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Brasil Abaixo de Zero

Monitoramento e Previsão Climática (ENSO/SST/AAO/PDO) 2016-2020


Rodolfo Alves
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  • 2 weeks later...

O início do início da indicação de uma suposta La Niña 2020-21? 🤔

 

Essa previsão, apesar de muito distante, é interessante. Lembro de um artigo em inglês que colocava uma série de suposições que culminariam numa La Niña intensa em algum momento entre 2020 e 2021. Acho que alguém até colocou aqui nesse fórum. 

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4 horas atrás, LeoP disse:

 

De fato, essa mania de sempre atribuir eventos extremos ao AG é contestável. Aqui na RMBH, temos evidências que vão nessa direção, mas também há ressalvas.

 

As grandes tempestades, acima de 100mm em 24h, estão muito mais frequentes hoje do que antes (e se devem a eventos de ZCAS, de forma que o fator ilha de calor que intensifica as convecções não se aplica). Da mesma forma, as secas persistentes dessa década não apresentam precedentes. Saímos de uma condição de chuvas torrenciais de 2008 até 2011 para secas severas de 2014 até 2016.

 

No entanto, nem 2014, nem 2015, nem ano algum se iguala a 1964, quando choveu 490mm NO ANO TODO na capital mineira. É um evento mais que extremo, entra no nível de aberração climática, pois se trata de volumes típicos de áreas semi-áridas caminhando para desérticas. E aquilo ocorreu há 55 anos, quando nem se falava em aquecimento global. Tudo bem que no ano seguinte voltou a chover bastante (até acima da média, mostrando ser um evento mais curto que o que vivemos recentemente), mas não deixa de ser um evento extremo, aberrante e muito antigo.

LeoP,

o ano que choveu 490 em BH, foi 1963.

De 1964 a 1967 o Sudeste foi beneficiado com bastante chuva, não todo o Sudeste.

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13 horas atrás, Wallace Rezende disse:

No Rio de Janeiro mesmo, as chuvas do último verão (que foram mais fortes nos bairros costeiros) já foram colocadas na conta do AGW por muitos "formadores de opinião" e (sacrilégio maior) tratadas como novidade por alguns (tipo "já houve temporais, mas não como esses!").  Mas os dados (que nestas horas são ignorados, o que importa é promover a causa) desmentem tudo isso categoricamente...  Os meses mais chuvosos da história do Rio de Janeiro (capital) ocorreram em 1966 (janeiro), e 1988 (fevereiro), sendo que 1967 também é lembrado pelas grandes tragédias na capital, Serra das Araras e Caraguatatuba (se fosse hoje com certeza o surto de temporais de 66/67 seria considerado a prova inequívoca do "caos climático causado pelo AGW").  Para você ver, 1966 e 1967 são os dois anos mais chuvosos já registrados no centro da cidade do Rio de Janeiro, onde há registros contínuos de chuva desde 1851.  O recorde mensal de abril pertence a 1872, o diário do mesmo mês a 1883, os recordes de maio pertencem a 1853 (mês) e 1897 (dia), o de junho a 1916 (e o de março também, junto com BH).  Agosto e maio registraram seus recordes mensais em 1853, e novembro em 1851.  Aqui realmente não há o menor sinal de aumento das chuvas fortes, mas sim uma grande variabilidade entre os anos sem padrão definido, e pode-se dizer que a segunda metade do século XIX foi o período que concentrou mais recordes mensais de chuva (não havia dados antes disso, mas o temporal de fevereiro de 1811 pode ter sido ainda mais forte, segundo relatos da época).  Os dados de chuva do RJ são bons desde o início, tanto que as médias anuais de 1851/1890 batem com as contemporâneas.

 

Em São Paulo eu sei que realmente houve aumento dos temporais e das médias anuais de chuva, mas isto é causado por uma combinação da ilha de calor com uma particularidade do relevo local (convecção iniciada ao subir a Serra do Mar ganha um "gás" ao passar sobre a metrópole, e esse "gás" não era dado antes da grande mancha de concreto surgir), é um fenômeno causado pelo calor local e não pelo aumento global das médias. Essa diferença entre RJ/SP mostra como é difícil fazer generalizações, com fatores locais muitas vezes se sobrepondo aos globais.

 

Em Santos, no litoral de São Paulo, a história já é bem diferente da capital; o recorde diário de chuva foi registrado em fevereiro de 1934 (368 mm no dia 18, recorde nacional da normal 1931/1960).  O recorde mensal de Santos data de março de 1956, com mais de 900 mm no INMET (Ponta da Praia) e até 1200/1300 mm em outros pontos da cidade.

 

Aí em Belo Horizonte, 1985 trouxe o mês mais chuvoso da história (850 mm em janeiro) e o segundo março mais chuvoso (412 mm), este último atrás de..1916, com 469,4 mm.  Se fosse hoje entrava tudo na conta do AGW, assim como a seca de 1963 (que foi, aliás, o ano mais seco registrado aqui em Niterói também com 551 mm de chuva, e neste mesmo ano de 1963 chegou a chover menos de 400 mm em algumas áreas do norte do estado do Rio). 

 

 

Mas acredito sim que, no médio/longo prazo (no máximo), a devastação da Amazônia (caso continue, e não dá sinais de parar até agora) vai provocar uma redução gradual das médias anuais de chuva em praticamente todo o Brasil central (inclusive aí para vocês), com consequências que podem ser terríveis.  Isto até pode já estar começando, tenho notado que  a maior parte das bacias hidrográficas monitoradas no SE/CO tem registrado "quadras" chuvosas abaixo da média nos últimos anos.

Wallace Rezende,

aqui no Noroeste do Rio e parte da Zona da Mata choveu muito de fev a maio de 1916.

Os recordes mensais para março em algumas cidades:

545 mm Carangola-MG

486 mm Muriaé-MG

456 mm Porciúncula-RJ

Dados da Companhia Leopoldina Railway.

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9 horas atrás, jrmartinisp disse:

Seria isso o deslocamento do vortice?

 

 

Pode ser sim, visto que uma parte desse braço vindo da Antártida está "barrada" na Argentina, Uruguai e no extremo sul do Rio Grande do Sul. Hoje, houve por exemplo uma tempestade severa em Melo, próxima a fronteira com o Brasil.

 

Enquanto isso, boa parte da África Austral segue com temperaturas normais, mas a Nova Zelândia e a Austrália estão com o clima oposto do Brasil: queda de neve nas áreas mais altas dos dois países e aqui seguimos com um clima quase desértico. Coisa boa não é 

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4 horas atrás, Pedro Victor P. disse:

Mapa terrível pra gente @CloudCb

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Credo, que mapa horrível. Mas sinceramente, estou achando muito estranho aquela anomalia positiva de chuva ali na região nordeste dos EUA e região de Terra Nova, Canadá. Se há previsão de chuva acima da média ali significa que a atividade ciclônica vai está acima da média, né? Se realmente for isso, pode ser um bom presságio para nós.

Agora pode ser um problema se os VCAN da vida ficar com o centro na gente, aí sim ferra. Kkkk.

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Em 10/09/2019 em 23:06, CloudCb disse:

 

Credo, que mapa horrível. Mas sinceramente, estou achando muito estranho aquela anomalia positiva de chuva ali na região nordeste dos EUA e região de Terra Nova, Canadá. Se há previsão de chuva acima da média ali significa que a atividade ciclônica vai está acima da média, né? Se realmente for isso, pode ser um bom presságio para nós.

Agora pode ser um problema se os VCAN da vida ficar com o centro na gente, aí sim ferra. Kkkk.

 

Esse outro modelo (JAMSTEC) já veio com um cenário melhor. 

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8 horas atrás, Pedro Victor P. disse:

 

Esse outro modelo (JAMSTEC) já veio com um cenário melhor. 

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Por ele seria praticamente um 2019.2, tanto que choveu muito esse ano no litoral norte do NE mas no interior da BA e PI choveu muito pouco na maior parte da estação chuvosa. Espero que seja diferente.

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As previsões do NOAA cedidas para a Somar indicam um novo aquecimento no Pacífico nos últimos meses do ano, mas a partir de março estará se resfriando novamente, há uma grande piscina fria no entorno da Indonésia, de repente ela vai migrar pro leste e trazer a La Niña em meados do próximo ano como preveem um grupo de cientistas americanos em decorrência do ciclo solar, há meses o NOAA vem prevendo que um resfriamento no Pacífico só iria acontecer em 2020, o que pode trazer frio mais cedo e mais intenso pra cá no próximo ano: http://somarmeteorologia.com.br/security/defesa_civil/clima3.php

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22 minutos atrás, Leandro Leite disse:

As previsões do NOAA cedidas para a Somar indicam um novo aquecimento no Pacífico nos últimos meses do ano, mas a partir de março estará se resfriando novamente, há uma grande piscina fria no entorno da Indonésia, de repente ela vai migrar pro leste e trazer a La Niña em meados do próximo ano como preveem um grupo de cientistas americanos em decorrência do ciclo solar, há meses o NOAA vem prevendo que um resfriamento no Pacífico só iria acontecer em 2020, o que pode trazer frio mais cedo e mais intenso pra cá no próximo ano: http://somarmeteorologia.com.br/security/defesa_civil/clima3.php

Por estas previsões a estação chuvosa no Brasil (outubro-março) será muito próxima da normalidade com um atraso no início das chuvas, principalmente no Norte e Nordeste ( o que em tese já está acontecendo); as águas do Pacífico equatorial estarão levemente mais aquecidas que o normal, porém não teremos el nino atuando. Isso pode ser positivo por um lado, pois aumenta a chance de todo o país receber chuvas intensas sem prejuízo para nenhuma região, por outro lado as chuvas podem ser irregulares, ou seja, chover muito num determinado período e ficar muitos dias sob atuação do ar mais seco.

 

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  • 2 weeks later...

Segundo os mapas da reanálise do NCEP, de 01/09 até dia 25/09, a TSM do Pacífico Equatorial tava dentro da média.

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Anomalia de TSM na Bacia do Pacífico.

 

No mesmo período as águas do Atlântico Norte se mantiveram bastante aquecidas (Fig. 1), o que refletiu no atraso das chuvas do sul da Amazônia - que apresentou, no mesmo período, anomalias positivas de Radiação de Onda Longa (convecção abaixo da média) (Fig. 2):

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Fig. 1 e Fig. 2, respectivamente.

 

Fontes: https://www.esrl.noaa.gov/psd/data/composites/day/http://climanalise.cptec.inpe.br/~rclimanl/boletim/0905/index.html.

 

Edited by CloudCb
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15 horas atrás, CloudCb disse:

Segundo os mapas da reanálise do NCEP, de 01/09 até dia 25/09, a TSM do Pacífico Equatorial tava dentro da média.

image.png.cc963ece95cf07693e45b431799a9990.png

Anomalia de TSM na Bacia do Pacífico.

 

No mesmo período as águas do Atlântico Norte se mantiveram bastante aquecidas (Fig. 1), o que refletiu no atraso das chuvas do sul da Amazônia - que apresentou, no mesmo período, anomalias positivas de Radiação de Onda Longa (convecção abaixo da média) (Fig. 2):

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Fig. 1 e Fig. 2, respectivamente.

 

Fontes: https://www.esrl.noaa.gov/psd/data/composites/day/http://climanalise.cptec.inpe.br/~rclimanl/boletim/0905/index.html.

 


Última rodada do CFS tá bem interessante para o Nordeste. Março de 2020:

 

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(Atlântico Equat. Norte frio e Atlântico Equat. Sul quente)
 

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2 horas atrás, Pedro Victor P. disse:


Última rodada do CFS tá bem interessante para o Nordeste. Março de 2020:

 

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(Atlântico Equat. Norte frio e Atlântico Equat. Sul quente)
 

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Não consigo entender por que esses modelos insistem em colocar praticamente o oceano inteiro da Terra com temperaturas acima da média. Sabemos que isso não é verdadeiro. Apesar do aquecimento global e oceânico, ainda assim existe uma tendência de equilíbrio térmico, não fica tudo quente igual ele prevê não.

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7 horas atrás, Renan disse:

 

Não consigo entender por que esses modelos insistem em colocar praticamente o oceano inteiro da Terra com temperaturas acima da média. Sabemos que isso não é verdadeiro. Apesar do aquecimento global e oceânico, ainda assim existe uma tendência de equilíbrio térmico, não fica tudo quente igual ele prevê não.


É igual com o ENSO, todo início de ano, a mesma historinha: “El Niño will develop later this year”. E quase sempre dizem que será semelhante ao evento de 1997-98 kkkkkk. 
 

O flop de 2017-18 é inesquecível. 

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11 horas atrás, Pedro Victor P. disse:


É igual com o ENSO, todo início de ano, a mesma historinha: “El Niño will develop later this year”. E quase sempre dizem que será semelhante ao evento de 1997-98 kkkkkk. 
 

O flop de 2017-18 é inesquecível. 

 

Estão superestimando o AG, apesar das suas evidentes ameaças e necessidade de tratamento. Será que os modelos têm sido "calibrados" (com offset) para mostrar temperaturas mais elevadas que a realidade ? 

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Em 28/09/2019 em 12:19, Pedro Victor P. disse:

Já em abril, a chuva fica concentrada no norte do Nordeste. Bem semelhante a 2019. 4BC80A41-0C30-4AEF-B88C-6E497D1546A2.thumb.png.9a781b68c757eead197313490f76060c.png

 

Esse mapa está estranho. Chuva acima da média na faixa norte do NEB e, ao mesmo tempo, chuva acima da média nas Guianas/Venezuela no mesmo mês é bem difícil, viu.

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4 horas atrás, CloudCb disse:

O Pacífico Sul está com uma grande área com anomalias negativas.

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Interessante que a TSM está com anomalia negativa em quase toda a costa do Brasil.

O Pacífico Equatorial parece está esquentando novamente, segundo eu vi num site em inglês há um tempo, teve um especialista que tem outro site, que comentou que o Pacífico ficaria com El Niño fraco ou com neutralidade  positiva até o primeiro semestre de 2020 quando começaria uma transição para La Niña em resposta à atividade solar, é possível que as águas frias no entorno da Indonésia migrem para leste e tragam uma La Niña mais forte no próximo ano, e com isso o inverno 2020 pode ser mais frio.  

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Em 02/10/2019 em 18:27, Leandro Leite disse:

O Pacífico Equatorial parece está esquentando novamente, segundo eu vi num site em inglês há um tempo, teve um especialista que tem outro site, que comentou que o Pacífico ficaria com El Niño fraco ou com neutralidade  positiva até o primeiro semestre de 2020 quando começaria uma transição para La Niña em resposta à atividade solar, é possível que as águas frias no entorno da Indonésia migrem para leste e tragam uma La Niña mais forte no próximo ano, e com isso o inverno 2020 pode ser mais frio.  


É bastante interessante, vários artigos, já há algum tempo, vêm convergindo na ideia de uma possível La Niña em 2020-21. 
 

CFS p/ julho de 2020:

 

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Em 04/10/2019 em 13:25, Pedro Victor P. disse:


É bastante interessante, vários artigos, já há algum tempo, vêm convergindo na ideia de uma possível La Niña em 2020-21. 
 

CFS p/ julho de 2020:

 

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Previsão boa pra quem gosta de frio aqui no Mato Grosso, espero que se concretize. 

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Em 13/10/2019 em 12:15, Sopron disse:

Tomara que esfrie bem, o inverno desse ano foi muito ruim aqui na região. Somente dois pulsos de julho e começo de agosto é que foram interessantes. O restante, foi só calor e creio que anomalias positivas registradas.


Sei q não funciona assim, mas faz tanto tempo que não temos uma La Niña decente que eu sei lá, não é possível que não tenha uma em 2020-21. 
 

Sério mesmo, a última LN “pra valer” foi a de 2010-11 😳

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Em 16/10/2019 em 07:09, Pedro Victor P. disse:

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Assim espero, quero um Pacífico assim em julho, pra ''Cuiabrasa'' virar ''Cuiabice''' (Ler-se ''Cuiabaice'', ''ice'' é gelo em gelo em inglês) e Primavera virar ''Gelovera'' do Leste. ''Vamos pra frente Pacífico e volte para a cor azul, La Niña, a menina que faz o Mato Grosso virar Sul!''☃️❄️

Edited by Leandro Leite
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12 minutos atrás, Leandro Leite disse:

Assim espero, quero um Pacífico assim em julho, pra ''Cuiabrasa'' virar ''Cuiabice''' (Ler-se ''Cuiabaice'', ''ice'' é gelo em gelo em inglês) e Primavera virar ''Gelovera'' do Leste. ''Vamos pra frente Pacífico e volte para a cor azul, La Niña, a menina que faz o Mato Grosso virar Sul!''☃️❄️

A La Niña ajuda a ter um inverno mais rigoroso, mas não é o único fator, o oceano atlântico na costa leste da América do Sul precisa estar dentro da média ou abaixo, senão os efeitos do pacífico resfriado serão poucos ou nulos.

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5 horas atrás, klinsmannrdesouza disse:

A La Niña ajuda a ter um inverno mais rigoroso, mas não é o único fator, o oceano atlântico na costa leste da América do Sul precisa estar dentro da média ou abaixo, senão os efeitos do pacífico resfriado serão poucos ou nulos.

Nesse caso não faria as frentes frias escoarem pra oeste rumo ao Amazonas e ficarem bloqueadas a leste, vide julho de 2010, que teve mínima de 1 dígito em Cuiabá e não teve em Sampa, algo um pouco fora do comum visto que Sampa é muito mais alto e mais ao Sul, poderia agradar quem gosta de frio no Mato Grosso, exemplo eu, mas desagradar outras partes, mas também tem ano que as frentes frias escoam mais a leste, seguem até a Bahia e mal atingem o Mato Grosso do Sul, veja agosto último, exceto o começo do mês, parece que em 2005 o Atlântico aquecido e um Pacífico se resfriando fizeram as frentes frias escoarem a oeste, com isso foi o melhor ano do período 2002-2006 em Cuiabá em matéria de frio e em Sampa o pior da década passada, já 2006 foi o ano mais sem frio da década em Cuiabá, enquanto em Sampa teve a menor temperatura da segunda metade dos anos 2000 no Mirante, pois as frentes frias daquele ano tinham um deslocamento mais oriental, em Sampa em 2006 esfriou até mais que em 2009 e 2010, anos que em Cuiabá o frio pegou pra valer, parece que há uma dinâmica idêntica aos  EUA. 

Edited by Leandro Leite
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54 minutos atrás, Leandro Leite disse:

Nesse caso não faria as frentes frias escoarem pra oeste rumo ao Amazonas e ficarem bloqueadas a leste, vide julho de 2010, que teve mínima de 1 dígito em Cuiabá e não teve em Sampa, algo um pouco fora do comum visto que Sampa é muito mais alto e mais ao Sul, poderia agradar quem gosta de frio no Mato Grosso, exemplo eu, mas desagradar outras partes, mas também tem ano que as frentes frias escoam mais a leste, seguem até a Bahia e mal atingem o Mato Grosso do Sul, veja agosto último, exceto o começo do mês, parece que em 2005 o Atlântico aquecido e um Pacífico se resfriando fizeram as frentes frias escoarem a oeste, com isso foi o melhor ano do período 2002-2006 em Cuiabá em matéria de frio e em Sampa o pior da década passada, já 2006 foi o ano mais sem frio da década em Cuiabá, enquanto em Sampa teve a menor temperatura da segunda metade dos anos 2000 no Mirante, pois as frentes frias daquele ano tinham um deslocamento mais oriental, em Sampa em 2006 esfriou até mais que em 2009 e 2010, anos que em Cuiabá o frio pegou pra valer, parece que há uma dinâmica idêntica aos  EUA. 

Não, quando o oceano Atlântico na costa leste do Brasil está mais frio do que o normal durante o outono e inverno as frentes frias se deslocam com maior facilidade tanto para o litoral quanto pelo interior do continente, e as ondas de frio são mais amplas e prolongadas.  Em 1997, apesar do Pacífico equatorial muito aquecido, o outro lado da América do Sul estava com águas mais frias, como resultado o outono e parte do inverno teve frio intenso, com destaque para uma massa polar no começo de junho que provocou geadas amplas até no triângulo mineiro e interior do MS e SP,  frente fria deste evento conseguiu chegar até o sul do Pará e na Bahia, este mês fechou com chuvas acima do normal. No ano seguinte, 1998, mesmo que o Pacífico equatorial se resfriou de janeiro a maio entrando nas anomalias negativas em junho, o outono e inverno foi ruim porque o Atlântico brasileiro estava mais aquecido que o normal, bloqueando as frentes frias mais ao sul.

Nos anos 2000 ( entre 2001 e 2006, exceto 2004) houveram ondas de frio intensas no interior do continente sul-americano ( Argentina, Paraguai, estados do Sul, MS, MT, RO e AC) elas foram pontuais, de curta duração,o resto dos meses foram bem quentes.

O período entre 2007 e 2013 os oceanos nos dois lados da costa sul-americana estavam mais “comportados", facilitando o escoamento das massas polares em direção às baixas latitudes do continente, por isso houve aquela sequência nostálgica de invernos dentro da média/levemente abaixo e acúmulos ocasionais de neve ( 2010, 2011 e 2013 que o digam).

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Sinceramente, estou começando a me desanimar quanto ao clima do país como um todo, não enxergo uma bonança em termos de invernos bons ou até mesmo um outono ou primavera decentes nas temperaturas. A dinâmica padrão tem sido temperaturas muito altas e com desvios positivos ( mesmo em meses de inverno). Tirando a onda de frio de julho e agosto que foram excelentes, de demais pode jogar no lixo. Para o Sul e o Leste do Sudeste, resfriamento foi muito bom, apesar dos desvios positivos na temperatura. 

 

Tomara que ano que vem, espero que mude essa dinâmica, porque está muito difícil.

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16 horas atrás, Leandro Leite disse:

Forte La Niña entre 2020 e 2022? Notícia em inglês sobre isso:  https://www.wlfi.com/content/news/2020-22-Trends-560831971.html

Dois invernos seguidos com La Niña, verão (summer) lá, bem que poderia acontecer após 10 anos, como 2010 e 2011, dois anos fortes em matéria de frio pra cá ☃️

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Nesse site um comentarista chamado Javier, também dono de um site sobre meteorologia,  comentou em inglês no dia 7 de abril que o índice ONI ficaria positivo com El Niño fraco ou neutralidade de viés positivo até o final do ano ou primeiro semestre de 2020, quando então começaria a transição para uma La Niña que poderia durar até dois anos, no momento em que passaria do mínimo solar para o máximo solar do ciclo 25,  https://judithcurry.com/2019/04/04/2019enso-,forecast/, veja o que está acontecendo, parece que a previsão está se confirmando: Time series of weekly sea surface temperatures anomalies for the 4 Niño regions

Edited by Leandro Leite
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Em 03/11/2019 em 18:47, Leandro Leite disse:

Forte La Niña entre 2020 e 2022? Notícia em inglês sobre isso:  https://www.wlfi.com/content/news/2020-22-Trends-560831971.html


Cara, estou na torcida que isso aconteça. Uma La Niña forte aliada com um atlântico favorável vai ajudar muito o Nordeste, que passou praticamente a década de 2010 inteira com seca. 

Edited by Pedro Victor P.
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O mês de outubro apresentou anomalias positivas de TSM na região do Golfo da Guiné.

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O mês de novembro adentrou com as anomalias positivas, intensificadas, na mesma área, com locais até 2,0°C acima da média:

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Anomalias positivas de TSM nessa região entre outubro e dezembro são, normalmente, um indicativo de Dipolo Negativo no Atlântico Tropical. Se não, ao menos um Atlântico Sul aquecido na costa nordestina.

Acompanhemos...

Edited by CloudCb
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20 horas atrás, CloudCb disse:

O mês de outubro apresentou anomalias positivas de TSM na região do Golfo da Guiné.

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O mês de novembro adentrou com as anomalias positivas, intensificadas, na mesma área, com locais até 2,0°C acima da média:

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Anomalias positivas de TSM nessa região entre outubro e dezembro são, normalmente, um indicativo de Dipolo Negativo no Atlântico Tropical. Se não, ao menos um Atlântico Sul aquecido na costa nordestina.

Acompanhemos...


Será que 2020 será uma repetição de 2019 no Nordeste?

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Em 05/11/2019 em 21:32, CloudCb disse:

O mês de outubro apresentou anomalias positivas de TSM na região do Golfo da Guiné.

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O mês de novembro adentrou com as anomalias positivas, intensificadas, na mesma área, com locais até 2,0°C acima da média:

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Anomalias positivas de TSM nessa região entre outubro e dezembro são, normalmente, um indicativo de Dipolo Negativo no Atlântico Tropical. Se não, ao menos um Atlântico Sul aquecido na costa nordestina.

Acompanhemos...


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Caramba, olha esse bolsão de água quente no Atlântico. 

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9 minutos atrás, stankevecz1 disse:

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Se o Pacífico anda no neutro, o Atlântico sul está ficando bonito

O atlântico sul resfriado nos ajuda muito em qualquer época do ano, porque isso permite o avanço das frentes frias para as latitudes mais baixas, trazendo chuvas fortes na primavera/verão e ondas de frio amplas no outono/inverno. Esse fator nos importa até mais do que as variações do pacífico equatorial; tanto que em alguns casos anula os efeitos do el nino.

1994 teve el nino mas o atlântico sul estava resfriado, o resultado foram duas massas polares gigantescas que afetaram quase todo o Brasil, além de 80% da América do Sul, pintaram a paisagem de branco nas serras sulinas e geou até no sul de Goiás, fato raro de ocorrer.

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