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Brasil Abaixo de Zero

Anderson-SP

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Posts posted by Anderson-SP

  1. Se confirmar, será inédito.

    Se olharmos dados de chuva em Sampa, desde 1888, nas piores secas sempre tivemos no máximo 2 anos de verões secos seguidos, nunca 3 (Ou mais).

     

    Se acontecer, não teremos água nem pra remédio em Sampa.

    E nem energia elétrica.

     

    Não quero nem pensar... :shok:

     

    Esse ano está melhor para SP... mesmo em cenários (hipotéticos) mais pessimistas:

     

    T1aTxVf.png

     

    ========

    probabilidades: ENSO x ausência de chuva

     

    oYFGkZE.gif

    xHvX9Ca.gif

  2.  

    É... Não restam dúvidas para mim... Uma estação em baixada e sem urbanização em Curitiba tem mínima absoluta menor que Campos do Jordão.

     

    Também concordo, na verdade não é preciso nem ir tão longe. Rancharia (SP) que é uma cidade quente, em muitos invernos apresenta mínimas absolutas inferiores as de CDJ ou mesmo a outras cidades mais frias no estado. Só é possível ter um panorama geral mesmo desses locais quando se olham as médias, normais, etc.

  3.  

    Vale do Ruah o buraco não é todo fechado e nem me parece tão amplo como o PNI. Pelas imagens que mostraram aqui é 0,1% de chance de ser mais frio. Esta minia opinião falando apenas pelo que a gente observa de baixadas hoje.

     

    Na minha opinião é provável que tenha feito -9/-10 até mesmo ano passado, mas isso não significa que o desvio de um recorde seja grande. Não sei se a MPs conseguem transpor o local, como já aconteceu de fazer -3, -4 em cidades mais baixas e mal negativar lá. ASAS potentes idem. Então é possível e eu acredito que faça -10 todo ano, o que não significa que os valores mais baixos da história sejam ali. Os próximos anos podem trazer alguma coisa.

     

    Moretão, o Vale do Ruah realmente não é todo fechado, tem uma pequena abertura à leste ou sudeste (se não me engano), que não sei até que ponto pode interferir no escoamento do ar frio:

     

    https://lmsaopaulo.files.wordpress.com/2011/03/dscn6126.jpg

     

    Porém, tem algumas particularidades bem interessantes:

     

    Altitude: 2.512m = https://lmsaopaulo.wordpress.com/2011/03/24/serra-fina-2010-travessia-dia-de-corpus-christ/

     

    E área... apesar de não ser tão grande feito o vale do Campo Belo, não dá para desprezar:

     

    http://coconomato.com.br/wp-content/uploads/2014/07/Travessia-da-Serra-Fina-4-Dias-Vale-do-Ruah.jpg

     

    O que eu quis dizer antes é que o local tem potencial para superar a mínima absoluta de -8,0ºC de CDJ com folga quase todo ano, tal como o PNI, mesmo com essa desvantagem de ter uma pequena abertura.

     

    Eu acho impossível qualquer tipo de interpolação sem grande margem de erro ou ainda inferir qualquer estimativa sem uma estação no local, apenas olhando mapas de relevo. Para isso existem modelagens particulares. Quem visita a área com frequência\mora e atenta para isso, sabe que isso não é trivial. A "graça" está nesse ponto, do contrário os modelos acertariam muito bem as previsões para essas regiões.

     

    Existiram até alguns projetos brasileiros só para a previsão de chuva/temperatura para a Serra do Mar paulista e carioca. Alias, relevo no Brasil é tão pouco estudado que ajustaram as altitudes dessas proeminências na Mantiqueira apenas em 2000!!!

     

    Para ilustrar mostrar meu ponto, uma região de floresta/relevo montanhoso no Oregon como exemplo:

     

    CUFzBGU.gif

     

    Sobre as máximas da Mantiqueira ou mesmo seu comportamento de resfriamento: comportamento de montanha, normal e nada particular. Se houvessem cadeias de montanhas mais elevadas (ou de altitude similar) em outras localidades, o comportamento seria o mesmo, iriam mudar as taxas/valores dessas variações na temperatura (obviamente dependendo de faces, inclinação, latitude, continentalidade, etc).

     

    O bacana é justamente poder colocar as estações, verificar os dados...

     

    CM6e1vO.gif

     

    f3031oS.gif

  4. Eu procurei um tópico mais adequado para isso, mas não achei.

     

    Se a moderação achar melhor transferir isso para outro, ok.

     

    Achei um texto interessante sobre esse El Niño, só que com os ''cobras'' daqui do fórum com certeza vários trechos seriam duramente criticados (na linha do El Nino fortalecido pelo aquecimento antropogênico, blá blá blá).

     

    Mas o que me chamou mesmo a atenção foi o questionamento da capacidade do NOAA em mensurar e analisar esse El Niño, tendo em vista os brutais cortes do orçamento e a consequente diminuição de meios técnicos.

     

    Tudo só pra dizer que ''o bicho pode ser até pior do que parece''. Ou não. O fato é que parece que falta luz nesse tema.

     

    Em 2012, o Noaa sofreu cortes de orçamento do governo americano, sendo forçado a desativar um navio encarregado da manutenção das boias no Pacífico. Resultado: quinze das antes setenta unidades não funcionam mais. Das 55 que sobraram, mais da metade apresentou falhas nos últimos dois anos. Em resumo, o Noaa vem trabalhando com 40% dos recursos que tinha para prever e combater os efeitos do El Niño. "É o fenômeno climático mais importante da Terra e nos despreparamos para ele", reclamou o americano Michael McPhaden, cientista do Noaa que dirigiu o projeto das boias. Um editorial da revista americana Science, a mais prestigiada publicação de ciência do planeta, faz eco ao descuido: "Para economizar poucos milhões de dólares, o Noaa deixou o planeta parcialmente cego a um fenômeno que pode custar bilhões de dólares em danos".

     

    http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/el-ni-deve-ter-efeito-mais-devastador-duas-decadas-899001.shtml?func=1&pag=1&fnt=14px

     

    Se for o texto do McPhaden que eu estou pensando ele é de janeiro de 2014. O problema começou em 2012, e em março de 2014 a disponibilidade de dados total caiu para cerca de 28%. Entretanto, os americanos fizeram 6 viagens de reparos/trocas/manutenção no ano passado. A meta da NOAA era atingir 80% até dezembro, mas em novembro daquele ano esse valor já estava ultrapassado.

     

    hgbLb3J.jpg

     

    Até onde sei, desde essa época os dados estão no patamar aceitável (abaixo até maio de 2015, mostrando o nível de dados ok):

     

    rFleauv.jpg

  5. veja bem, o país é tão ineficiente, falta tanta pesquisa, tanta tecnologia, tanto investimento... se gasta tanto e tão mal pra manter a maquina... que o que resta é desvalorizar o cambio.

    Os governos, de modo geral não estão preocupados com isso.

     

    Trabalhei em instituto de pesquisa (IPT).

    Tenho amigos que ainda trabalham lá.

     

    O governo do estado sempre está cortando verbas.

    Quando a época seria de investir fortemente e seriamente (Com metas, etc) em pesquisa e desenvolvimento, nossos governos, de modo geral, fazem o contrário.

    E isso não é de hoje.

     

    Políticos brasileiros, de modo geral, não têm idéia da importância deste setor. :rtfm:

    Essa é a verdade.

     

    Para mim o principal problema é a burocracia na área, dificulta muito para desenvolver um trabalho que normalmente demora anos.

    =======

    Ainda que esteja longe do ideal, a agência Paulista (tida geralmente como a melhor da América latina) possibilita recursos e principalmente investimento para quem está no início da carreira. Funciona muito bem desde a década de 1960. Mesmo assim, evidente que a coisa não está nada fácil esse ano.

     

    Essa variação cambial está diminuindo o poder de compra de equipamentos e reagentes, e obviamente nossa competitividade com o pessoal do exterior.

  6. Nazar / Melo

     

    Boa Questão [2] :laugh: :laugh:

     

    Extremamente seco e desagradável para quem não está acostumado, além do descolamento exigir um logística muito complexa. Meu colega de trabalho já teve a oportunidade de ir durante o verão (obviamente), dez/jan, até a estação para pesquisas. Durante essa época, segundo ele os russos usavam uma espécie de "jaqueta de couro" pois "já seria suficiente" para o período. No trabalho tinham muitas anotações feitas de maneira igual as feitas décadas atrás. Os russos levam em média quase 6 meses de navio da Rússia até lá e geralmente permanecem por dois anos na estação.

  7. Olá, pessoal

     

    Eu acompanho o fórum desde 2013, mas faz bastante tempo que não comentava por aqui. Em contrapartida, todos os dias venho ler as mensagens hehe.

     

    Hoje vi uma notícia, como posso dizer, totalmente mentirosa (ao menos é o que me parece, corrijam-me se estiver errada), falando que este mês de julho foi o mais QUENTE da história do MUNDO. Tipo, oi?

     

    Vejam: http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/julho-foi-o-mes-mais-quente-da-historia-do-mundo-aponta-relatorio-9cyf4z1bzg77gdzwpasrq9brk

     

    :negative: :hysteric:

     

    todo mês é o mais quente dos últimos 187483483723 anos :sarcastic:

    Em pleno começo de agosto (dia 8) ainda havia gelo "anormal" ao sul da Baía de Hudson (James) - Canadá...

    (ainda que certas regiões no mundo estejam apresentando anomalias positivas consideráveis), mas no geral:

     

    dados para os EUA:

    2l9l34g.jpg

     

    2jh5k5.jpg

  8. Aliás, gás de cozinha não tem odor característico é adicionado uma fedorenta substância para alertar o usuário.

    Etil-mercaptana.

    Mal-cheirosa como quase todos os compostos que contém um ou mais átomos de enxofre na fórmula.

     

    Na minha época de aluno usava muito mercaptoetanol no lab como antioxidante, nem preciso dizer como tudo cheirava :sarcastic:

     

    ================

     

    2pt9b0i.jpg

    s32hqp.jpg

  9. (...)

    Os americanos chamam de "Blob warm" o super bloqueio (resiliente, persistente e grandão)que resolveu morar na costa oeste dos EUA.

     

    Este responsável por invernos ruins ( ao padrão americano aí gente) por secas na Califórnia , Texas e alhures.

     

    http://i62.tinypic.com/10rigxf.png

     

    Apesar dos invernos "ruins" na Costa Oeste, o verão na terra do Tio Sam teve julho com máximas bem comportadas de maneira geral (média 1901-2000).

     

    -2015 é 34º mais quente da série e 1936 continua imbatível.

     

    2l9l34g.jpg

  10. William, não sei como estão suas médias, mas como está sendo o inverno aí para a Mantiqueira (cidades)? Monte verde teve a segunda mínima absoluta mais alta (0,8ºC) desde o início das medições na estação INMET. Acredito que Campos do Jordão nem negativou pelo INMET também (foi 0,4ºC - me corrijam se estiver errado - acredito que só nos -0,5ºC no CPTEC) :russian:

     

    A menor marca do ano em Campos do Jordão , foi no Pq Estadual (Horto Florestal) com -2,0 no dia 27 de junho último.

     

    Por aqui outono e começo de inverno foram umidos , minimas muito acima e maximas abaixo da media , o povo até falava que estava sendo frio por causa das maximas mais baixas ... A partir de Julho virou com o tempo seco , as minimas cairam e as maximas subiram um pouco , minimas absolutas desse ano são

     

    -2,9C Reserva

     

    -1,6C Casa

     

    -0,3C INMET

     

    Creio eu que a unica estação do INMET a ter negativado no sudeste esse ano foi aqui ..

     

    Em geadas Reserva ja passou de 40 , porem todas fracas que não causam danos , esse ano o maximo que tivemos foi uma geada moderada e só o resto tudo fraquinha !

     

    Classifico esse inverno entre ruim e horrivel , porem pelos menos as as anomalias não estão tão altas , inverno sem frio e sem calor !

     

    obrigado William e Carlos! :good:

  11. Reserva deu uma bambeada esses dias entrando muito vento a noite aqui , vamos ver por enquanto as minimas de Agosto estao assim !

     

    William, não sei como estão suas médias, mas como está sendo o inverno aí para a Mantiqueira (cidades)? Monte verde teve a segunda mínima absoluta mais alta (0,8ºC) desde o início das medições na estação INMET. Acredito que Campos do Jordão nem negativou pelo INMET também (foi 0,4ºC - me corrijam se estiver errado - acredito que só nos -0,5ºC no CPTEC) :russian:

  12. 01: -3,8

    02: -6,7

    03: -9,2

    04: -4,9

    05: -6,4

    06: -5,8

    07: -0,4

    08: -3,6

    09: -4,9

    10: 0,6

    11: -5,9

    12: -6,9

     

    Med min : -4,8

     

    Med 24hs: 5,6

     

    Muito bom, bela sequência de mínimas para um local no território brasileiro.

     

    La Quiaca brasileira!

    Torcendo por uma sequência negativa até o final do mês!

     

    Olhando algumas informações sobre La Quiaca (não conhecia) que vc citou Carlos Campos, me chamou atenção: "durante el año 2012 la ciudad de La Quiaca soportó una notable secuencia de 106 días consecutivos con temperaturas mínimas bajo cero, desde el 10 de mayo de 2012 hasta el 24 de agosto del corriente año". :prankster:

  13. (..)

    Se houver tempo leia rapidamente a tese abaixo.

     

    Urussanga, SC

    =======================================================================

     

    Prudêncio et al. (1999), analisando dados de 32 estações pluviométricas do litoral de Santa Catarina, com séries de dados variando entre 1961 a 1995, constataram que em doze estações houve aumento significativo na precipitação total anual, em uma houve diminuição, e nas restantes não houve tendência significativa. [highlight=yellow]Esses dados mostram que muitas alterações têm caráter regional, e não estão relacionadas a uma mudança global do clima. Berlato et al. (1995), estudando dados de precipitação de 17 locais do Rio Grande do Sul, não identificaram tendências de longo prazo na precipitação pluvial anual, ressaltando que as reduções e incrementos que se observaram em curto período se referem, possivelmente, à flutuação natural da precipitação pluvial.[/highlight]Material e Métodos

     

    Foram utilizados dados de precipitação mensal e temperatura média mensal da estação meteorológica de Urussanga, SC, relativos ao período de 1924 a 1998. A estação meteorológica, classificada como Estação Climatológica Principal, pertence à rede meteorológica da Empresa Catarinense de Pesquisa Agropecuária (Epagri), e está localizada na estação experimental (latitude 28º31' S, longitude 49º19' W, com altitude de 48,2 m), próximo ao centro urbano de Urussanga com aproximadamente 10.000 habitantes. No período anterior a 1955, a estação estava em local distante aproximadamente 2 km do atual.

    Interessante o artigo Mafili, vale aquilo que foi conversado tempos atrás aqui para essas variações curto x longo prazo (ou para essas "secas inéditas" que aparecem nas notícias). Nada de novo sob o sol, variações normais em 10-20 anos. No longo prazo (100 anos) aparentemente a porção oeste do continente sulamericano se comporta de maneira diferente da leste (aumento na precipitação).

    abs

    Apenas estações com + de 95% dos dados de 1900-2000 (Banco mundial):

    2mr6y42.jpg

    256w9ah.jpg

  14.  

    Quando a conta vier (pós EN) quero ver qual vai ser a notícia:

     

    http://i62.tinypic.com/nqedeb.jpg

     

    Essa é a tese do Bastardi. O El-Nino atual vai trazer um aquecimento no curto prazo pra depois vir um tombo.

     

    Evidente que Joe Bastardi não diria que é o inventor do óbvio.

     

    A temperatura global da atmosfera aumenta com El Niño com lag de 2 a 4 meses, portanto nenhuma novidade.

     

    Sim, é resultado do mecanismo de oscilação per se, crédito aos pescadores peruanos/chilenos. O interessante do gráfico é sua tendência.

     

    A temperatura global medida na LT (low troposphere) está estável há 18 anos ou mais (depende da barra de erros que a RSS utiliza nos dados de satélites)

    (...) [highlight=yellow]O resultado líquido tem sido no meu entendimento um "novo" patamar de equilíbrio(...)[/highlight]

     

    Conforme foi discutido no outro tópico: as cidades de São Simão, Pirassununga, São Carlos e Rio Claro (mais ao norte do estado de SP) apresentam no últimos 20-30 anos tendências de temperaturas médias crescentes e/ou decrescentes todas insignificantes. Vendo os dados rapidamente, o mesmo ocorre parece ocorrer para algumas cidades no sul do estado (nos gráficos apenas média das mínimas de julho, últimos 20 anos):

     

    t9h98k.jpg

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