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Brasil Abaixo de Zero

Temas Gerais


Alexandre Aguiar
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Nobre liga a seca em SP com desmatamento de florestas na Amazônia

 

**EXCELENTE ARTIGO

 

Especialista na relação da Amazônia com o clima, o agrônomo Antonio Donato Nobre faz conexões entre a seca no Sudeste e o desmatamento das florestas. Assustado com os mais de 200 artigos sobre o tema que leu em quatro meses para compilar o estudo "O Futuro Climático da Amazônia", lançado ontem, em São Paulo, Nobre garante que a mudança do clima já não é mais previsão científica, mas realidade. "Estamos indo para o matadouro", diz.

Nos últimos 40 anos foram destruídas 40 bilhões de árvores na floresta. "É o clima que sente cada árvore retirada da Amazônia", diz o pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Árvores amazônicas antigas produzem mil litros de água por dia. O ar úmido é também "exportado" para áreas como o Sudeste, com vocação para deserto.

Nobre, que vem de uma família de cientistas brasileiros, fez o estudo a pedido da Articulación Regional Amazónica (ARA), rede de entidades da sociedade civil dos nove países amazônicos.

O cientista defende que o desmatamento pare já - inclusive o permitido por lei - mas diz que isso já não basta. É hora de lidar com o passivo ambiental e empreender o que ele compara a um "esforço de guerra" para replantar florestas e restaurar ecossistemas. Nobre reforça a ideia que não há antagonismo entre agricultura e conservação. "A agricultura consciente, se soubesse o que a comunidade científica sabe, estaria na rua, com cartazes, exigindo do governo a proteção das florestas e plantando árvores em suas propriedades."

A seguir, os principais trechos da entrevista.

Valor: Quanto já desmatamos da Amazônia brasileira?

Antonio Donato Nobre: Só de corte raso, nos últimos 40 anos, foram três Estados de São Paulo, duas Alemanhas ou dois Japões. São 184 milhões de campos de futebol, quase um campo por brasileiro. A velocidade do desmatamento na Amazônia, em 40 anos, é de um trator com uma lâmina de três metros se deslocando a 726 km/hora - uma espécie de trator do fim do mundo. A área que foi destruída corresponde a uma estrada de 2 km de largura, da Terra até a Lua. E não estou falando de degradação florestal.

Valor: Essa é a "guilhotina de árvores" que o senhor menciona?

Nobre: Foram destruídas 42 bilhões de árvores em 40 anos, cerca de 3 milhões de árvores por dia, 2.000 árvores por minuto. É o clima que sente cada árvore que é retirada da Amazônia. O desmatamento sem limite encontrou no clima um juiz que conta árvores, não esquece e não perdoa.

Valor: O sr. pode explicar?

Nobre: Os cientistas que estudam a Amazônia estão preocupados com a percepção de que a floresta é potente e realmente condiciona o clima. É uma usina de serviços ambientais. Ela está sendo desmatada e o clima vai mudar.

Valor: A mudança climática...

Nobre: A mudança climática já chegou. Não é mais previsão de modelo, é observação de noticiário. Os céticos do clima conseguiram uma vitória acachapante, fizeram com que governos não acreditassem mais no aquecimento global. As emissões aumentaram muito e o sistema climático planetário está entrando em falência como previsto, só que mais rápido.

Valor: No estudo o sr. relaciona destruição da floresta e clima?

Nobre: A literatura é abundante, há milhares de artigos escritos, mais de duas dúzias de projetos grandes sendo feitos na Amazônia, com dezenas de cientistas. Li mais de 200 artigos em quatro meses. Nesse estudo quis esclarecer conexões, porque esta discussão é fragmentada. "Temos que desenvolver o agronegócio. Mas e a floresta? Ah, floresta não é assunto meu". Cada um está envolvido naquilo que faz e a fragmentação tem sido mortal para os interesses da humanidade. Quando fiz a síntese destes estudos, eu me assombrei com a gravidade da situação.

Valor: Qual é a situação?

Nobre: A situação é de realidade, não mais de previsões. No arco do desmatamento, por exemplo, o clima já mudou. Lá está aumentando a duração da estação seca e diminuindo a duração e volume de chuva. Agricultores do Mato Grosso tiveram que adiar o plantio da soja porque a chuva não chegou. Ano após ano, na região leste e sul da Amazônia, isso está ocorrendo. A seca de 2005 foi a mais forte em cem anos. Cinco anos depois teve a de 2010, mais forte que a de 2005. O efeito externo sobre a Amazônia já é realidade. O sistema está ficando em desarranjo.

Valor: A seca em São Paulo se relaciona com mudança do clima?

Nobre: Pegue o noticiário: o que está acontecendo na Califórnia, na América Central, em partes da Colômbia? É mundial. Alguém pode dizer - é mundial, então não tem nada a ver com a Amazônia. É aí que está a incompreensão em relação à mudança climática: tem tudo a ver com o que temos feito no planeta, principalmente a destruição de florestas. A consequência não é só em relação ao CO2 que sai, mas a destruição de floresta destrói o sistema de condicionamento climático local. E isso, com as flutuações planetárias da mudança do clima, faz com que não tenhamos nenhuma almofada.

Valor: Almofada?

Nobre: A floresta é um seguro, um sistema de proteção, uma poupança. Se aparece uma coisa imprevista e você tem algum dinheiro guardado, você se vira. É o que está acontecendo agora, não sentimos antes os efeitos da destruição de 500 anos da Mata Atlântica, porque tínhamos a "costa quente" da Amazônia. A sombra úmida da floresta amazônica não permitia que sentíssemos os efeitos da destruição das florestas locais.

"A mudança climática já chegou. Não é mais previsão de modelos científicos, é observação de noticiário"

Valor: O sr. fala em tapete tecnológico da Amazônia. O que é?

Nobre: Eu queria mostrar o que significa aquela floresta. Até eucalipto tem mais valor que floresta nativa. Se olharmos no microscópio, a floresta é a hiper abundância de seres vivos e qualquer ser vivo supera toda a tecnologia humana somada. O tapete tecnológico da Amazônia é essa assembleia fantástica de seres vivos que operam no nível de átomos e moléculas, regulando o fluxo de substâncias e de energia e controlando o clima.

Valor: O sr. fala em cinco segredos da Amazônia. Quais são?

Nobre: O primeiro é o transporte de umidade continente adentro. O oceano é a fonte primordial de toda a água. Evapora, o sal fica no oceano, o vento empurra o vapor que sobe e entra nos continentes. Na América do Sul, entra 3.000 km na direção dos Andes com umidade total. O segredo? Os gêiseres da floresta.

Valor: Gêiseres da floresta?

Nobre: É uma metáfora. Uma árvore grande da Amazônia, com dez metros de raio de copa, coloca mais de mil litros de água em um dia, pela transpiração. Fizemos a conta para a bacia Amazônica toda, que tem 5,5 milhões de km2: saem desses gêiseres de madeira 20 bilhões de toneladas de água diárias. O rio Amazonas, o maior rio da Terra, que joga 20% de toda a água doce nos oceanos, despeja 17 bilhões de toneladas de água por dia. Esse fluxo de vapor que sai das árvores da floresta é maior que o Amazonas. Esse ar que vai progredindo para dentro do continente vai recebendo o fluxo de vapor da transpiração das árvores e se mantém úmido, e, portanto, com capacidade de fazer chover. Essa é uma característica das florestas.

Valor: É o que faz falta em São Paulo?

Nobre: Sim, porque aqui acabamos com a Mata Atlântica, não temos mais floresta.

Valor: Qual o segundo segredo?

Nobre: Chove muito na Amazônia e o ar é muito limpo, como nos oceanos, onde chove pouco. Como, se as atmosferas são muito semelhantes? A resposta veio do estudo de aromas e odores das árvores. Esses odores vão para atmosfera e quando têm radiação solar e vapor de água, reagem com o oxigênio e precipitam uma poeira finíssima, que atrai o vapor de água. É um nucleador de nuvens. Quando chove, lava a poeira, mas tem mais gás e o sistema se mantém.

Valor: E o terceiro segredo?

Nobre: A floresta é um ar-condicionado e produz um rio amazônico de vapor. Essa formação maciça de nuvens abaixa a pressão da região e puxa o ar que está sobre os oceanos para dentro da floresta. É um cabo de guerra, uma bomba biótica de umidade, uma correia transportadora. E na Amazônia, as árvores são antigas e têm raízes que buscam água a mais de 20 metros de profundidade, no lençol freático. A floresta está ligada a um oceano de água doce embaixo dela. Quando cai a chuva, a água se infiltra e alimenta esses aquíferos.

Valor: Como tudo isso se relaciona à seca de São Paulo?

Nobre: No quarto segredo. Estamos em um quadrilátero da sorte - uma região que vai de Cuiabá a Buenos Aires no Sul, São Paulo aos Andes e produz 70% do PIB da América do Sul. Se olharmos o mapa múndi, na mesma latitude estão o deserto do Atacama, o Kalahari, o deserto da Namíbia e o da Austrália. Mas aqui, não, essa região era para ser um deserto. E no entanto não é, é irrigada, tem umidade. De onde vem a chuva? A Amazônia exporta umidade. Durante vários meses do ano chega por aqui, através de "rios aéreos", o vapor que é a fonte da chuva desse quadrilátero.

Valor: E o quinto segredo?

Nobre: Onde tem floresta não tem furacão nem tornado. Ela tem um papel de regularização do clima, atenua os excessos, não deixa que se organizem esses eventos destrutivos. É um seguro.

Valor: Qual o impacto do desmatamento então?

Nobre: O desmatamento leva ao clima inóspito, arrebenta com o sistema de condicionamento climático da floresta. É o mesmo que ter uma bomba que manda água para um prédio, mas eu a destruo, aí não tem mais água na minha torneira. É o que estamos fazendo. Ao desmatar, destruímos os mecanismos que produzem esses benefícios e ficamos expostos à violência geofísica. O clima inóspito é uma realidade, não é mais previsão. Tinha que ter parado com o desmatamento há dez anos. E parar agora não resolve mais.

Valor: Como não resolve mais?

Nobre: Parar de desmatar é fundamental, mas não resolve mais. Temos que conter os danos ao máximo. Parar de desmatar é para ontem. A única reação adequada neste momento é fazer um esforço de guerra. A evidência científica diz que a única chance de recuperarmos o estrago que fizemos é zerar o desmatamento. Mas isso será insuficiente, temos que replantar florestas, refazer ecossistemas. É a nossa grande oportunidade.

Valor: E se não fizermos isso?

Nobre: Veja pela janela o céu que tem em São Paulo - é de deserto. A destruição da Mata Atlântica nos deu a ilusão de que estava tudo bem, e o mesmo com a destruição da Amazônia. Mas isso é até o dia em que se rompe a capacidade de compensação, e é esse nível que estamos atingindo hoje em relação aos serviços ambientais. É muito sério, muito grave. Estamos indo direto para o matadouro.

Valor: O que o sr. está dizendo?

Nobre: Agora temos que nos confrontar com o desmatamento acumulado. Não adianta mais dizer "vamos reduzir a taxa de desmatamento anual." Temos que fazer frente ao passivo, é ele que determina o clima.

Valor: Tem quem diga que parte desses campos de futebol viraram campos de soja.

Nobre: O clima não dá a mínima para a soja, para o clima importa a árvore. Soja tem raiz de pouca profundidade, não tem dossel, tem raiz curta, não é capaz de bombear água. Os sistemas agrícolas são extremamente dependentes da floresta. Se não chegar chuva ali, a plantação morre.

Valor: O que significa tudo isso? Que vai chover cada vez menos?

Nobre: Significa que todos aqueles serviços ambientais estão sendo dilapidados. É a mesma coisa que arrebentar turbinas na usina de Itaipu - aí não tem mais eletricidade. É de clima que estamos falando, da umidade que vem da Amazônia. É essa a dimensão dos serviços que estamos perdendo. Estamos perdendo um serviço que era gratuito que trazia conforto, que fornecia água doce e estabilidade climática. Um estudo feito na Geórgia por uma associação do agronegócio com ONGs ambientalistas mediu os serviços de florestas privadas para áreas urbanas. Encontraram um valor de US$ 37 bilhões. É disso que estamos falando, de uma usina de serviços.

"Sistemas agrícolas são dependentes da floresta. Se não chove, a plantação não vai para lugar nenhum"

Valor: As pessoas em São Paulo estão preocupadas com a seca.

Nobre: Sim, mas quantos paulistas compraram móveis e construíram casas com madeira da Amazônia e nem perguntaram sobre a procedência? Não estou responsabilizando os paulistas porque existe muita inconsciência sobre a questão. Mas o papel da ciência é trazer o conhecimento. Estamos chegando a um ponto crítico e temos que avisar.

Valor: Esse ponto crítico é ficar sem água?

Nobre: Entre outras coisas. Estamos fazendo a transposição do São Francisco para resolver o problema de uma área onde não chove há três anos. Mas e se não tiver água em outros lugares? E se ocorrer de a gente destruir e desmatar de tal forma que a região que produz 70% do PIB cumpra o seu destino geográfico e vire deserto? Vamos buscar água no aquífero?

Valor: Não é uma opção?

Nobre: No norte de Pequim, os poços estão já a dois quilômetros de profundidade. Não tem uso indefinido de uma água fóssil, ela tem que ter algum tipo de recarga. É um estoque, como petróleo. Usa e acaba. Só tem um lugar que não acaba, o oceano, mas é salgado.

Valor: O esforço de guerra é para acabar com o desmatamento?

Nobre: Tinha que ter acabado ontem, tem que acabar hoje e temos que começar a replantar florestas. Esse é o esforço de guerra. Temos nas florestas nosso maior aliado. São uma tecnologia natural que está ao nosso alcance. Não proponho tirar as plantações de soja ou a criação de gado para plantar floresta, mas fazer o uso inteligente da paisagem, recompor as Áreas de Proteção Permanente (APPs) e replantar florestas em grande escala. Não só na Amazônia. Aqui em São Paulo, se tivesse floresta, o que eu chamo de paquiderme atmosférico...

Valor: Como é?

Nobre: É a massa de ar quente que "sentou" no Sudeste e não deixa entrar nem a frente fria pelo Sul nem os rios voadores da Amazônia.

Valor: O que o governo do Estado deveria fazer?

Nobre: Programas massivos de replantio de reflorestas. Já. São Paulo tem que erradicar totalmente a tolerância com relação a desmatamento. Segunda coisa: ter um esforço de guerra no replantio de florestas. Não é replantar eucalipto. Monocultura de eucalipto não tem este papel em relação a ciclo hidrológico, tem que replantar floresta e acabar com o fogo. Poderia começar reconstruindo ecossistemas em áreas degradadas para não competir com a agricultura.

Valor: Onde?

Nobre: Nos morros pelados onde tem capim, nos vales, em áreas íngremes. Em vales onde só tem capim, tem que plantar árvores da Mata Atlântica. O esforço de guerra para replantar tem que juntar toda a sociedade. Precisamos reconstruir as florestas, da melhor e mais rápida forma possível.

Valor: E o desmatamento legal?

Nobre: Nem pode entrar em cogitação. Uma lei que não levou em consideração a ciência e prejudica a sociedade, que tira água das torneiras, precisa ser mudada.

Valor: O que achou de Dilma não ter assinado o compromisso de desmatamento zero em 2030, na reunião da ONU, em Nova York?

Nobre: Um absurdo sem paralelo. A realidade é que estamos indo para o caos. Já temos carros-pipa na zona metropolitana de São Paulo. Estamos perdendo bilhões de dólares em valores que foram destruídos. Quem é o responsável por isso? Um dia, quando a sociedade se der conta, a Justiça vai receber acusações. Imagine se as grandes áreas urbanas, que ficarem em penúria hídrica, responsabilizarem os grandes lordes do agronegócio pelo desmatamento da Amazônia. Espero que não se chegue a essa situação. Mas a realidade é que a torneira da sua casa está secando.

Valor: Quanto a floresta consegue suportar?

Nobre: Temos uma floresta de mais de 50 milhões de anos. Nesse período é improvável que não tenham acontecido cataclismas, glaciação e aquecimento, e no entanto a Amazônia e a Mata Atlântica ficaram aí. Quando a floresta está intacta, tem capacidade de suportar. É a mesma capacidade do fígado do alcoólatra que, mesmo tomando vários porres, não acontece nada se está intacto. Mas o desmatamento faz com que a capacidade de resiliência que tínhamos, com a floresta, fique perdida. Aí vem uma flutuação forte ligado à mudança climática global e nós ficamos muito expostos, como é o caso do "paquiderme atmosférico" que sentou no Sudeste. Se tivesse floresta aqui, não aconteceria, porque a floresta resfria a superfície e evapora quantidade de água que ajuda a formar chuva.

Valor: O esforço terá resultado?

Nobre: Isso não é garantido, porque existem as mudanças climáticas globais, mas reconstruir ecossistemas é a melhor opção que temos. Quem sabe a gente desenvolva outra agricultura, mais harmônica, de serviços agroecossistêmicos. Não tem nenhuma razão para o antagonismo entre agricultura e conservação ambiental. Ao contrário. A agricultura consciente, que soubesse o que a comunidade científica sabe, estaria na rua, com cartazes, exigindo do governo proteção das florestas. E, por iniciativa própria, replantaria a floresta nas suas propriedades.

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Sistema Cantareira tem outubro mais seco dos últimos 12 anos, diz Sabesp

 

Índice de chuva nos reservatórios foi 32,5% do volume esperado para o mês.

Sem segunda reserva técnica, nível das represas atingiu 1,7% nesta sexta.

 

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/10/sistema-cantareira-tem-outubro-mais-seco-dos-ultimos-12-anos-diz-sabesp.html

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Se grande parte das chuvas que caem aqui no SE, são oriundas da umidade que vem da Amazônia, então meus amigos, estamos ferrados e precisamos nos preparar para o pior nos próximos 10/20/30 anos.

 

Infelizmente a Floresta Amazônica vai continuar sendo desmatada e só quando ela tiver uns 10% da área atual é que as autoridades irão tomar algumas atitudes.

 

Só que será tarde demais.

 

Fora isso, achei bem interessante a comparação que o Carlos Nobre fez com a latitude do centro-sul do Brasil e o deserto do Atacama, Kalahari, Namíbia e o deserto australiano.

 

É de se pensar.

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Se grande parte das chuvas que caem aqui no SE, são oriundas da umidade que vem da Amazônia, então meus amigos, estamos ferrados e precisamos nos preparar para o pior nos próximos 10/20/30 anos.

 

Infelizmente a Floresta Amazônica vai continuar sendo desmatada e só quando ela tiver uns 10% da área atual é que as autoridades irão tomar algumas atitudes.

 

Só que será tarde demais.

 

Fora isso, achei bem interessante a comparação que o Carlos Nobre fez com a latitude do centro-sul do Brasil e o deserto do Atacama, Kalahari, Namíbia e o deserto australiano.

 

É de se pensar.

 

Olha, vamos com calma com a questão do Atacama, do Kalahari e do Deserto da Namíbia. É só olhar no mapa-mundi pra ver que todos eles estão na costa oeste dos respectivos continentes, costas estas que são banhadas por correntes frias. Trata-se de uma questão da disposição das correntes marinhas frias, as quais determinam climas desérticos nas respectivas costas: Humboldt (na América do Sul) e Benguela (na África).

 

Fora isso, achei sensacional a entrevista. Interessante mesmo. Dá o que pensar e dá medo.

 

Mas infelizmente (ou felizmente) nem tudo é consenso no tema dessas mudanças climáticas. Aliás, consenso é coisa rara. Até ontem, as mudanças climáticas eram atribuídas por: carbono, carbono e mais carbono. Aí o Nobre levanta a lebre do desmatamento da Amazônia (na verdade, não só dela, mas também da Malásia, da Indonésia, das Filipinas, do mundo).

 

Outro pesquisador já indicou que o Sudeste brasileiro estaria no início de um ciclo de mais ou menos 30 anos de precipitações irregulares ou abaixo da média.

 

Enfim, quem sou eu para refutar o Nobre, mas com certeza tem muito caroço nesse angu.

 

E tô cum medo. Pra começar pelo que nos espera em SP nos próximos anos.

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Outro pesquisador já indicou que o Sudeste brasileiro estaria no início de um ciclo de mais ou menos 30 anos de precipitações irregulares ou abaixo da média.

Se pegarmos dados de precipitações da normal 1931-1960 (E décadas próximas) do INMET, DAEE, IAC (Hoje coordenadas pelo CIIAGRO) veremos que em boa parte do território paulista chovia entre 1.100 e 1.200 mm/ano.

Bem menos que atualmente. :russian:

 

Aqui tem alguns dados interessantes daquela época, basta clicar num estado, no mapa:

http://www.bdclima.cnpm.embrapa.br/resultados/

Vejam os dados de várias localidades da metade oeste de SP.

 

A título de curiosidade, alguns dados anuais do IAG nos anos 1930 e 1940:

1933 - 849,8 mm

1934 - 1.071,7 mm

1935 - 1.282,7 mm

1936 - 1.129,9 mm

1937 - 1.324,3 mm

1938 - 1.247,4 mm

1939 - 1.059,7 mm

1940 - 1.043,7 mm

1941 - 1.123,0 mm

1942 - 1.143,9 mm

1943 - 1.071,5 mm

1944 - 1.067,6 mm

1945 - 1.317,4 mm

1946 - 1.086,7 mm

 

Imaginem uma sequência dessas nos dias de hoje.

O sistema Cantareira não enchia nunca mais... :rtfm:

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Aqui tem alguns dados interessantes daquela época, basta clicar num estado, no mapa:

http://www.bdclima.cnpm.embrapa.br/resultados/

Vejam os dados de várias localidades da metade oeste de SP.

 

A título de curiosidade, alguns dados anuais do IAG nos anos 1930 e 1940:

1933 - 849,8 mm

1934 - 1.071,7 mm

1935 - 1.282,7 mm

1936 - 1.129,9 mm

1937 - 1.324,3 mm

1938 - 1.247,4 mm

1939 - 1.059,7 mm

1940 - 1.043,7 mm

1941 - 1.123,0 mm

1942 - 1.143,9 mm

1943 - 1.071,5 mm

1944 - 1.067,6 mm

1945 - 1.317,4 mm

1946 - 1.086,7 mm

 

Imaginem uma sequência dessas nos dias de hoje.

O sistema Cantareira não enchia nunca mais... :rtfm:

 

COMO SE DIZ, COM NÚMEROS NÃO HÁ ARGUMENTO, ASSIM COMO TIVEMOS 10 ANOS SEGUIDOS SEM INVERNO DECENTE AQUI NO TOPO DA SERRA ENTRE 65/74

 

APENAS QUE NA ÉPOCA NÃO TINHA ESTE FAROL TODO.

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Outro pesquisador já indicou que o Sudeste brasileiro estaria no início de um ciclo de mais ou menos 30 anos de precipitações irregulares ou abaixo da média.

Se pegarmos dados de precipitações da normal 1931-1960 (E décadas próximas) do INMET, DAEE, IAC (Hoje coordenadas pelo CIIAGRO) veremos que em boa parte do território paulista chovia entre 1.100 e 1.200 mm/ano.

Bem menos que atualmente.

 

Aldo você tem razão, olhe a variação nas chuvas para SP capital (1901-2000, Banco Mundial), com os dados é possível montar 2 gráficos (dividi em verão e os demais meses)

 

*JAN-MAR (tendência clara de elevação)

 

wrjak7.png

 

*ABR-DEZ (praticamente estável)

 

2zq7afo.jpg

 

Há também uma variação decenal bem grande (jan-dez agora):

* olhando para esse "padrão" abaixo, e se você estivesse no final da década de 90 olhando para esse gráfico, o que você esperaria?

 

2i11478.jpg

 

uma repetição de algo com a década de 1910 seria uma catástrofe... vamos esperar...

Edited by Guest
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Cantareira: 12,2 %

Alto Tietê: 6,5 %

 

Já é a terceira vez neste ano que vejo estes números do sistema Cantareira, estou com medo do ano que vem.

 

Medo também de como se comportará a Billings e Guarapiranga, não sofremos ainda com falta de água, tirando na época de vira de ano por causa da população flutuante, mas se estas secarem as cachoeiras começam a secar e comprometer o abastecimento, não consigo enxergar nem no horizonte mas pode acontecer.

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Outro pesquisador já indicou que o Sudeste brasileiro estaria no início de um ciclo de mais ou menos 30 anos de precipitações irregulares ou abaixo da média.

Se pegarmos dados de precipitações da normal 1931-1960 (E décadas próximas) do INMET, DAEE, IAC (Hoje coordenadas pelo CIIAGRO) veremos que em boa parte do território paulista chovia entre 1.100 e 1.200 mm/ano.

Bem menos que atualmente.

 

Aldo você tem razão, olhe a variação nas chuvas para SP capital (1901-2000, Banco Mundial), com os dados é possível montar 2 gráficos (dividi em verão e os demais meses)

 

*JAN-MAR (tendência clara de elevação)

 

wrjak7.png

 

*ABR-DEZ (praticamente estável)

 

2zq7afo.jpg

 

Há também uma variação decenal bem grande (jan-dez agora):

* olhando para esse "padrão" abaixo, e se você estivesse no final da década de 90 olhando para esse gráfico, o que você esperaria?

 

2i11478.jpg

 

uma repetição de algo com a década de 1910 seria uma catástrofe... vamos esperar...

Olhando a média móvel no ponto 1980.( a média móvel é útil para eliminar ruídos)

 

Percebo o seguinte;

 

Há claramente uma tendência positiva (cuidado com tendência aqui)

Em compensação há um viés de baixa no resto do ano.

Sei que existe um gráfico do volume do Cantareira ao longo do tempo.

Talvez e apenas talvez um resto de ano (abr-dez ) seco e um JFM úmido não seja uma boa combinação.

Eu estranhei o comportamento em 2014. Sim choveu menos.

Porém, secou Cantareira e Alto Tietê.

Os reservatórios aqui em Salto são pequenos, estão com 20% da capavidade e qualquer boa demana resolve o problema.

Abraços

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Percebo o seguinte;

 

Há claramente uma tendência positiva (cuidado com tendência aqui)

Em compensação há um viés de baixa no resto do ano.

Sei que existe um gráfico do volume do Cantareira ao longo do tempo.

Talvez e apenas talvez um resto de ano (abr-dez ) seco e um JFM úmido não seja uma boa combinação.

Eu estranhei o comportamento em 2014. Sim choveu menos.

Porém, secou Cantareira e Alto Tietê.

Os reservatórios aqui em Salto são pequenos, estão com 20% da capavidade e qualquer boa demana resolve o problema.

Abraços

 

O problema da média móvel (essa deve ser simples) é que ela é um indicador de tendência útil, mas lento... de qualquer maneira, o ponto aqui é que apesar de haver uma tendência de crescimento ao longo do século sempre passamos por períodos bem secos...

 

O gráfico período molhado vs seco é só uma tentativa de mostrar que o aumento da taxa de chuvas ao longo do tempo na capital é bem pronunciado no verão, esse seria o anual:

 

n15xdx.jpg

 

Será que a taxa de aumento é suficiente para compensar o aumento da população?

 

Agora o gráfico decenal para mim é o mais importante, quando você olha para o final da década de 90 (naquela época) já deveria ser esperado que nos próximos anos a taxa de chuvas diminuísse bastante (fazendo uma análise de retrovisor) e é o que está acontecendo.

Infelizmente no gráfico só tem dados até 2010... em 2020 teremos uma ideia...

abs

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Anderson, muito interessante.

Esse crescimento das precipitações ao longo do século não é eterno, suponho... :mosking:

 

 

Há também uma variação decenal bem grande (jan-dez agora):

* olhando para esse "padrão" abaixo, e se você estivesse no final da década de 90 olhando para esse gráfico, o que você esperaria?

uma repetição de algo com a década de 1910 seria uma catástrofe... vamos esperar...

Exatamente.

Em 1924/1925, Sampa (E o leste paulista) teve uma estiagem que durou os 2 anos.

Foi por isso que se construiu a represa de Guarapiranga.

Durante o primeiro quarto do século XX as explicações oficiais mais utilizadas para o fenômeno da escassez recorrente de águas na cidade foram o aumento da população em proporções vertiginosas e as sucessivas e prolongadas estiagens. De fato, São Paulo ultrapassou o Rio de Janeiro no censo industrial de 1920 e as estiagens eram recorrentes. No período de 1924-1925 a falta de chuvas foi muito severa, sendo que o índice pluviométrico atingiu apenas 900 m/m em 1924: “foi a seca mais forte ocorrida nestes últimos trinta e seis anos” (Revista Brasileira de Engenharia, 1926). “A estiagem de 1924 ligou-se à de 1925, produzindo esgotamento das represas da Light e da repartição de águas e ocasionando com isso os pavorosos dias que atravessamos no correr deste ano, que pusseram em sério risco a atividade pública, a atividade industrial, a vida da população, a higiene e a riqueza de São Paulo” (Prado, 1928). A estiagem de 1924-5 reduziu o volume de água distribuído a 90 milhões de litros por dia, ou seja 136 litros por habitante. A falta absoluta de água, quer para o consumo doméstico, quer para o consumo industrial teve como decorrência o “racionamento da provisão de água, a redução compulsória de fornecimento de energia, a diminuição da iluminação pública e particular, a quase paralisação da produção fabril, com a conseqüente restrição das horas de trabalho” (Santos, 1928a). Até o transporte público foi afetado pela redução do serviço de bondes.

 

Além do aumento da população também houve um acréscimo do consumo per capita.

Quando eu era criança (Faz tempo... :laugh: ), ainda tínhamos poço em casa, aqui na zona norte de Sampa.

Todo mundo nos bairros periféricos da cidade (Onde não chegava a rede de água), até pelo menos a década de 1960, tinha poço em casa.

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Cantareira: 12,2 %

Alto Tietê: 6,5 %

 

Cantareira: 12,1 %

Alto Tietê: 8,9 %

 

 

DEU UMA BOA SUBIDA O TIETÊ!

 

Choveu muito aqui na minha região ontem, que fica dentro do Sistema Alto Tietê. Foi uma forte e rápida pancada por volta das 16h e outra muito forte e prolongada por volta das 19h.

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Precisamos de muita chuva aqui na Mantiqueira também. Não só para tentar normalizar o abastecimento de água quanto para a geração de energia.

A reportagem abaixo que saiu hoje no Estadão é um tanto preocupante:

 

http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,usinas-do-sudeste-tem-menor-nivel-em-20-anos-e-cresce-risco-de-racionamento,1586655

 

Se o país tivesse crescido acima dos 4% nos últimos anos, provavelmente já estaríamos com problemas nesse setor.

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Falando de assuntos mais amenos.............. não sei se aqui alguem já viu mas, aqui em Campos do Jordão foi exibido essa semana que passou, um documentário de longa metragem chamado CAMINHOS DA MANTIQUEIRA.

 

Mais detalhes do site abaixo:

 

http://www.caminhosdamantiqueira.com.br/

 

SIMPLESMENTE ESPETACULAR

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Aldo Santos, enquanto São Paulo teve pouca chuva nos anos de 1924 e 1925, aqui perto de Laje do Muriaé-RJ, na cidade mineira de Muriaé, o ano de 1924 foi o mais chuvoso do século XX.

Chuvas em Muriaé-MG em 1924:

Jan 572 mm

Fev 402 mm

Mar 173 mm

Out 344 mm

Nov 400 mm

Dez 782 mm

O total de 1924 foi de 2.857,0mm

O total de 1925 foi de 1.572,0mm

 

No estado do Espirito Santo, o ano de 1924 foi também de muitas chuvas, no ano passado Vitória bateu o recorde de chuvas para dezembro, o dezembro mais chuvoso anterior em Vitória foi no ano de 1924.

 

A região da Zona da Mata Mineira teve anos seguidos com chuvas abaixo do normal de 1910 a 1915, os piores foram 1914 e 1915, com ondas de calor fortes em São Paulo, Minas e Rio de Janeiro.Na década de 30, os anos de 1934 e 1936 foram de poucas chuvas, na década de 50, o pior na Zona da Mata foi 1954, mas 1956, 1959 choveu pouco.Na década de 60, o famoso ano de 1963, que foi seco em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Vamos acompanhar nos próximos verões, se as chuvas vão mesmo sumir do Sudeste.

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Amigos,

Não adianta taparmos o sol com a peneira. A situação climática no Brasil e no mundo é assustadora.

Agora mesmo, estou assistindo a entrevista com a Marussia Whately, que lida diretamente com a água de São Paulo e ela afirma: problema de gestão, cada vez menos chuva no Sudeste e eventos climáticos extremos cada vez mais acentuados. Excelente entrevista, sem omitir dados. Se puderem, assistam depois.

A situação da água é catastrófica. E historicamente cada vez atrasam mais, segundo ela afirmou. E isso é uma verdade.

Aliás, saiu o novo relatório da ONU.´Preocupante.

Abraços a todos.

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/painel-da-onu-faz-novo-estudo-sobre-mudancas-climaticas

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Na década de 30, os anos de 1934 e 1936 foram de poucas chuvas, na década de 50, o pior na Zona da Mata foi 1954, mas 1956, 1959 choveu pouco.Na década de 60, o famoso ano de 1963, que foi seco em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Vamos acompanhar nos próximos verões, se as chuvas vão mesmo sumir do Sudeste.

Interessante...

 

Em 1933 choveu pouco na cidade de são Paulo,

 

Naquele ano, a estação do INMET no Mirante de Santana ainda não operava.

Mas a estação do IAG (No mesmo local em que se encontra hoje) somou 849,8 mm no ano de 1933.

O posto pluviométrico do Jardim da Luz, centro de Sampa, que tem dados desde 1888, totalizou 844,2 mm em 1933.

 

A título de curiosidade, o Jardim da Luz registrou 899,1 mm no distante ano de 1893.

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Falando de assuntos mais amenos.............. não sei se aqui alguem já viu mas, aqui em Campos do Jordão foi exibido essa semana que passou, um documentário de longa metragem chamado CAMINHOS DA MANTIQUEIRA.

 

Mais detalhes do site abaixo:

 

http://www.caminhosdamantiqueira.com.br/

 

SIMPLESMENTE ESPETACULAR

 

Bárbaro. Esse vale a pena.

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São Paulo paga pelo retrocesso incrível deste governo (estadual e federal), mesmo o Brasil tendo uma das maiores fontes de água doce (e não estou falando do Aquífero Guarani) do mundo.

 

Se houvesse um sistema que utilizasse a água disponível na Amazônia para situações como essa (pode soar como obra faraônica, mas garanto que utilizando o dinheiro gasto na copa do Mundo ainda sobrava) não passaríamos por isso.

 

Na Califórnia, além de reaproveitarei a água do esgoto (deixando-a potável novamente através de Osmose reversa) eles canalizam água do estado de Washington, ao norte, onde sempre chove bem (exceto esse último verão).

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Se houvesse um sistema que utilizasse a água disponível na Amazônia para situações como essa (pode soar como obra faraônica, mas garanto que utilizando o dinheiro gasto na copa do Mundo ainda sobrava) não passaríamos por isso.

 

Teria que ser feito um estudo bem complexo, a bacia amazônica tem uma influência social maior que a do São Francisco (BR). Mesmo se estudos fossem favoráveis, uns ditos 'ambientalistas' estariam diuturnamente apostos para jogar contra o país, alegando a defesa da Amazônia, como fizeram e fazem com as hidrelétricas no norte, enquanto a soja e o gado avançam por RO e AC.

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Se as perdas (30 a 40%), muito acima da média mundial, fossem reduzidas para níveis de 1º mundo e se tivéssemos um sistema de utilização de água de reúso para fins menos nobres (Descarga, jardins, limpeza de quintais, etc, etc) nem seria necessário gastar tanto dinheiro em obras faraônicas.

 

Segundo especialistas, as perdas de água na regiaõ metropolitana de Sampa são indecentes.

Conforme já saiu na midia, se perde muito mais em vazamentos, canalizações obsoletas, etc, do que o povo já economizou nos últimos meses. :rtfm:

 

A verdade é que não se investiu na redução dessas perdas.

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Dúvida;

A Guarapiranga é conectada a Billings?

 

Creio que não, apenas por bombeamento.

 

Estudo

 

 

A captação do sistema Taquacetuba é composta por duas elevatórias (flutuante e principal) associadas em

série, tubulações de recalque, dispositivos de controle e segurança, e equipamentos elétricos. A elevatória

flutuante foi instalado sobre uma plataforma flutuante no braço Taquacetuba do reservatório Billings, de modo

a permitir a captação de água em local apropriado e acompanhar a variação do nível d´água. A passarela

flutuante foi executada para permitir a passagem de pessoas e da cablagem elétrica.

A elevatória principal, denominada elevatória de água bruta foi construída em terra, com suas respectivas

tubulações de sucção e de descarga, válvulas, juntas e instrumentação. Junto a essa elevatória foi construída

uma sala elétrica abrigando os painéis elétricos de alta e baixa tensão. A ligação entre as duas elevatórias foi

realizada através de tubulações flexíveis e flutuantes e de um chaminé de equilíbrio.

A tubulação que interliga a elevatória de água bruta e a represa Guarapiranga é de aço, com extensão de

13.789m, sendo trecho por recalque de 5.530m e trecho por gravidade de 8.259m, e nessa tubulação foram

instaladas vários equipamentos de proteção contra os transitórios hidráulicos, ventosas e descargas.

 

Portanto, as principais instalações do sistema Taquacetuba são:

• Elevatória flutuante localizada junto ao reservatório Billings;

• Tubulações de PEAD interligando a elevatória flutuante à Chaminé de Equilíbrio;

• Elevatória principal que recalca a água até a represa Guarapiranga;

• Adutora de aço com extensão de 14.015m;

• Caixa de dissipação de energia junto à represa Guarapiranga.

 

Esquema do sistema Taquacetuba.

Os níveis operacionais do sistema Taquacetuba são:

• Nível d´água máximo maximorum: 746,50 m;

• Nível d´água mínimo: 742,00 m;

• Nível do fundo no local da captação flutuante: 737,00 m;

• Nível da estação elevatória de água bruta: 749,00 m;

• Nível d´água no Stand Pipe: 823,00 m;

• Nível d´água na Caixa de Dissipação: 746,00 m.

 

 

Adutora que interliga a Billings ao Guarapiranga

Uma adutora de aço enterrada de 14.015m de extensão, composta por 8.135m em 1.500mm de diâmetro

nominal e 5.880m em 1.200mm, interligando a elevatória flutuante a uma estrutura de concreto, chamada de

caixa de dissipação, localizada às margens do reservatório Guarapiranga.

Ao longo dessa adutora há ventosas para a expulsar o ar acumulado na adutora, válvulas de abertura rápida e

fechamento lento para evitar o vácuo, bem como um túnel na travessia de uma estrada de ferro.

 

Beijinhos e segue a fonte http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/abes23/I-037.pdf

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Ronaldo,

O rio Pinheiros é reversível.

Isto é existe uma estação elevatória creio que no momento Grande parte da água é desviada para o sistema Guarapiranga.

Abraços

Para a Billings.

Correto Aldo. Abastece a usina Henry Borden

Dúvida;

A Guarapiranga é conectada a Billings?

 

A Guarapiranga é conectada à Billings pelo Rio Pinheiros mesmo, através da Usina Elevatória da Pedreira, localizada na barragem da Billings.

 

Se não me engano há uma lei estadual que atualmente proíbe o bombeamento das águas do Rio Pinheiros à Billings, devido à poluição das águas da primeira.

 

Antes da construção da Usina Henry Borden (na Serra do Mar, em Cubatão) o Rio Pinheiros era um rio estreito, de pequena largura. Ele foi alargado para funcionar como canal de interligação entre o Rio Tietê e a Represa Billings, para que as águas do Tietê alimentassem as turbinas da usina, uma das mais eficientes do mundo na relação quantidade de água/energia produzida. As águas chegam à usina através da Represa Rio das Pedras, que é conectada à Billings através de um canal.

 

A função original da Billings era alimentar a Usina Henry Borden e anos depois é que começaram a utilizar suas águas para abastecimento pela Sabesp.

 

Na época da construção da usina, represas e do Canal Pinheiros, este era considerado um dos maiores projetos de transposição de água do mundo, sendo projetado pelos engenheiros Asa Billings e Henry Borden.

 

A Usina Henry Borden na verdade abriga duas centrais hidrelétricas. Uma (externa) é visível para quem está na Baixada Santista. A outra (interna) está encravada na rocha, logo abaixo da primeira, para manter-se operacional em caso de um bombardeamento numa eventual guerra.

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Já que estamos falando dos sistemas que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo, vou tentar explicar o sistema que fica aqui na minha região, o Alto Tietê.

 

O Sistema Produtor Alto Tietê é composto por 5 reservatórios:

 

- Taiaçupeba (divisa entre Suzano e Mogi das Cruzes)

- Jundiaí (Mogi das Cruzes)

- Biritiba (divisa entre Mogi das Cruzes e Biritiba-Mirim)

- Paraitinga (Salesópolis)

- Ponte Nova (Salesópolis)

 

O maior deles é o Reservatório de Ponte Nova. Sua barragem represa a água do Rio Tietê, poucos quilômetros após sua nascente. Inaugurado em 1972, possui capacidade para 290.000.000 m3. Bem próximo à ele fica o Reservatório do Paraitinga, inaugurado em 2005, com capacidade de 36.000.000 m3. Este dois reservatórios despejam suas águas no Rio Tietê.

 

Em Biritiba-Mirim, um canal de 1,2 km de extensão capta 6,5 m3/s de água do Rio Tietê. Através de uma estação elevatória e de uma adutora de 5 km de extensão, as águas são despejadas no Reservatório Biritiba, inaugurado em 2005, com 34.000.000 m3 de capacidade.

 

O Reservatório Biritiba é interligado ao Reservatório Jundiaí através de 3 km de canais e 3,2 km de túneis, numa taxa de transferência de 6,5 m3/s.

 

Por sua vez, o Reservatório Jundiaí, inaugurado em 1992, com capacidade para 74.000.000 m3, é interligado ao Reservatório Taiaçupeba através de 5,3 km de canais e 1,3 km de túneis.

 

O Reservatório Taiaçupeba, inaugurado em 1976, com capacidade para 85.000.000 m3, tem suas água captadas pela Sabesp numa taxa de 11,5 m3/s.

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Tá muito bom esse tópico! Agora olhem só a preciosidade que achei...duas fotos panoramica antes e depois da represa Billings ser formada, a primeira foto foi tirada em 1929, observem que já existia um lago imenso, provavelmente deve ser onde o Rio Grande passava, mas que era bem menor que o lago da represa Billings. Olhem o antes e depois do mesmo local:

 

ANTES DE ENCHER A REPRESA:

1tCJj9r.jpg

 

DEPOIS DE ENCHER A REPRESA:

ijEZ1uA.jpg

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O texto a seguir é aterrador.

 

Um fiapo de esperança, ainda que irracional, me faz ter vontade de ver essa análise refutada pelos fatos até o ano que vem. O problema é que ela é bem embasada.

 

No original constam dois fluxogramas, o quais eu não vou reproduzir aqui simplesmente por não saber como se posta imagem no fórum. Então o melhor mesmo é entrar no link do original.

 

Quando vai acabar a água do Cantareira e do Alto Tietê. Cenários, por Sergio Reis

 

Para “celebrar” o 29º artigo a respeito da crise hídrica, resolvi montar um fluxograma para tentar explicar didaticamente aos leitores o futuro dos sistemas Cantareira e Alto Tietê. O fundamento desse exercício é basicamente a questão: nas condições atuais, até quando eles vão durar?

 

A maneira básica para estipular esse prazo se dá por meio de uma técnica chamada de “construção de cenários”. Em linhas gerais, trata-se de determinar, com base em algum critério razoável, como se comportarão determinadas variáveis consideradas importantes para a explicação do resultado que se está tentando prever.

 

Considerando-se a gravidade da crise hídrica e a validade do próprio argumento, exaustivamente empregado pelo Governo Alckmin, a respeito da excepcionalidade hidrológica e pluviométrica enfrentada, seria óbvio admitir como cenário possível (e, até mesmo, provável), a continuidade das condições atuais ao longo dos próximos meses. Isso é particularmente evidente quando notamos que não há, até o presente momento, elementos que nos forneçam indícios de que o futuro será radicalmente diferente.

 

No entanto, o “plano de contingência” delineado pela SABESP não fez isso. Pelo contrário, construiu 3 cenários e considerou, como o pior deles, a repetição da estiagem de 1953 (sendo os outros a própria média histórica e o equivalente a 50% dessa média, em todos os casos a partir das vazões de entrada de água). O problema é que, em 2014, observamos que a água que entra no sistema tem equivalido a apenas 44% desse pior ano. Se já faria pouco sentido não considerar o prolongamento desse contexto vigente como o mais plausível na confecção do planejamento, sequer considera-lo como um cenário a ser desenhado beira a mais absoluta irresponsabilidade.

 

Por óbvio, contudo, a razão para essa não admissão desse contexto nos cálculos (e apenas a sua utilização como retórica de defesa para justificar a crise) está, simplesmente, no fato de o governo não dispor de alternativas para o caso de a escassez permanecer. E não seria nada alentador, é claro, se a SABESP confessasse isso ou plotasse os dados desse cenário mais adverso em seus relatórios.

 

Para contribuir nesse sentido, resolvi montar dois fluxogramas: um para o Sistema Cantareira, outro para o Alto Tietê. Para o caso do Cantareira, o que fiz foi: 1) calcular, para o período considerado crítico do ponto de vista da estiagem (Janeiro-Outubro/2014) qual a relação percentual entre as vazões de entrada e as vazões médias históricas (22,43%); 2) utilizar o valor encontrado para estipular as vazões de entrada para os próximos meses, considerando-se esse referencial; 3) admitir a vazão média de saída de 22,5 m³/s (aproximadamente a atual, a partir da soma entre os 18 m³/s que vão para São Paulo – valor prometido pela SABESP – com os 4,5 m³/s enviados para as cidades da Bacia do PCJ – valor atual); 4) calcular o déficit diário e mensal, a partir das variáveis acima.

 

O resultado pode ser conferido abaixo:

 

IMAGEM: FLUXOGRAMA

 

Como é possível observar na figura, busquei considerar outras questões possíveis, como a eventual impossibilidade de extrair toda a 2ª cota do volume morto, ou a judicialização da questão a partir da extração da 3ª cota (que impedirá, nas condições atuais, o envio obrigatório de água para o PCJ), ou ainda a inviabilidade técnica de extração, na parte ou no todo, dessa 3ª cota. De todo modo, fica claro perceber que, mesmo que seja possível retirar toda a água restante no Sistema – sem qualquer óbice operacional –, notamos que o Cantareira duraria até 21 de Julho de 2015. A partir daí, ele estaria totalmente esgotado, e passaríamos a viver em uma situação ainda pior do que a observada, atualmente, para a cidade de Itu. Seria o caos completo para, pelo menos, 10 milhões de habitantes.

 

Dadas as crescentes dificuldades operacionais, contudo, é válido supor que o esgotamento (ou a inviabilidade da continuidade do abastecimento) ocorreria antes – talvez em Abril, quando o Sistema se encontraria, aproximadamente, com – 31% de sua capacidade operacional (o valor, em Abril de 2014, era de 15% positivo). Como sabemos, não parece o Governo dispor, pelo menos para daqui a 2 ou 3 anos, de alternativas capazes de compensar devidamente o esgotamento do Cantareira. O futuro, nesse cenário, é o da total e absoluta falta de água para todas as atividades humanas – das mais triviais e satisfacionais, até aquelas relacionadas à produção agrícola, comercial e industrial. O impacto disso sobre a vida em sociedade é incalculável.

 

No Alto Tietê, a situação ainda é incrivelmente mais dramática

 

Se a situação do Cantareira é apavorante, no Alto Tietê ela é nada menos do que indescritível. Para a construção do fluxograma abaixo, voltado a apresentar a continuidade do cenário atual, admitimos: 1) a continuidade das vazões atuais de saída, de cerca de 15 m³/s; 2) a manutenção dos padrões de déficit atuais (verificados, pelo menos, desde Julho, quando iniciei um monitoramento diário do Sistema) para as represas de Paraitinga e Ponte Nova (de cerca de 520 milhões de litros ao dia) e para as represas de Biritiba-Mirim, Jundiaí e Taiaçupeba (de cerca de 346,65 milhões de litros ao dia); 3) o cálculo dos déficits diárias, verificando-se o impacto deles nas reservas remanescentes das represas.

 

A confecção desse cenário resultou no seguinte fluxograma:

 

IMAGEM: FLUXOGRAMA

 

Notamos, então, que a extrema gravidade da situação do Alto Tietê pode ser percebida a partir do fato de que, mesmo que admitamos a completa extração dos volumes mortos de Biritiba-Mirim e de Jundiaí, o Sistema se esgota completamente em meados de Janeiro (no dia 15, de acordo com a simulação). Isso significa o fim do abastecimento para mais de 5 milhões de pessoas, em um prazo seis meses mais cedo do que o identificado para o Cantareira.

 

Vale dizer que a contabilidade dos volumes mortos sequer tem sido admitida pela SABESP, embora ela já esteja a pleno vapor, há várias semanas, no caso da represa de Biritiba (mais de 4 bilhões de litros já foram retirados). Os estudos, para esse sistema, são bem mais precários, de forma que temos muito menos noção de se, efetivamente, toda essa água situada abaixo dos níveis operacionais poderia ser, de fato, extraída. Qualquer imprevisto nessa condição significaria o desabastecimento já para Dezembro ou, até mesmo, para Novembro.

 

No caso do Sistema Cantareira, um Comitê Anticrise foi formado, a partir de iniciativa federal, e então forçou-se a gradativa redução da retirada de água dos seus reservatórios (hoje, as vazões de saída correspondem a pouco mais da metade das observadas em Janeiro, logo antes da criação do GTAG). No caso do Alto Tietê, sistema sobre o qual a ANA não possui qualquer interferência legal, a SABESP manteve as elevadíssimas vazões de saída – as quais foram irresponsavelmente autorizadas pelo DAEE em Fevereiro, quando a crise já era óbvia (conforme assinalou a recente – e indeferida – Ação Civil Pública protocolada pelo Ministério Público Estadual). A tragédia desse sistema, então, é a verbalização mais clara da gestão criminosa realizada pelo Governo do Estado de São Paulo.

 

Em síntese, a crise hídrica vai adquirindo proporções jamais imagináveis para qualquer um de nós mesmo há cerca de 6 meses, quando ela ganhou alguma publicidade. Suas consequências vão se tornando cada vez mais trágicas e tétricas para um público potencial de praticamente 10% da população brasileira. Mais do que nunca, levando-se em conta a completa inação do Governo Alckmin, será preciso que a sociedade – a Academia, as ONGs, os militantes e quem mais se dispuser – tome as rédeas do processo de tentativa de sua superação. A arrogância do governo tucano em lidar com o problema, como já aprendemos por mal, jamais poderá ser a sua solução, mas apenas um lastimável tapar de sol com a peneira – exatamente o contrário do que precisamos.

 

Os: Abaixo, deixei os links para todos os 28 artigos anteriores que publiquei aqui no Blog do Nassif e no Jornal GGN a respeito da crise hídrica. Conforme sabem os colegas mais assíduos, desde Abril eu tenho buscado informar, a partir de uma perspectiva crítica, a população, compartilhando minhas análises, estudos e achados. Pretendo continuar dando minha contribuição, sabendo, agora, que felizmente, muitos cidadãos igualmente indignados estão se articulando e produzindo conteúdos para que venhamos a refletir e agir sobre essa trágica crise.

 

Link: http://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/quando-vai-acabar-a-agua-do-cantareira-e-do-alto-tiete-cenarios-por-sergio-reis

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Melo, como a qualidade ficou a desejar [ tamanho grande]

 

Um print screen [ desculpa a redundância] na tela.

 

colar no paint.

 

editar: selecionar essas coisas

 

salvar em algum lugar

 

achar um site hospedeiro de imagens

 

eu gosto do http://tinypic.com/

 

Se sentir alguma dificuldade mande uma MP ou me ligue.

 

Abraços

 

2yobrjp.png

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A maioria já deve saber disso, mas não custa refrescar a memória. De toda água existente no planeta, 97,5% são salgadas e o restante 2,5% são doce.

 

Isso vai dar briga.

 

Israel prá variar, saiu na frente. Eles tiram mais de 600 milhões de litros de água por dia do mar Mediterrâneo; retiram todo o sal e ela sai potável do outro lado. Custo dessa usina que faz esse processo: em torno de 1 bilhão de reais.

 

Quanto gastamos com a Copa mesmo???

 

Cada país, escolhe suas prioridades.

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Tá muito bom esse tópico! Agora olhem só a preciosidade que achei...duas fotos panoramica antes e depois da represa Billings ser formada, a primeira foto foi tirada em 1929, observem que já existia um lago imenso, provavelmente deve ser onde o Rio Grande passava, mas que era bem menor que o lago da represa Billings. Olhem o antes e depois do mesmo local:

 

ANTES DE ENCHER A REPRESA:

http://i.imgur.com/1tCJj9r.jpg

 

DEPOIS DE ENCHER A REPRESA:

http://i.imgur.com/ijEZ1uA.jpg

Artur, acho que essa 2ª foto é da represa do rio das Pedras.

É dessa represa que saem as tubulações serra abaixo para a usina Henry Borden.

 

YUMfp4J.gif Fonte: http://ecologia.ib.usp.br

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O texto a seguir é aterrador.

Um fiapo de esperança, ainda que irracional, me faz ter vontade de ver essa análise refutada pelos fatos até o ano que vem. O problema é que ela é bem embasada.

No original constam dois fluxogramas, o quais eu não vou reproduzir aqui simplesmente por não saber como se posta imagem no fórum. Então o melhor mesmo é entrar no link do original.

 

Quando vai acabar a água do Cantareira e do Alto Tietê. Cenários, por Sergio Reis

Algo em que tenho até medo de pensar: e se chover abaixo da média neste próximo verão? :shok: :shok:

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Tá muito bom esse tópico! Agora olhem só a preciosidade que achei...duas fotos panoramica antes e depois da represa Billings ser formada, a primeira foto foi tirada em 1929, observem que já existia um lago imenso, provavelmente deve ser onde o Rio Grande passava, mas que era bem menor que o lago da represa Billings. Olhem o antes e depois do mesmo local:

 

ANTES DE ENCHER A REPRESA:

http://i.imgur.com/1tCJj9r.jpg

 

DEPOIS DE ENCHER A REPRESA:

http://i.imgur.com/ijEZ1uA.jpg

Artur, acho que essa 2ª foto é da represa do rio das Pedras.

É dessa represa que saem as tubulações serra abaixo para a usina Henry Borden.

 

YUMfp4J.gif Fonte: http://ecologia.ib.usp.br

 

Aldo, tem razão, é a Represa Rio das Pedras. Obviamente que as foto não são o mesmo local exato, é aproximado, mas dá pra perceber claramente como o volume de água do antes e depois é bem diferente, mas que já existia o lago antes da formação da Billings.

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