Jump to content
Brasil Abaixo de Zero

Elder

Members
  • Posts

    91
  • Joined

  • Last visited

Posts posted by Elder

  1. Situação ridícula para Maringá e mesmo Curitiba!

     

    Luiz creio que virá muito frio para o Paraná. É uma forte onda de frio e vai atingir grande parte do centro-sul do Brasil. Os modelos desta semana vão se ajustando e filtrando os excessos. Mas centro de 1041 hpa posicionado de forma continental, como os modelos estão apontando, vai ser muito frio. Eu penso que teremos uma cobertura muito grande e com direito a mídia explorando o assunto.

     

    O BAZ tem falado com propriedade sobre o assunto há quase duas semanas. Teremos um evento extremo! duas faces: um veranico marasmático; já aconteceu, e agora um frio entusiasmático vai acontecer.

     

    O polvo brasileiro também acerta como o polvo paul da alemanha. hehehehe!

     

    abraços

     

    Elder

  2. Amigos me respondam existe algum modelo apontando um núcleo de até 1048 hpa na América do Sul, e ainda mostrando a onda cruzando o equador? só pergunto porque tem alguns informando isso por aí. Me respondam por favor.

     

    Allef,

     

    eu ainda não vi saídas com campo de pressão de 1048 hpa para este inverno. Já vi modelos para os próximo dias com centro até 1042 hpa.

     

    abraços,

     

    elder

  3. Muito obrigado pelas palavras e pelos votos.

     

    Abraços e até um próximo entrontro, Elder

     

    Ok Shima! desejo a todos de coração.

     

    Muito obrigado pelas palavras e pelos votos.

     

    Abraços e até um próximo entrontro, Elder

     

    Caio, que a primeira neve que você receber ou presenciar lá (creio que vai cair) seja oferecida para todos nós aqui no BAZ.

     

    Não esqueçam de levar nas mochilas: termômetros, barõmetros, bússolas, anemômetro portátil, caderneta, máquina fotográfica. Quero ver as fotos de vocês aqui publicadas, para conferir cara-crachá...Tomem um belo vinho por nós, hehehe.

     

    Saudações,

     

    BAZIANAS (elder)

  4. Olá Pessoal do Encontro Baz,

     

    Eu quero desejar um excelente encontro para vocês lá em SJ. Aproveitem a MP que estará presente. Que vocês representem a todos nós, pois não podemos ir, devido a diversos fatores. Que o encontro seja de comemorações, trocas de idéias e com uma vibração sempre positiva. Que ele nos sirva para nos fortalecer, aparar arestas, compreensão das diferenças, reconciliações, enfim um grande crescimento e aprendizados para todos nós.

     

    Com certeza estarei eu lá espiritualmente, pois onde estão causas nobres, ali estou. E o Baz é um riquíssimo potencial de causas nobres e pessoas nobres.

     

    Se pisamos na bola em algumas atitudes, análises e comentários, peço desconto, pois somos imperfeitos. Creio eu, que não erramos ou damos mancadas de própósito; acho que damos o máximo da gente de acordo com o horizonte e os elementos que estamos em mãos. Creio que cada tem procurado dar o melhor de si aqui neste fórum, de acordo com a realidade de cada um. É esse apelo que faço: o nosso sentimento seja expresso lá por todos vocês que vão. Apesar de a grande maioria não poder ir, é um encontro de todos nós! Uma celebração nossa!Eu aposto a ficha em todos vocês que vão, pois é uma oportunidade que se está criando para um BAZ mais forte, fraterno, cooperativo, solidário, científico, estudioso, colaborador e eficiente.

     

    Tem muitas outras qualidades que eu poderia gastar muito tempo enumerando. Mas não vem ao caso. Vão com Deus e voltem com Deus e sobre os nossos bons desejos e anseios.

     

    abraços,

     

    Elder (Meteotempo)

  5. lucasfumagalli escreveu:

    usando o GFS disponível aqui no baz:

     

     

     

     

     

     

    Lucas muito legal a animação. Gostei muito! ficou massa!!!

     

    Tudo indica que o centro-sul do Brasil vai tremer na próxima semana. Há chance de neve isolada no RS e SC (quem sabe uma nevasquinha para esquentar os ânimos) e temperaturas negativas são grandes. Que esta metade final de julho se junte aos outros julhos, formando um quarteto fantástico. 1955, 1975, 2000 e quiçá 2010. Esse quadro veio se desenhando desde 15 a 20 dias atrás pelo modelo global. (caso não nevando, pelo menos o ensaio já me tirou do marasmo)

     

    Abraços invernais e com neve

     

    Elder

  6. Não sei se é nesta sala ou na sala de monitoramento internacional que posta a evolução da temperatura nos últimos anos. Estou postando aqui. Se for por lá me avisem!

     

    Abaixo está um histórico de anomalias quanto a temperatura no mundo.

    2tanomglobe198901452010.gif

     

    Olha como está a América do Sul! o topo de 2010 parecido com o de 2006 e semelhantes ao triênio 97-99. A década está bem mais quente em nosso continente. Creio eu que isto está relacionado as anomalias positivas do Atlântico e Caribe na última década.

    2tanoms32america1989014.gif

     

    Abaixo a anomalia da temperatura da superfície nível do mar

     

    sstanomglobe19890145201.gif

     

    a fonte é do ecmwf que vocês já conhecem.

     

     

    Abraços,

     

     

    Elder

  7. Lucas,

     

    Verdade! A velha massa polar pegou características de ar tropical. A tendência é de dias mais quentes, perda de umidade e maior amplitude térmica, devido a perda radiativa noturna. Em niveis mais altos a circulação anticiclônica faz o ar seco descer, inibe nuvens e força o aumento de temperatura.

    A dinâmica de ventos no oeste da América do Sul vai contribuir para aumento da temperatura no oeste do Sul do Brasil.

    Só mesmo a partir do dia 10 que haverá mudanças neste cenário, quando os jatos cruzarão o céu de São Paulo, sul de Minas Gerais e sul de Goiás.

     

    abraços,

     

    Elder

  8. Elder, bom saber que é sua a estação de Vila Isabel. Vou dar mais credibilidade aos dados.

     

    Bruno,

     

    Esta estação está sobre influência da massiva urbanização de Curitiba. Tenho outras estações por aqui que trazem a curva mais para a normal (mas os valores foram positivos - em torno de 1°C acima da normal), estas outras acompanham mais o Afonso Pena e o Bacacheri. A estação nas imediações do Barigui ainda se comporta ao estilo moda antiga curitibano, " que os anos não trazem mais...". A estação oficial do INMET o desvio é ainda maior para este mês de junho. Quanto ao SIMEPAR, que é perto do INMET, não tenho dados de lá, pois eles não publicam os dados e nem fazem análises mensais mais. E é um saco ficar ligando para eles todo dia para saber quanto de temperatura deu por lá ou o quanto choveu.

     

    Mafili:

     

    Com certeza... Como existem muitas estações aqui a tendência é ter uma acomodação. Temos valores acima desta estação, bem como estou com valores inferiores a esta da Vila Izabel. Afinal numa metrópole as temperaturas variam muito, como você bem sabe, pois mora em uma que já tem um "arquipélago de calor". Garoa e frio de ranger os dentes, como disse o poeta romântico: só nos meus oito anos da aurora da minha vida...

     

    Fernando Troyano,

     

    É uma grande satisfação minha passar os valores daqui para vocês analisarem e fazerem o levantamento sobre o comportamento climático do Brasil.

     

     

    abraços,

     

    ELder

  9. Olá Rodrigo-GO,

     

    Obrigado pelas palavras e comentários. Realmente, eu trabalhei no INMET muitos anos. E estou aqui para dar minha contribuição sobre o centro-sul do Brasil. Ainda não me atrevo a falar sobre o Norte e o Nordeste do Brasil, pois lá tem outra dinâmica e tenho pouco estudo sobre a climatologia daquelas regiões. Mas, sei que estas regiões são de espetacular fascínio.

     

    O veio Antártica - Amazônia pouco se dá importância aqui no Brasil. Muita coisa que acontece nestas regiões antagônicas põem as cartas no nosso inverno e verão, bem como a sincronicidade Atântico-Pacífico dão o tom da severidade ou não das estações, que muito de nossos meteorologistas e climatologistas colocam. Eu sou daqueles que quando tenho o conhecimento ou a informação não fico guardando a sete chaves, numa disputa de qual instituto de meteorologia (privado ou público) é mais preciso, ou quem é melhor ou quem está na vanguarda. Eu gosto de partilhar aquilo que li, estudei e aprendi. Não gosto de promoções de tal ou tal "casa meteorológica", ou ficar no monopolio das informações. Tenho cada meteorlogista como colega e não como inimigo. Cada um tem a sua maneira para expor suas ideias e contribuir. Disputas e monopólios insanos não serão bem vindos na nova civilização que está surgindo. Tenho cada amigo aqui deste fórum como mestre para que eu possa aprender ainda mais sobre as diferentes visões sobre o tempo e o clima. Vamos trocando idéias, pois o clima de Goiânia e do Planalto Central têm muito a acrescentar. É preciso observar e estudar o comportamento climático de diversas regiões no Brasil para nós entendermos o que se passa em um estado ou região. Se realmete é uma anomalia ou se está ocorrendo mudança climática.

     

    O século XVII, XVIII, e XIX têm muito a ensinar a dinâmica climática do Centro Oeste. Eu tenho relatos dos Bandeirantes dissertando o extremo frio que se fazia em Goyaz, nas Mina Gerais e nas terras do Cristais. Haviam geadas severas em julho, fruto da última pequena idade do gelo e verões "infernais" em alguns anos; brandos e chuvosos em outros. Para muitos, o Brasil Central caiu de paraquedas com a ditatura Vargas na Marcha para o Oeste. Muitos hoje pensam que o goiano não usou blusa de frio, vive de bermudas e camiseta cavada o dia todo, e esquecem que por aí já houve ondas de frio severas, temperaturas negativas. As pessoas desinformadas olham de lado e com descaso, quando vê um amigo daqui do fórum falar que em MS (Ponta Porã) houve queda fraca de neve em 1975, que o Mato Grosso ja foi assolado por temperaturas baixíssimas. Pois nós temos o costume de enfatizar o que é apenas tradicional, da imigração européia ou valorizar o que a mídia dá enfoque. Muitas situações do Centro Oeste registradas e divulgadas pelo INMET e por órgãos estaduais do passado são ignoradas por milhões de pessoas.

     

    Como você bem falou Rodrigo, Goiânia, uma cidade quente por natureza, já teve temperatura de 2.0°C, advecção de temperatura (1975) e com tempo encapotado (Morro do Mendanha 0°C), não era céu limpo (registros INMET - julho de 1975). Mineiros-GO já registrou temperatura de -5°C, Jataí -3.3°C, Anápolis -2°C, etc, isto em tempos modernos. Muitos têm uma noção equivocada de Brasília, fazem a ridícula comparação com clima de deserto. Brasilia não é árida, pertence ao clima tropical de altitude, temperaturas brandas, muita chuva de novembro a março, umidade relativa nas alturas na época chuvosa. Há extremos de umidade no Distrito Federal, mas é por volta das 15 horas nos meses mais secos, mas em horas frias a umidade se eleva acima de 60%. Brasília em 1977 registrou 3.7°C na estação do INMT, em outras estações neste mesmo ano foram registradas temperaturas negativas, não foi em baixada (não tenho precoceitos quanto a baixadas, para mim elas são tão importantes quanto aos topos, se existem porque cumprem seu papel). Temos que ver o todo para compreendermos as partes; pois se relacionam.

    O ciclo Atlântico-Pacífico são importântíssimos para análises do comportamento invernal no Brasil, bem como o dipolo Amazônia-Regiões Polares. Sobre o ocorrido em Goías, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, tenho muitas análises e estudos. Muitos no Brasil tem uma idéia equivocada sobre o Centro Oeste do Brasil, assim como muitos estrangeiros têm imgens caricaturais do Brasil em diversas questões.

     

    Agora "a gente" querer neve em latitudes acima de 25°C em situação de normalidade climática é brincadeira né? como também querer nevascas fortes em latitudes subtropicais e altitudes como as nossas aos moldes do que ocorrem acima do paralelo 40ºN é outra brincadeira ou vamos ficar esperando sentado que isto não vai ocorrer.

     

    Eu adoro frio, mas fico com o que é dentro do razoável para os padrões do Brasil. A neve que ocorre no sul do Brasil para mim já é uma grande satisfação. Infelizmente esta década esta sendo pobre, mas não é motivo para eu ficar praguejando o "inverno brasileiro", pois eu sei e já estudei o que é realmente o "inverno brasileiro", afinal estamos careca de saber que o Brasil é um país quente por natureza, com eventos pequenos de frio, sem muita discrepância de inverno para o outro. Tem esses extremos que citei ao longo da história, mas não é uma constância aos moldes da Europa e outros países do Hemisfério Norte. Se eu quiser algo dos meus sonhos tenho que ir para lá ou para o extremo sul do hemisfério sil.

     

    Quando precisar estou pronto para trocar idéias. Desejo a você um excelente encontro baziano lá em São Joaquim, afinal Goiás e Centro Oeste têm muito a contribuir com o Sul e Sudeste do Brasil. Desejo muito frio para vocês e quiçá neve. Há uma boa chance para ser frio a muito frio nos dias que vocês estiverem reunidos por lá. E a uma chance de um ciclone jogar umidade para lá e ter neve isolada ou esparsa na região. O teor e a abrâncência do fenômeno eu só me arrisco até 48 horas de antecedência. Além de 48 horas a probalilidade estatística não está a nosso favor, portanto, as chances de errar aumentam bastante. Quanto mais distante está do presente, há mais chance para erros sobre prognósticos e maior a volatilidade do modelo. Mesmo com grande volatilidade dos modelos e os indícios climatológicos temos uma noção de como será o comportamento climático a médio e longo prazo (claro sujeito a erros). Mas não podemos confundir com exadidão climática

     

    abraços,

     

    Elder

  10. Segue abaixo as variáveis meteorológicas de Curitiba - Vila Izabel do mês de Junho de 2010.

     

    junho2010c.png

     

     

    A temperatura ficou 1.6°C acima da média da normal climatológica. Quanto a chuva, ficou também abaixo da média. Em algumas estações da cidade a precipitação ficou ligeiramente abaixo da média.

     

    abraços,

     

    Elder

  11. Bruno você pode fazer uma correlação com julho de 1975. Também em grande parte do Brasil foi quente, temperatura acima da média. Não sei se ouve um grande veranico no sul, pois estou sem os dados aqui por enquanto. Só sei que a massa fria estourou depois do dia 16/07. Foi quando nevou bastante no sul e teve a grande geada de 75. Como cada ano tem suas peculiaridades, não vou me arriscar em fatos do passado. Mas as condições de tempo desta estação podem buscar em fatos ocorridos anteriormente para dar uma continuidade de um camiinho que se quer estabelecer. Você tem razão, 2000 foi assim.

     

    Vamos ver quantas "toneladas" de frio vai ser descarregado "no mês de César". Eu estava olhando o campo de pressão, a massa parece bem continental. Ela deve entrar pelo Paraguai, isso se não houver alterações, pois pode ter volatilidade forte. Vamos acomanhando!

     

    Vamos estudar o campo de umidade nos 3 niveis, vê questão de ciclone, temperatura em 850 hpa para ter mais elementos; se haverá neve ou se será um frio bem seco.

     

    Segundo uma professora minha de climatologia: não ocorrem dois meses seguidos de marasmo numa área grande. Será que estamos inaugurando uma série? espero que ela esteja certa nas observações.

     

    abraços,

     

    Elder

  12. Olá Pessoal!

     

    processfigura.png

    fonte: CPTEC/INPE/GPC

     

     

    De acordo com o modelo global o bloqueio deve permanecer até por volta do dia 10/07a 13/07. O modelo global do CPTEC prevê a partir desta data deslocamento de uma frente fria que entra pelo Paraná adentro, S.Paulo e Rio de Janeiro. Dêem uma olha na figura acima. Este frio penetra até o oeste da Amazônia e sul do Amazonas.

    Como 15 dias tem muita volatilidade, é preciso ir acompanhando as rodadas. Pode ser que a massa polar antecipe, como ja aconteceu ou pode ocorrer uma protelação do fenômeno para mais adiante. Neste caso os jatos vão dá o tom de como a dinâmica meteorológica vai se desenrolar.

     

    No curto prazo próximas 120 horas continua o "Marasmo"; e dá-lhe ASAS!!!. Já presenciei depois de veranicos, ocorrerem viradas espetaculares onde o tempo muda para o outro polo, ou seja, semanas posteriores muito frias. O modelo CPC que postei sobre o mês julho (temperatura) há uns dias atrás estava apontando anomalias negativas para o sul do Brasil. Para que isto aconteça terá que haver uma virada espetacular. Esse modelo CPC estava acertando nestes últimos 7 meses, inclusive acertou sobre mês de junho/2010. Se não acontecer de acordo com o prognosticado, vai ser o primeiro erro em 7 meses. Vamos ver se o modelo subestimou a saída do El nino - neutralidade - e a possível consolidação da La nina.

     

    abraços

     

    Elder

  13. Coutinho e Syvio Colety:

     

    Interessante o dado que se coloca, quanto a São Joaquim e outras cidades que registraram o fenômeno neve nos últimos 60 anos. Há uma dimimuição substancial da neve em São Joaquim nos ultimos anos. Esta amostra se estende por todo o planalto da neve. O planalto da neve não é uma região pequena; ele engloba uma área maior que vários países da Europa. Mesmo a neve não sendo ampla no planalto, ela se comporta de forma esparsa ou isolada, mas suficiente para não se negar ou olhar o fenômeno com descaso.

     

    Não sou especialista em neve e nem estou apto para dizer se a neve é um fenômeno raro ou ocasional no sul do Brasil, como já ouvi alguns estudiosos afirmarem categoricamente. Só sei que nós temos no mínimo 80 anos de história com registros científicos. Como também temos relatos do senso comum, depoimentos, fotos, reportagens de muitos, sobre o fenômeno no sul do Brasil (Não aos moldes de regiões temperadas). O material é rico e pode apontar todo um histórico que venha reforçar que o planalto da neve passa por um período mais quente ou de estiagem, mas não podemos afirmar taxativamente quem é o vilão da história.

    Creio que vocês que moram no "core da região da neve no Brasil" têm condições, com segurança traçar um histórico e afirmar o acontecido. Vocês são testemunhas oculares da década de 80, 90 e esta, alguns oculares da década de 70.

     

    É por isso que depoimentos como do Coutinho, Bruno, Sylvio, Allef, Paulo Henrique e muitos outros do fórum me fazem refletir sobre a climatologia de inverno da região. Creio que cada um coloca o seu trabalho, depoimentos e experiências, que podem ser cruzados e acabam gerando teses.

    Eu sou daqueles que considero e muito as normais climatológicas, pois precisamos de parâmetros (sim) para analisar o passado, o corrente e projetar o futuro. Se elas estão erradas, não posso afirmar categoricamente. Respeito o trabalho de quem as fizeram. É a ferramenta que eu tenho para trabalhar e creio que muitos aqui utilizam esta ferramenta. As normais são um documento (registro) que temos para analisar. Lá nas normais tem todo um histórico climático do inverno do sul que pode ser um norte para debatermos e aprofundarmos a questão. No contexto de país tropical representa pouco, no contexto de outros países subtropicais e temperados representa pouco. Mas no contexto de uma região, que é o caso da região sul, que tem uma área grande - representa muito! Por isso vejo que o trabalho ocular e documentado por todos aqui tem uma importância muito grande! que me induz a estudar cada vez mais sobre o assunto.

     

    Os boletins agroclimatológicos que pesquisei e os que tenho comigo apontam para isto que vocês estão colocando aqui. São 60 anos de boletins falando de neve e comprovando o que vocês estão dizendo a respeito do que se estabelecera sobre a região sul e do que está ocorrendo hoje. Aliás vocês reportam melhor do que está escrito e resumido em forma de boletins e sínteses climatológicas. (Claro! sem querer diminuir o que foi documentado e validado por diferentes órgãos de meteorologia, respaldado pela OMM - pois tem todo um trabalho aprovado sobre moldes científicos)

     

    abraços,

     

    Elder

  14. Bruno,

     

    Se for ficar apenas com o RS e no máximo parte de SC o número médio de polares aumenta. Pois muitas delas não atingem estados mais ao norte, que estão em torno do trópico de Capricórnio. Já polares moderadas a fortes atingem até o sul-amazônico. É destas polares moderadas a forte que está o levantamento médio acima. A pesquisa tem como fonte bibliográfica: NOAA, INMET e CPTEC.

     

    Eu tenho um amigo de infância que nasceu e morou até 20 anos em Lagoa Vermelha. Lembro que na escola ele contava e mostrava as fotos da neve no RS e SC que a familia tirava. Foram tirando fotos com o passar do tempo. Nesta década, eu olhando o album dele, a neve sumiu. Ele voltou a morar na cidade onde nasceu.

     

    Meu antigo professor de Geografia Física também tem um album que o acompanha. Ele tira fotos do Inverno da região da neve desde a década de 50. Todos os anos tira fotos dos meses mais frios, para fazer comparações. Também ele tem fotos anteriores de neve com acúmulos, tiradas pela família. Esta última década esta fechando e a neve devendo para todos nós

     

    abraços,

     

    Elder

  15. Bruno eu não gosto de comparações entre invernos no Brasil, devido a diferença pequena entre um e outro, devido a natureza geográfica do Brasil. Geralmente os invernos no sul do Brasil não diferenciam um do outro por graus e sim por décimos de grau. As regiões subtropicais estão em região de transição. Aí ficamos a mercê do jogo de forças entre o que é tropical e o que vem das regiões temperadas. Pela proximidade do trópico, a nossa região está vulnerável aos vários períodos de tropicalidade. O que tenho observado e anotado nos últimos 10 anos é a diminuição do número de ingressos de Massas Polares até o trópico de Capricórnio. O Brasil passa por uma "seca de MPS".

     

    Década de 90: (média) - Massas Polares moderadas a forte

    maio - 2

    junho - 2 a 3

    julho - 2 a 3

    agosto - 2

    setembro - 1

     

    Década atual: 2001-2010

     

    maio - 1

    junho - 2

    julho - 1

    agosto - 1

    setembro -1

     

    As décadas de 70 e 80 - o ingresso de MPS ao centro-sul do Brasil ainda são maiores.

     

    Segundo estudo do NOAA existe uma certa semelhança desta década com a década de 60.

     

    O tempo e o clima se comportam muito parecido com o mercado financeiro. Ele tem memória (em estudo de análise gráfica e fundamentalista pode se ver isto). As vezes ele busca eventos próximos que não se resolveu a questão e dá continuidade. Exemplo 2007. Taí porque este inverno (2010) poderá ser um pouco parecido com 2007. Caso não encontrando alguma relação com as condições climáticas mais próximas, o tempo ou clima vai buscar situações parecidas ao longo de um período, até buscar o seu auge (dentro de um determinado período - talvez 10 anos, 20 anos, ...). Quando há uma saturação de um determinado padrão, o próprio tempo ou clima quebram os padrões e põem uma nova situação. Esses elementos são mais claros quando se caminha para regiões temperadas. Mas ele tem uma dinâmica parecida com o mercado financeiro ou semelhante a análise gráfica do mercado. O tempo busca topos e fundos. Ex: 23, 55, 75 e 2000, são topos de um gráfico frio. Na atual década temos 2007 e 2004, no conjunto da região sul e sudeste, como topos da década. O ano de 2008 (inverno) pode ter sido topo no RS (ou específicamente julho - não sei se no trimestre todo). Mas, no conjunto subtropical, 2008 (inverno) não foi um ano de topo que pode figurar entre invernos mais frios desta última década.

     

    Abraços

  16. Campo de Pressão - 25/06/2010 - 12 Z - Fonte: NOAA

     

    apres25062010.png

     

     

    01/07/2010 - 00Z - Fonte: NOAA

     

    apres01072010.png

     

    Parece que teremos um filme só. ASAS próxima ao litoral do Brasil, frentes frias sendo desviadas, chuva retida na altura do RS. Continuidade do padrão de bloqueio! Será que se desenha a manutenção de padrão de veranico? ou a polar que entra dia 28/07 quebrando um pouco estas altas temperaturas? Pela simulação e análise tudo indica que a próxima massa fria fará apenas uma incursão rápida sobre território Brasileiro e logo volta aos padrões de tempo morno...

     

     

    Elder

  17. Fernandomafili

     

    Gostei da sua colocação. Você tem razão. Não dá para analisar situações sinóticas e de estação por dados isolados de uma só cidade ou algumas localidades. É preciso ter mais substância para se analisar. Também não gosto de ficar comparando invernos no Brasil, uma vez que aqui as temperaturas são comparadas por décimos de ano para ano (e não acrescenta nada na análise). Eu creio que cada inverno tem a suas peculiaridades, nãos são iguais e são ímpares. Os invernos de períodos bem anteriores são bem suspeitos, devido a imensos fatores já relatados por vários amigos do fórum, lá na sala de ENSO e PDOS e também em monitoramento meteorológicos. Colocações como a sua, do Vinícius e do Bruno me fazem pensar sobre a dinâmica de cada inverno e a busca de estudo fundamentados que possa esclarecer o comportamento da estação mais fria nas regiões subtropicais e próximas ao trópico de Capricórnio.

     

    Abraços

     

    Elder

  18. Allef Caetano,

     

    Realmente há um pulso para o Centro Oeste, mas não sustenta como uma onda de frio mais severa. É algo mais ligado a uma incursão polar rápida. O bloqueio está aí firme novamente. Há necessidade de trânsito mais fluentes das MPS. De qualquer forma é um ensaio para o Centro Oeste. ACW mudou, pode ter mais "invernos" ao longo dos próximos anos com maior fluência destas polares para o Centro Oeste.

     

    abraços

     

    Elder

×
×
  • Create New...

Important Information

By using this site, you agree to our Guidelines.