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Brasil Abaixo de Zero

Divergências entre termômetros, estacões meteorológicas, etc!


Leandro Leite
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Boa tarde, estou criando esse novo tópico para falar de algumas divergências que existem entre termômetros de álcool, estacões meteorológicas que podem ser absurdas, bom eu tenho um termômetro a álcool de  madeira e outro de plástico, quando a temperatura está por exemplo entre 25 C e 30 C eles são compatíveis, mas eu fiz vários testes com eles, e as divergências aumentam em ambientes muito frios e muito quentes, no meu quarto eu os coloquei em baixo do ar split com a pá virada em cima deles durante mais de um hora, o de madeira não baixou de 20 C e o de plástico chegou a 18 C, coloquei no controle em 18 C; outra vez em julho eu passei uma semana em Primavera e os termômetros divergiam em 1 C, mas no último dia esfriou e o de madeira marcava 17 C e o de plástico 15 C, vale ressaltar que época do de plástico estava com um tracinho deslocado de álcool, que equivale a uns poucos décimos, menos de 0,5 C, depois de um tempo o traco colou, agora, o teste com o ar condicionado falado acima foi sábado e o de plástico não tinha mais o traco, agora é na geladeira, mesmo depois que não tem o traco, que eles divergem em até 4 C, 5 C, o de madeira marca mais, já no sol, isso eu testei em Cuiabá num dia não muito quente e o de plástico chegou a 45 C enquanto o de madeira não passou de 38 C,  fiz também testes no ar condicionado antigo de caixa em Cuiabá, contava até 60 ou 120, um minuto ou dois, o de plástico ia baixando até 12 C, enquanto o de madeira demorou pra baixar de 15 C, os expunha pelo mesmo tempo ao vento do ar condicionado. Obs: A tecla do c-cedilha não funciona nesse notebook. 

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Bom, no sábado em que estava frio em Primavera no comeco de julho meu termômetro de plástico aferiu 11 C 20 pras 10 da noite, com o tracinho teria que está uns poucos décimos a mais, mas as PWSs do entorno de Primavera, 3 delas,  estavam acima de 12,5 C, mas não chegavam a 13 C, no mesmo horário, depois lá pras 11 uma delas, a Fazenda Cidade Verde,  baixou pra 11 C, mas as outras não baixaram de 12 C antes da meia noite,  da outra vez que esfriou, 25 de julho, quando os termômetros meus marcavam 15 C e 17 C, duas PWSs do entorno estavam 15 C, depois no carro marcava isso, o que deveria aumentar a minha confiabilidade no termômetro de plástico, já num dia de julho, entre a primeira e a segunda vez que esfriou, num dia mais quente, durante a noite, perto de 9 e meia, meu termômetro de madeira marcava 23 C e o de plástico 22 C, enquanto nessas mesmas duas PWSs, em área rural, marcavam 20 C, voltando praquele primeiro sábado de julho, durante o dia 3 PWSs no entorno de Primavera passaram dos 22 C chegando até a 23 C, enquanto no meu termômetro de madeira não passou de 21, 5 C-22 C, e o de plástico a máxima ficou em 20 C, com o tracinho deslocado alguns décimos a mais. 

Edited by Leandro Leite
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Falando em PWSs achei mais interessante é o que acontece nos EUA, que tem literalmente uma estacão meteorológica em tudo que é esquina, vi no wundermap divergências de até 2 C ou 4 F em Manhattan em Nova York numa distância de 4 quadras, em San Francisco perto do aeroporto internacional vi divergirem em 1 C ou 2 F numa distância também de 4 quadras, já em Los Angeles num bairro chamado Paramount eu vi uma diferenca de 2 C ou 4 F em quadras vizinhas, vale ressaltar que eu verifiquei os valores e estavam atualizados pro mesmo minuto.   

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Voltando pra Primavera do Leste, no sábado 6 de julho a PWS do Rio Sapé e a da Fazenda São Luiz, que é perto dali marcavam a mesma temperatura durante a noite, entre 12 C e 13 C, mas de madrugada a São Luiz marcou 9 C e a do Rio Sapé 6 C, porém a discrepância foi na noite seguinte, quando a do Rio Sapé baixou pra 4 C e a São Luiz não baixou sequer de 12 C, e ao amanhecer enquanto a do Rio Sapé marcava 4 C, a São Luiz marcava 14 C, a do Rio Sapé fica a 600 m e a São Luiz a 700 m de altitude, bem essa São Luiz não é muito confiável,  e faz tempo que não funciona, em marco chegou a passar dos 40 C, nunca que vai ter um calor desse em Primavera essa época, nas piores ondas de calor é 38 C em setembro e outubro, em marco nem chega a 35 C, olhando os dados da automática do INMET em Primavera, inoperante desde maio, você verá que os valores eram bem mais amenos. 

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Leandro, cabem algumas observações, que componentes aqui do BAZ que têm estações meteorológicas podem explicar melhor do que eu.

 

1. É necessário saber se esses seus termômetros são realmente precisos.

Se marcam a temperatura real.

 

2. Uma estação meteorológica de um órgão oficial, como o INMET, tem que seguir uma série de normas:

a) Tem que pegar muito bem todos os ventos de todas as direções. Isso é importantíssimo.

b) Devem ter uma distância mínima de obstáculos, a regra do 1:10.

    Para cada 1 m de altura do obstáculo, 10 m de distância.

    Por exemplo, se houver um edifício de 5 m de altura, a estação deve ficar a 50 m de distância.

c) O solo em volta deve ser gramado.

   Cimento e asfalto irradiam calor nos dias de sol, aumentando artificialmente a temperatura.

d) Os termômetros (Em convencionais) ou os sensores (Automáticas) devem ficar em abrigos.

   O abrigo protege do sol e da umidade (Chuva, orvalho, etc).

   A evaporação da água é endotérmica, isto é, rouba calor do ambiente em volta, falseando para menos as temperaturas.

e) A estação deve ficar no sol, evidentemente com um bom abrigo, mas longe de fontes que irradiam o calor do sol, como muros, calçadas, viadutos, etc.

f) O sensor ou os termômetros devem ter uma altura mínima do solo (1,5 m, se não me engano)

Etc, etc.

 

3. A localização: baixada, topos, etc, influi nos extremos de temperaturas, como sempre se comenta aqui.

 

4. Essas diferenças que você comentou podem ser devidas as vários fatores:

a) Estações em locais inadequados (Vide as regras acima. Lajes e telhados também irradiam calor em dias de sol)

b) A topografia da região (Topo, baixada, encosta...)

c) Estações descalibradas

d) Proximidade da água, como lagos, grandes rios, mar...

Etc, etc.

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Em 07/10/2019 em 16:39, Leandro Leite disse:

Voltando pra Primavera do Leste, no sábado 6 de julho a PWS do Rio Sapé e a da Fazenda São Luiz, que é perto dali marcavam a mesma temperatura durante a noite, entre 12 C e 13 C, mas de madrugada a São Luiz marcou 9 C e a do Rio Sapé 6 C, porém a discrepância foi na noite seguinte, quando a do Rio Sapé baixou pra 4 C e a São Luiz não baixou sequer de 12 C, e ao amanhecer enquanto a do Rio Sapé marcava 4 C, a São Luiz marcava 14 C, a do Rio Sapé fica a 600 m e a São Luiz a 700 m de altitude, bem essa São Luiz não é muito confiável,  e faz tempo que não funciona, em marco chegou a passar dos 40 C, nunca que vai ter um calor desse em Primavera essa época, nas piores ondas de calor é 38 C em setembro e outubro, em marco nem chega a 35 C, olhando os dados da automática do INMET em Primavera, inoperante desde maio, você verá que os valores eram bem mais amenos. 

 

Me dá as coordenadas desse Rio Sapé, parece um baixadão interessante. 

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3 horas atrás, LuluBros disse:

 

Me dá as coordenadas desse Rio Sapé, parece um baixadão interessante. 

Rio Sapé: https://www.wunderground.com/dashboard/pws/IPRIMAVE5

Fazenda Cidade Verde: https://www.wunderground.com/dashboard/pws/IPOXORU2

Fazenda São Luiz: https://www.wunderground.com/dashboard/pws/IPRIMAVE4

A mínima este ano na fazenda no Rio Sapé foi de 4,3 C no dia 8 de julho ❄️

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  • 1 year later...

Ressuscitando um tópico de mais de um ano e meio, estou incomodado com essas PWSs em Primavera, ficam marcando 2 ou mais graus a mais que a do Rio Sapé, e são 50 metros mais alta, apesar de serem urbanas o argumento de ilha de calor não sustem, uma vez que em dias frios e nublados é  mais frio na cidade que no Rio Sapé pelo fato da cidade ser mais alta e mais ao sul-sudoeste, e mesmo assim marcam mais, interessante é que assim que o sol nasce a temperatura dessas PWSs já dispara: https://www.wunderground.com/dashboard/pws/IPRIMA6/graph/2021-07-4/2021-07-4/monthly

https://www.wunderground.com/dashboard/pws/IPRIMA7/graph/2021-07-4/2021-07-4/monthly

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6 minutos atrás, Leandro Leite disse:

Ressuscitando um tópico de mais de um ano e meio, estou incomodado com essas PWSs em Primavera, ficam marcando 2 ou mais graus a mais que a do Rio Sapé, e são 50 metros mais alta, apesar de serem urbanas o argumento de ilha de calor não sustem, uma vez que em dias frios e nublados é  mais frio na cidade que no Rio Sapé pelo fato da cidade ser mais alta e mais ao sul-sudoeste, e mesmo assim marcam mais, interessante é que assim que o sol nasce a temperatura dessas PWSs já dispara: https://www.wunderground.com/dashboard/pws/IPRIMA6/graph/2021-07-4/2021-07-4/monthly

https://www.wunderground.com/dashboard/pws/IPRIMA7/graph/2021-07-4/2021-07-4/monthly

No frio 28 de junho último essas PWSs marcavam uns 2 C a mais que meu termômetro pessoal, nos dias seguintes a discrepância aumentou, 5 C de diferença no dia 1 de julho de tarde, 24,X C X 29,X C. 

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1 hora atrás, Leandro Leite disse:

No frio 28 de junho último essas PWSs marcavam uns 2 C a mais que meu termômetro pessoal, nos dias seguintes a discrepância aumentou, 5 C de diferença no dia 1 de julho de tarde, 24,X C X 29,X C. 

Nesse dia a máxima diurna da IPRIMA7 foi 18 C e da IPRIMA6 17,2 C, ante os 16,7 C da IPRIAMEVE5 Rio Sapé, vale ressaltar que por volta das 14 h local a a 7 e a 6 passavam dos 16 C, equiparando ou até superando em décimos o valor de Poxoréo, 16,3 C, que é 300 metros mais baixa, no Rio Sapé no mesmo horário tinha 15,5 C. 

Edited by Leandro Leite
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Guest Wallace Rezende
11 horas atrás, Leandro Leite disse:

Ressuscitando um tópico de mais de um ano e meio, estou incomodado com essas PWSs em Primavera, ficam marcando 2 ou mais graus a mais que a do Rio Sapé, e são 50 metros mais alta, apesar de serem urbanas o argumento de ilha de calor não sustem, uma vez que em dias frios e nublados é  mais frio na cidade que no Rio Sapé pelo fato da cidade ser mais alta e mais ao sul-sudoeste, e mesmo assim marcam mais, interessante é que assim que o sol nasce a temperatura dessas PWSs já dispara: https://www.wunderground.com/dashboard/pws/IPRIMA6/graph/2021-07-4/2021-07-4/monthly

https://www.wunderground.com/dashboard/pws/IPRIMA7/graph/2021-07-4/2021-07-4/monthly

 

Não posso opinar sobre esse caso específico, mas você poderia tentar encontrar essas estações (caso tenham sido mapeadas no local correto, o que nem sempre acontece no WU) para verificar a exposição dos equipamentos.

 

Mas cuidado com termômetros de mercúrio, pois com o tempo eles costumam ficar descalibrados (muitas vezes passam a marcar menos que a realidade) e, mesmo que o seu termômetro esteja perfeitamente calibrado, um termômetro de mercúrio numa varanda sombreada geralmente vai marcar menos que uma estação meteorológica ao sol durante dia (a não ser a varanda seja uma estufa, ou com muita radiação refletida), assim como vai marcar mais à noite quase sempre.

 

Eu diria que no mínimo a estação “ferradura” (6) provavelmente está mapeada bem longe do local real, pois o comportamento das mínimas não é o esperado para uma estação urbana fora de baixada, e sem muito verde na vizinhança imediata..

 

Mas, para tirar a sua dúvida sobre a confiabilidade dos registros, só mesmo dando uma conferida nas estações “in loco” (o modelo é de boa qualidade, melhor que as estações oficiais de vários institutos, diga-se de passagem, mas de nada adianta um bom modelo de estação meteorológica se a exposição for ruim - muito perto de paredes, local com pouca ventilação, etc.).

 

O ideal, em áreas muito urbanizadas e que não dispõem de um pedaço de solo “livre”, é colocar a estação bem acima da altura padrão (mastro), num local bem ventilado.

 

Nas baixas latitudes do interior do Brasil (o que inclui a sua região), o ar frio tende a ser muito raso, é canalizado pelo relevo e costuma atingir latitudes baixíssimas, mas quase não tem espessura, por isso durante as entradas de ar frio a altitude não diz muita coisa, é até esperado que cidades mais baixas fiquem mais tempo sob atuação do ar frio que as mais altas (até no Sul/SE isso acontece, mas ainda mais aí).

 

Edited by Wallace Rezende
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8 minutos atrás, Wallace Rezende disse:

 

Não posso opinar sobre esse caso específico, mas você poderia tentar encontrar essas estações (caso tenham sido mapeadas no local correto, o que nem sempre acontece no WU) para verificar a exposição dos equipamentos.

 

Mas cuidado com termômetros de mercúrio, pois com o tempo eles costumam ficar descalibrados (muitas vezes passam a marcar menos que a realidade) e, mesmo que o seu termômetro esteja perfeitamente calibrado, um termômetro de mercúrio numa varanda sombreada geralmente vai marcar menos que uma estação meteorológica ao sol durante dia (a não ser a varanda seja uma estufa, ou com muita radiação refletida), assim como vai marcar mais à noite quase sempre.

 

Eu diria que no mínimo a estação “ferradura” (6) provavelmente está mapeada bem longe do local real, pois o comportamento das mínimas não é o esperado para uma estação urbana fora de baixada, e sem muito verde na vizinhança imediata..

 

Mas, para tirar a sua dúvida sobre a confiabilidade dos registros, só mesmo dando uma conferida nas estações “in loco” (o modelo é de boa qualidade, melhor que as estações oficiais de vários institutos, diga-se de passagem, mas de nada adianta um bom modelo de estação meteorológica se a exposição for ruim - muito perto de paredes, local com pouca ventilação, etc.).

 

O ideal, em áreas muito urbanizadas e que não dispõem de um pedaço de solo “livre”, é colocar a estação bem acima da altura padrão (mastro), num local bem ventilado.

 

Nas baixas latitudes do interior do Brasil (o que inclui a sua região), o ar frio tende a ser muito raso, é canalizado pelo relevo e costuma atingir latitudes baixíssimas, mas quase não tem espessura, por isso durante as entradas de ar frio a altitude não diz muita coisa, é até esperado que cidades mais baixas fiquem mais tempo sob atuação do ar frio que as mais altas (até no Sul/SE isso acontece, mas ainda mais aí).

 

Meus termômetros são de álcool, o mais velho tem 20 anos e é de plástico, já o mais novo tem uns dois anos e meio e é de madeira. 

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Acabei de pesquisar e descobrir, Ferradura e São Caetano são duas fazendas em Primavera do Leste, ficam no município, as PWSs estão em localização errada no WU,  não estão na cidade, a cidade fica na borda do planalto e minha casa não dá um quilômetro dessa borda, que é por onde o ar polar entra na cidade vindo do Pantanal, tanto que sempre chega em Cuiabá antes. 

Edited by Leandro Leite
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Em 04/07/2021 em 11:32, Leandro Leite disse:

https://www.wunderground.com/dashboard/pws/IPRIMAVE5/graph/2021-07-4/2021-07-4/monthly

 

Essa é a do Rio Sapé, ontem por exemplo a máxima foi 30,6 C, ante os 32,9 C da IPRIMA6 e 32,1 C da IPRIMA7.

 

Isso pode ser a diferença de qualidade das estações. São Sepé é uma Davis Vantage pro 2 PLUS possivelmente com abrigo aspirado, equipamento excelente pra medir temperatura ao sol. As outras são WS que podem aquecer. Além é claro de problemas comuns a PWS que independem da qualidade do equipamento: Local mal ventilado(que aparentemente não é o caso!), estação muito próxima do chão, estação cercada de plantação alta ou proximidade de outras fontes de calor como telhados.

 

Por fim é possível que a altitude esteja errado no site, já vi vários casos.

 

Olhando por cima acho IPRIMAVE5 mais confiável.

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44 minutos atrás, Felipe Backendorf disse:

 

Isso pode ser a diferença de qualidade das estações. São Sepé é uma Davis Vantage pro 2 PLUS possivelmente com abrigo aspirado, equipamento excelente pra medir temperatura ao sol. As outras são WS que podem aquecer. Além é claro de problemas comuns a PWS que independem da qualidade do equipamento: Local mal ventilado(que aparentemente não é o caso!), estação muito próxima do chão, estação cercada de plantação alta ou proximidade de outras fontes de calor como telhados.

 

Por fim é possível que a altitude esteja errado no site, já vi vários casos.

 

Olhando por cima acho IPRIMAVE5 mais confiável.

*Rio Sapé 

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  • 3 weeks later...
Em 04/07/2021 em 21:52, Wallace Rezende disse:

 

Não posso opinar sobre esse caso específico, mas você poderia tentar encontrar essas estações (caso tenham sido mapeadas no local correto, o que nem sempre acontece no WU) para verificar a exposição dos equipamentos.

 

Mas cuidado com termômetros de mercúrio, pois com o tempo eles costumam ficar descalibrados (muitas vezes passam a marcar menos que a realidade) e, mesmo que o seu termômetro esteja perfeitamente calibrado, um termômetro de mercúrio numa varanda sombreada geralmente vai marcar menos que uma estação meteorológica ao sol durante dia (a não ser a varanda seja uma estufa, ou com muita radiação refletida), assim como vai marcar mais à noite quase sempre.

 

Eu diria que no mínimo a estação “ferradura” (6) provavelmente está mapeada bem longe do local real, pois o comportamento das mínimas não é o esperado para uma estação urbana fora de baixada, e sem muito verde na vizinhança imediata..

 

Mas, para tirar a sua dúvida sobre a confiabilidade dos registros, só mesmo dando uma conferida nas estações “in loco” (o modelo é de boa qualidade, melhor que as estações oficiais de vários institutos, diga-se de passagem, mas de nada adianta um bom modelo de estação meteorológica se a exposição for ruim - muito perto de paredes, local com pouca ventilação, etc.).

 

O ideal, em áreas muito urbanizadas e que não dispõem de um pedaço de solo “livre”, é colocar a estação bem acima da altura padrão (mastro), num local bem ventilado.

 

Nas baixas latitudes do interior do Brasil (o que inclui a sua região), o ar frio tende a ser muito raso, é canalizado pelo relevo e costuma atingir latitudes baixíssimas, mas quase não tem espessura, por isso durante as entradas de ar frio a altitude não diz muita coisa, é até esperado que cidades mais baixas fiquem mais tempo sob atuação do ar frio que as mais altas (até no Sul/SE isso acontece, mas ainda mais aí).

 

Você contou que termômetros de mercúrio se descalibram com o tempo marcando menos que a realidade, mas você sabe distinguir os de álcool dos de mercúrio? Os de mercúrio são um líquido prateado, os de álcool tem um corante normalmente vermelho, mas às vezes azul ou verde. Falo isso porque há pessoas que confundem álcool com mercúrio, inclusive eu já confundi. Os de álcool também se descalibram com o tempo? Pois eu tenho esse de álcool de plástico há 20 anos. 

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Guest Wallace Rezende

todo termômetro perde a calibração depois de algum tempo, pois o próprio bulbo sofre uma deformação, mas a velocidade com que isso acontece depende do produto (materiais empregados, essas coisas; as próprias especificações do fabricante podem conter alguma informação útil).

 

O ideal é comparar com um instrumento de referência de tempos em tempos, que deve (ou deveria) existir em toda sede local do Inmet (Disme).  O termômetro de referência é mais caro que os comuns (bulbo seco, máxima, mínima...), e tem maior precisão e exatidão (ele será empregado mais para fazer a calibração dos instrumentos mais utilizados nas estações, e também para ajudar a detectar quando algum instrumento da estação precisa ser trocado).

 

Hoje em dia, os instrumentos mais utilizados como referência não são mais os velhos termômetros de líquido em vidro, mas sim versões mais modernas, como os de resistência de platina (mas mesmo o mais moderno dos termômetros precisa passar por testes de laboratório de tempos em tempos, pois a calibração aos poucos vai se perdendo também).  No caso do Inmet, eu não sei qual o tipo de instrumento eles utilizam como referência, mas não espero muito de um órgão que sofre com tão longa asfixia financeira.

 

Para um observador amador, como no nosso caso, uma opção bem acessível é adquirir um termômetro ou termo-higrômetro digital (existem vários de qualidade aceitável por até R$ 100,00 ou um pouco mais, com sensor externo), que geralmente vem com uma margem de erro de até 1ºc (você poderia comparar o registro dele com o seu termômetro antigo, de preferência num ambiente com pouca luz a temperatura estabilizada, como um cômodo fechado da sua casa).  E, claro, caso disponha de um bom espaço para a instalação, é possível também investir numa PWS, como fizeram vários colegas aqui.  Eu tenho apenas um digital básico que serve bem aos meu propósitos (registro de instantâneas do lado de fora da janela, mais temperatura interna do cômodo), até por não dispor de um bom local para fazer observações mais completas, mas vários participantes aqui do fórum podem dar dicas melhores sobre termômetros digitais e PWS.

 

Aliás, minha interna tem ficado entre 21 e 22ºc nos últimos dias, muito agradável (poderia ser assim no verão, eu não reclamaria, embora eu já tenha morado num bairro muito mais quente do Rio há alguns anos, de forma que hoje eu já nem posso mais reclamar tanto do verão, pois quase nunca preciso de ar condicionado em casa).  Mas a atual temperatura interna aqui em casa está praticamente perfeita, tipo ar condicionado central ligado no médio direto (se fosse assim o ano todo, realmente estaria ótimo).

Edited by Wallace Rezende
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  • 2 weeks later...
9 minutos atrás, Leandro Leite disse:

Que tal essa diferença: 

22/08/2020:

Primavera do Leste-INMET 16,7 C 10 h HL

Primavera do Leste- Fazenda Ilha Grande 20,4 C 9:59 HL

Campo Verde-INMET 17,  C 10 h HL

29/06/2021:

Primavera do Leste-Casa-Termômetro Pessoal c. 12,7 C 10:04 HL

Primavera do Leste-Fazenda Ilha Grande 16,5 C 10:04 HL

Campo Verde-INMET 11,  C 10:00 HL

Veja que meu termômetro pessoal demonstra compatibilidade com Campo Verde, tal como o INMET demonstrava. 

Leandro Leite, 

compra um termômetro de máxima e mínima da Incoterm, ele tem mercúrio, o álcool fica entre a haste de metal e o mercúrio prateado. A haste de metal é para registrar a mínima e a máxima, na ponta arredondada da haste, é onde fazemos a leitura da mín e máx.

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