Anderson-SP

A antiga estação do INMET em Santos registrou, na normal 1961-1990, uma média de 1.655,9 horas de sol/ano. Para comparar: Sampa (Mirante): 2.003,3 horas de sol/ano Curitiba: 2.006,2 horas/ano. Olhando para esses valores fico pensando qual seria o número de horas de sol/ano para a antiga vila inglesa/distrito de Santo André, Paranapiacaba, com seus 1.100 habitantes. Acredito que não existam dados disponíveis, certo? (fotos: Prefeitura de Santo André e Tito Garcez)

Esse mapa que havia postado tem um limite máximo de até 180 dias a partir da data atual... mas há outros gráficos que podem mostrar isso que você está dizendo. O gráfico abaixo é o do índice WASP (Weighted Anomaly Standardized Precipitation). Ele mostra onde os desvios de valor de precipitação são mais intensos: acima/abaixo de +1/-1 estão fora da "normalidade" (branco) e representam períodos secos (marrom) e úmidos (verde). Para o Sudeste, há grande melhora para o estado de SP (ainda que não esteja recuperado), e de fato a situação esse ano parece estar pior para os outros estados da região. Veja o desvio em sua área. WASP América do Sul comparação DEZ/13-FEV/14 e DEZ14-FEV15 (normal 1981-2010, banco mundial):

13 pontos de alagamento na cidade.

Tenho um colega próximo, que é especialista em Mecânica Celeste, e que foi professor de alguns pesquisadores de meteorologia bem conhecidos... e vez ou outra conversamos a respeito de astronomia/clima. Para mim é uma bela oportunidade de aprender. Meses atrás em uma discussão sobre aquecimento global, ele apareceu dando risada "vão ser interessante as próximas décadas... está esfriando, está esfriando e não aquecendo..." Nunca conversei nada especificamente sobre o tema "era do gelo" com ele, mas gostaria de saber a opinião dele. ===== Ainda ontem havia feito um post sobre algumas considerações de George Kukla sobre efeito de ciclos processionais e glaciações, mas acredito que poucos gostam desses temas. Existem também obviamente, muitas outras teorias/informações sobre o assunto. Procure ler também sobre Khabibullo Abdusamatov, pesquisador que trata especificamente sobre a influência de ciclos solares no resfriamento do planeta. Para ele, o período de 2050/2060 seria marcado por um grande resfriamento. A "queda" começaria em 2014. Talvez nos próximos 20 anos seja possível ver alguma tendência que mostre (ou não) que a teoria dele esteja correta. Ele foi bastante citado depois desse último inverno de 2014 na América do Norte. * "Grand Minimum of the Total Solar Irradiance Leads to the Little Ice Age"

Para o "oeste" Paulista, dentro das áreas que normalmente aparecem com desvios de temperaturas mais comportados/negativos nesses mapas de anomalias que são postados aqui, há dados interessantes para algumas cidades monitoradas pelo INMET: por exemplo para Catanduva para as máximas de 1950-2000 que parecem seguir uma tendência de decréscimo respeitável... e com Presidente Prudente comportada.... não tenho acesso aos dados seguintes, se tivesse continuaria o gráfico, mas será mesmo que haveriam mudanças após tantos episódios de anomalias negativas a oeste? Me refiro as máximas e não as mínimas. Já a leste a coisa é bem diferente. Máximas (anual) fonte: Obregon & Marengo (2007) "Caracterização do Clima no século XX no Brasil: tendências de chuvas e temperaturas médias extremas".

Já enviei! Para a segunda parte, a interpretação do Kukla foi feita sobre dados da NASA/GISS.

Eu comentei isso no face com a galera, quem já foi lá em manha de inverno sabe que o lado oposto da nascente do campo belo (em relação a estrada) fica mais tempo na sombra, além disso existem umas baixadinhas poderosas daquele lado Uma imagem vale mais do que mil palavras! http://s27.postimg.org/tqakagtc1/175.jpg (O William é um desses de costas se não estou enganado kkkk) Exato Frost, era isso que eu estava dizendo. Nessa região da nascente que é especialmente fria segundo relatos de vcs, em um ponto que fosse protegido a Oeste, deveria apresentar uma média ainda mais baixa de temperatura, pelo menos em teoria.

Em caso de uma clara tendência de frio no HN, há uma estimativa de 8-10 até que o HS "siga" o Norte devido ao efeito da grande quantidade de água que existe aqui. ======= Essas diferenças me lembram de um artigo do George Kukla, que foi um dos pioneiros em estudos da influência de fenômenos astronômicos no clima. Ele escreveu coisas interessantes na década passada sobre como o mecanismo de resfriamento na Terra e como ele é sentido de maneira diferente em locais distintivos, além de sua opinião sobre aquecimento global. Sendo simplista, no longuíssimo prazo, devido a variações de intensidades de insolação causada pela distância Terra/Sol em diferentes meses (mudança do periélio no solstício (atual) para o equinócio), há uma tendência de [highlight=yellow]aumento na incidência de raios solares no primavera/inverno e enfraquecimento no verão/outono[/highlight], baseados esses ciclos precessionais. Nesse caso, como resultado existe uma tendência de aquecimento dos oceanos tropicais e de resfriamento nas regiões polares ao mesmo tempo. Assim, a área compreendida entre menores latitudes - trópicos (que tem um grande peso na temperatura média mundial) em um primeiro momento estaria sujeita a um aquecimento. Ao mesmo tempo, a quantidade de gelo nos polos continuaria a aumentar, mesmo com a temperatura média da Terra elevando. Na época para ele o "aquecimento global" não seria antropogênico totalmente... Anos depois ele retifica essa última parte e diz que já não acredita na influência humana no GW. We show that he was essentially right and that the principal cause of Quaternary glaciations was the intensification of the hydrologic cycle by the warming of tropical oceans and increase of equator-to-pole temperature gradient, which led to the growth of land-based ice in the high latitudes. The change was due to decreased obliquity and to the increased intensity of the solar beam in boreal winter and spring at the expense of summer and autumn. This resulted in higher frequency of El Nino compared to La Nina anomalies. Decreased water vapor greenhouse forcing and increased reflection from expanding snowfields were also instrumental in the transition from the last interglacial into the glacial. [highlight=yellow]The current orbital changes, although less extreme, are qualitatively similar[/highlight]. artigo completo: https://courses.eas.ualberta.ca/eas570/tropics_glaciation.pdf

Acho que ninguém falou ainda aqui sobre a influência da face da montanha na temperatura... isso é importante se as temperaturas baixas são o objetivo, assim a face da montanha (em relação ao Sol) onde será colocada a estação deveria ser levada em conta também. No hemisfério norte, estações de esqui que tem pistas voltada para o norte (north face daí o nome da empresa de artigos para montanhismo) apresentam temperaturas mais baixas pela menor incidência solar devido ao ângulo de incidência do Sol. Esse efeito é maior em latitudes maiores (como era de se esperar) e quando o Sol atinge a maior distância angular durante o ano (solstício de inverno). Como consequência, a face norte é mais úmida/com menor temperatura e portanto mantém maior quantidade de neve durante a temporada Já na direção leste/oeste, a face oeste é na maioria das vezes mais quente/seca. Uma maneira de ver rapidamente a influência do Sol na face escolhida é olhar as diferenças de vegetação e procurar "áreas mais verdes".

Um pouco de "aquecimento global" para Cuba... Registrada a temperatura mais baixa para um mês de Fevereiro em Cuba, na cidade de Unión de Reyes (~23N): 1ºC. O recorde anterior era de 2,5 ºC (1996). A temperatura registrada iguala-se também ao recorde de temperatura mais baixa já registrada no país para todos os meses (recorde de 21/1/1971). Record low temperature in Cuba for February HAVANA, Cuba (ACN) -- The Cuban Institute of Meteorology reported that early Friday morning it registered a temperature of one degree Celsius (33.8oF) in the town of Union Reyes, in western Matanzas province, the lowest temperature ever recorded in Cuba for the month of February. This temperature was due to the strong influence of a very dry mass of cold air of arctic origin, in combination with low clouds in the interior of the western and central regions, which favoured heat radiation at night and caused again another remarkably cold dawn in parts of the interior of much of the country. http://www.caribbeannewsnow.com/topstory-Record-low-temperature-in-Cuba-for-February-24927.html

(figura: J.Bastardi)

GFS 18z

(NWS)

RMSP, estimativa de precipitação acumulada 2013/2014 x 2014/2015 para o período:

Projeções da Sabesp (conj. Saisp, Cemanden, Inpe) para a Cantareira, de acordo com 5 cenários diferentes de precipitação: Final de janeiro/2015 Final de fevereiro/2015 A recuperação (estimativa) do 1º volume morto depende da quantidade de chuva nos próximos meses: volume na média - 267 dias volume 25% maior - 76 dias volume 50% maior - 51 dias *Essas projeções se baseiam para o fluxo de retirada de água atual e taxa de evaporação dentro da média para cada período.

Taubaté não é monitorada pelo Cemaden, o restante está abaixo:

Sem dúvida, está bem acima do limiar de inundação. Em 5 dias a água tomou conta de diversas áreas. Pelos modelos a situação deveria melhorar até o começo de março, mas evidentemente depende da localização das chuvas... sei não :russian:

Cemaden:

Gerson, se tiver a possibilidade vá para o Norte, ainda dentro da Finlândia, em território Sami. Ano passado estava na Suécia, no final do outono começo do verão e ainda nevava na região de Kiruna. Acredito que a Lapônia dificilmente desaponte no quesito neve.

Não há um consenso sobre uma definição única de montanha, ainda que existam algumas "regras" sobre a altitude, ângulo de elevação, período de formação etc... As Highlands na Reino Unido são consideradas montanhas, ainda que não cheguem 1.400m de altitude. Aqui no Brasil, ao que parece, há uma grande confusão entre cume e proeminências, que leva a criação de "novas" montanhas. Acredito que faltam recursos para a melhor descrição topográfica no país.

Com relação a Antártica, talvez esse ano a quantidade de gelo alcance um dos mais altos valores para níveis mínimos. Já no longo prazo vamos acompanhando. Com relação a AMO (abaixo)... os invernos no final da década de 1970 nos EUA foram épicos... 78/79 com quase 90" de neve em Chicago.

Para os chorões de plantão....este ano começou em fevereiro...vixe.... Imagine o Rodrigo em plena LIA com anomalia positiva na querida GYN. Abraços Interessante o mapa Mafili, principalmente o atlântico sul. "li por aí", sobre uma "estimativa", que para uma queda de temperatura (consistente) o HS "demoraria" por volta de 8 anos para acompanhar o HN... delay abração

Falando em diferenças entre temperaturas max e min, como a órbita da Terra não é simétrica o hemisfério Sul deveria apresentar verões mais quentes e invernos mais frios que o hemisfério Norte. Como todos sabem, na prática isso não é observado pela grande quantidade de água no Sul. Pelos mapas abaixo, o Brasil é bem comportado nesse quesito... já temos emoções demais com a política, falta de infraestrutura, segurança... :sarcastic:

Cantareira hoje (22/02): 10,4 % Abaixo, variação de volume armazenado até 21/2: