito para os padrões amazônicos. As 06h30min os termômetros indicaram apenas 14,5°C, segundo dados do aeroporto local. Em Ji-Paraná, a temperatura saltou de 26°C a meia-noite para apenas 15°C às 06 horas. Uma queda de 11°C em apenas 6 horas de intervalo. O mesmo foi observado em Guajará-Mirim que registrou mínima de 16°C. Na capital, o aeroporto Governador Jorge Teixeira registrou mínima de 21°C, com pouco reflexo de friagem.
  19. Mais uma friagem chegou a Rondônia nesta quarta-feira. O sétimo resfriamento polar do ano no sul da Amazônia já é um recorde em números de pulsos frios. A média climatológica é de três a cinco friagens por ano. O que nas últimas semanas os modelos numéricos – aqueles computadores especiais que fazem os prognósticos do tempo através de dados computadorizados – vinham divergindo muito, com relação à intensidade dessa onda, agora os dados finais mostram que realmente essa é mais uma friagem considerada como “clássica” em solo rondoniense. A forte onda de frio é de natureza totalmente continental, ou seja, vem com força total por terra, através da costa andina, a mesma que atingiu o Brasil com uma queda espetacular nos termômetros na manhã de ontem. A queda de temperatura já aconteceu até no Acre e sudoeste do Amazonas. Em Rondônia, o frio chegou ao Cone Sul ainda no período da manhã surpreendendo a muitos. O dia começou com muito sol e temperatura de 24°C às 7 horas em Vilhena. Uma hora depois, as nuvens fecharam por completo o céu na cidade tendo inicio um vento forte de sul e denso nevoeiro, que reduziu a visibilidade no aeroporto local para apenas 800 metros. A tão esperada chuva caiu na cidade após quase dois meses só na expectativa de dias mais úmidos. No inicio da tarde foi à vez da região central do Estado sofrer com o avanço da intensa frente-fria. Uma poderosa linha de instabilidade – focos de tempestades alinhados que se formam na dianteira de uma frente-fria intensa – atravessou as regiões de Cacoal e Ji-Paraná provocando muita chuva, raios, rajadas de ventos de até 60 km/h e declínio acentuado na temperatura. Em Ji-Paraná, por exemplo, ao meio-dia, os termômetros indicavam 33°C de forte calor pré-frontal e logo após as 16 horas, a marca era de apenas 19°C, mas devido aos ventos fortes e a chuva constante, a sensação térmica chegou a quase 10°C. Chuva que foi destaque principal nessa região localizada de Rondônia. Entre as 13h30min e as 18h45min choveu na cidade cerca de 52,3 milímetros, praticamente todo o volume de chuva esperado para os meses de julho e agosto na área. Muitas ruas e avenidas ficaram alagadas em pouco tempo. Galhos de árvores caíram sobre a fiação elétrica interrompendo o fornecimento de energia por alguns minutos. Choveu forte no inicio da noite também em vários bairros da capital. Quem custava acreditar que essa grande frente chegaria a Porto Velho deu o braço a torcer pouco depois das 19 horas. O vento mais intenso de sul entrou com força na cidade provocando diversas pancadas de chuvas, trovoadas e queda de temperatura. Antes de a frente entrar na região, a temperatura era de 34°C na cidade e pouco depois das 20 horas, o termômetro do aeroporto local indicava 23°C. A mínima nesta manhã em Vilhena foi de 12°C, segundo dados do aeroporto local. Em Cacoal, Ji-Paraná e Rolim de Moura fez 15°C. Na região oeste, Guajará-Mirim acordou com 14°C e Porto Velho registrou 19°C no aeroporto Governador Jorge Teixeira.
  20. O surto do modelo da Climatempo. Colocou na rodada atual mínima de 03°C, com geada em Vilhena. Geada em Rondônia só ocorreu em 19 de julho de 1975, com 02°C na região onde hoje está localizada Vilhena.
  21. O vilhenense acordou hoje pensando estar sob efeito do frio em terras no Sul do Brasil. Os dados do sexto fenômeno da friagem de 2007 surpreenderam até mesmo muitos meteorologistas que, com base em dados dos modelos numéricos, não acreditavam na potência dessa onda polar em latitudes menores. Esfriou além do previsto e imaginado por muito modelo computadorizado. Logo na noite de ontem, quando o relógio marcava 20 horas, a temperatura na cidade mais fria da Região Norte do Brasil já indicava o que a madrugada iria proporcionar. Os dados do aeroporto registraram apenas 15°C de temperatura, mas o vento proporcionou uma maior sensação de frio de quase 10°C. Segue abaixo a plotagem do aeroporto Brigadeiro Camarão em Vilhena: Indicador de Localidade: SBVH Data: 12 de Julho de 2007. Hora: 00:00 (UTC). Temperatura: 15ºC Vento (Norte Geográfico): Direção: 220º Velocidade em KT (nós): 08 Velocidade em km/h: 14,82 Visibilidade Horizontal Predominante: Igual ou acima de 10000 metros Condições Gerais do Tempo: Céu sem restrições operacionais para aviação. Três horas depois, a plotagem indicava uma queda de dois graus nos termômetros marcando apenas 13°C, como mostram os dados: Indicador de Localidade: SBVH Data: 12 de Julho de 2007. Hora: 03:00 (UTC). Temperatura: 13ºC Vento (Norte Geográfico): Direção: 200º Velocidade em KT (nós): 06 Velocidade em km/h: 11,11 Visibilidade Horizontal Predominante: Igual ou acima de 10000 metros Condições Gerais do Tempo: Céu com nuvens esparsas. Nas ruas da cidade, muitas pessoas andavam abarrotadas com roupas mais pesadas. Se bem que quem reside em Vilhena trás consigo o traje sulino. Muita gente, diga-se de passagem, os mais abusados estava com touca e o famoso ponche gaúcho no corpo andando pelas avenidas da cidade. Em menos de 48 horas de frio no sul do Estado, a economia de energia elétrica chegou a mais de 40%, segundo a CERON (Centrais Elétricas de Rondônia), isso em virtude dos montantes de aparelhos de ar-condicionado que estiveram desligados durante todo o dia. Ainda porque a friagem entrou seca. Se houvesse umidade suficiente para a formação de nuvens, a sensação nas pessoas e não nos termômetros seria de muito mais frio. A queda de temperatura foi perceptível em outras cidades tradicionalmente mais quentes, como Cacoal, Rolim de Moura e Ji-Paraná. O ar gelado da noite aliado aos ventos fortes tirou muita gente acostumada a tomar a “fresca” da noite nas praças da cidade. Durante a madrugada fez frio atípico em solo jiparanaense, apenas 13°C de mínima. Em Vilhena, o dia começou com frio de deixar qualquer um na cama. Mesmo sendo mais “acostumados” com as temperaturas baixas do que o restante da população de Rondônia, os vilhenenses viram os termômetros marcarem apenas 11°C às 06h20min (Hora local) no aeroporto da cidade, como confirma o código de plotagem: Indicador de Localidade: SBVH Data: 12 de Julho de 2007. Hora: 10:10 (UTC). Temperatura: 11ºC Vento (Norte Geográfico): Direção: 120º Velocidade em KT (nós): 04 Velocidade em km/h: 07,41 Visibilidade Horizontal Predominante: Igual ou acima de 10000 metros Condições Gerais do Tempo: Céu sem restrições operacionais para aviação. Frio mais intenso, por estar em maior altitude e mais próxima da calha do rio Guaporé, a estação da EMBRAPA/Soja colheu apenas 10,7°C de mínima. Esse valor tão baixo de temperatura durante o mês de julho, só não é menor do que o da intensa friagem registrada no dia 19 de julho de 2005. Na ocasião, o recorde de frio em solo rondoniense - também pertencente à cidade de Vilhena - foi apenas 08,7°C, no aeroporto local. Essa é a menor temperatura mínima registrada na cidade em mês de julho desde 2000, também fazendo uma comparação com os dados da EMBRAPA/Soja. Em 10 de maio desse ano, a cidade registrou apenas 09°C no aeroporto local e 09,5°C na estação do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia).
  22. Enquanto a maioria esmagadora dos modelos, tanto o americano como o euporeu, não julgavam o deslocamento da alta para latitudes menores, nesta tarde de terça-feira, 10 de julho de 2007, Cuiabá-MT, marca às 16 horas, impressionantes 15°C! Confere o código do aeroporto: Indicador de Localidade: SBCY Data: 10 de Julho de 2007. Hora: 20:00 (UTC). Temperatura: 15ºC Vento (Norte Geográfico): Direção: 200º Velocidade em KT(nós): 07 Velocidade em km/h : 12,96 Condições Gerais do Tempo: Céu parcialmente nublado. Menos de 700 km em linha reta acima, Vilhena tem 32°C sufocantes! Como o modelo ETA sempre chega mais perto em se tratando de temperaturas no solo rondoniense, a projeção indica queda pra lá de significativa na próxima madrugada, com apenas 12°C no sul do Estado. Se essa previsão realmente vier a tona, teremos um impacto pra lá de marcante, pois com essa secura do ar, não há corpo que não sinta a mudança com a chegada da friagem.
  23. O caos do clima: Rondônia está perto de um colapso em virtude da seca O período de estiagem na Amazônia só está começando e Rondônia apresenta dados preocupantes, antes só registrados em meados de setembro. A forte estiagem ainda prevista no inicio do ano pela população local, agora fica cada dia mais severa. Daniel Panobianco - Julho é mês de seca em grande parte da Amazônia. Na porção sul principalmente, que compreende os Estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre, o período de inicio da estiagem prolongada é marcado pela drástica redução no regime de chuvas e a secura espontânea do ar. É nesse período também que as queimadas - a maioria incontrolável - acontecem na região feita por agricultores intencionados na realização de limpeza do solo para a renovação de pastagens e a queima da floresta para a abertura da fronteira agrícola vista pelo governo local como a forma mais simples e barata de se promover o desenvolvimento dos Estados. Em Rondônia, diga-se de passagem, ocorre um fato curioso. Segue o sábio pensamento de muitos representantes do governo local, que preferem lidar com questões burocráticas e liberar a queima das matas nas áreas de derrubada para seguir o livre desenvolvimento, a que fazer políticas mais construtivas de incentivo, fiscalização e autuação das irregularidades cometidas contra o meio ambiente. Desde que o governo federal literalmente abriu as porteiras para que os migrantes sulinos adentrassem em solo amazônico - no então Território do Guaporé - esse lugar, assim como hoje ainda é conhecido mundialmente, como a triste marca da “terra de ninguém” ou “terra sem lei”, continua vago na visão de muitos aventureiros que se arriscam em vir para cá a procura de melhores condições de vida. Pois bem, não é um fato que aconteceu apenas no auge da borracha ou quando a nova fronteira agrícola invadiu a Amazônia sugando tudo o que de mais rico havia na região, onde hoje passa uma das veias do progresso rondoniense: A rodovia federal BR-364. Desmatamento na Amazônia, com queima de florestas intactas só acelera a degradação do solo, como o aumento de erosões. Nos últimos vinte anos tem se notado fielmente quão pavoroso foi o poder de destruição da mata ao longo desta importante rodovia no Estado. Desde o seu inicio ainda no Cone Sul, região de Vilhena, até as proximidades da capital Porto Velho, às margens do rio Madeira, a rodovia BR-364 tornou-se a principal fonte de abertura e transformação de uma mata, antes rica em arborização e espécies de animais, com vastos e límpidos rios, em frágeis solos de cultivo de soja e áreas de pastagem para o gado. O outro lado do avanço da fronteira agrícola em Rondônia, que há vinte anos os governantes sequer sonhavam que isso pudesse acontecer, é de que o solo da região amazônica é fértil, porém muito fraco e gasto. Desse ponto em diante deu-se a idéia de avançar floresta adentro, pois o impulso do grande desenvolvimento não pode parar. Na mesma trajetória que hoje segue a rodovia BR-364, a fronteira agrícola atravessa Rondônia e já chega ao sul do Amazonas e grande parte do Acre, com a cultura de soja e áreas de pastagens. Quando tocamos agora no assunto clima, cuja atenção se volta para a população de todo o planeta Terra, com os dados alarmantes e catastróficos do aquecimento global, talvez essa mesma visão e sofrimento que já enfrentamos hoje não só em Rondônia, mas pelo mundo afora, com anomalias cada vez mais severas e intrigantes das condições climáticas, os nobres governantes e quem até hoje leva a bandeira do desenvolvimento hipócrita desse Estado, não tenham pensado no passado que fossem acontecer transformações em um período tão curto. Infelizmente elas estão ai, na nossa cara. As mudanças climáticas, não podem mais serem consideradas pela sociedade como um fato a se pensar daqui a vinte, trinta anos adiante. Seguimos agora, portanto, o que todo rondoniense enfrenta na pele, o ardor de uma mudança visível a olho nu, sem mais para averiguação e contestação de centros de pesquisas algum: A estiagem. Pela regra geral da climatologia, se estabelece um prazo mínimo de trinta anos de pesquisas e coletas de informações, para se criar e tracejar as variáveis climáticas de uma determinada região. A última atualização da tabela climática brasileira foi realizada cerca de 15 anos atrás, quando muita coisa ainda estava no seu devido lugar. Em Rondônia, a climatologia, da qual todos os centros de pesquisas seguem a risca os dados - para a comparação com as oscilações locais – está ultrapassada. Uma forma mais simples de compreender como o nosso clima mudou nos últimos anos e instituição alguma de pesquisas confronta dados para averiguação das verdades. Quem é nato desta terra, ou já vive aqui há mais de dez, quinze anos, sabe muito bem como o regime de chuvas era mais uniforme antigamente. Como o período de friagens seguia a risca as datas certas. As épocas de calor, de seca, tudo variava de acordo com as leis da natureza. Hoje, na atual realidade, você sabe ao certo em que estação estamos? Vivemos a primavera, outono, inverno e verão em menos de 24 horas. Quando estamos sob domínio de uma forte estiagem e calor tórrido, do nada começa uma copiosa chuva e a temperatura despenca. E ainda tem centro de pesquisas ditando a normalidade do clima em Rondônia e na Amazônia como um todo. O período de estiagem, que vai de junho a outubro, também conhecido localmente como “verão amazônico” é sim marcado pela ausência completa de chuvas em muitas localidades, pelas altas temperaturas, valores assustadores, dignos de um deserto, no que se refere à umidade relativa do ar e o foco principal: As queimadas. Queimadas em vastas áreas de florestas para a abertura de campos de pastagem e cultivo de soja na Amazônia: Uma imagem muito comum a partir de agora na região. Antigamente, quando os primeiros povos aqui chegaram, o planejamento das culturas era programado de acordo com a data de cada estação. Raramente havia perdas consideráveis, quando uma anomalia mais intensa atingia a região. Hoje, levar em consideração as questões climáticas para o desenvolvimento e sobrevivência própria é mais arriscado do que qualquer outro meio de aposta. Prova das grandes transformações que vivemos no dia-a-dia. Qual instituição de pesquisas programava e alertava sobre a mais intensa estiagem ao atingir a Amazônia nos últimos 60 anos? Na ocasião da terrível seca de 2005, que começou em abril e foi até meados de outubro, centenas de espécies de peixes foram dizimadas devido à seca quase que total de vastos rios e canais úmidos. Comunidades inteiras no interior da região ficaram isoladas sem locomoção, pois o único meio de transporte – o fluvial – não tinha mais a sua estrada natural dignas de escoamento. Quantas famílias ribeirinhas não passaram fome, a espera da misera ajuda dos governos para suprir suas necessidades? Mas no Brasil, a corja da ignorante população segue a risca e ainda aplaude aqueles que julgam o poder de ajuda aos mais carentes. Diante de tamanha tecnologia empregada a emaranhados de aparelhos e centros de pesquisas, que se proliferam a cada dia País adentro, no caso da seca de 2005, todos foram pegos de surpresa. O que dizer de tantas siglas, com instituições, plataformas de coletas de dados espalhadas floresta adentro, se ao final em nada suprem as necessidades do seu povo local? A pior estiagem já registrada na Amazônia nos últimos 60 anos. Grandes rios viraram poças d’ água em pouco tempo. A mesma desgraça ocorrida em 2005 na Amazônia começa a se refletir no sul da Região Norte, em especial o Estado de Rondônia. Qual centro de pesquisas veio a público conclamar aquilo que, ninguém mais que o povo residente desse solo, que vê a cada dia as águas baixarem ditar medidas, estratégias para no mínimo conter a situação de calamidade que se aproxima? Pois é estamos no Brasil. A fiel ligação de tais centros de pesquisas com os poderes governamentais parece mais estar preocupada com o discurso de quem rege, com ações, medidas emergenciais de envio de cestas básicas, remédios, suprimentos necessários, para mostrar ao povo brasileiro que, diante de situações vexatórias, o governo sempre estará ali firme e forte atuante. Os mesmos centros de pesquisas mantidos e controlados pelo âmbito de cada governo, sejam eles federal ou estadual, em nada podem fazer antes que toda essa novela venha à tona novamente? Ainda existem órgãos de pesquisas ditando que tudo está sob regra normal em Rondônia. Mais é claro que está, quando seguem uma regra de climatologia estabelecida há 15 anos, muita coisa tem que se postar como antes não é mesmo? Quantos agora já sofrem com o longo período de estiagem, isso pouco importa para os centros de pesquisas, o negócio é dar as mãos com o governo e depois ditar em ofícios encaminhados à imprensa, divulgando os dados finais do que agora começamos a enfrentar cara a cara. Mapa de dias secos colhidos por satélites pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No centro-sul de Rondônia, muitas localidades beiram 100 dias sem chuva. Em quase 80% de todo o Estado de Rondônia, não há formação de nuvens de chuva há pelo menos 60 dias. A situação é mais critica nas regiões de Vilhena, Cacoal, Rolim de Moura e Ji-Paraná. Nessas regiões, além do próprio período de estiagem, que apenas está começando, os valores de umidade relativa do ar contribuem e muito para a secura do solo e consequentemente na proliferação dos focos de queimadas. A média de umidade nos últimos cinco dias em Rondônia ficou abaixo de 20% no centro-sul do Estado, o que segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), já é um valor de risco, sendo considerado como ESTADO DE ALERTA. Média de valores de umidade relativa do ar dos últimos cinco dias no Brasil. Valores entre 20% e 30% se concentraram em grande parte do Estado de Mato Grosso, além do norte de Mato Grosso do Sul, sul do Pará e centro-sul de Rondônia. O menor índice de umidade relativa do ar diário pertence ao município de Machadinho d’ Oeste, onde os dados do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) de Brasília revelaram níveis críticos de apenas 19% de umidade registrada no final de semana. Pela regra estipulada, a OMS diz que, quando a umidade relativa do ar varia entre 20% e 30%, é decretado ESTADO DE ATENÇÃO. Entre 12% e 20%, ESTADO DE ALERTA. E abaixo de 12%, ESTADO DE EMERGÊNCIA. Muita gente não percebe, mas a baixa umidade do ar é capaz de provocar danos à saúde humana e até animal, desde um simples congestionamento das vias respiratórias, até uma parada cardio-respitatória. E é por esse motivo que a SEDEC (Secretaria Nacional de Defesa Civil), sempre emite alertas sobre os baixos valores de umidade relativa do ar, que conjugadas com a poluição das queimadas lotam hospitais de todas as cidades nessa época do ano. O menor índice de umidade relativa do ar diário registrado em Rondônia, pertence à cidade de Vilhena, que registrou apenas 09% de umidade no ar em setembro de 1984 durante uma forte estiagem. Risco de queimada estipulado pelo INPE. Quase todo o Brasil apresenta níveis críticos de proliferação de queimadas, assim como 100% do território rondoniense. Entre os meses de julho, agosto e setembro ocorre o ápice de queimadas na região. Em todo o Estado, os focos observados nos últimos anos levam a crer que as políticas de fiscalização, na maioria das vezes, em nada têm poder de atuação. Como fiscalizar uma área de derrubada, por exemplo, se o próprio governo local investe e incentiva produtores a derrubarem a floresta para o então desenvolvimento do Estado? A mesma forma de pensamento ocorrida erroneamente no passado se repete agora em Rondônia. O que interessa ao governo é o saldo final positivo na balança comercial, os avanços, as novas tecnologias que aqui se instalam. Se ao mínimo trabalhassem unidos entre um desenvolvimento programado e a preservação de áreas públicas de floresta, aquelas protegidas por leis, nenhum impasse estaria ocorrendo agora entre o governo do Estado e muitos centros de pesquisas e defesa do meio ambiente. Nesse ponto crucial vale destacar que muitas ONGs (Organizações Não-Governamentais) estão instaladas em Rondônia apenas para sugar o repasse de verbas do governo e frear a construção de obras importantes para um outro tipo de desenvolvimento, aquele programado, planejado, como no caso mais atual, a construção das hidrelétricas no Madeira. O que esbarra agora a construção das usinas não é estudo sem dados comprovados de impacto ambiental e sim, ONGs penetradas em Rondônia, que, além de receber verba pública do governo federal, o maior interessado na construção das usinas, gozam a cara dos mesmos governantes, pois em questão do meio ambiente elas – as ONGs – tem maior poder de abrangência. Seria um importante fato a pensar, não só em tempo de seca em Rondônia, quando a derrubada da floresta é assunto de pauta quase que diariamente, como também na atuação dessas ONGs, algumas com nome de peso a nível mundial e que simplesmente travam o desenvolvimento do Estado. Rio Machado em Ji-Paraná, sentido Machadinho d’ Oeste. O maior rio da região central de Rondônia está 4 metros abaixo da média normal para esta época do ano. Também é do saber de muitas siglas de defesa do meio ambiente, ou que pelo menos intitulam ser, a atual realidade dos rios da região. Com o agravamento da estiagem, que vai até meados de outubro, muitos rios, ricos em deságüe natural já estão com níveis muito preocupantes. Nessa citação vamos colocar dados de três importantes rios em Rondônia. O rio Madeira, que margeia o norte do Estado, incluindo a capital Porto Velho, o rio Guaporé, que faz divisa entre Rondônia e a Bolívia, no município de Costa Marques e o rio Machado, que tem sua formação ainda no Cone Sul do Estado, entre os municípios de Vilhena e Chupinguaia e tão logo atravessa a região central sobre o município de Ji-Paraná. Os dados preocupantes desses três grandes rios dão uma breve noção de como está o inicio da estiagem em Rondônia e que os centros de pesquisas teimam em dizer que tudo anda dentro da normalidade. Segundo dados da Capitania dos Portos de Porto Velho, o nível do rio Madeira já desceu do final de maio até esse inicio de julho, cerca de 6 metros, saltando de 14 para 8 metros apenas. Muitas embarcações que seguem caminho rumo a Manaus e possuem apenas o rio Madeira como linha de tráfego, já encontram gigantescos pontos com montantes de areia e pedras ao longo do caminho, o que, além de atrasar o escoamento de mercadorias, oferece riscos a quem faz do Madeira, seu trabalho diário e meio de transporte mais barato. Ainda em 2006, quando o nível do rio desceu mais de 8 metros próximo a Manicoré, no Amazonas, diversos produtos faltaram em Rondônia, como no caso o cimento de argamassa, que possui apenas o destino Porto Velho - Manaus de abastecimento na capital rondoniense. Esse ano, o que muitos ainda não fizeram os cálculos, é que se uma estiagem mais alongada vier a ocorrer nos próximos meses, e ao que tudo indica que vai mesmo acontecer, o desenvolvimento, principalmente com a construção civil estará limitada em Rondônia. Nisso a população local também tem que levar em consideração, pois a mesma cena, e ainda que em um período curto de estiagem ano passado, o setor de construção civil de Rondônia amargou grandes prejuízos. Muito pior para quem vive única e exclusivamente do rio, ou melhor, tira o seu sustento dele. Esse é o caso de moradores ribeirinhos do rio Guaporé, no oeste do Estado. As águas do Guaporé desceram a tal ponto, que enormes bancos de areia já são visíveis onde até então, esse fenômeno só ocorria ao término da seca na Amazônia, entre setembro e outubro. Mas calma lá, ainda estamos começando o mês de julho e todos são sábios de que nos próximos três meses não entra nada de chuva na região. É nessa mesma área, um pouco mais acima, que o rio Guaporé, em conjunto com outros rios bolivianos forma um outro importante meio de sobrevivência do povo amazônico. O rio Mamoré. Logo na altura de Guajará-Mirim, em Rondônia e Guayaramerim em solo boliviano, muitas barcaças já estão atracadas no porto, pois a profundidade não mais suporta o tamanho de certas embarcações. Um dos principais pontos turísticos de Rondônia, o rio Mamoré em Guajará-Mirim está minguando a pequenas cachoeiras e o comércio local já faz as contas dos prejuízos com o longo período de estiagem que se aproxima. Em anos de seca prolongada e severa em Rondônia, o turismo sofre de imediato, pois pedra no lugar onde deveriam existir corredeiras fortes de água, isso vemos em qualquer outro ponto já perdido do planeta. A mesma preocupação com a navegação e o sustento de muitas famílias acontece no rio Machado, entre Pimenta Bueno, região centro-sul e o seu encontro com o rio Madeira, no nordeste do Estado, próximo ao distrito de Calama. Até chegar junto as águas do Madeira, o rio Machado faz um longo percurso passando pelos municípios de Cacoal, Presidente Médici, Ji-Paraná, Vale do Anari, Machadinho d’ Oeste e mais ao fim, em Porto Velho. Nos seus quase mil quilômetros de extensão, as águas do Machado são fontes de sobrevivência de pelo menos oito comunidades indígenas e uma centena de povoados espalhados floresta adentro. O mesmo fator tocante comentado no inicio, sobre os povos que sofreram com a seca de 2005 no Amazonas parece ser copiada com o rio Machado em Rondônia. Quem passa sobre a ponte em Ji-Paraná, logo percebe quão raso está o rio. As pedras maiores e mais robustas, que antes só apareciam em setembro, já mostram a realidade de a quantas anda a seca este ano. O rio Machado atinge nesse mês de julho, a menor cota desde 1984, quando a mesma estiagem que baixou a umidade para apenas 09% em Vilhena, também acelerou no decréscimo dos rios locais. Até mesmo no auge da seca do ano retrasado, as águas do Machado não eram tão baixas, a ponto de barcos ficarem encalhados ao longo do rio. Entre Ji-Paraná e Machadinho d’ Oeste, um outro importante ponto turístico de Rondônia, os peixes começam a ficar isolados em meio aos igarapés e lagos formados durante o período chuvoso na Amazônia. Muitas espécies, antes encontradas em qualquer lugar do rio nessa mesma época do ano, agora custam a aparecer até mesmo nos pontos onde a água ainda tem lá o seu valor considerável. Diante de tantos dados, tantas imagens e comprovações do que ninguém melhor que a população de Rondônia, em ditar o período de estiagem que já enfrentamos na região, a parte de súplica agora se volta aos governantes, às autoridades competentes, que dobrem suas atenções para este povo, que mesmo cometendo alguns deslizes com o meio ambiente, necessita mais do que nunca desse bem essencial à vida e gerações futuras: A água. Medidas de conscientização, de reeducação do povo local estão sendo tomadas e as pessoas estão respondendo ao tom de que, antes tarde do que nunca, estão aprendendo a lidar com tamanhas transformações da natureza. A nossa transformação de hoje, no presente, se faz necessária que prossiga no amanhã. Que os erros cometidos no passado não venham a se repetir agora, em um momento onde todos, independente de raça, religião e cultura estão dando mais atenção ao assunto aquecimento global! Demorou bastante, muita coisa já foi perdida no passado, mas se você parar por um minuto e prestar bem a atenção, tudo o que há na natureza se renova. Assim como as folhas de caem, outras tantas irão aparecer, assim como as águas turvas e poluídas, com o passar do tempo, sem interferência alguma do homem, elas retornarão límpidas como no inicio. O que não só o povo local, mas as autoridades em si, governantes, tantos centros de pesquisas aqui instalados voltem suas atenções para esse lugar, pois em meio a tantas visões de desaparecimento de espécies e agora com a secura de grandes rios e até falta de água potável em muitas cidades, se Rondônia não tomar medidas urgentes e concretas, que não fiquem apenas em meras páginas de papel, um grande colapso climático estará tão breve a caminho. Todas as visões vistas anteriormente estão se repetindo, cabe agora a boa vontade de cada cidadão brasileiro, cidadão rondoniense tomar por fonte de inicio em suas benfeitorias. Dados: CPTEC/INPE – INMET – SEDEC – OMS – SIPAM/Manaus – Capitania dos Portos de Porto Velho – Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná, Cacoal, Costa Marques e Guajará-Mirim – EMBRATUR Fonte: De olho no tempo – Rondônia – wwwdeolhonotempo.blogspot.com
  24. Enquanto muitos estão satisfeitos com a chuva e o retorno do frio no Sul do País, nós da Região Norte vivemos a dura monotonia do tempo há mais de dois meses. Tempo seco, muito calor e agora, a fumaça das queimadas. O dia começou árduo no centro de Rondônia, com muita poluição e calor de 32°C às 11 horas. A forte estiagem deve sofrer um novo agravante esta semana, diante da possibilidade de uma nova friagem, que embora fraca deverá diminuir a temperatura ao mínimo na região de Vilhena. Se o fenômeno ocorrer teremos então, a sexta friagem do ano na Amazônia.
  25. Estiagem em Rondônia já preocupa população e autoridades com a falta de água potável até para o consumo próprio. E a situação tende a piorar, pois o período de estiagem está apenas começando. Daniel Panobianco - O período de estiagem na porção sul-amazônica entra no seu auge a partir de agora proporcionando uma mudança radical do padrão de escoamento, principalmente em Rondônia. Em mais de 80% de todo o território estadual não cai uma gota d’ água a mais de 60 dias. A estiagem é mais intensa no centro do Estado, região de Ji-Paraná, quando a última chuva foi registrada no dia 28 de abril, no primeiro fenômeno da friagem de 2007. Dessa data em diante, a umidade praticamente desapareceu no Estado fazendo com que muitos focos de queimadas se proliferassem rapidamente. Ainda não estamos em período legal de queimadas na Amazônia. A data estipulada pelo IBAMA só começa a partir de 01° de setembro, mas a visão para nós que aqui residimos e andamos Estado afora é desastrosa. Fogo por todos os cantos, florestas intactas sendo consumidas de norte a sul e a poluição, que agora conjugada junto à poeira da estiagem lota hospitais de todas as cidades. O curioso é que, mesmo não tendo nenhum sistema atuante de larga escala que venha a provocar ou agravar a estiagem no sul da Amazônia, nenhuma instituição de pesquisas ainda relatou o fato que agora sofremos e muito. O volume de chuvas desde janeiro já está abaixo da média em grande parte do Estado. Em Ji-Paraná, por exemplo, a chuva acumulada desde o dia 01° de janeiro só marca 639,7 mm, quando o normal seria entre 1000 e 1200. Isso nenhuma instituição de pesquisas coloca ao seu público alvo os possíveis motivos para uma estiagem tão localizada nesse ponto da Região Norte. Estamos preocupados, pois o período de estiagem em Rondônia está apenas começando. A chuva só retorna com intensidade significativa a partir da segunda semana de outubro, isto é, se nenhum outro evento de larga escala ou localmente atuante vier a atrasar mais uma vez o regime de chuvas no Estado. Nesse momento, quando falamos que nascentes e grandes rios da região estão minguando a pequenos fios d’ água é até estranho. No centro do Estado, o maior rio da região, o rio Machado atinge hoje a sua menor cota desde a seca de 2005, da qual escancarou a Amazônia em âmbito internacional sobre a mais intensa estiagem dos últimos 60 anos. Hoje, o nível do rio, segundo dados do Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná marca apenas 04,36 metros, quando o normal seria de 07,50 metros. Até outubro, quem sabe os centros de pesquisas, inclusive os locais não se pronunciam se o fato real e notório faz parte do ciclo de renovação da natureza ou algo mais além está acontecendo frente a todos. Dados: CPTEC/INPE – Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná
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