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Brasil Abaixo de Zero

Temas Gerais


Alexandre Aguiar
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Apesar de chuva, sistema Cantareira registra nova queda neste domingo

 

Apesar da chuva de 7,7 milímetros, a queda foi de 0,1% e passou de 9,6% para 9,5%. O atual índice leva em consideração a segunda cota do volume morto do sistema.

O volume útil e a primeira cota já foram esgotados.

 

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/11/apesar-de-chuva-sistema-cantareira-registra-nova-queda-neste-domingo.html

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SP oferece ao Rio "volume morto" de Paraibuna em troca de transposição

A expectativa do Estado é de que esse "volume morto" funcione como uma espécie de "fiador" no processo de aprovação da medida, que visa a aumentar a capacidade hídrica das regiões metropolitanas de Campinas e São Paulo.

 

De acordo com estudo formulado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) em parceria com técnicos da Universidade de São Paulo (USP), a que o Estado teve acesso, a intenção é reforçar e aumentar os níveis de garantia do Sistema Cantareira, a partir de uma obra de interligação entre as Represas Jaguari e Atibainha.

 

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2014/11/23/sabesp-oferece-ao-rio-volume-morto-de-paraibuna.htm

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Acabei de ouvir na Radio Bandeirantes que o Sistema Alto Tiete que está com 5,7% de reserva...NÃO TEM VOLUME MORTO..!!

 

Esse sistema abastece 4,5 milhoes de pessoas , sobretudo na Z Leste de SP

 

Exatamente. O reservatório da Zona Leste está a beira de uma situação catastrófica, mas esse assunto não ganha projeção da mídia e nem intervenção direta do governo.

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Por que não falta água em Jundiaí

 

Dos mais de 70 municípios paulistas abastecidos pelos rios do sistema Cantareira, poucos como Jundiaí não estão em situação desesperadora pela falta de água. Como eles conseguiram?

 

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Represa no rio Jundiaí-mirim e a cidade de Jundiaí ao fundo. Cidade é uma das poucas que não sofrem com a seca em São Paulo (Foto: Rogério Cassemiro/ÉPOCA)

 

Muitos moradores da cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, trabalham na capital do Estado. Eles saem todo dia de manhã de casa e vão trabalhar na metrópole. Ele vivem duas realidades. No lugar onde passam o dia, sentem os efeitos da grave crise de água paulista. Notam uma piora na qualidade da água que bebem e escutam relatos de vários amigos que enfrentam cortes semanais de água em suas casas. Em Jundiaí, a situação é completamente oposta. Os 350 mil habitantes de Jundiaí estão em uma ilha de abastecimento, enquanto as cidades ao redor sofrem com a seca. A represa da cidade, por exemplo, está com 70% de sua capacidade de armazenamento, enquanto o sistema Cantareira, que abastece São Paulo, está com apenas com 10%. Cidades próximas, como Itu ou Campinas, estão em situação desesperadora, enquanto o abastecimento em Jundiaí é classificado como "satisfatório" pela Agência Nacional das Águas (ANA). Certamente não choveu mais em Jundiaí do que nas cidades vizinhas. Como explicar?

 

A tranquilidade que Jundiaí passa na crise não é fruto de um prefeito ou uma administração, mas de uma série de medidas que começaram no passado e continuaram em administrações seguintes. A primeira represa da cidade foi construída há mais de 60 anos. Segundo o diretor-presidente da DAE-Jundiaí, Jamil Yatim, a represa foi ampliada em vários momentos, como na década de 1970 e na de 1990, e mesmo agora, sem estar passando por racionamento, há a previsão de novas obras. "Nós não estamos com problemas, mas estamos planejando ampliar a represa. E se ocorrer outra seca grave como essa? Espero que não, mas se acontecer, temos que estar preparados", diz Yatim.

 

A principal responsável pela situação confortável da cidade hoje foi uma decisão tomada há 20 anos. Em 1994, prevendo o crescimento da população, Jundiaí fez um pedido ao Comitê de Bacias Hidrográficas para aumentar a quantidade de água que capta do rio Atibaia. Na época, a cidade tinha autorização para captar 700 litros por segundos, e pedia para aumentar esse valor para 1.200 litros por segundo. O Comitê concordou com o pedido, mas fez quatro exigências: construir uma represa no rio Jundiaí-Mirim, uma estação de tratamento de esgoto, instalar novos equipamentos hidrométricos e reduzir as perdas de água no abastecimento. Diferentemente do que costuma acontecer no Brasil, essas medidas não ficaram apenas no papel ou perdidas na burocracia. Uma vez colocadas em prática, elas criaram a situação de segurança hídrica na cidade.

 

A represa funciona como uma poupança. Quando o consumo da cidade é menor do total que ela pode captar do rio Atibaia, a água é direcionada para a represa, que "guarda" esses litros a mais para uma situação de estiagem, como a que enfrentamos agora. Um sistema semelhante foi proposto pela Sabesp para o sistema Cantareira, o Banco das Águas. No entanto, no caso paulistano, o sistema não conseguiu armazenar a água em anos chuvosos, como 2011, e abriu as comportas, desperdiçando essa água.

 

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Represa no rio Jundiaí-mirim, em Jundiaí, está com 70% de sua capacidade e não enfrenta problemas por conta da seca em São Paulo (Foto: Rogério Cassemiro/ÉPOCA)

 

O exemplo de Jundiaí mostra que o planejamento e obras feitas ao longo do tempo, mesmo em anos chuvosos, acabam se tornando a melhor forma de se preparar para a estiagem. Hoje, a cidade é a quinta melhor do país no ranking de saneamento e abastecimento do Instituto Trata Brasil, com baixos níveis de perda de água nos encanamentos. Mas os recursos hídricos no Brasil nunca foram realmente pensados a longo prazo. O resultado é que Jundiaí é uma exceção. Segundo Francisco Lahóz, presidente do Consórcio PCJ - uma união de prefeituras e empresas que consomem água dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí -, das 76 cidades da região, apenas Jundiaí e mais cinco podem dizer que não estão passando por crise. Ele cita Nova Odessa, Piracicaba, Santa Bárbara d'Oeste, Cabreúva e Indaiatuba.

 

Mesmo as poucas cidades que estão em situação confortável de abastecimento não fizeram obras por visão de futuro, mas por necessidades do momento. É o caso de Piracicaba e Nova Odessa. Piracicaba fez obras de abastecimento na época da construção do Sistema Cantareira, por medo de que o Cantareira secasse os rios que abastecem a cidade. Essas obras, como a captação de água do rio Corumbataí, permitem que a cidade tenha relativa tranquilidade no abastecimento. Nova Odessa é outro caso. A cidade estava muito distante do rio Jaguari ou Atibaia para captar água, e por isso optou por fazer um reservatório em um ribeirão local. "Muitas vezes, não é que a cidade teve um planejamento exemplar. É a que própria necessidade obrigou as prefeituras a fazer alguma coisa", diz Lahóz. Santa Bárbara d'Oeste também tem sua própria represa, enquanto que Cabreúva e Indaiatuba se beneficiaram de uma mudança no status da qualidade da água de rios locais, aumentando a possibilidade de captação.

 

Revista Época

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Acabei de ouvir na Radio Bandeirantes que o Sistema Alto Tiete que está com 5,7% de reserva...NÃO TEM VOLUME MORTO..!!

 

Esse sistema abastece 4,5 milhoes de pessoas , sobretudo na Z Leste de SP

 

As chuvas chegarão hoje mais forte ao sistema e ele voltará a subir, na minha analise a recuperação deste é mais fácil do que o Cantareira por ser menor e por abastecer menos pessoas.

 

ÁREA TOTAL DO CANTAREIRA:Volume total : 982,07 bilhões de litros ( sem o volume morte ). Área total do sistema: 227.950 hectares (2.279,5 km2) PARA 8,1 milhões de pessoas.

 

ALTO TIETE : Volume total de 520 bilhões de litros. Cabeceiras tem 1.889 km2 de área de drenagem e é constituída pelos rios Tietê (desde sua nascente até a divisa com Itaquaquecetuba), Claro, Paraitinga, Biritiba-mirim, Jundiaí e Taiaçupeba-mirim. Nesta bacia, estão presentes os reservatórios Ribeirão dos Campos, Ponte Nova (no município de Salesópolis), Jundiaí (em Mogi das Cruzes), Taiaçupeba (na divisa de Mogi das Cruzes e Suzano), Biritiba (em Biritiba-Mirim) e Paraitinga (em Salesópolis), tendo sido os os dois últimos recentemente concluídos.

 

 

Sua queda foi mais rápida por ajudar o sistema cantareira, assim como aconteceu com a Guarapiranga que entrou nesta dança "freática" de ajudar o sistema citado.

 

Ao contrário do que dizem o Sistema Alto Tiete tem sim o volume morto e dizem que já estão usando e quase secando o mesmo.

 

 

Vamos dar uma olhada nuns gráficos. 5 dias atrás.

 

alto_tiete_1_20_11.png

 

alto_tiete_2_20_11.png

 

alto_tiete_3_20_11.png

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Uma outra opção é o uso do lençol freático dos prédios que desperdiçam muita água.

 

Não sei qual o custo para para se fazer uma mini estação de tratamento mas quem sabe utilizando para coisas mais simples, como lavar quintal, carro, molhar as plantas entre outros.

 

14325477.jpeg

 

Imagem: Folha de São Paulo

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Essa matéria é longa e não vou postar integralmente aqui, mas confirma o que o Troyano aportou sobre o volume morto do Alto Tietê.

 

O Alto Tietê chega ao volume morto, e o Cantareira, ao fio da navalha

http://jornalggn.com.br/blog/sergiorgreis/o-alto-tiete-chega-ao-volume-morto-e-o-cantareira-ao-fio-da-navalha

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Por que não falta água em Jundiaí

 

Carlos Dias, é verdade que Jundiaí está em uma situação confortável em comparação com outros municípios. E que isso se deveu às medidas mostradas na matéria: investimento na expansão do reservatório, tratamento de esgoto (essa medida beneficia muito Itupeva), diminuição de perdas.

 

Mas eu não estou tãããããããããooo tranquilo aqui porque eu pesquisei e descobri que a nossa demanda de água é de 1600 m3/segundo.

 

Isso quer dizer que nós dependemos muito do recalque do Rio Atibainha (1200 m3/segundo). E no momento em que o Atibainha definhar (ele é alimentado pelo Sistema Cantareira), iremos depender da nossa represa para chegar na próxima estação chuvosa. Com um consumo normal, parece que ela "segura a barra" daqui por alguns meses (ainda não descobri se por 4 ou 5 meses). Com um racionamento drástico pode aguentar um pouco mais. Infelizmente eu não tenho dados exatos, a escassez atinge também a fonte de informações na Internet.

 

Sobre a nossa represa estar com 70% de capacidade, conforme mostrado na matéria, isso me surpreendeu. A alguns meses atrás ela estava com 30% do volume total. De todo modo, são coisas difíceis de apurar. O site do DAE em Jundiaí não é lá muito transparente.

 

Outra coisa interessante que garimpei por aqui é que só a Coca-Cola é responsável por 500 m3/segundo da demanda de 1600 m3/s de todo o município. Como isso é dado também "garimpado", eu boto em suspeição. Mesmo porque o próprio DAE concede "sigilo" a respeito do consumo da Coca-Cola. Mas isso indica o que pode acontecer quando e se o pior acontecer: a população vai olhar a grande engarrafadora local com olhos ávidos.

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Valeu Melo...é que vi esta materia na revista epoca e lembrei de voce....70% realmente é uma TX alta, vide toda esta restiagem . Nem minha represa (billings) tem isso....

 

abraço

 

Valeu pela lembrança!

 

Abraços preocupados.

 

Existem planos concretos de utilizar a Billings para abastecimento de água, ou é inviável no atual estado da tecnologia sabespiana?

Bão, temos uma p*** costa, com alguns poucos bilhões daria pra montar um sistema de dessalinização bacana, ao menos para atender RMSP, Baixada e a Grande Campinas.

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Ronaldo, suponho que os pequenos milagres aconteceram em 2010 e 2011

2000 328.0 246.0 100.0

2001 144.0 290.0 138.0

2002 285.0 172.0 326.0

2003 317.0 109.0 134.0

2004 284.0 336.0 131.0

2005 312.0 100.0 287.0

2006 348.0 166.0 86.0

2007 214.0 286.0 185.0

2008 318.0 236.0 181.0

2009 352.0 200.0 126.0

2010 481.0 297.0 185.0

2011 494.0 312.0 164.0

2012 333.0 224.0 188.0

2013 166.0 278.0 175.0

2014 238.0 198.0 227.0

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Boa tarde Pessoal, fiquei um tempo sem visitar e participar do fórum devido a perda de minha estação após uma tempestade em Agudos-sp, a ultima leitora de vento que tive foi de 81km/h, isso foi em novembro do ano passado, agora mudei para a cidade vizinha, Bauru, e estou fazendo leituras apenas com o sensor de temp. e umid. que restou, e leituras manuais de chuva. (http://www.wunderground.com/personal-weather-station/dashboard?ID=ISOPAULO68#history/s20140427/e20140427/mtoday).

Agora estou querendo comprar uma Vue, e andei pesquisando preços, encontrei no site da ambient weather uma vue + weatherlink usb por $400 dolares (acho que é só isso que precisa para retirar os dados dela e também publicar na net, correto?).

Não sei onde li no fórum que tem alguém que vende Davis com preço próximo a dos EUA, alguém pode me ajudar?

(se precisar mover essa mensagem para um local mais adequado fiquem a vontade)

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Apenas a título de informação, já que boa parte da imprensa não divulga nada...

Aqui em casa, zona norte de Sampa, a água vem sendo cortada cada vez mais cedo. :negative:

 

Há vários meses, vêm acontecendo cortes noturnos em partes da zona norte (E, suspeito, em grande parte dos bairros mais periféricos de Sampa).

Aqui em casa, apenas diminuía a pressão da água nas torneiras.

Logo após o 1º turno da eleição (Coincidência? :mosking: ), começaram os cortes noturnos por aqui.

Inicialmente por volta de 10h30/11h da noite, voltando no final da madrugada.

Agora, a água "desaparece" por volta de 18h, voltando em torno de 7h da manhã do dia seguinte.

 

O problema não é enfrentar um racionamento, que é inevitável (E, talvez, o menor dos males).

O pior é ver o governo do estado e a SABESP ainda insistirem que está tudo normal. :rtfm:

Que são problemas pontuais.

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Boa tarde Pessoal, fiquei um tempo sem visitar e participar do fórum.....

 

O amigo fredericowessel está vendendo uma.

 

digite em membros ....procurar....cole fredericowessel e mande uma MP.

 

Sendo assim você está convidado a postar os dados de Bauru e principalmente Agudos.

 

Recebi a informação que a seca em Agudos afetou a qualidade d'água.

 

E está é a razão para a Brahma de Agudos estar com gosto diferente....Procede a informação?

 

Abraços

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Não sei te dizer se o gosto da cerveja mudou por isso, ouvi falar que a falta d´água esta afetando a Brahma, mas não sei até em que ponto é relacionado a qualidade da água.

Que os rios de Agudos estão bem a baixo do normal é fato, pois 40% da população de Bauru é abastecida por um rio de Agudos, o rio Batalha, e a cidade esta sofrendo por falta de abastecimento devido a esse rio, faz mais de um mês que Bauru esta fazendo rodizio no abastecimento, um dia com água, e um dia sem. Agudos mesmo não esta tendo problema de abastecimento porque é 100% abastecido por poços artesianos, mas os rios de Agudos abastecem Bauru, Lençóis Paulista, e outras que não me lembro agora.

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Eu acredito que o problema de bauru é que o represamento do rio é muito pequeno para o tamanho da cidade (350mil habitantes), esses dias eu fui tirar umas fotos da represa, e como podem ver na foto o nível está bem a baixo do normal.

O bom é que uma boa quantidade de chuva enche a represa bem rápido.

5a4e897e5f0f3_RioBatalha-Bauru.thumb.jpg.8b10df505f6271c64f62ad08374bec1a.jpg

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Quais são os rios que, de certa forma, ajudam na recuperação do sistema Cantareira?

 

Os principais rios são o Jaguari, Cachoeira, Atibainha, Jacareí e Juqueri.

 

O Jaguari, que forma o maior reservatório, tem três nascentes, em Camanducaia, Sapucaí Mirim e Itapeva, todas no sul de MG.

O Cachoeira, também nasce no sul de MG e passa por Joanópolis/SP (perto da divisa com Extrema/MG) onde tem uma queda de mais de 150m, a Cachoeira dos Pretos, que também dá origem ao nome do rio.

O Atibainha passa por Bom Jesus dos Perdões e Nazaré Paulista antes de chegar na represa, que fica ainda no município de Nazaré Paulista.

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Guarapiranga 33,4% (+1,5%) (69,6 mm)

Alto Cotia 29,1% (+1,3%) (51,6 mm)

Rio Claro 30,3% (-0,4%) (28,8 mm)

Alto Tietê 5,8% (+0,1%) (32,5 mm)

Cantareira 9,2% (-0,1%) (22,3 mm)

 

Alguns reservatórios subiram, mas são os menores, que também caem rapidamente quando não chove. Vejam a gravidade da situação. Chove muito mais sobe pouco.

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Cantareira 9,2% (-0,1%) (22,3 mm)

 

Alguns reservatórios subiram, mas são os menores, que também caem rapidamente quando não chove. Vejam a gravidade da situação. Chove muito mais sobe pouco.

 

Well, Moretão se choveu 22,3mm e caiu o nível [se as medições forem compatíveis em termos de horário]

 

As características do reservatório mudaram.

 

Não compreendo.

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Recomendo muito o vídeo. As cenas são tão hilárias quanto sórdidas.

 

Afinal, do valor total da empresa (13 BI), 4 BI foram distribuídos em dividendos aos acionistas. Sem que se construísse alternativas para o Sistema Cantareira.

 

"Oh, happy day": a festa da Sabesp em Nova Iorque e a falta de água em São Paulo.

 

Circula na Internet um vídeo do final de 2012 em que a cúpula da Sabesp e mais alguns membros do governo de São Paulo comemoram os dez anos da empresa na Bolsa de Nova York. Dê uma olhada:

 

VTV3hFuG89A#t=193

 

À luz da falta de água no estado, as imagens são uma piada de mau gosto — uma schadenfreud com os paulistas. Num clima triunfal, vê-se um congraçamento bonito em grandes mesas com brindes generosos de champanhe. “Oh, happy days”, canta o hino gospel.

 

A abertura de capital avolumou as receitas da companhia. De 2002 a 2012, as ações em Nova York registraram valorização de 601% e seu valor de mercado triplicou, passando de 6 bilhões para 17 bilhões de reais. Atualmente, a companhia vale 13 bilhões.

 

Hoje, o Sistema Cantareira voltou a bater um recorde negativo, chegando a 3% de sua capacidade. A segunda cota do volume morto está sendo utilizada. Como avisamos no DCM, o prejuízo para a saúde causado pela presença de poluentes ainda é uma incógnita.

 

Não é a única incógnita nessa história. É de amplo conhecimento que a Sabesp e o governo Alckmin não alertaram os consumidores dos problemas. Até pouco depois das eleições, Alckmin insistia que não havia “racionamento”, numa negação malufística.

 

Não foi por falta de dinheiro que não foram feitas as obras necessárias desde 2004, quando se recomendou um aumento da oferta hídrica para a região metropolitana de SP. Isso atenderia o aumento populacional e reduziria a dependência do Cantareira, segundo um inquérito civil instaurado para acompanhar a renovação da outorga.

 

Durante o oba oba nos EUA, a presidente Dilma Pena já tinha informações de que a situação não era das melhores. Desde então, ela já foi flagrada dizendo que não orientou a população a economizar por “orientação superior”, Alckmin foi passar o chapéu em Brasília, a falta d’água é uma realidade cotidiana — e em 2015 as perspectivas são as piores possíveis.

 

Mas, naquele dia em Nova York, eles nunca foram tão felizes.

 

Link: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-falta-de-agua-em-sp-e-o-video-em-que-a-cupula-da-sabesp-comemora-10-anos-na-bolsa-de-nova-york/#

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Relembrando...

 

Sistema------------Produção (m³/s)------Porcentagem

Alto Cotia---------------1,1--------------------1,6

Baixo Cotia-------------0,8--------------------1,2

Alto Tietê-------------11,5-------------------17,0

Cantareira------------32,7-------------------48,3

Guarapiranga---------13,1-------------------19,3

Rio Claro---------------3,9---------------------5,8

Rio Grande-------------4,6---------------------6,8

Total------------------67,7-----------------100,0

 

- Lembrando que os sistemas Alto e Baixo Cotia (No rio Cotia ou do Peixe, afluente do Tietê) abastecem apenas parte do oeste da região metropolitana.

 

- O sistema rio Claro, na bacia do rio do mesmo nome, um dos primeiros afluentes do Tietê, é um dos mais antigos existentes (Opera desde 1932) e fica em Salesópolis, extremo leste da RM.

Este sistema capta, também, águas do alto curso do rio Guaratuba que, depois, "despenca" serra do Mar abaixo e deságua no Atlântico no município de Bertioga, mais especificamente em Barra do Guaratuba.

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É a mega-esponja. Ela continua seca.

 

Fico me perguntando quanto vai ser necessário de chuva para empapar o solo e, a partir daí, as chuvas começarem a simplesmente impedir a queda do nível das represas. Depois disso é que o nível vai começar a subir.

 

Melo por aqui os poços não artesianos estão secos.

 

Suponho o mesmo no Cantareira....

 

Isto significa que vai ter que encher o lençol....depois encharcar...para depois começar a encher.

 

Apavorante.

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Bom, se poço artesiano secou... ferrou.

 

Os poços na região de Atibaia e Bragança Paulista continuam secos há meses... poços comuns, que normalmente tinham entre 1 e 2 metros de água.

 

Situação 1 que eu VI ontem de tarde: caminhões-pipa retirando água de lagoas e lagos públicos e particulares naquela região.

 

Situação 2 que eu VI ontem de tarde: caminhões-pipa sendo ESCOLTADOS - sim, escolta armada - na mesma região.

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Vale muito ir visitar aonde o Rio Guaratuba encontra com o Atlântico, tanto para quem gosta de rio, de praia, de pescar, de nadar e da natureza, este lugar é um espetáculo.
:good:

 

 

Uma amiga minha tem uma chácara em Nazaré Paulista (Onde fica parte do reservatório Atibainha, do sistema Cantareira).

Seu poço está seco há mais de 3 meses.

 

Já ouvi comentários de poços secos na região de Bragança Paulista, também.

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É a mega-esponja. Ela continua seca.

 

Fico me perguntando quanto vai ser necessário de chuva para empapar o solo e, a partir daí, as chuvas começarem a simplesmente impedir a queda do nível das represas. Depois disso é que o nível vai começar a subir.

 

Melo por aqui os poços não artesianos estão secos.

 

Suponho o mesmo no Cantareira....

 

Isto significa que vai ter que encher o lençol....depois encharcar...para depois começar a encher.

 

Apavorante.

 

Não necessariamente. Depende do tipo de solo que se encontra sob a represa, que via de regra é constituída de um leito rochoso, que deixa passar água apenas por pequenas fissuras.

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Acho que a situação do Cantareira é desesperadora e as medidas tomadas são muito pequenas diante do problema que está para acontecer. Por estarem utilizando a 2ª cota do volume morto podem ter certeza que esta esponja demorará muito mais para encharcar. Eu fico imaginando como será a vida destas pessoas daqui alguns meses.

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Guarapiranga 33,4% (+1,5%) (69,6 mm)

Alto Cotia 29,1% (+1,3%) (51,6 mm)

Rio Claro 30,3% (-0,4%) (28,8 mm)

Alto Tietê 5,8% (+0,1%) (32,5 mm)

Cantareira 9,2% (-0,1%) (22,3 mm)

 

Alguns reservatórios subiram, mas são os menores, que também caem rapidamente quando não chove. Vejam a gravidade da situação. Chove muito mais sobe pouco.

 

Guarapiranga 33,8% (+0,4%) (4,6 mm)

Alto Cotia 30,0% (+0,9%) (2 mm)

Rio Claro 30,5% (+0,2%) (12 mm)

Alto Tietê 5,9% (+0,1%) (4,8 mm)

Cantareira 9,1% (-0,1%) (11,9 mm)

 

Hoje somente o Cantareira caiu.

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De novo: sensacional o aporte do Anderson.

 

disponibilidade de água no solo

(profundidades 25 cm e 1 metro), Ciiagro-10-12/novembro (parece ser o mais recente disponível).

 

ixfj2p.jpg

1z2zxv5.jpg

 

(agroclima) mais recente... cuidado com as escalas

fvda94.png

 

 

 

 

 

Mas agora vamos comparar com esse mapa postado...pelo Anderson em 21 de novembro, no Tópico de Monitoramento e Previsão *América do Sul* - 2014:

 

Índice WASP (Weighted Anomaly Standardized Precipitation)

 

Desvios acima/abaixo de +1/-1 estão fora da "normalidade" (branco) e representam períodos secos (marrom) e úmidos (verde).

 

Abaixo, para a América do Sul nos últimos 12 meses (normal de 1981-2010, banco mundial).

 

autoexplicativo...

 

30c28h4.gif

 

o7u7n4.jpg

 

 

Tempos interessantes.

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Mas agora vamos comparar com esse mapa postado...pelo Anderson em 21 de novembro, no Tópico de Monitoramento e Previsão *América do Sul* - 2014:

 

Índice WASP (Weighted Anomaly Standardized Precipitation)

 

 

Tempos interessantes.

Variáveis diferentes, indicando a forte estiagem!

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Guarapiranga 33,8% (+0,4%) (4,6 mm)

Alto Cotia 30,0% (+0,9%) (2 mm)

Rio Claro 30,5% (+0,2%) (12 mm)

Alto Tietê 5,9% (+0,1%) (4,8 mm)

Cantareira 9,1% (-0,1%) (11,9 mm)

 

Guarapiranga 33,9% (+0,1%) (0,2 mm)

Alto Cotia 30,1% (+0,1%) (0 mm)

Rio Claro 32,1% (+1,6%) (8,2 mm)

Alto Tietê 5,8% (-0,1%) (0,4 mm)

Cantareira 9,0% (-0,1%) (0,1 mm)

 

Hoje houve uma maior estabilidade. Destaque para subida do Rio Claro. Mas o Alto Tietê voltou a cair após subir dois dias consecutivos. E o Cantareira não consegue subir. Como postado pelo Carlos Dias, o Cantareira não subiu de nível nenhum dia do mês, ficou estável apenas em dois dias do mês, e registrou queda em todos os outros.

 

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27/11/2014 12h57 - Atualizado em 27/11/2014 14h46

SP, RJ e MG fecham acordo no STF para transposição do Paraíba do Sul

Governadores do Rio e de Minas aceitaram que a obra seja iniciada.

Projeto paulista pretende desviar água do rio para abastecer o Cantareira.

 

Os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB); e de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho (PP), fecharam um acordo nesta quinta-feira (27) no Supremo Tribunal Federal (STF) para dar início a obras de infraestrutura a fim de reduzir os efeitos da crise hídrica que atinge atualmente a Região Sudeste.

 

Pelo acordo, mediado pelo ministro do STF Luiz Fux, os três estados devem apresentar até 28 de fevereiro propostas para o enfrentamento da crise de falta d'água. Uma dessas propostas é a transposição do rio Paraíba do Sul, cuja bacia abrange áreas dos três estados.

 

A transposição é um projeto do governo paulista que pretende desviar água do rio para abastecer o Sistema Cantareira, que enfrenta uma crise hídrica por conta da estiagem no Sudeste. O Rio de Janeiro era inicialmente contrario à obra porque a bacia do Paraíba do Sul abastece diversos municípios do estado, incluindo a região metropolitana da capital fluminense.

 

Os governadores e representantes dos órgãos responsáveis pelos estudos técnicos ambientais se comprometeram, no acordo assinado após a audiência, a não realizar obras sem o consentimento de todas as partes envolvidas.

 

Eles também se comprometeram a respeitar, nas obras, estudos de impacto ambiental e realizar ações de compensação ambiental.

"Nós estamos muito confiantes [...] Temos até fevereiro para arrematar essas garantias para o momento e para o futuro. Reunião muito proveitosa, decisão muito importante. Todos juntos podemos avançar muito mais num conjunto de obras que serão muito positivas", afirmou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao final da audiência de mediação.

 

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, também celebrou o acordo e afirmou que "ninguém quer prejudicar" nenhum ente federativo. "Os três estados chegaram a um consenso e esse prazo é suficiente. É importante a gente ter a solidariedade dos três entes federativos [...] Ninguém quer prejudicar nenhum estado. É ter as garantias para o futuro, e nós temos certeza que desse limão saiu uma grande limonada", brincou Pezão.

 

Também participaram do encontro a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams.

 

Polêmica do Paraíba do Sul

 

Em maio, o Ministério Público Federal do Rio protocolou uma ação civil pública na Justiça Federal pedindo que fosse concedida uma decisão liminar (provisória) para barrar o projeto do governo paulista que prevê a transposição das águas do Paraíba do Sul.

 

Na ocasião, a Justiça Federal enviou o processo ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegando não ter competência para julgar o caso, já que o rio banha mais de um estado e o fato geraria um conflito federativo.

 

Procuradores da República solicitaram, em junho, que a ANA não autorizasse a transposição do rio pelo menos até o que o Ibama realizasse estudos de viabilidade ambiental necessários para avalizar esse tipo de projeto.

 

Ao analisar o caso, o ministro Luiz Fux negou o pedido de liminar por entender que não há provas de que o governo de São Paulo estaria fazendo obras para captação da vazão do Rio Paraíba do Sul. Mesmo assim, ele entendeu que, por ser grave o problema na região Sudeste, era necessária uma audiência de mediação entre as partes envolvidas.

 

Na visão do magistrado, os estados manifestaram no encontro desta quinta-feira "desejo mútuo" de se ajudarem na solução do problema. Ele também disse que, uma vez apresentado o acordo, o litígio entre os estados "estará solucionado".

 

Em 15 de fevereiro, quando o acordo final será apresentado à Justiça, todas as ações que tramitam judicialmente serão extintas, informou Fux.

 

http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/11/sp-rj-e-mg-fecham-acordo-no-stf-para-iniciar-obras-contra-crise-hidrica.html

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