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Brasil Abaixo de Zero

Furacões no Atlântico Norte e Pacífico Leste e Central - 2021


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Guest Wallace Rezende
11 horas atrás, Lourenco disse:

 

 

 

 

Não foi vento sustentado, foi instantâneo (rajada na hora da foto, o 172 foi a maior rajada até então).  Foi estimada uma altura de 18 metros para o instrumento, embora isso ainda esteja sendo avaliado (de qq forma, estava acima da altura padrão).  O fato de ter sido registrada num navio ancorado também favorece valores maiores, pois praticamente não houve fricção com o solo, que sempre deixa os ventos bem mais fracos em terra firme (uma estação meteorológica oficial no aeroporto de Galliano, na parede leste do olho, registrou vento sustentado máximo entre TS E CAT1 (70 mph), e rajada máxima de CAT 2 (98 mph).  Isso na parede interna de um cat 4 (borda da parede interna, mas ainda assim na parede interna).

 

O fato do fluxo de ar interagir com a navio antes de atingir o instrumento também afeta o registro, embora um estudo mais detalhado seja necessário para sabermos de qual forma (o posicionamento do navio em relação ao vento, a posição do sensor no topo no navio, tudo influencia).  Mas de qq jeito isso foi durante o "landfall", quando os ventos eram mais fortes, então é compatível com as condições de registro.

 

 

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Mas uma elevação para categoria 5 seria um grande absurdo nesse caso, e duvido que exista a mais remota chance disso acontecer (eles costumam ajustar em 5 mph para mais ou para menos, o que não resultaria em mudança de categoria para o Ida). E, se for o caso de ajustar, seria mais justo para baixo nesse caso.

 

Aliás, me surpreendi positivamente na temporada passada com o "realismo" no NHC (levando em conta o histórico recente deles, que mudaram a forma como as tempestades são classificadas e nomeadas fingindo que estavam fazendo tudo como sempre, resultando num aumento artificial no número de sistemas nomeados e também em classificações mais agressivas, o que fez e está fazendo a festa dos alarmistas de plantão).  Mas o NHC deu uma pisada no chão em 2020, ao menos no que diz respeito à intensidade dos sistemas mais intensos, pois se dependesse dos "wishcasters" de plantão, que se julgam grandes conhecedores, a temporada passada teria registrado no mínimo 3 furacões de categoria 5 (mas terminou sem nenhum, e olha que no caso do Iota eu nem tinha muitas objeções não, ele passaria fácil como "Cat 5 mínimo", mais fácil que Matthew por exemplo, e muito mais fácil que aquela aberração em águas quase frias do Lorenzo).  Considero um absurdo Lorenzo ser classificado como mais forte que Iota e até mesmo Eta, mas na prática ninguém fora do NHC acredita nisso (acho que nem eles acreditam, mas não vão dar o braço a torcer; ao menos tão cedo não vão, talvez só daqui a muitos anos quando ninguém mais se lembrar).

 

Voltando ao Ida, as imagens de uma câmera remota no porto de Fourchon indicam que o "storm surge" atingiu a região após a passagem do olho...

 

Antes do olho:

 

 

Durante e após o olho (obviamente que houve um corte no vídeo, mas eu gostaria de ter visto a transição):

 

Edited by Wallace Rezende
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Kate está praticamente morta no Atlântico Central e isso pode trazer mudança na trajetória de Larry, com sistema demorando mais tempo para fazer a "curva" e evitar os EUA.

O ciclone é previsto por todos os modelos para ser um poderoso furacão e deve acumular bastante ACE para a temporada de 2021.

 

 

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Pelo que vi nas previsões, a maior ameaça do Furacão Larry seria as Ilhas Bermudas. 

 

Sobre o Furacão Ida: o nome Ida também foi muito usado na época em que os tufões do Pacífico Ocidental também eram nomeados pelos EUA(JTWC, no Havaí) e usava praticamente os mesmos nomes usados pelo NHC para as temporadas de furacões no Pacífico Leste e Atlântico Norte. 

 

Edited by Darley
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Ida já causou 66 mortes nos EUA, sendo a maioria em Nova Jersey e Nova York.

Os danos inicias são estimados em 50 bilhões, colocando a tempestade no top 6 de ciclones mais caros da histórica americana (sem valores corrigidos).

A temporada de 2021 já superou 2020 em danos e já é a quinta mais cara dos EUA.

 

Larry se fortaleceu pata categoria 2 e deve chegar na categoria 3 amanhã.

O sistema deve ficar aproximadamente uma semana como um grande furacão no Atlântico Central e tem boas chances de chegar na categoria 5 (também ser anular).

Bermudas podem sentir o impacto do ciclone na próxima quarta/quinta como um grande furacão.

 

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91L está tem chances de se formar na próxima semana quando entrar no Golfo.

Cada modelo mostrando um landfall em local diferente e as previsões atuais não são confiáveis para o sistema. 

 

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...O terceiro Major Hurricane da temporada...

 

Não sei o que anda acontecendo com os modelos, colocando pressão muito alta pra Larry no pico de intensidade, isso poderia significar que ele não seria tão forte, mas não é isso o que parece.

 

Por exemplo a 18z do GFS:

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A 12z do NAVGEM parece mais realista na minha opinião, inclusive colocando o furacão bem perto das Bermudas, isso mostra que qualquer pequeno deslocamento para oeste pode trazer risco à ilha:

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De acordo com as imagens microondas, Larry completou mais um ciclo de substituição da parede do olho nesta manhã, e a falta de bandas externas de tempestade indicam que provavelmente o furacão tá se tornando anular... Ou seja, a energia ciclonica acumulada da temporada vai disparar a partir de agora...

20210904_092643.jpg

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No aviso público das 11h a.m., o NHC disse que a pressão atmosférica de Larry era de 956 mbar, durante a tarde foi enviado um avião de reconhecimento e adivinhem só...a pressão atmosférica registrada foi de 957 mbar com ventos em torno de quase 10 nós, ou seja...pressão atmosférica entre 956 e 957 mbar! Foi certeiro! Mais já pro fim da missão, eles encontraram Larry um pouco mais forte e aumentaram os ventos para 125 mph novamente (205 km/h). As imagens de satélite nesta tarde mostram que Larry está mais fotogênico do que nunca, a saída de fluxo está agora espetacular, o que sinaliza que o cisalhamento de vento baixou:

 

 

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Em 02/09/2021 em 11:33, Renan disse:


Ele podia fazer uma trajetória bizarra, totalmente fora do padrão,

e fazer landfall no Maranhão. Kkkkkk, viajei. 

Seria tão viagem assim? 

 

Eu diria que no Maranhão seria difícil, mas talvez no Amapá? 

Se não me engano foi neste estado e em Roraima que já tiveram chuvas oriundas de sistemas tropicais

 

Pelo mapinha clássico da atuação destes sistemas dá para perceber que o equador é uma barreira, provavelmente pela ação da célula de Hadley, mas sei lá talvez com a zcit se posicionando muito ao sul, já me disseram que as ondas de leste são oriundas dos mesmos sistemas que dão origem a alguns furações.

Até 2005  qualquer um achava que o Brasil era um país livre deste tipo de sistema.

 

Mas se pelo ar não vem, pelo mar vem, muito dos swells de norte que estes sim atingem litoral norte do nordeste são causados por furações.

 

 

 

 

 

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Bem improvável um furacão atingir o Amapá quando você para pra pensar que as Guianas e o Suriname, que estão mais a norte, nunca foram atingidas.

 

Mas é curioso como os furacões no Pacífico e Índico chegam muito mais próximos da Linha do Equador do que os furacões do Atlântico, tem registros de furacões na latitude 1ºN no Pacífico enquanto o máximo que já ocorreu no Atlântico foi no litoral da Venezuela na latitude 9ºN. Alguém saberia explicar o porquê dessa diferença?

 

Em 2001 a tempestade Vamei afetou Singapura na latitude 1.4ºN e até hoje é o furacão mais próximo da Linha do Equador já registrado: https://en.wikipedia.org/wiki/Tropical_Storm_Vamei

Edited by DaviOlrb
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23 minutos atrás, DaviOlrb disse:

Bem improvável um furacão atingir o Amapá quando você para pra pensar que as Guianas e o Suriname, que estão mais a norte, nunca foram atingidas.

 

Mas é curioso como os furacões no Pacífico e Índico chegam muito mais próximos da Linha do Equador do que os furacões do Atlântico, tem registros de furacões na latitude 1ºN no Pacífico enquanto o máximo que já ocorreu no Atlântico foi no litoral da Venezuela na latitude 9ºN. Alguém saberia explicar o porquê dessa diferença?

 

Em 2001 a tempestade Vamei afetou Singapura na latitude 1.4ºN e até hoje é o furacão mais próximo da Linha do Equador já registrado: https://en.wikipedia.org/wiki/Tropical_Storm_Vamei


Gostei da pergunta. Aguardo retorno de quem saiba informar. E aproveito para perguntar se as mudanças climáticas em curso poderiam aumentar a chance de ciclones tropicais atingirem regiões mais próximas da linha do equador no oceano atlântico, aumentando assim a chance de algum deles tocar terra no Amapá.

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2 horas atrás, DaviOlrb disse:

Bem improvável um furacão atingir o Amapá quando você para pra pensar que as Guianas e o Suriname, que estão mais a norte, nunca foram atingidas.

 

Mas é curioso como os furacões no Pacífico e Índico chegam muito mais próximos da Linha do Equador do que os furacões do Atlântico, tem registros de furacões na latitude 1ºN no Pacífico enquanto o máximo que já ocorreu no Atlântico foi no litoral da Venezuela na latitude 9ºN. Alguém saberia explicar o porquê dessa diferença?

 

Em 2001 a tempestade Vamei afetou Singapura na latitude 1.4ºN e até hoje é o furacão mais próximo da Linha do Equador já registrado: https://en.wikipedia.org/wiki/Tropical_Storm_Vamei

Eu já vi uns distúrbios ou ondas tropicais próximo à costa do Ceará já no hemisfério Sul com uma leve rotação no sentido horário e inclusive com bandas de cirrus em sentido anti-horário, longe de ser até uma depressão tropical mas rolou. Já vi tbm algo parecido no Amapá. Eu postei aqui, tinha até salvado os Gifs mas se perderam. Devem estar postados por aqui.

Não tem espaço pra se desenvolverem aqui no Atlântico Sul. Talvez daqui uns milhões de anos quando a América do Sul se afastar mais da África até comece a ocorrer mas estaremos bem velhos já.

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20 minutos atrás, Tavares disse:

Eu já vi uns distúrbios ou ondas tropicais próximo à costa do Ceará já no hemisfério Sul com uma leve rotação no sentido horário e inclusive com bandas de cirrus em sentido anti-horário, longe de ser até uma depressão tropical mas rolou. Já vi tbm algo parecido no Amapá. Eu postei aqui, tinha até salvado os Gifs mas se perderam. Devem estar postados por aqui.

Não tem espaço pra se desenvolverem aqui no Atlântico Sul. Talvez daqui uns milhões de anos quando a América do Sul se afastar mais da África até comece a ocorrer mas estaremos bem velhos já.

 

Encontrei o post do Ceará mas o Giphy excluiu a imagem. Uma pena, perdida pra sempre... era um sistema muito intrigante.

 

O disturbio do Amapá eu salvei, não sei o que era, não manjo muito de meteorologia tropical. Talvez seja algo rotineiro por lá e devem ser os sistemas que causam o alto volume de chuva em Janeiro

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Edited by Tavares
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4 horas atrás, DaviOlrb disse:

Bem improvável um furacão atingir o Amapá quando você para pra pensar que as Guianas e o Suriname, que estão mais a norte, nunca foram atingidas.

 

Mas é curioso como os furacões no Pacífico e Índico chegam muito mais próximos da Linha do Equador do que os furacões do Atlântico, tem registros de furacões na latitude 1ºN no Pacífico enquanto o máximo que já ocorreu no Atlântico foi no litoral da Venezuela na latitude 9ºN. Alguém saberia explicar o porquê dessa diferença?

 

Em 2001 a tempestade Vamei afetou Singapura na latitude 1.4ºN e até hoje é o furacão mais próximo da Linha do Equador já registrado: https://en.wikipedia.org/wiki/Tropical_Storm_Vamei

Tem o ciclone Agni também em 2004 Cyclone Agni que chegou à latitude 0,7°N, apenas 50km da linha do equador e de acordo com o RSMC da ilha de Reunião no Índico, o precursor de Agni atravessou a linha do Equador...muito interessante, não consegui postar a fonte, mas lá na wikipedia em inglês tem o link da WMO.

 

Me arrisco em dizer que essa diferença tem muito a ver com o cisalhamento de vento que nesta parte equatorial do atlântico é quase sempre forte e tem pouco período sobre água, já no outro lado do mundo é o oposto né...acho que tem muito isso aí...

 

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1 hora atrás, Tavares disse:

Eu já vi uns distúrbios ou ondas tropicais próximo à costa do Ceará já no hemisfério Sul com uma leve rotação no sentido horário e inclusive com bandas de cirrus em sentido anti-horário, longe de ser até uma depressão tropical mas rolou. Já vi tbm algo parecido no Amapá. Eu postei aqui, tinha até salvado os Gifs mas se perderam. Devem estar postados por aqui.

Não tem espaço pra se desenvolverem aqui no Atlântico Sul. Talvez daqui uns milhões de anos quando a América do Sul se afastar mais da África até comece a ocorrer mas estaremos bem velhos já.

É que muitas vezes esses distúrbios estão organizados só nos níveis médios, e deixam a desejar no nivel 850 mb, esse caso mesmo em cima do Amapá, enxergamos poucos indícios de circulação em baixos níveis, mas a rotação em níveis médios é bem visível 

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Depois de Elsa, tão fraco que sofreria "bullying" até de uma chuva de verão comum, chegou a vez de Olaf.  Esse ao menos é um furacão de verdade, ainda que fraco (cat1/2), e no momento atua sobre o extremo sul da Baixa Califórnia, no México.  Nas próximas horas, a tempestade vai se afastar para o alto mar e enfraquecer, mas antes segue provocando rajadas fortes e chuva na região de Los Cabos (vídeo abaixo).

 

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Edited by Wallace Rezende
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Em 24 horas, Olaf dobrou de intensidade!!!!!

No aviso público das 11pm de 8/09 Olaf tinha ventos de 50 mph, durante o dia se intensificou rapidamente e virou furacão de manhã. Essa noite as coisas ficaram mais interessantes e Olaf bateu a categoria 2 com ventos de 100 mph, ou algo em torno aí dos 160 km/h....

 Trata-se do furacão mais forte a atingir a Península de Baja Califórnia desde o dia 15/09/14, quando o furacão Odile que atingiu a área com ventos de 125 mph, como um forte furacão de categoria 3, é também o furacão mais forte a atingir o México (lado pacífico) desde o furacão Willa no fim de Outubro de 2018 (landfall com ventos de 115 mph).

 Se permanecesse mais tempo em água teríamos provavelmente um grande furacão...

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4 minutos atrás, Peregrine disse:

"Quando há furacões no Atlântico e um pouco mais próximos da América do Sul eles conseguem influenciar e mudar a circulação dos ventos, com ajuda de ondas atmosféricas, como as ondas de Rossby"

Trecho de um artigo publicado pela Climatempo. Falam em teoria, mas na prática nunca dizem nada.

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