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Brasil Abaixo de Zero

Monitoramento e Previsão - América do Norte 2021


Rodolfo Alves
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CIDADE PEGA FOGO APÓS QUEBRAR RECORDE DE CALOR DO CANADÁA pequena Lytton, em British Columbia, começou a semana nos noticiários com o novo recorde de calor no Canadá de quase 50°C e termina a semana em cinzas e destruída por um incêndio florestal

 

https://metsul.com/cidade-pega-fogo-apos-quebrar-recorde-de-calor-do-canada/

 

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23 hours ago, Tavares said:

CREDO!!!

 

Dá pra notar que já existia uma componente convectiva (CAPE moderado) com vários cúmulus e congestus surgindo fora do fogo. Aliás, enquanto no vale batia mais de 47°C logo ao lado as montanhas nevadas. Que capricho!

Minha pergunta: será que essas PyroCbs foram capazes de produzir chuva torrencial? Vi em um tweet que o perfil de elevação chegou aos 55000ft (16764m).
Tentei achar alguma coisa mas sem sucesso.

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Guest Wallace Rezende

A onda de calor histórica no final do mês de junho entre o noroeste dos EUA e o sudoeste do Canadá (que dá seus respiros finais nestes primeiros dias de julho) monopolizou todas as atenções na América do Norte neste último mês (mas já no início do mês houve uma prévia; uma onda de calor bem forte, mas nada histórica, também atuou nas planícies entre o norte dos EUA e o sul do Canadá, com destaque para o sul de Manitoba, e várias estações registraram a maior temperatura em algumas décadas).

 

Mas o nordeste dos EUA (em especial do CT para o norte) também teve um junho bastante caloroso, só que lá foi mais num “estilo” que eu vou chamar de “calor titia véia”, com anomalias positivas de longa duração, mas nenhum extremo térmico digno de nota, fenômeno que também está se tornando mais comum em várias partes do mundo, e pode ser localmente atribuído ao AGW (em alguns locais, como em grande parte do leste dos EUA, o aumento da umidade e da temperatura média dos oceanos provoca um aumento nas médias térmicas mensais, mas ao mesmo tempo dificulta que recordes antigos de calor, registrados num regime climático mais frio, mas também mais seco e mais dinâmico, sejam alcançados).  O resultado disso é uma grande facilidade de registrar novos recordes mensais de temperatura média, mas uma extrema dificuldade de alcançar recordes absolutos de calor (maior máxima), especialmente no auge do verão.  Na América do Sul, também há fortes indícios que este fenômeno esteja ocorrendo em partes da Argentina, no Uruguai, e em parte da Região Sul do Brasil (vide máximas absolutas anuais cada vez mais insossas em cidades como Buenos Aires e Montevideo, ainda que as médias de verão tenham aumentado de forma geral, situação similar à observada em algumas cidades no interior do RS, SC e PR).

 

Na região de Boston, o observatório de Blue Hill (série contínua e de altíssima qualidade), um dos observatórios climatológicos de referência no país, anotou o junho mais quente desde o início dos registros (1885) em 2021, com média horária de 21,1ºc (70ºF), uma diferença apreciável para o recorde anterior (20,4ºc) em se tratando de uma série com mais de 135 anos de dados, e localizada num topo bem afastado dos efeitos mais diretos das ilhas de calor (em 2016, esta mesma estação registrou o agosto mais quente da história; só mesmo a maior média de julho segue com 1952, mas pelo andar da carruagem esse recorde antigo de julho não vai durar muito, nos últimos anos foi ameaçado várias vezes). Em comum, os recordes de agosto de 2016 e junho de 2021 vieram em meses sem grandes eventos de máximas absolutas históricas pela região da Nova Inglaterra, ao contrário do que aconteceu em meses como julho de 1911 e junho de 1919, e nos agostos de 1948, 1949 e 1975.

 

Junho de 2021 também foi o mais quente já registrado tanto em Portland (Maine), quanto na sua xará do oeste (Portland, Oregon), mas esta estraçalhou o recorde absoluto de calor também, algo que a do Maine passou longe de fazer.

 

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O caso de agosto ilustra ainda melhor o fenômeno descrito acima (que pode, alternativamente, ser chamado de calor “sem emoção”); nenhum dos agostos mais quentes (todos recentes) trouxe máximas absolutas que ameaçaram os recordes de 1949 e 1975.  Um exemplo brasileiro foi janeiro de 2019, mês que trouxe novos recordes maior média mensal para uma grande área entre o Sul e o SE, mas com novos recordes absolutos de máxima (só séries minimamente longas, por favor, nenhuma automática se aplica) que poderiam ser contados nos dedos de uma mão só (Florianópolis e... mais algum??).

 

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Edited by Wallace Rezende
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19 minutos atrás, Eclipse disse:

nova onda de calor brutal pro sudoeste/oeste dos EUA, incluindo o Vale da Morte como destaque, pros próximos dias.

taloko

 

https://www.accuweather.com/en/us/furnace-creek/92328/weather-warnings/2619165

 

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Mínima de 42 C, nossa, que delícia!

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1 hora atrás, Eclipse disse:

nova onda de calor brutal pro sudoeste/oeste dos EUA, incluindo o Vale da Morte como destaque, pros próximos dias.

taloko

 

https://www.accuweather.com/en/us/furnace-creek/92328/weather-warnings/2619165

 

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Simplesmente impossível viver nesse local. Sinceramente não vejo condições para vida. 

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4 minutos atrás, Juzinho disse:

Cada momento uma onda de calor histórica , atinge algum ponto do Hemisfério Norte , isso por que nem estamos no auge do verão por lá .

Preocupante demais essa situação .

 

E olha que a anomalia planetária está relativamente baixa esse ano, em patamares pré-2014, antes do super El Nino. Tem vezes que eu acho que o principal problema das mudanças climáticas são esses surtos de calor severo locais. Um ligeiro aumento da temperatura média é uma coisa...mas picos de calor severo são bem preocupantes. 

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2 horas atrás, Eclipse disse:

nova onda de calor brutal pro sudoeste/oeste dos EUA, incluindo o Vale da Morte como destaque, pros próximos dias.

taloko

 

https://www.accuweather.com/en/us/furnace-creek/92328/weather-warnings/2619165

 

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PREVISÃO DE 54°C!

ISTO PORQUE O RECORDE MUNDIAL É DE 56.7°C.

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Guest Wallace Rezende
1 hora atrás, Eclipse disse:

 

 

pelo andar da carruagem, em poucos anos esse recorde será batido. Preocupante.

Esse recorde de 1913 muito provavelmente está errado, os registros do Vale da Morte em julho de 1913 são bastante incoerentes, foi publicada até uma matéria no antigo site do Wunderground (pelo Chris Burt, abaixo) dizendo que a chance do recorde ser confiável é baixíssima.  Mas acho que muito dificilmente esse recorde será batido tão cedo, pois o Vale da Morte tem uma regularidade grande nas máximas absolutas anuais, não está sujeito às grandes flutuações interanuais que acontecem mais ao norte.

 

https://www.wunderground.com/blog/weatherhistorian/an-investigation-of-death-valleys-134f-world-temperature-record.html

 

A tabela no final do post mostra as máximas absolutas desde 2000 no Vale da Morte, e veja que nunca ficou abaixo dos 51,1ºc (08/2011) nem acima dos 54,4ºc (08/2020, mas este valor está sendo revisado ainda, nos próximos meses deverá ser oficializado ou descartado).

 

Julho alcançou os 50ºc ao menos uma vez em todos os anos desde 2000 (2021 ainda não, mas é só questão de tempo), e o mês de dezembro teve a  menor máxima absoluta, de 30ºc.  Dezembro de 2015 foi bem ameno, com máxima absoluta de 21,7ºc (abaixo da registrada em locais bem mais altos, onde a máxima absoluta anual é sempre muito menor que no vale; deve ter rolado alguma inversão térmica mais persistente por lá).  O aeroporto de Kingman (AZ), numa altitude de 1051m,  teve máxima absoluta de 22,8ºc, em 12/2015, superando um local que fica abaixo do nível do nível do mar (recorde absoluto anual 45ºc em 2005 e 2017).  Bishop (CA, 1260m) teve máxima absoluta de 20ºc em 12/2015, e o recorde absoluto é de "apenas" 43,3ºc em 07/2002.

 

Levando em conta todos os anos de observação no Death Valley, a menor máxima absoluta mensal ocorreu em janeiro de 1937 e janeiro de 1949, com 17,2ºc (dois dos meses mais frios do século XX na região, embora a mínima absoluta tenha ocorrido no mesmo ano do falso recorde de calor, com -9,4ºc ou 15ºF em janeiro).  Mas o recorde de mínima tem uma chance bem maior de estar certo, a onda de frio de janeiro de 1913 trouxe recordes absolutos de menor mínima que duram até  hoje para cidade como Paso Robles (-17,8ºc) e San Diego (-3,9ºc, única negativa da história da estação), na Califórnia, e Phoenix (-8,9ºc) e Tucson (-14,4ºc), no Arizona..

 

A menor máxima já registrada no Vale da Morte ocorreu nos dias 21/01/1937 e 24/12/1990, com apenas 3,3ºc (enquanto isso, tem gente achando que hoje fez frio no Rio, com mínimas entre 17 e 18ºc e máximas entre 22 e 23ºc na maioria dos bairros urbanizados e costeiros; ok, né?🤐).

 

O mês mais frio (média simples) foi janeiro de 1937 (4,8ºc), e o mais quente julho de 2018 (42,2ºc).

 

Lembrando:

 

86ºF = 30ºC

104ºF = 40ºC

122ºF = 50ºC

 

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Edited by Wallace Rezende
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1 hora atrás, Renan disse:

 

Simplesmente impossível viver nesse local. Sinceramente não vejo condições para vida. 

 

 

eu seria hospitalizado na primeira semana

 

 

e cremado em seguida

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27 minutos atrás, Augusto Göelzer disse:

Próximos dias de muito calor no interior da Califórnia, da região que vai de Redding até Bakersfield recordes devem ser igualados ou quebrados nos próximos dias.

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YR para Fresno (recorde é 46°C):

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Anomalia próximos 10 dias no oeste:

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Observei que o oeste da América do Norte é que está sendo o epicentro desses extremos de calor no verão do HN. Por que será ? 

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9 horas atrás, Leandro Leite disse:

O Vale da Morte ainda é na média anual 1 C mais frio que Cuiabá, 25 C X 26 C, Phoenix é 2 C mais fria, 24 C. 

Sim! O inverno lá tem mínimas na casa dos 3°C. E as máximas ficam numa média de 18 em Janeiro. Mas pra latitude que está o vale da morte (36°N) isso é um inverno muito brando.

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7 minutos atrás, Augusto Göelzer disse:

Euro segue aumentando o calor pra região, por enquanto passou de uma possibilidade para uma certeza de recordes.

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Inicialmente Sacramento estava fora da festa, agora já tem previsão de 48°C lá.

 

Enquanto isso, San Francisco segue no seu mundo alternativo, a máxima não passará dos 20C nos próximos muitos dias. 

Mas, por incrível que pareça, a temperatura já conseguiu chegar em 37°C por lá em Julho em épocas passadas. 

 

O oceano vai poupar toda a região costeira dessa vez, mas até quando ? Uma hora ou outra o calorão recorde chega lá também.

 

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Guest Wallace Rezende

Apesar da onda de calor histórica que atingiu parte no noroeste dos EUA no final de junho (foi histórica em boa parte dos estados do Oregon e de Washington), e da onda de calor intensa que atingiu boa parte do sudoeste dos EUA neste início de julho (não considero esta "histórica raiz", pois os recordes absolutos foram mais esparsos, e por margem muito pequena, como em Las Vegas, que igualou o recorde de 1942 pela sexta vez neste 07/2021), até agora nenhum estado americano registrou um recorde de calor novo em 2021, e provavelmente não tem mais como isso acontecer a essa altura do verão, até porque a seca e as ondas de calor já produziram vários incêndios no noroeste americano, e o excesso de fumaça já começou a moderar as máximas (durante a primeira grande onda de calor, no final de junho, ainda não havia grandes incêndios florestais ativos, eles só começaram já do meio para o final do evento). Enquanto isso, no sudoeste dos EUA, o rápido avanço das “monções” locais já deixou atmosfera muito úmida, impossibilitando novos recordes de máxima, e o centro-leste dos EUA segue com um verão “titia véia”, algo que vem se tornando cada vez mais comum (abafado, mas sem extremos, por excesso de umidade).

 

2 estados americanos (do noroeste) igualaram seus recordes absolutos de calor no evento de junho (de forma preliminar, pois todo novo recorde ou recorde igualado nos dias de hoje é “investigado” antes de ser oficializado; só não me perguntem como é feita essa investigação, mas eu tenho lá minhas dúvidas sobre ser um trabalho sério, pois conheço muitos podres das agências de meteorologia e climatologia dos EUA (NWS/NCEI), assim, como da OMM; tem muito burocrata sem qualquer conhecimento dentro das duas agências (embora não seja generalizado, a verdade muitas vezes fica em segundo plano), e outros 2 estados (do sudoeste) igualaram os recordes no evento de julho.  A Califórnia igualou o recorde considerado algo confiável de 08/2020 no Death Valley (Vale da Morte) em 07/2021 (ainda não terminou a “investigação” do recorde ocorrido há quase um ano, vá entender), já que o registro de 07/1913 muito provavelmente está errado.  O Utah igualou o recorde de 07/1985 em St.George em 07/2021.

 

Washington: 47,8ºc em junho de 2021 em 4 estações (igualando o valor de 07/1928 em Wahluke, e um registro duvidoso de 08/1961 em Ice Harbor Dam).  Dos 4 registros de 06/2021, um com certeza está errado (Sol Duc River, 4ºc acima de qualquer outra estação na área, que é muito úmida), outros dois devem estar errados (Dallesport: estações particulares confiáveis próximas mal passaram dos 45ºc, e Mayfield: situação parecida), e o quarto registro de 47,8ºc veio de uma estação não oficial muito perto da pista de um aeroporto pequeno (Richland; a outra estação da cidade - Richland COOP -, mais confiável, teve 44,4ºc).  Desses quatro registros que teriam igualado o recorde estadual de Washington, o único considerado de estação "oficial" (a rede de estações dos EUA é uma bagunça, muito ampla mas com quase nenhum controle de qualidade e exposição na maioria dos casos) é o de Dallesport (sensor aspirado, eles dizem), mas a estação foi instalada no pior lugar possível, no meio de um campo seco e cercada pelas pistas do aeroporto por todos os lados; duas estações Davis não muito longe dali marcam frequentemente entre 3 e 4ºc abaixo do aeroporto em dias de sol no verão, então por aí dá para ver o nível de qualidade da coisa.&

 

Oregon: 48,3ºc em junho 2021 (Pelton Dam), recorde que pode ter sofrido com más condições de exposição, mas se for confiável iguala o registro de Pendleton em 08/1898 (esse recorde antigo, apesar de ter parecido duvidoso num primeiro momento, hoje eu considero confiável, pois 2 outras estações na mesma região registraram valores excepcionais no dia 10/08/1898: Heppner e Kennewick, e nenhuma delas conseguiu quebrar o recorde em junho de 2021).

 

Comparando agosto de 1898 e junho de 2021 em Pendleton, Heppner e Kennewick (maior máxima):

 

Heppner: 43,3ºc (08/1898) e 42,8ºc (06/2021)

 

Pendleton: 48,3ºc (08/1898) e 47,8ºc (06/2021)

 

Kennewick: 46,1ºc (08/1898) e 45,6ºc (06/2021)

 

Então realmente o recorde estadual de 08/1898 (no Oregon) faz todo o sentido possível, ao contrário do registro de Prineville no mês anterior, que é claramente errado.  Hoje o número de estações é muito maior que em 1898 na região, então o recorde estadual poderia até ter sido maior naquele evento, e o mesmo vale para Washington também (as áreas mais afetadas pelo evento de 1898 ficam entre os dois estados).

 

Califórnia: 54,4ºc no Death Valley em julho de 2021 (iguala* o registro de 08/2020 no mesmo local).  Considero esse o recorde confiável do estado da CA/EUA (e do mundo, o registro da Tunísia em 1931 é uma porcaria também); já comentei sobre a baixa qualidade do registro de 1913 no DV.  * Na prática, a diferença de um décimo de de fahrenheit entre 08/2020 e 07/2021 é desprezível, a própria margem de erro da estação é maior, então a máxima "oficializada" deverá ser igual nos dois eventos.

 

Utah: 47,2ºc em St.George (COOP ) em julho de 2021 - iguala o registro de 07/1985 no mesmo local.

 

 

Em 1936 mais de 10 estados americanos quebram seus recordes absolutos de calor (na maioria dos casos, o recorde permanece até hoje, alguns de forma isolada), o que coloca aquele evento em outro patamar, que nada conseguiu aproximar nos últimos anos.  Aí vêm alguns "acadêmicos" (de araque), ou "estudiosos" que repetem, com cada vez mais frequência: "essa onda de calor (06/2021) não poderia ter ocorrido sem o aquecimento global" (e 1936, meus caros??); "aquela chuvarada lá não sei aonde não teria ocorrido também" (a as chuvas que mataram centenas de milhares na china na mesma década de 1930, e as inúmeras enchentes catastróficas que povoam a história da humanidade, quando a informação circulava muito menos???)..  Sinceramente, quem checar o meu histórico aqui no fórum vai logo descobrir que eu jamais neguei o AGW, que considero um fato comprovado pela ciência, mas esse sensacionalismo barato e mentiroso jamais terá o meu apoio, e nem o de quem realmente se preocupa com a ciência, pois a ciência só tem um lado: a busca pela verdade.  Ciência de verdade não convive com ativismo barato; quando entra um, a outra sai.

 

Já no Canadá, sem dúvidas o recorde nacional foi quebrado de maneira espetacular neste 06/2021, e centenas de estações (algumas bem antigas) quebraram seus recordes absolutos também, mas não posso deixar de observar que o recorde de calor do estado da Colúmbia Britânica (44,4ºc antes da onda de calor de junho, que trouxe até 48/49ºc para Lytton) estava bem abaixo do potencial máximo de calor da região (o que não tira o mérito do evento, mas é algo que merece ser mencionado).  Antes de 06/2021, o recorde nacional canadense era de 45ºc em duas localidades de Saskatchewan, em 07/1937.

 

Seta mostrando a localização da estação oficial no NWS em Dallesport (WA), uma das que teriam igualado o recorde estadual em 06/2021.  O Inmet pode ser ruim, mas não é só em terras tupiniquins que esse tipo de absurdo (estação no meio de um triângulo de asfalto, entre várias situações inapropriadas) acontece.  Uma estação muito mais antiga, mas em área densamente urbanizada (COOP na cidade de The Dalles, ao sul) registrou máxima quase 2ºc menor que o aero, apenas igualando um recorde registrado em duas outras ocasiões.

 

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Edited by Wallace Rezende
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Em 16/07/2021 em 00:23, Wallace Rezende disse:

[...]

 

Já no Canadá, sem dúvidas o recorde nacional foi quebrado de maneira espetacular neste 06/2021, e centenas de estações (algumas bem antigas) quebraram seus recordes absolutos também, mas não posso deixar de observar que o recorde de calor do estado da Colúmbia Britânica (44,4ºc antes da onda de calor de junho, que trouxe até 48/49ºc para Lytton) estava bem abaixo do potencial máximo de calor da região (o que não tira o mérito do evento, mas é algo que merece ser mencionado).  Antes de 06/2021, o recorde nacional canadense era de 45ºc em duas localidades de Saskatchewan, em 07/1937.

 

[...]

 

 

 

 

 

 

Me pergunto se o dado de Lytton é confiável, uma vez que a cidade estava no meio de um incêndio florestal que consumiu 90% do vilarejo.

 

https://www.bbc.com/news/world-us-canada-57678054

 

Será que a temperatura não foi alta justamente por causa do incêndio maciço nos arredores?

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Guest Wallace Rezende
12 horas atrás, ricardosilva disse:

 

Me pergunto se o dado de Lytton é confiável, uma vez que a cidade estava no meio de um incêndio florestal que consumiu 90% do vilarejo.

 

https://www.bbc.com/news/world-us-canada-57678054

 

Será que a temperatura não foi alta justamente por causa do incêndio maciço nos arredores?

 

Na verdade, o incêndio começou logo após o recorde de calor, mais para o final do dia 29/06, mas antes disso a cidade já havia quebrado o recorde nacional duas vezes, e as informações divulgadas até o momento indicam que o incêndio não teve influência sobre o registro.  Lytton, apesar de ser uma vila muito pequena, tem duas estações do serviço de meteorologia do Canadá, uma no aeroporto (que registrou máxima absoluta de 48,6ºc), e outra mais no centrinho da vila (49,6ºc).  Com o incêndio, o aeroporto já ficou sem dados no dia 30/06, e desde então a estação segue sem registros.  Já a estação da vila ainda teve registro no dia 30 (quando a máxima na verdade caiu bastante, por efeito da mudança na direção do vento e talvez também da fumaça, parece que o incêndio não queimou a área da estação), mas depois ficou sem dados entre os dias 1 e 5 de julho (do dia 6 em diante os dados voltaram, pode ter havido um corte de energia causado pelo incêndio).

 

 

Eu não vou colocar a minha mão no fogo (sentido figurado, apesar da pobre vila ter ardido quase inteira), mas até o momento não tenho motivos para duvidar do recorde nacional em Lytton (seja ele 48,6ºc ou 49,6ºc), embora uma investigação mais detalhada seja necessária.  Além de Lytton, a cidadezinha de Ashcroft registrou 48,1ºc, e Kamloops (uma das principais cidades da região) teve 47,3ºc, então sem dúvida o recorde nacional foi quebrado (várias outras estações encostaram ou passaram dos 45ºc também nos vales mais quentes da Colúmbia Britânica).  O recorde anterior do estado era de 44,4ºc em Lytton e Lillooet (1941), sendo que esta última cidade também quebrou o recorde em 06/2021 (fez 46,8ºc).

 

Registros entre os dias 23 e 30 de junho nas duas estações de Lytton (max, min e med):

 

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Sobre o artigo da Metsul (na verdade um copia/cola de outro artigo, que eu já havia lido uma semana antes; bem a cara deles fazer isso..), a máxima de 53,7ºc e a média de 47,9ºc na estação de Stovepipe Wells/Vale da Morte (média simples, mas isso eles não explicam) foram dados brutos, a versão oficial dos dados (o próprio site do USCRN) já mostra os registros corrigidos, com máxima de 53,5ºc (recorde da estação, que existe desde 2004 apenas) e média simples de 47,8ºc (a média mais completa, similar à horária, que leva em conta todas as observações, foi de 47ºc).  Estes são os registros do dia 11/07/2021, o mais quente do evento na estação USCRN de Stovepipe Wells.

                   

O que muita gente não sabe (e claro que seria demais esperar este tipo de esclarecimento desta empresa caça-cliques e caça-níqueis) é que o Vale da Morte conta com duas estações meteorológicas oficiais em sua parte mais quente (baixa), a no centro de visitantes Furnace Creek (Campbell Scientific, que que registou os recordes ainda não confirmados de 08/2020 e 07/2021, com 54,4ºc), e a USCRN, que fica em outro ponto do vale (Stovepipe Wells, pouco menos de 100 metros mais elevada e aproximadamente 30 Km distante).

 

A de Stovepipe Wells faz parte da rede de estações de alta qualidade (USCRN), que começou a funcionar já no século XXI (cada estação tem 3 sensores de temperatura independentes, e a temperatura real é calculada levando em conta todos eles; se um sensor estiver destoando dos demais, este valor é descartado).  O triplo registro da temperatura nas estações USCRN resulta em dados de melhor qualidade, evitando a deriva (gradual perda de calibração do termômetro) que é muito comum nas estações principais no NWS (ASOS).  Além disso, as estações USCRN são instaladas em locais sem perspectiva de urbanização ou adensamento (reservas e parques), o que as torna ideais para o estudo do clima (caso seja feita manutenção constante, o que nem sempre acontece; já vi algumas delas ficarem fora do ar por meses, especialmente as mais remotas, caso de muitas do Alasca).

 

No dia 09/07, quando a estação do centro de visitantes (Furnace Creek) igualou o registro de 2020 (54,4ºc), a outra estação (USCRN/Stovepipe Wells) não passou dos 50,3ºc, mas nos dois dias seguintes a diferença foi bem menor (a primeira estação refrescou, e a segunda aqueceu).  Neste dia dos 54,4ºc no centro de visitantes, ocorreu um pico bem isolado (os tais 54,4ºc) na observação das 17:00 durante uma calmaria (na hora anterior fazia 52ºc, e na posterior 51ºc, ambas com mais vento), o que indica que pode ter havido superaquecimento do sensor por falta de vento na leitura das 17:00 (o dia 09/07 não foi o mais quente do evento em nenhuma estação da área, só mesmo nesta estação).  No dia seguinte (10/07), a máxima foi de 54,1ºc (Furnace Creek) e 53,4ºc (Stovepipe Wells), diferença que faz muito mais sentido (este foi o pico do calor na maioria das estações da região).  No último dia do auge da onda do calor (11/07), a relação se inverteu, e Stovepipe Wells (53,5ºc) superou por pouco Furnace Creek (53,3ºc), mas a formação de nuvens na parte sul do vale (Cbs a oeste, sobre as montanhas) no final da tarde diminuiu a janela de aquecimento no centro de visitantes.

 

Abaixo, o resumo de julho/21 até agora na estação de Stovepipe Wells, no Vale da Morte (USCRN).

 

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foto da estação USCRN (no canto esquerdo, os pluviômetros/pluviógrafos, protegidos do vento por uma cerca, e no canto direito os três sensores aspirados de temperatura, na torre).  O painel solar alimenta a estação.

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O Vale da Morte, ponto mais baixo dos EUA continentais (-86 m em Badwater), fica a apenas 136 Km do ponto mais alto dos EUA continentais (Mount Whitney, 4421 m).

 

 

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  • 4 weeks later...
34 minutos atrás, ducz disse:

Choveu no local mais alto da Groenlândia pela primeira vez desde o início dos registros, em 1950.

 

Localização da estação: 72.580011,-38.456683

 

bighouse-netcam.thumb.jpg.fbd1e32e00a88bb07805af26a1a38dad.jpg

 

https://www.theguardian.com/world/2021/aug/20/rain-falls-peak-greenland-ice-cap-first-time-on-record-climate-crisis

 

Com certeza esse é um dos fatos mais indicativos do aquecimento global ...

Chuva líquida próximo ou no Polo Norte (não sei a latitude desse local)  é algo que seria impensável há um tempo atrás .

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2 horas atrás, ducz disse:

Choveu no local mais alto da Groenlândia pela primeira vez desde o início dos registros, em 1950.

 

Localização da estação: 72.580011,-38.456683

 

bighouse-netcam.thumb.jpg.fbd1e32e00a88bb07805af26a1a38dad.jpg

 

https://www.theguardian.com/world/2021/aug/20/rain-falls-peak-greenland-ice-cap-first-time-on-record-climate-crisis

Nossaaaaa, como pode uma coisa dessas! Segundo a notícia o local onde foi registrada a chuva está a 3.216 metros. E isso é na Groenlândia! Na Groenlândia! Dando uma rápida olhada nas coordenadas parece que esse lugar da estação está dentro do Círculo Polar Ártico... 😳

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Em 16/07/2021 em 00:23, Wallace Rezende disse:

Apesar da onda de calor histórica que atingiu parte no noroeste dos EUA no final de junho (foi histórica em boa parte dos estados do Oregon e de Washington), e da onda de calor intensa que atingiu boa parte do sudoeste dos EUA neste início de julho (não considero esta "histórica raiz", pois os recordes absolutos foram mais esparsos, e por margem muito pequena, como em Las Vegas, que igualou o recorde de 1942 pela sexta vez neste 07/2021), até agora nenhum estado americano registrou um recorde de calor novo em 2021, e provavelmente não tem mais como isso acontecer a essa altura do verão, até porque a seca e as ondas de calor já produziram vários incêndios no noroeste americano, e o excesso de fumaça já começou a moderar as máximas (durante a primeira grande onda de calor, no final de junho, ainda não havia grandes incêndios florestais ativos, eles só começaram já do meio para o final do evento). Enquanto isso, no sudoeste dos EUA, o rápido avanço das “monções” locais já deixou atmosfera muito úmida, impossibilitando novos recordes de máxima, e o centro-leste dos EUA segue com um verão “titia véia”, algo que vem se tornando cada vez mais comum (abafado, mas sem extremos, por excesso de umidade).

 

2 estados americanos (do noroeste) igualaram seus recordes absolutos de calor no evento de junho (de forma preliminar, pois todo novo recorde ou recorde igualado nos dias de hoje é “investigado” antes de ser oficializado; só não me perguntem como é feita essa investigação, mas eu tenho lá minhas dúvidas sobre ser um trabalho sério, pois conheço muitos podres das agências de meteorologia e climatologia dos EUA (NWS/NCEI), assim, como da OMM; tem muito burocrata sem qualquer conhecimento dentro das duas agências (embora não seja generalizado, a verdade muitas vezes fica em segundo plano), e outros 2 estados (do sudoeste) igualaram os recordes no evento de julho.  A Califórnia igualou o recorde considerado algo confiável de 08/2020 no Death Valley (Vale da Morte) em 07/2021 (ainda não terminou a “investigação” do recorde ocorrido há quase um ano, vá entender), já que o registro de 07/1913 muito provavelmente está errado.  O Utah igualou o recorde de 07/1985 em St.George em 07/2021.

 

Washington: 47,8ºc em junho de 2021 em 4 estações (igualando o valor de 07/1928 em Wahluke, e um registro duvidoso de 08/1961 em Ice Harbor Dam).  Dos 4 registros de 06/2021, um com certeza está errado (Sol Duc River, 4ºc acima de qualquer outra estação na área, que é muito úmida), outros dois devem estar errados (Dallesport: estações particulares confiáveis próximas mal passaram dos 45ºc, e Mayfield: situação parecida), e o quarto registro de 47,8ºc veio de uma estação não oficial muito perto da pista de um aeroporto pequeno (Richland; a outra estação da cidade - Richland COOP -, mais confiável, teve 44,4ºc).  Desses quatro registros que teriam igualado o recorde estadual de Washington, o único considerado de estação "oficial" (a rede de estações dos EUA é uma bagunça, muito ampla mas com quase nenhum controle de qualidade e exposição na maioria dos casos) é o de Dallesport (sensor aspirado, eles dizem), mas a estação foi instalada no pior lugar possível, no meio de um campo seco e cercada pelas pistas do aeroporto por todos os lados; duas estações Davis não muito longe dali marcam frequentemente entre 3 e 4ºc abaixo do aeroporto em dias de sol no verão, então por aí dá para ver o nível de qualidade da coisa.&

 

Oregon: 48,3ºc em junho 2021 (Pelton Dam), recorde que pode ter sofrido com más condições de exposição, mas se for confiável iguala o registro de Pendleton em 08/1898 (esse recorde antigo, apesar de ter parecido duvidoso num primeiro momento, hoje eu considero confiável, pois 2 outras estações na mesma região registraram valores excepcionais no dia 10/08/1898: Heppner e Kennewick, e nenhuma delas conseguiu quebrar o recorde em junho de 2021).

 

Comparando agosto de 1898 e junho de 2021 em Pendleton, Heppner e Kennewick (maior máxima):

 

Heppner: 43,3ºc (08/1898) e 42,8ºc (06/2021)

 

Pendleton: 48,3ºc (08/1898) e 47,8ºc (06/2021)

 

Kennewick: 46,1ºc (08/1898) e 45,6ºc (06/2021)

 

Então realmente o recorde estadual de 08/1898 (no Oregon) faz todo o sentido possível, ao contrário do registro de Prineville no mês anterior, que é claramente errado.  Hoje o número de estações é muito maior que em 1898 na região, então o recorde estadual poderia até ter sido maior naquele evento, e o mesmo vale para Washington também (as áreas mais afetadas pelo evento de 1898 ficam entre os dois estados).

 

Califórnia: 54,4ºc no Death Valley em julho de 2021 (iguala* o registro de 08/2020 no mesmo local).  Considero esse o recorde confiável do estado da CA/EUA (e do mundo, o registro da Tunísia em 1931 é uma porcaria também); já comentei sobre a baixa qualidade do registro de 1913 no DV.  * Na prática, a diferença de um décimo de de fahrenheit entre 08/2020 e 07/2021 é desprezível, a própria margem de erro da estação é maior, então a máxima "oficializada" deverá ser igual nos dois eventos.

 

Utah: 47,2ºc em St.George (COOP ) em julho de 2021 - iguala o registro de 07/1985 no mesmo local.

 

 

Em 1936 mais de 10 estados americanos quebram seus recordes absolutos de calor (na maioria dos casos, o recorde permanece até hoje, alguns de forma isolada), o que coloca aquele evento em outro patamar, que nada conseguiu aproximar nos últimos anos.  Aí vêm alguns "acadêmicos" (de araque), ou "estudiosos" que repetem, com cada vez mais frequência: "essa onda de calor (06/2021) não poderia ter ocorrido sem o aquecimento global" (e 1936, meus caros??); "aquela chuvarada lá não sei aonde não teria ocorrido também" (a as chuvas que mataram centenas de milhares na china na mesma década de 1930, e as inúmeras enchentes catastróficas que povoam a história da humanidade, quando a informação circulava muito menos???)..  Sinceramente, quem checar o meu histórico aqui no fórum vai logo descobrir que eu jamais neguei o AGW, que considero um fato comprovado pela ciência, mas esse sensacionalismo barato e mentiroso jamais terá o meu apoio, e nem o de quem realmente se preocupa com a ciência, pois a ciência só tem um lado: a busca pela verdade.  Ciência de verdade não convive com ativismo barato; quando entra um, a outra sai.

 

Já no Canadá, sem dúvidas o recorde nacional foi quebrado de maneira espetacular neste 06/2021, e centenas de estações (algumas bem antigas) quebraram seus recordes absolutos também, mas não posso deixar de observar que o recorde de calor do estado da Colúmbia Britânica (44,4ºc antes da onda de calor de junho, que trouxe até 48/49ºc para Lytton) estava bem abaixo do potencial máximo de calor da região (o que não tira o mérito do evento, mas é algo que merece ser mencionado).  Antes de 06/2021, o recorde nacional canadense era de 45ºc em duas localidades de Saskatchewan, em 07/1937.

 

Seta mostrando a localização da estação oficial no NWS em Dallesport (WA), uma das que teriam igualado o recorde estadual em 06/2021.  O Inmet pode ser ruim, mas não é só em terras tupiniquins que esse tipo de absurdo (estação no meio de um triângulo de asfalto, entre várias situações inapropriadas) acontece.  Uma estação muito mais antiga, mas em área densamente urbanizada (COOP na cidade de The Dalles, ao sul) registrou máxima quase 2ºc menor que o aero, apenas igualando um recorde registrado em duas outras ocasiões.

 

DALLES.png.51a80b5e9e2139b2565e14a23a708206.png

 

 

 

Pera, tu acha esse local ruim por causa das pistas do aeroporto? Não entendi

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