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Brasil Abaixo de Zero

floricambara

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Posts posted by floricambara

  1. 56 minutos atrás, klinsmannrdesouza disse:

    O clima Tropical, com estações úmida e seca definidas igualmente durante o ano (pico chuvoso entre novembro a fevereiro, transição para a seca nos meses de março a abril, pico seco entre maio e agosto, transição para as chuvas em setembro e outubro) vai desde a latitude 10S até o paralelo 20S; na sua forma típica; onde os picos de calor acontecem em agosto, setembro e começo de outubro, depois as temperaturas ficam mais amenas com o gradual aumento da precipitação. A vegetação no interior é caracterizada pelo cerrado, com árvores de casca grossa e mais retorcida adaptadas a estiagem e rápido brotamento com as primeiras chuvas; no litoral desde o Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro temos a Mata Atlântica, floresta tropical densa e com folhas perenes, indicando maior umidade e temperaturas mais altas em boa parte do ano.

     Ao sul de 20S começa a haver uma transição para o clima subtropical; o período seco fica mais curto pela maior frequência das frentes frias que causam chuvas frontais, os resfriamentos se tornam mais consistentes e frequentes, inclusive com o aparecimento das geadas e as temperaturas mais altas não ficam restritas somente a agosto-setembro-comeco de outubro. Um exemplo deste clima ''sanduiche'', são as capitais São Paulo e Campo Grande; as características de tropicalidade do clima como chuvas concentradas na primavera/verão e tempo mais seco no outono/inverno ainda são presentes, porém durante a passagem das frentes frias mais intensas do ano é comum volumes de chuva acima dos 20 mm nessa região de mudança (entre maio e agosto, as áreas ao norte do paralelo 20S dificilmente registram chuvas mais constantes).

     O clima subtropical, entre o sul do MS, SP até o norte do RS, por si só, é uma mistura do tropical com o temperado; ele já não é quente pelos resfriamentos intensos na época do frio e pela melhor distribuição das chuvas durante o ano; e também não é temperado, pois o inverno não e tão frio e a neve não ocorre de maneira ampla por 3/4 meses seguidos. A vegetação é meio ambígua, em ainda lugares há a configuração de mata tropical, em outros há a ocorrência de árvores que não tem folhas no inverno, nas áreas acima de 600 metros há a araucária, pinheiro que resiste mais ao frio. O Paraná e Santa Catarinaora sofrem com a massa de ar seco do Brasil central ora com as tempestades e inundações de primavera.

     

    Sobre a questão do padrão de chuvas, há um artigo num blogue de meteorologia que compara os padrões climáticos entre Porto Alegre, Curitiba e São Paulo. Na parte das precipitações especificamente, ele diz o seguinte: 

     

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    Diferentemente das variáveis anteriores, essa é a primeira onde não é possível achar uma relação mais estreita entre as três capitais. São Paulo e Curitiba apresentam redução da pluviosidade média no inverno, porém Curitiba não chega a apresentar valor tão baixo quanto São Paulo nestes meses. Os 73 milímetros médios registrados em Curitiba em Agosto não chegam a ser tão baixos quanto os 39 milímetros médios de São Paulo. Porto Alegre, por outro lado, tem crescimento no seu índice médio nos meses de inverno. 

     

     

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    Diz, concluindo:

     

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    Porto Alegre possui pouca correlação com São Paulo e Curitiba em relação à nebulosidade, insolação e precipitação, e apresenta-se mais oscilante ao longo do ano quanto ao comportamento das temperaturas, exceto nos recordes de temperatura máxima e mínima, quando a oscilação tende a ocorrer numa mesma proporção das outras duas capitais

     

    Extra:

     

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  2. 23 minutos atrás, LeoP disse:

     

    Mas isso é climatológico mesmo, não? Esse calorão pós inverno e pré-monções é típico de áreas tropicais do Brasil central, então é esperado que o RS não enfrente altas temperaturas agora, especialmente a metade sul do estado. Como o maçarico pós inverno está em intensa expansão, é possível que outras áreas do Rio Grande do Sul tenham um expressivo incremento de calor já em setembro/outubro nos próximos anos, assim como temos observado no sudeste há vários anos (não era assim) e, mais recentemente, em grande parte do próprio Sul.

      

    Áreas de grandes latitudes do RS têm calor forte a partir de dezembro, como o @Eclipse comenta dos caloraços em PoA próximo às festas de fim de ano, como bem deve ser mesmo um local com estações bem definidas. Nesse período, estará chovendo com abundância no centro do Brasil e teremos a situação inversa, de boa parte do RS torrar enquanto a metade sul do sudeste e centro-oeste têm temperaturas mais civilizadas (favorecidas pelas constantes chuvas).

     

    Belo Horizonte já torra com temperaturas em torno de 33ºC no final da manhã.

     

    É exatamente isso! Boa parte do Sul, não obstante esteja em altitudes elevadas, está em latitudes mais ambíguas. Como eu já disse outro dia: a vegetação explica tudo. Curitiba está numa altitude muito elevada, por isso tem até coníferas na sua floresta nativa, mas descendo a serra tu te deparas com uma vegetação muito tropical, mata densa, perene, com todo o jeito tropical.

     

    O litoral sul-rio-grandense já deixa de ter esse ar tropical. O mais próximo de algo mais tropicalizado por aqui é a região de morros e matas entre a serra gaúcha e o litoral norte, onde o lugar ainda não tem tanta aparência temperada. Mas é uma transição ainda assim. Costumo pensar o seguinte: quando o lugar começa a ter muitas bananeiras à beira da estrada, é porque ali a “tropicalidade” está presente em algum grau. O @Eclipse deve conhecer o caminho entre Porto Alegre e Torres. Deixo umas fotos dele a seguir. Respectivamente: em agosto e em janeiro, pontos diferentes da BR-101. As palmeiras da segunda foto, aliadas ao verde escuro vibrante, lembram um pouco as matas de certos pontos da Ásia, do sul da China quem sabe, do norte da Índia… Sempre fui sensível a esses detalhes, haha.

     

    Ah, adicionando uma pergunta: por que será que no sul da Geórgia, nos EUA, lugar na mesma latitude que Porto Alegre, a floresta já é de tipo bem mais temperado do que as que temos por aqui (na verdade uma pradaria, mas com algumas espécies arbóreas)? Até temos algumas plantas caducas, mas não são tantas. Ambas as regiões estão na costa atlântica, se bem que em hemisférios diferentes. Adoraria receber uma explicação.

     

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  3. 18 minutos atrás, RafaelBHZ disse:

    Nas outras grandes ondas de calor que o sul enfrentou, como 2012, eu me lembro que Bagé pegou fogo. Mas Chuí consegue escapar até mesmo dessas?

     

    Não te sei dizer, em 2012 eu ainda era pequeno e não fazia um acompanhamento muito preciso. Mas o Chuí sempre costuma estar mais agradável, mesmo quando faz calor, a despeito de estar ao nível do mar. Lá, quando as ondas de frio do auge do inverno se enfraquecem, a temperatura mesmo assim não passa dos 20 graus, enquanto em Porto Alegre não é incomum que chegue aos 23 ou 24, às vezes até mais. É a latitude. 

     

    O extremo sul do estado, vale dizer, é um “bico” latitudinal. Entre Rio Grande e o Chuí é uma diferença considerável. Certamente devem influenciar por ali a presença das lagoas, mas aí peço que outros a expliquem a todos nós, quem sabe o @Pablo MQL, porque não me sinto habilitado a opinar.

     

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  4. Após um tempinho longe do fórum, deixo-lhes este tuíte, que resume um pouco a situação atual de contrastes no estado:

     

     

    Para os próximos dias, Porto Alegre terá dias controlados: 

     

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    A fronteira com o Uruguai, por sua vez, mais controlados ainda, como sempre. Bagé e Chuí:

     

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    Outros lugares, como Santa Rosa, terão dias quentes pela frente:

     

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    Até mesmo cidades altas, como Erechim, que aliás quase sempre é mais fria que a região de Porto Alegre, terão calor também:

     

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  5. Dito tudo o que se disse sobre os calorões vindouros, em Porto Alegre as temperaturas, se por um lado aumentarão em comparação com o começo do mês, não chegarão a extremos (quem sabe nas mínimas, como naquela de 19, aí sim). A partir de sexta teremos máximas interessantes para os que gostam de tempo mais frio.

     

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  6. 4 horas atrás, Pablo MQL disse:

    Si habria que elegir la especie representativa de Montevideo esta seria el Espinillo (Acacia Caven), parece ser que siempre fue muy abundante, hay una peninsula del departemento con su nombre y es el arbol que aparece siempre donde resta algun "relicto" de vegetacion original en la ciudad.

     Es muy parecida a la acacia dealbata salvo por que la especie montevideana es caduca y florece en primavera (la especie australiana florece en verano y es perenne).

      

     Debido a sus espinas y a pesar de su hermosa y aromatica floracion no es una especie muy comun de ver en parques, plazas y predios particulares montevideanos.

     

     

    Nunca la vi en la región de Porto Alegre, pero creo que sí en la frontera, así que creo que sea una especie cuyo limite de distribución geográfica no sea tan amplo como el de los butias.

     

    4 horas atrás, Pablo MQL disse:

    Otra especie representativa de la flora autoctona montevideana es el ceibo , su flor es la flor nacional, es caduco y sus hojas toman tonalidades amarillas antes de caer, es un arbol que se ve plantado en predios particulares, parques y plazas, sin embargo no es apto como arbol de alineacion:

     

     

    Aquí la tenemos también. La considero linda, al borde del Guaíba hay muchas. Le llamamos “corticeira-do-banhado”. Hay otra a la que llamamos “corticeira-da-serra”, que es de carácter más subtropical o tropical.

     

    3 horas atrás, Pablo MQL disse:

    Y el otro tipo de bosque caracteristico de la capital argentina, que quizas sea el mas interesante, es la selva paranaense que llega a traves de las aguas calidas de este rio y que tiene su mayor exponenete en el Delta del Parana.

     El monte blanco, bosque ribereño del Bajo Delta o selva en galería del Río de la Plata es un ecosistema selvático característico del delta inferior del río Paraná. Es un  bosque sobre las costas del Rio de la Plata, que abarca desde las islas al norte en la provincia de Entre Riods hasta la bahia de Samborombon en la provincia de Buenos Aires.

     Es la formación forestal natural de tipo subtropical más austral del planeta. Cuenta con una biosenosis de alta diversidad, particularmente de especies vegetales y animales de origen tropical y subtropical, muchas de las cuales alcanzan allí su límite austral de distribución.

     

     

    Me parece ser una vegetación muy similar a la que hay al borde de los ríos de todo Rio Grande do Sul. En las fotos que dejo se puede ver más o menos como es la vegetación de esos lugares (es el río Gravataí). Es interesante notar que hay un carácter estacional en las plantas. La primera foto, en la que domina el verde, es de noviembre; la segunda, de junio; la tercera, de septiembre. La verdad es que aquí podemos ver una transición muy clara entre lo que es una naturaleza tropical y lo que es una naturaleza templada. Si viajamos desde Torres hasta la frontera con Uruguay vemos que la naturaleza se va adquiriendo rasgos diferentes devido a la posición latitudinal. Si no tuviéramos las sierras quizás nos fuera aún más fácil verlo.

     

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  7. Uma ideia quem sabe seria criar espaços específicos na cidade onde se plantassem árvores “diferentes”. Lugares que seguissem o padrão da praça Gustavo Langsch (ou praça Pôr do Sol), onde intencionalmente se criou todo um paisagismo diferente.

     

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    A praça é gerenciada pelo engenheiro agrônomo Miguel Flores da Cunha, que foi o responsável pela beleza do local que antigamente era abandonado e cheio de lixos, ele pesquisou e selecionou entre 25 espécies de árvores que vivem melhor em climas frios e foi com seus próprios braços plantando as espécies que estão lá até hoje.

     

    Bela Vista: guia para aproveitar um dia no bairro - Blog da Wolens

     

    Praça Gustavo Langsch (Porto Alegre) - ATUALIZADO 2020 O que saber antes de  ir - Sobre o que as pessoas estão falando - Tripadvisor

     

    Praça Gustavo Langsch - onde o outono em Porto Alegre é imperdível

     

     

     

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  8. Notícia recente sobre plantio de árvores em Porto Alegre: Porto Alegre recebe primeiro plantio massivo de árvores em cinco anos: conheça as mais belas espécies nativas

     

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    Outro esforço para garantir uma vida longa e saudável aos novos exemplares foi investir nas espécies nativas  —  como são chamadas aquelas que ocorrem naturalmente na cidade. Segundo Souza, pelo menos 80% das novas plantas são originárias da capital (como jerivás, corticeiras-do-banhado e corticeiras-da-serra) ou do Rio Grande do Sul. Somente o trecho 3 da orla do Guaíba, em obras, deve receber 850 mudas nativas. 

    Além de se adaptarem com mais facilidade ao clima e ao solo da cidade, as espécies autóctones tem um tipo de frutificação que ajuda a alimentar as aves da Capital. Também são menos suscetíveis a pragas como a erva-de-passarinho. Já do ponto de vista urbanístico, elas precisam ser equilibradas com as espécies exóticas.

     —  A maioria das nativas não perdem as folhas, o que dificulta o controle térmico de algumas vias. Nesses casos, uma exótica pode ser bem-vinda pra compor com as demais  — diz Souza. 

     

     

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    Área de transição entre a mata atlântica e o pampa, Porto Alegre apresenta vegetação desses dois biomas. Isso faz com que seja possível, por exemplo, que tanto árvores como as figueiras, características da mata atlântica, como os butiazeiros, naturais do pampa, cresçam naturalmente na cidade.

     

     

     

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    Mas já há espécies nativas escassas. Sem planejamento de arborização, em décadas passadas, foram plantadas diversas espécies exóticas, como os múltiplos ligustros encontrados nas vias, parte deles dada a Getúlio Vargas na década de 1940. Enquanto algumas cresceram saudáveis — como as descritas anteriormente —, outras viraram presas fáceis de pragas como a erva-de-passarinho. Algumas das exóticas, consideradas invasoras, passaram a disputar espaço com as espécies de Porto Alegre. 

    O esforço para plantar espécies nativas começou na década de 1980, mas só ganhou força nos anos 2000, a partir da publicação do Plano Diretor de Arborização de Vias Públicas. O documento prevê que as espécies locais sejam privilegiadas entre os novos plantios, respeitando um percentual mínimo de 70%. Nos últimos anos, as regras vinham sendo aplicadas nos plantios de compensação ambiental por obras realizadas na capital. 

    Com a ajuda de técnicos da Smams, a reportagem levantou 10 exemplares de árvores nativas de Porto Alegre e uma do Rio Grande do Sul  —  os ipês-roxos que colorem a capital às vésperas da primavera  —  que se destacam nas vias públicas. Tamanho da copa, preservação do vegetal, floração na primavera e valor histórico foram alguns dos critérios utilizados para montar um roteiro que passa por diferentes regiões da cidade.

     

     

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  9. 25 minutos atrás, DSoares disse:

    Elas não são nativas na cidade, que fica ao nível do mar

     

    25 minutos atrás, DSoares disse:

    Mas existem muitas, mas muitas araucárias plantadas aqui

     

    O mesmo para a região de Porto Alegre. Não diria “muitas, muitas”, mas tem bastante, é uma árvore normal de ver. A pessoa acho que encontra araucárias até no litoral, à beira-mar ou quase nela. É que a araucária é uma árvore que enche os olhos de qualquer pessoa, é especial, é parte da identidade sulista. Não é vulgar. Por isso é plantada até onde não é tecnicamente nativa.

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  10. Gostei de ler as opiniões publicadas aqui. Enfim, creio que, não discordando do que disseram, mantenho a minha opinião: podemos promover uma preferência pelas nativas, mas sem deixar totalmente de lado árvores exóticas que tenham apelo estético, afinal a arborização pública também diz respeito ao embelezamento dos ambientes urbanos, embelezamento esse que pode, e na minha opinião deve, englobar também as plantas a que chamo outonais, mas que na verdade dão um visual bonito aos lugares o ano todo, e não só no outono.

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  11. 33 minutos atrás, EvandroPR disse:

    Toda época de pinhão eu compro no mercado e planto na caixa de leite.. estou com umas 10 mudas em casa.

     

     

    Na região de Porto Alegre, apesar de não ser nativa dela, há bastante araucárias até. Não tanto quanto nos planaltos sulistas, mas há. O problema é que é uma árvore muito grande, demanda espaço, aí fica difícil plantar nas cidades, acaba ficando restrita aos que têm pátios maiores e aos espaços públicos. Aliás, a nossa região está bem na transição entre os biomas pampa e mata atlântica, então temos contato com dois tipos de natureza, digamos.

     

    29 minutos atrás, TôBrabo disse:

    A foto indica o que torna plátanos, liquidâmbares, tílias, carvalhos (já vi em eucaliptos, ciprestes, uva-do-japão e mesmo nativas mau cuidadas) fadados à morte em boa parte do Brasil, inclusive Porto Alegre. As ervas de passarinho, emaranhados verdes na copa que deveria estar nua, se não forem retirados crescem até matar a hospedeira. Acontece em 80% dos plátanos de Porto Alegre, no mínimo. O melhor controle é o manejo desses vegetais por técnicos capacitados, que façam podas corretas, raríssimos em prefeituras brasileiras, muito mais comuns no Uruguai e Argentina, que também são fora da área nativa destas ervas, portanto são lugares com árvores caducas do hemisfério norte geralmente mais saudáveis. Nos altos das serras, campos de altitude e pampas estas árvores se dão melhor sem tanto cuidado. 

      

     Admiro a beleza delas, plantei duas liquidâmbares em Canela, mas em Porto Alegre aceitei que angicos, jacarandás, canafístulas, tipuanas, ipês, guapuruvus, que evoluíram no mesmo ambiente que as ervas e tem mais proteções naturais contra elas nestes ambientes desequilibrados, formam conjuntos igualmente lindos e proporcionam um rico espetáculo estacional. No momento, enquanto as decíduas do hemisfério norte renascem suas folhas verdes, as nativas de florestas deciduais do Brasil se cobrem de seus tons de amarelo e laranja para em breve perderem todas as folhas e florescerem amarelas, roxas, vermelhas, laranja. As datas variam entre as regiões de ocorrência numa dança milenar. De qualquer forma acho obrigação dos porto-alegrenses cuidar do que resta dos grandes plátanos plantados no passado, quando se davam melhor aqui, em vez de cortá-los e substituí-los (no caso do túnel de plátanos cortados este ano próximo a Igreja da Dores nem substituídos foram). Destaco os plátanos do bairro Boa Vista, Vila Conceição, bairro Petrópolis, quarto distrito, parque Marinha, hidráulica do Moinhos...

     

    Já tinha ouvido falar dessa praga. É um problema, de fato, mas bem que poderiam as prefeituras ter esse cuidado maior com as árvores para que pudéssemos admirar, além das florações das nativas, também a beleza outonal. Não se trata ao meu ver só de algo paisagístico, mas também cultural: acompanhar as quatro estações é um traço que cultivamos por muito tempo no Sul e que deveríamos valorizar mais, inclusive na nossa arborização. Podemos pensar em espécies outonais mais resistentes, por que não? A nossa salvação outonal quem sabe sejam as já citadas extremosas, que ainda são amplamente utilizadas nas cidades sulistas. Mas uma pergunta é o que te faço agora: afinal, por que é que antigamente os plátanos se davam melhor aqui? A erva-de-passarinho é coisa recente?

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  12. Em 18/09/2020 em 12:22, Guilherme Wawrzyniec disse:

    Uma das coisas que eu mais gosto é de plantar árvores, inclusive árvores de regiões temperadas que atrai bastante os turistas e a mim, principalmente pela minha obsessão por plátanos, estou plantando tanto plátanos que daqui um tempo vai virar uma floresta temperada aqui na minha região, uma floresta "plantinada" hehe De vez em quando estou fugindo pra FLORIPA plantar algumas, e naquela avenida mais famosa da ilha que é a beira mar norte, é uma região boa para encher de plátanos e acho que vão me massacrar por plantar ali, kk. O que mais dificulta é a imbecilidade de alguns, pois gostam de arrancar. 

     

    Compartilho do mesmo gosto. Não que eu desgoste de todas as árvores nativas do Rio Grande do Sul; muito pelo contrário, gosto muito dos jacarandás, dos ipês, dos butiás e das araucárias. Mas sinto falta de ver certas espécies que, apesar de serem lindas, não se plantam muito porque não são nativas. No Brasil parece haver um preconceito grande com as exóticas. Como eu já disse, as prefeituras aqui raramente as introduzem nas cidades. Estão ficando cada vez mais incomuns em muitos lugares, porque as que restam são antigas, acabam morrendo e são substituídas por nativas que não são lá muito bonitas. Acho que uma das poucas espécies caducas que permanece bem forte é a extremosa, estando os plátanos, os álamos, os áceres e árvores do tipo em certa decadência. Em Porto Alegre, a propósito,  já caíram plátanos na cidade por causa de tempestades, e a prefeitura, no lugar, decidiu pôr árvores nativas mas esteticamente questionáveis. Com isso tudo acaba restando aos próprios moradores a tarefa de embelezar a cidade com cores outonais. E é interessante que todos adorem ver essas árvores na serra, mas ao mesmo tempo não pensem em introduzi-las na cidade onde vivem. Eu pessoalmente estou pensando em plantar uns plátanos e outras árvores caducas em áreas públicas perto de onde moro.

     

    A tua cidade é pequena, eu sei, mas já tiveste algum problema com esses plantios? Tenho medo de gastar dinheiro com uma muda (não são baratas) e acabarem destruindo a árvore ou até mesmo a prefeitura decidir retirá-la do lugar. 

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  13. 6 horas atrás, Eclipse disse:

    É tão bom perceber os dias ficando mais longos. Estamos com claridade ainda, foram muitas semanas de escuridão de Maio a Agosto kkk

     

     

    Sim! Nós do Rio Grande do Sul temos que prestar atenção a isso. Sempre achei muito interessante observar essa contínua transição no decorrer do ano. A aura dos dias vai mudando mês a mês, e a pessoa percebe claramente isso. Um dia de dezembro é muito diferente de um dia de junho, e não é só pela temperatura.

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  14. 10 horas atrás, Eclipse disse:

    1- Período frio no ano foi amplo, apesar de não termos tidos muitos eventos de frio extremo

     

    10 horas atrás, Eclipse disse:

    5- Sensação de frio estava presente, apesar dos veranicos: Tirando o veranico de Julho, foi difícil esquecer que estivemos no outono-inverno desde o começo de Abril.

     

    Concordo. Diferentemente do ano passado, em 2020 parece que tivemos de fato um inverno; houve momentos de calor na estação, é claro, mas é certo que o frio se destacou. Há anos em que o inverno tem tanto calor e tão pouco frio, frio esse quase que em gotas, a tal ponto que o porto-alegrense meio que começa a se questionar se as décadas não estão roubando da cidade uns graus de latitude.

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