rodolfo

O dia amanheceu claro e a temperatura subiu durante a tarde. Com o avanço da frente fria amanhã, é provável que as temperaturas subam ainda mais. No entanto, esta frente deve atingir o estado do Rio, com queda de temperatura. Acho que ao longo desta semana, o tempo muda de forma radical, com chuva, vento e frio. As condições em altitude são bastante favoráveis à entrada da frente e da "onda de frio".

Chuva, em mm: 1984 - 577 1985 - 2032,2 1986 - 1585 1987 - 1213 1994 - 1056,8 1995 - 1170,2 1996 - 1592,4 1997 - 853,1 1998 - 1412,6 1999 - 903,0 2000 - 907,8 2001 - 980,4 2002 - 835,1 2003 - 1378,9 2004 - 1017,9 2005 - 1768,8 2006 - 1469,0 total de chuva entre jan e abr nos anos de 84 e 07: 257,0 e 315,7, respectivamente dias de chuva, total de chuva e dias com trovoada no ano de 2007: jan - 15 - 146,0 mm - 5 fev - 04 - 140,7 mm - 1 mar - 05 - 10,2 mm - 0 abr - 06 - 39,5 mm - 2

Luiz, acho que há algum problema com os modelos, pois aqui no Rio é impressionante como erram. O problema maior é que eles não se dão conta disso. E pelo jeito, não adianta falar.

O INPE previa um aumento de chuva para hoje, devido um cavado em médios níveis da atmosfera. Isto não ocorreu. Apenas nebulosidade. Onde será que eles erram tanto ?

Houve chuva esta tarde no Rio. Mas não achei muita coisa. EStive em Vila Isabel e a chuva voi miúda, embora tenha sido suficiente para molhar o resscado solo. Não acredito nas previsões de 110 mm nos próximos dias. A frente fria já está reduzindo a sua atividade. Mas é uma chuva que vai dar uma trégua na seca, que deve retornar em breve, uma vez que já estamos entrando no ciclo de inverno.

Acho que no Rocha foi pouco mais de 500 mm e no Alto da Boa Vista, na estação da Capela Mayrink, 960 mm. A estação do Alto mesmo, do INMET, não conseguiu registrar a chuva do dia em que mais choveu, no final do espisódio, devido à queda de barreiras. Vou confirmar todos estes dados e os colocarei aqui. Ainda não o fiz pela falta de tempo. Mas até o final de semana, poderei me dedicar melhor.

Se eu nao me engano foi 1983. Vou colocar estes dados em breve por aqui. Em 1982 também choveu bastante. E, em 1984 foi um dos mais secos da história. Como já coloquei anteriormente, o total de chuva anual, no Rocha, ficou um pouco acima de 500 mm.

Houve relâmpagos ontem à noite. Haviam cúmulus congestius sobre o Maciço da Tijuca. No Rocha não choveu. O céu estava estralado.

Loepa e companheiros. Tenho dados do Rocha (chuva) desde os anos 80, embora com algumas falhas. Vou postá-los aqui. Em 1982, ano de famoso El Niño, houve um acumulado anual superior a 2000 mm.

As chuvas que caíram na 3ª feira foram insuficientes e irregulares, sob o ponto de vista geográfico. Enquanto que em alguns bairros houve registro de pancadas moderadas, como Rocinha e Jardim Botânico, em outros sequer choveu. Estas são características de tipos de tempo geradores de estiagens, pois episódios de chuva rápidos são sucedidos por novos bloqueios. O resultado final é um péssimo aproveitamento ecológico desta água. No Rocha não choveu.

Hoje, uma frente fria próxima ao litoral, provoca o surgimento de cúmulus nimbus em uma faixa que se estende pela baixada litorânea. Da zona norte é possível avistar este conjunto de nuvens. Pode ser que chova alguma coisa na capital, que precisa de chuva, muita chuva. Acredito que estas pancadas de chuva que vêm ocorrendo são típicas de situação de seca, quando não são registradas chuvas generalizadas e contínuas. O ritmo, ditado pela ação de bloqueios em altitude, repercute de forma a inviabilizar a chuva por aqui. Loepa, gosto do outono-inveno pelo frio, mas não pelos dias ensolarados. Acho os períodos de estiagem muito longos aqui no Rio, o que maltrata demais a vegetação.....

O dia amanheceu ensolarado, com névoa úmida e sem chance de chuva. Ontem deve ter chovido forte na região serrana. Havia relâmpago por lá. Não acredito em chuva nos próximos dias. O sistema de nuvens que provocou chuva forte sobre o rio Grande do Sul já se dissipou e, segundo a METSUL, um bloqueio de ar quente deve manter o tempo ensolarado no Sul nos próximos dias. Infelizmente o INMET fechou e continua fechando as estações no estado do Rio de Janeiro, não só na capital. Podemos citar o PN de Teresópilis, Alto Itatiaia, Santo Antonio de Pádua, entre outras. Por que não reabrir a de Bangu, que já possui uma série histórica importante, e abrir outra na Vila Militar ?

No Engenho de Dentro houve um acumulado de 326 mm em 1971. A maior da história na cidade.

É interessante que as chuvas intensas em Bangu em 1996 devem estar associadas a propagação da frente fria, que conseguiu evoluir pelo interior até este bairro, superando o obstáculo representado pela Pedra Branca. A partir daí, as chuvas foram moderadas. Acrescento que o rio Jacaré ficou todo barrento, embora não tenha transbordado. A mundança de cor foi em função das chuvas que caíram em suas nascentes, a exemplo do ocorrido com o rio Maracanã. O maciço da Tijuca foi severamente afetado, com escorregamento de encosta catastrófico em diversos trechos. Acredito que o mesmo ocorreu na Pedra Branca. O mar ficou barrento, com a cor marron atingindo as ilhas litorâneas. Foi um fenômeno de grande envergadura.

A frente fria chegou e não provocou chuvas no Rio. O setor mais ativo está sobre o oceano e não vai atingir o continente. O INPE coloca aviso para a possibilidade de pancadas de chuva hoje no Rio de Janeiro. Acho difícil, pois há um ritmo que dita a dissipação dos sistemas frontais antes destes atingirem o estado do Rio de Janeiro.

Percebi, empíricamente, uma redução das chuvas na década de 90, que se prolonga até hoje. Nos anos 80, tivemos verões chuvosos em 1981, 1983, 1985 e 1988. Em 83, o total pluviométrico no Rocha foi de mais de 2000 mm. Somente no verão, ficou acima de 700m. Nos anos 90, tivemos a grande enchente na bacia de Jacarepaguá, no ano de 1997 (se não me engano), com 177 mm em 24 h. Este evento foi interessante por ter atingido apenas as vertentes sul da serra do Mar, pois entre o Rio até Bertioga, as chuvas foram extremas. No Rocha, houve chuva de apenas 55 mm. Esta redução dos volumes de chuva coincidem com a redução da quantidade de neve que vêm caindo no Sul nos últimos anos. A última grande nevada ocorreu em 1990. Da mesma forma, os anos 80 foram marcados por grandes nevadas no sul: 1980, 81, 85 e 88, a maior da década, com acúmulo de mais de 30 cm no Planalto da Neve.

Será que a frente fria chega ao Rio ? Acredito que a circulação em altitude favoreça a sua entrada, embora com maior atividade sobre o oceano. A estação seca se aproxima rapidamente..... Acho que esta ano as matas vão arder em todo o estado do Rio de Janeiro. Uma pena.

Existem alguns trabalhos sobre este episódio na UFRJ. Um deles é sobre este evento na bacia do rio Jacaré, Zona Norte, e mostra bem os impactos sobre a área. A imprensa deu bastante destaque na ocasião. Não sei o porquê da maior divulgação das chuvas de 66 e 67. Em 1988 as chuvas foram contínuas por 20 dias, acumulando mais de 500 mm no Rocha, onde tenho um pluviômetro, e 960 mm na Capela Mayrink, Alto da Boa Vista. Acho necessário um estudo comparativo destes episódios, bem como daqueles referentes à seca.

Acho que a frente fria que está no sul do Brasil deve atingir o estado do Rio na sexta feira. A circulação em altitude está favorável à sua entrada.

Acho que não será mais possível reverter a situação de seca, uma vez que agora entraremos no semestre de estiagem. Mesmo que ocorra algum temporal extemporâneo, não modificará mais a situação, já que o solo está muito seco e a tendência é o aumento na freqüência de dias ensolarados, típico da estação. O que os governos deveriam fazer é estabelecer estratégias para fazer frente aos incêndios florestais, que certamente ocorrerão em uma escala mais intensa do que nos anos anteriores.

Tenho alguma coisa do que você solicitou. Preciso de um tempo para fazer o levantamento. Desde já, adianto que em 1971 houve um grande temporal, superior aos ocorridos em 1966 e 1967, com mais de 320 mm em poucas horas.

Foi uma grande decepção a chuva que caiu no Rio. Rápida e apenas moderada. Não foi suficiente para reverter os efeitos da seca. Na maior parte de cidade não choveu nada. Embora a frente fria esteja desorganizada, me parece que o bloqueio enfraqueceu, pelo menos é o que mostra a circulação em altitude, que ondulou em direção ao estado do Rio de Janeiro. Agora o tempo está parcialmente nublado. Não deve chover nas próximas horas.

Estou achando a frente fria muito desorganizada para provocar chuva. De qualquer maneira, espero que eu esteja errado. Os ventos estão do quadrante sul, moderados e o céu, se apresenta parcialmente nublado, com cúmulus-congestius, principalmente nas serras.

A seca continuará. Pelo jeito, esta semana ainda passará sem chuva. O calor também não dará trégua. Sendo assim, os incêndios florestais devem voltar a ocorrer a qualquer momento.

O dia continua ensolarado. Aparecem alguns cirrus agora no céu. Em março, o municipio que registrou o maior volume de chuva foi Três Rios, com 51 mm. É interessante observarmos que estamos sob um ritmo climático de outono-inverno, quando a circulação zonal impõe os bloqueios, fazendo surgir anticiclones dinâmicos, gerando tipos de tempo estável, seco e com temperaturas elevadas. Este tipo de tempo favorece a poluição, o aumento da temperatura e o ressecamento ambiental. Surpreende a presistência deste tipo de tempo.