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Brasil Abaixo de Zero

Dados Insolação Curitiba 1990-2011


JohnnyBoy
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Bom colegas, enquanto o tédio me consumia, eu, João Pedro resolvi fazer algo interessante e produtivo que me tirasse do tédio, e foi o que fiz. Cadastrei-me no BDMEP e peguei os dados mensais de insolação de Curitiba, desde o ano 1990 até o ano de 2011.

 

ANO INSOLAÇÃO ANUAL | MÉDIA MÊS P/ MÊS

1990 - 1847,0h | 153,9h

1991 - 2007,0h | 167,3h

1992 - 1751,2h | 145,9h

1993 - 1961,9h | 163,5h

1994 - 1950,6h | 162,6h

1995 - 1996,5h | 166,4h

1996 - 1792,2h | 149,4h

1997 - 1878,5h | 156,5h

1998 - 1503,8h | 125,3h

1999 - 1843,3h | 153,6h

2000 - 1985,9h | 165,5h

2001 - SEM DADOS | SEM DADOS

2002 - 1946,9h | 162,2h

2003 - 2027,2h | 168,9h

2004 - 1909,5h | 159,1h

2005 - 1862,2h | 155,2h

2006 - 2066,1h | 172,2h

2007 - 2005,5h | 167,1h

2008 - 1681,3h |140,1h

2009 - 1709,8h | 142,5h

2010 - 1670,1h | 139,2h

2011 - 1754,4h | 146,2h

1990/2011 - 1864,3h | 155,4h

 

Espero que tenham gostado! Estarei fazendo o de São Joaquim, SC nos próximos dias, caso alguém tenha alguma sugestão de que cidade fazer, entre em contato comigo!

 

Em breve farei os de médias mínimas, máximas e compensadas.

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Pelo que consta numa das listas que eu recentemente fiz o download, Paranaguá, Santos, Ubachuva, dentre outras dessa faixa de 22°S - 26ºS, eram as que menos recebiam luz solar.

 

Nesse documento que citei acima, constava Curitiba como 2006 horas de Sol anuais, Paranaguá e Santos 1500, algo assim, mas são as médias do período 1961-1990.

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Poxa,legal mesmo esses tópico! Alguém taria estes dados para Sampa,Santos e POA para efeitos comparativos? Não precisa ser este listão (embora se o fosse, seria melhor). Bastaria as médias mês a mês e o total acumulado no ano. Tenho a impressão que a insolação em Sampa é pouco maior que Curitiba e POA bem maior. E estou muito curioso sobre Santos.

 

Obrigado

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Poxa,legal mesmo esses tópico! Alguém taria estes dados para Sampa,Santos e POA para efeitos comparativos? Não precisa ser este listão (embora se o fosse, seria melhor). Bastaria as médias mês a mês e o total acumulado no ano. Tenho a impressão que a insolação em Sampa é pouco maior que Curitiba e POA bem maior. E estou muito curioso sobre Santos.

 

Obrigado

 

De fato, POA tem uma insolação de 2200 pra 2400 nas médias de 61-90. Mas SP, durante aquele período, era um pouco, bem pouco, 3 horas de diferença menor que Curitiba.

 

mas pode deixar, trarei de Santos, Sampa, São Joaquim, talvez Caxias, Paranaguá e POA eu traga!

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Poxa,legal mesmo esses tópico! Alguém taria estes dados para Sampa,Santos e POA para efeitos comparativos? Não precisa ser este listão (embora se o fosse, seria melhor). Bastaria as médias mês a mês e o total acumulado no ano. Tenho a impressão que a insolação em Sampa é pouco maior que Curitiba e POA bem maior. E estou muito curioso sobre Santos.

 

Obrigado

 

De fato, POA tem uma insolação de 2200 pra 2400 nas médias de 61-90. Mas SP, durante aquele período, era um pouco, bem pouco, 3 horas de diferença menor que Curitiba.

 

mas pode deixar, trarei de Santos, Sampa, São Joaquim, talvez Caxias, Paranaguá e POA eu traga!

 

Valeu Johnny! Mais outro ponto em que Sampa é mais parecida com Curita do que Curita com POA. A insolação das duas são muito próximas, e em POA é maior, com certeza devido ao período Dez à Marçocom o dia muito maior que a noite e os tempos secos e de sol a la Bs Aires.

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Valeu Johnny! Mais outro ponto em que Sampa é mais parecida com Curita do que Curita com POA. A insolação das duas são muito próxim

 

Meu amigo Caco, mas isso é óbvio ululante.

 

Ctba está num planalto à oeste do Oceano, borda da serra do mar, a 934m de altitude, dista 350km de SP, que está a 750m de altitude.

 

Na verdade, Ctba é mais parecida com Garanhuns que POA, assim como SP é mais parecida com Bom Jardim da Serra que POA, por razões orográficas lógicas... :prankster:

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Valeu Johnny! Mais outro ponto em que Sampa é mais parecida com Curita do que Curita com POA. A insolação das duas são muito próxim

 

Meu amigo Caco, mas isso é óbvio ululante.

 

Ctba está num planalto à oeste do Oceano, borda da serra do mar, a 934m de altitude, dista 350km de SP, que está a 750m de altitude.

 

Na verdade, Ctba é mais parecida com Garanhuns que POA, assim como SP é mais parecida com Bom Jardim da Serra que POA, por razões orográficas lógicas... :prankster:

 

 

Não, não. Estou te dando mais dados que os colegas fornecem até vc se convencer que a atmosfera de SP e Curitiba são mais próximas do que POA, por serem mais parecidos climaticamente no que tange a atmosfera, massas de ar. Não estou levando em consideração vegetação, morfologia, solo, etc.. Puramente questões atmosféricas e massas de ar predominantes. Embora, segundo Koppen, POA e Curitiba são subtropicais = iguais, e Sampa, tropical altitude = diferente. Vai aparecendo mais dados das semelhanças entre SP e Curita e eu vou te passando. Fica tranquilo.

 

Tá curtindo uma infiltração marítima como eu aqui? POA está seco e sem nuvens.

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Apesar de sua tropicalidade, Sampa guarda algumas semelhanças com Curitiba porque se localiza próxima a uma estreita faixa de clima subtropical na borda do planalto.

 

Dizendo de outro modo: saindo da Praça da Sé em direção a São Bernardo do Campo/Riacho Grande/Paranapiacaba, no inverno menores serão as temperaturas médias mínimas e maiores serão a umidade e precipitação. Mas é bom frisar: por esse ponto de vista, ao se atingir a área subtropical da "borda da Serra'', já estaremos fora do clima paulistano.

 

Então a semelhança entre Sampa e Curitiba se atém mais ao comportamento do clima no verão no que tange ao componente térmico: "verões amenos" com infiltração marítima, MM, etc.

 

Agora, se abordarmos o comportamento pluvial do verão, as semelhanças começam a desvanecer. Em Curitiba o regime das chuvas já não é tão concentrado no verão como ocorre em Sampa. O próprio relevo de Curitiba é consequência disso, confirma um comportamento climático de milênios.

 

Conclusão:

 

- o comportamento climático de Sampa no verão (insolação, verão "ameno") tem semelhanças com o de Curitiba, mas não é igual. Na média, Curitiba não tem tanta concentração de chuvas de verão como Sampa. Esse item tem impactos no item seguinte:

 

- embora nas duas cidades o inverno registre menor pluviosidade, em Curitiba essa redução é menos acentuada. Dizendo de outro modo: Curitiba não tem inverno seco como o de Sampa. Ponto pra Curitiba, que não sofre tanto com as horríveis Inversões Térmicas ligado ao ASAS, registradas em Sampa. :hang1:

 

- os registros térmicos do inverno aproximam Curitiba mais de Porto Alegre do que de São Paulo.

 

Nos 3 itens acima, somente o 1º demonstra semelhança entre Porto Alegre e Sampa, mesmo assim só parcialmente. Nos outros dois temos mais proximidade entre Curitiba e Porto Alegre. Me parece que na análise climática estabelecida academicamente, esses são os principais componentes de diferenciação.

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Caco, veja.

 

Ctba e SP, tem proximidades físicas, orográficas. Ctba e POA tem proximidades climáticas.

 

Não preciso lembrar a diferença entre clima e tempo, né?

 

Massa de ar, infiltração, são as aspectos do tempo. Regime de chuva, temperatura é clima.

 

O que o Melo anotou é resumidamente perfeito. POA e Ctba não têm estações secas. SP tem. Isso, para a doutrina geográfica, e TUDO que se se escreveu cientificamente e é estudado, demostra a subtropicalidade.

 

Subtropical, no Brasil, é estar abaixo dos trópicos, não ter seca no inverno e regular regime de chuva. Ponto! É o caso de Ctba e POA.

 

Tropical de altude, no Brasil, é o caso de SP, que está na linha trópico (que não significa muita coisa, pois é transição), tem seca no inverno e não tem regularidade no regime de chuva. Ponto.

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Veja só Shima.Coincidência? Não que seja regra Sampa estar sempre mais parecida com Curita, que esta última com POA. Mas na esmagadora maioria do tempo está.

 

POA 22ºC Tempo firme

 

Curitiba 19ºC Muitas Nuvens (infiltração marítima)

 

Sampa 20ºC Muitas Nuvens (infiltração marítima)

 

Aqui em Lages, agora, 12h, tem garoa, vento frio, 17ºC. Caxias do Sul, 130km em linha reta, sol e 22ºC.

 

Pela sua lógica, tem alguma coisa errada no planalto da neve... :sarcastic:

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Mas eh como eu vejo pontos diferentes do Melo e Shima. Acho SP e Curitiba mais parecidas climaticamente do que com POA. Sao Paulo por chover menos de 50 mm entre jun/jul eh tao seca assim... Para mim, seco no outono inverno eh brasilia, SP em comparacao a Brasilia que eh tipico trop altitude, eh bem mais umida no outono inverno.

 

Qual o criterio adotado para falar em seca no outono inverno... abaixo dos 50 mm como diz Koppen, vao me dizer. Curitiba chove mais no verao que poa, para mim certa influencia ja de eventuais zcas. E chega no outono inverno a pluviosidade diminui, o que nao acontece com poa. Isso ja denota que uma sofre maior influencia de tropical que a outra.

 

Outra coisa. Como eh que eh... Curitiba nao sofre ASAS... ate poa sofre, com menor incidencia que curitiba, e esta com menor incidencia que sp.

 

Curita para mim esta entre sampa e poa, porem mais semelhancas com sampa, inclusive no clima, o que falar entao do tempo *infiltracao maritima, proximidade de uma cidade da outra, altitude, etc,...

 

Vamos debatendo....

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Veja só Shima.Coincidência? Não que seja regra Sampa estar sempre mais parecida com Curita, que esta última com POA. Mas na esmagadora maioria do tempo está.

 

POA 22ºC Tempo firme

 

Curitiba 19ºC Muitas Nuvens (infiltração marítima)

 

Sampa 20ºC Muitas Nuvens (infiltração marítima)

 

Aqui em Lages, agora, 12h, tem garoa, vento frio, 17ºC. Caxias do Sul, 130km em linha reta, sol e 22ºC.

 

Pela sua lógica, tem alguma coisa errada no planalto da neve... :sarcastic:

 

 

caxias eh mais subtropical, climatologicamente em termos de massas de ar, tem menor indice de trop altitude, que eh uns 5%..,. ja lages tem maior percentual trop altitude, uns 10%, repare que caxias esta mais parecida com poa, ao passo que Lages mais parecida com Curita e sampa neste momento atual no tempo

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Não preciso lembrar a diferença entre clima e tempo, né?

 

Eu acho que é esse o grande conflito da discussão. O Caco faz uma comparação de tempo para definir um clima! Sem falar que ele não leva em consideração todos os fatores que devem estar inseridos na definição de um clima local.

 

A dinâmica atmosférica das duas cidades são parecidas, principalmente no verão. Mas nem por isso os climas são iguais!

 

E Caco, tenho a leve impressão (algum curitibano pode me ajudar nisso!?!) que Curitiba não sofre efeitos de ZCAS!

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Shima e Caco, isso tudo pode ser constatado no resumo do ano 2011, postado pelo Carlos Dias.

 

Vamos analisar primeiro o comportamento das chuvas de inverno, tomando como padrão os meses de Junho, Julho e Agosto:

 

29-Curitiba PR: 17,3(13,4 / 23,0 / -00,8 / 32,4) - Media Acum 1.637,8mm

 

Jan11: 21,8 (18,2 / 28,0 / 15,5 / 30,9 / 23,1) – 332,6 mm

Fev11: 21,5 (18,3 / 27,1 / 15,9 / 30,7 / 22,7) - 264,4 mm

Mar11: 18,9 (16,1 / 23,4 / 12,3 / 29,1 / 19,7) - 72,4 mm

Abr11: 18,6 (14,8 / 23,9 / 11,1 / 29,0 / 19,4) - 100,0 mm

Mai11: 14,9 (11,0 / 20,2 / 05,3 / 25,4 / 15,6) - 30,0 mm

Jun11: 12,9 (08,0 / 19,1 / -00,8 / 24,7 / 13,6) - 112,4 mm

Jul11: 14,2 (10,4 / 20,0 / 01,8 / 25,9 / 15,2) - 147,1 mm

Ago11: 14,6 (10,8 / 20,4 / 01,0 / 29,5 / 15,6) - 162,5 mm

Set11: 14,9 (10,5 / 21,0 / 05,2 / 31,8 / 15,8) - 59,4 mm

Out11: 17,4 (13,5 / 23,2 / 09,6 / 32,0 / 18,3) - 179,2 mm

Nov11: 17,7 (13,4 / 23,8 / 08,7 / 30,6 / 18,6) - 82,8 mm

Dez11: 19,8 (15,7 / 25,8 / 11,5 / 32,4 / 20,7) - 94,4 mm

Total: aproximadamente 369mm de chuvas nos meses de inverno.

 

 

30-Porto Alegre RS: 19,2 (15,2 / 24,6 / 01,9 / 36,2) - 1.303,2 mm

Jan11: 25,6 (22,1 / 31,5 / 20,3 / 36,2 / 26,8) – 131,6 mm

Fev11: 24,6 (21,1 / 29,5 / 17,8 / 36,1 / 25,3) - 120,8 mm

Mar11: 22,8 (18,9 / 28,2 / 14,1 / 33,3 / 23,6) - 83,4 mm

Abr11: 20,2 (16,1 / 25,7 / 11,1 / 30,7 / 20,8) - 174,4 mm

Mai11: 16,5 (12,8 / 21,4 / 09,3 / 27,7 / 17,1)- 49,4 mm

Jun11: 13,7 (10,2 / 18,2 / 04,2 / 25,9 / 14,2) - 110,4 mm]

Jul11: 13,0 (09,3 / 17,6 / 01,9 / 28,6 / 13,5) - 233,0 mm

Ago11: 14,4 (10,9 / 18,9 / 02,5 / 32,4 / 14,9) - 146,0 mm

Set11: 16,4 (11,3 / 22,6 / 05,2 / 33,7 / 17,0) - 56,2 mm

Out11: 19,5 (15,3 / 25,0 / 09,9 / 34,0 / 20,1) - 121,0 mm

Nov11: 21,5 (16,4 / 28,0 / 11,8 / 34,9 / 22,2) - 32,4 mm

Dez11: 22,5 (18,0 / 29,0 / 14,5 / 35,8 / 23,5) - 44,6 mm

Total: mais de 435mm de chuvas nos meses de inverno.

 

 

06-Tapiraí SP: 16,7 (12,8 / 22,4 / -01,0 / 39,0) - Media Acum 1.783,9 mm

 

Jan11: 20,4 (17,7 / 25,7 / 15,3 / 31,6 / 21,7) – 348,6 mm

Fev11: 21,2 (17,8 / 26,9 / 16,1 / 31,4 / 22,4) – 174,4 mm

Mar11: 17,4 (15,6 / 21,2 / 12,9 / 27,9 / 18,4) – 269,4 mm

Abr11: 17,3 (13,7 / 22,5 / 10,2 / 26,4 / 18,1) – 125,1 mm

Mai11: 14,0 (10,1 / 19,2 / 03,9 / 25,1 / 14,7) – 78,3 mm

Jun11: 11,6 (06,2 / 18,4 / 00,9 / 24,9 / 12,3) – 82,8 mm

Jul11: 13,1 (08,4 / 19,8 / 00,2 / 26,7 / 14,1) – 37,8 mm

Ago11: 14,1 (09,9 / 20,3 / -01,0 / 29,4 / 15,1) – 124,0 mm

Set11: 14,1 (09,6 / 20,3 / 03,5 / 29,8 / 15,0) – 34,5 mm

Out11: 17,0 (13,3 / 22,1 / 08,4 / 31,8 / 17,7) – 170,7 mm

Nov11: 17,6 (13,6 / 23,4 / 08,9 / 36,0 / 18,5) – 182,3 mm

Dez11: 22,8 (18,1 / 29,3 / 15,0 / 39,0 / 23,7) – 156,0 mm

Total: mais de 195mm de chuvas nos meses de inverno.

 

 

08-São Paulo SP: 19,9 (16,2 / 25,7 / 06,2 / 33,8) - Media Acum 1.656,2 mm

 

Jan11: 23,5 (20,2 / 29,5 / 18,0 / 33,7 / 24,8) – 487,0 mm

Fev11: 24,1 (20,2 / 30,5 / 16,9 / 33,1 / 25,3) - 350,8 mm

Mar11: 21,6 (18,8 / 25,6 / 16,2 / 31,6 / 22,2) - 87,8 mm

Abr11: 21,2 (17,9 / 26,7 / 13,6 / 31,9 / 22,3) - 127,0 mm

Mai11: 17,4 (14,2 / 22,6 / 09,8 / 27,0 / 18,4) - 26,2 mm

Jun11: 15,8 (11,7 / 21,7 / 06,2 / 26,7 / 16,7) - 76,8 mm

Jul11: 17,4 (13,2 / 23,2 / 08,0 / 28,9 / 18,2) - 04,6 mm

Ago11: 18,1 (13,8 / 24,2 / 06,3 / 32,1 / 19,0) - 51,6 mm

Set11: 18,1 (13,6 / 25,3 / 08,8 / 33,0 / 19,4) - 01,8 mm

Out11: 20,1 (16,4 / 25,9 / 12,0 / 33,8 / 21,2) - 141,2 mm

Nov11: 19,7 (15,8 / 25,9 / 11,1 / 32,0 / 20,8) - 133,6 mm

Dez11: 21,8 (18,1 / 27,5 / 14,6 / 33,5 / 22,8) - 167,8 mm

Total: mais de 56mm de chuvas nos meses de inverno (com precipitação inexpressiva/muito reduzida em Julho, notando também a inexpressiva precipitação em Setembro desse ano)

 

Pronto. Pelos conceitos usados na Climatologia e na Geografia (com dados das normais confirmando essa realidade) até Tapiraí - perto de Sorocaba - pode ser caracterizada como Subtropical.

 

Pelo critério das temperaturas de inverno, Sampa tende a apresentar os meses mais frios com temperatura ligeiramente abaixo de 18º C. A média de 15,8º registrada em Junho/2009 em Sampa foi "fora da curva". Essa característica e os verões amenos, além de outras cientificamente estabelecidas, compõem o clima tropical de altitude. Por outro lado, tanto Tapiraí como Curitiba e Porto Alegre apresentam uma estação fria bem mais definida.

 

Conclusão:

 

Por tudo demonstrado, podemos identificar semelhanças climáticas entre Curitiba e Tapiraí (subtropicais) tanto pela distribuição das chuvas como pelos dados de temperatura nos meses mais frios. Esses dois dados combinados (chuvas de inverno e médias térmicas baixas de inverno) são muito específicos na realidade tropical brasileira, caracterizando uma tipicidade que também é encontrada em Porto Alegre. São duas características que chamam muito a atenção. São essas as duas características básicas que definem o clima subtropical.

 

O fato de Porto Alegre, bem como toda a região de fronteira e o Sul do Rio Grande do Sul apresentarem "verões quentes" não descaracteriza os principais fatores que determinam o clima subtropical. Pelo contrário: a combinação de "verões quentes" e "invernos frios" aumenta ainda mais a amplitude térmica anual, confirmando a caracterização de clima subtropical em latitudes superiores. No contexto brasileiro, os verões quentes do oeste e do sul da Região Sul apenas configuram um subtipo de clima subtropical (CFa). Mesmo tendo "verões quentes", o clima CFa apresenta as duas características definidoras e básicas da subtropicalidade, sempre combinadas: chuvas no inverno, ausência de seca no inverno e médias térmicas baixas nos meses frios.

 

Então, a partir da conclusão, podemos fazer as seguintes análises:

 

- Na comparação com São Paulo, além de Curitiba não ter seca de inverno, apresenta médias térmicas tipicamente mais baixas.

 

- Chama também atenção a formidável precipitação de verão em São Paulo: mais de 900mm. Mais da metade da precipitação anual (1.656mm), concentrada em apenas 3 meses do ano (Janeiro, Fevereiro e Março). Característica que ressalta a tropicalidade do clima local.

 

- Contrastando com São Paulo, Curitiba, apesar de apresentar expressiva precipitação de verão (mais de 660 mm), esteve longe de totalizar nessa estação a metade de sua precipitação anual (1.637 mm).

 

- Existe alguma semelhança entre o verão de Curitiba (CFb) com o de Sampa (verões "brandos"), mas até o momento isso não foi reconhecido cientificamente como definidor de uma caracterização climática que inclua as duas cidades.

Edited by Guest
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Certa vez interroguei as pessoas se Curitiba sofria efeito de ZCAS. Se o fenômeno era raro, tipo, acontecia uma vez por ano, mas todos os anos, ou se acontecia ano sim ano não. Infelizmente ninguém se prontificou a responder minha indagação.

 

Não estou confundindo clima com tempo. Estou falando que SP é mais parecida climaticamente com Curita do que POA.

 

Outra questão. Todo santo dia abro a pagina do CPTEC, no Ensemble, para verificar a situação das temperaturas em 850 Hpa. Neste cenário onde mostra toda a Am do Sul, as linhas se dividem. Basicamente no Brasil, elas vão de 0ºC à 24ºC. São separadas por 6ºC, mas uma separação de 3ºC, que corresponde às temperaturas de 3ºC, 9ºC, 15ºC e 21ºC. Dêem uma analisada. Este ano ainda está no início. Tem o ano inteiro para analisar o que eu analiso pelo menos 10m anos. Resumidamente são as massas de ar dominando as regiões e suas temperaturas em altitude. Coincidência ou não, a semelhança e proximidade das temperaturas no ano inteiro entre Sampa e Curita são maiores do que se comparadas com POA.

 

Dêem uma analisada. Isto é CLIMA. Massas de ar e suas temperaturas. Mais outra variável que Sampa e Curitiba são mais próximas.

 

Mas vamos debatendo....

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Questões:

 

Quem sofre mais efeito de tropicalização? POA ou Curitiba? Isso as permite colocar no mesmo "pote climático"? = subtropical? Curiitba tem mais ASAS que POA e menos que Sampa.

 

Pode Sampa ter o mesmo clima de Brasília (tipicamente tropical de altitude?) Vejo mais similaridades entre Sampa e Curitiba. Ambos transizacionais entre trop altitude e subtropical.

 

Há uma palavrinha mágica: progressão. Quanto mais próximo de Brasília, mais tropical altitude. Quanto mais próximo de POA, mais subtropical.

 

Não se sai do clima de POA e vai parar no clima de Sampa direto como num passe de mágica. Primeiro passa-se pelo clima de Curitiba. Mais uma vez: PROGRESSÃO.

 

Questões muito simples de assimilar e totalmente lógicas. Pode-se discutir a influência de um clima no outro. Mas não dá para dizer que, da passagem de um clima para o outro, há uma faixa de transição, conforme são relatados por dados de pluviosidade, temperaturas.

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Questões:

 

Quem sofre mais efeito de tropicalização? POA ou Curitiba? Isso as permite colocar no mesmo "pote climático"? = subtropical? Curiitba tem mais ASAS que POA e menos que Sampa.

 

Pode Sampa ter o mesmo clima de Brasília (tipicamente tropical de altitude?) Vejo mais similaridades entre Sampa e Curitiba. Ambos transizacionais entre trop altitude e subtropical.

 

Há uma palavrinha mágica: progressão. Quanto mais próximo de Brasília, mais tropical altitude. Quanto mais próximo de POA, mais subtropical.

 

Não se sai do clima de POA e vai parar no clima de Sampa direto como num passe de mágica. Primeiro passa-se pelo clima de Curitiba. Mais uma vez: PROGRESSÃO.

 

Questões muito simples de assimilar e totalmente lógicas. Pode-se discutir a influência de um clima no outro. Mas não dá para dizer que, da passagem de um clima para o outro, há uma faixa de transição, conforme são relatados por dados de pluviosidade, temperaturas.

 

Eu entendo que dá. Podemos considerar o CFb como a transição entre o tropical de altitude e o CFa. E isso é feito através dos dados de pluviosidade e temperatura, entre outros, mesmo porque eles resultam da dinâmica da atmosfera.

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29-Curitiba PR: 17,3(13,4 / 23,0 / -00,8 / 32,4) - Media Acum 1.637,8mm

 

Jan11: 21,8 (18,2 / 28,0 / 15,5 / 30,9 / 23,1) – 332,6 mm

Fev11: 21,5 (18,3 / 27,1 / 15,9 / 30,7 / 22,7) - 264,4 mm

Mar11: 18,9 (16,1 / 23,4 / 12,3 / 29,1 / 19,7) - 72,4 mm

Abr11: 18,6 (14,8 / 23,9 / 11,1 / 29,0 / 19,4) - 100,0 mm

Mai11: 14,9 (11,0 / 20,2 / 05,3 / 25,4 / 15,6) - 30,0 mm

Jun11: 12,9 (08,0 / 19,1 / -00,8 / 24,7 / 13,6) - 112,4 mm

Jul11: 14,2 (10,4 / 20,0 / 01,8 / 25,9 / 15,2) - 147,1 mm

Ago11: 14,6 (10,8 / 20,4 / 01,0 / 29,5 / 15,6) - 162,5 mm

Set11: 14,9 (10,5 / 21,0 / 05,2 / 31,8 / 15,8) - 59,4 mm

Out11: 17,4 (13,5 / 23,2 / 09,6 / 32,0 / 18,3) - 179,2 mm

Nov11: 17,7 (13,4 / 23,8 / 08,7 / 30,6 / 18,6) - 82,8 mm

Dez11: 19,8 (15,7 / 25,8 / 11,5 / 32,4 / 20,7) - 94,4 mm

Total: aproximadamente 369mm de chuvas nos meses de inverno.

 

 

30-Porto Alegre RS: 19,2 (15,2 / 24,6 / 01,9 / 36,2) - 1.303,2 mm

Jan11: 25,6 (22,1 / 31,5 / 20,3 / 36,2 / 26,8) – 131,6 mm

Fev11: 24,6 (21,1 / 29,5 / 17,8 / 36,1 / 25,3) - 120,8 mm

Mar11: 22,8 (18,9 / 28,2 / 14,1 / 33,3 / 23,6) - 83,4 mm

Abr11: 20,2 (16,1 / 25,7 / 11,1 / 30,7 / 20,8) - 174,4 mm

Mai11: 16,5 (12,8 / 21,4 / 09,3 / 27,7 / 17,1)- 49,4 mm

Jun11: 13,7 (10,2 / 18,2 / 04,2 / 25,9 / 14,2) - 110,4 mm]

Jul11: 13,0 (09,3 / 17,6 / 01,9 / 28,6 / 13,5) - 233,0 mm

Ago11: 14,4 (10,9 / 18,9 / 02,5 / 32,4 / 14,9) - 146,0 mm

Set11: 16,4 (11,3 / 22,6 / 05,2 / 33,7 / 17,0) - 56,2 mm

Out11: 19,5 (15,3 / 25,0 / 09,9 / 34,0 / 20,1) - 121,0 mm

Nov11: 21,5 (16,4 / 28,0 / 11,8 / 34,9 / 22,2) - 32,4 mm

Dez11: 22,5 (18,0 / 29,0 / 14,5 / 35,8 / 23,5) - 44,6 mm

Total: mais de 435mm de chuvas nos meses de inverno.

 

É possível notar o acompanhamento dos índices de precipitação entre as duas cidades.

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Não preciso lembrar a diferença entre clima e tempo, né?

 

Eu acho que é esse o grande conflito da discussão. O Caco faz uma comparação de tempo para definir um clima! Sem falar que ele não leva em consideração todos os fatores que devem estar inseridos na definição de um clima local.

 

A dinâmica atmosférica das duas cidades são parecidas, principalmente no verão. Mas nem por isso os climas são iguais!

 

E Caco, tenho a leve impressão (algum curitibano pode me ajudar nisso!?!) que Curitiba não sofre efeitos de ZCAS!

 

Davi CWB, a sorte de vocês aí em Curitiba é de não sofrerem tanto quanto os paulistanos com a Inversão Térmica no inverno.

 

Eu acho um horror a atmosfera estável, tão característica de São Paulo (estado) no inverno, muito modorrento mesmo. Falta dinâmica nisso. Mas o pior de tudo é o que essa estabilidade e essa seca resultam para a saúde dos paulistanos. Ainda bem que "Curita" não é assim. Bloqueios até acontecem, mas não com a força apresentada em Sampa e muito menos com as consequências de lá.

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Melo, prometo me debruçar nos seus bons dados e post com mais tempo, mas agora, tecerei o seguinte:

 

- Um ano de observação não pode nem deve ser levado em consideração para caracterização de um clima.

 

Para tanto, necessitamos de 30 anos de observações, por isso a tão falada normal.

 

Caco, ZCAS não caracteriza, isoladamente, o clima de alguma região. Ctba sofre sim, mas não sei precisar o percentual (aliás, isso não existe.)

 

Veja, esta gradação climática existe, obviamente. O Ronaldo sempre diz: Natureza não tem porta-voz. Não existe uma linha que decreta o fim de um clima e o começo do outro. OBVIAMENTE que existe transição, santo dio!!

 

Mas no caso de Ctba, ela está dentro do domínio subtropical e não na borda. Se tem influência disso ou daquilo, não importa, continua sendo clima subtropical. SP é bem transição, pois está na borda deste clima, no limite. Diferentemente de Campinas, que está fora.

 

Outra coisa, Caco, os critérios são OBJETIVOS. Seca se caracteriza por tais e tais situações ao longo de 30 anos. Revolucione, como nos ensina Popper. :rtfm: :mosking:

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Questões:

 

Quem sofre mais efeito de tropicalização? POA ou Curitiba? Isso as permite colocar no mesmo "pote climático"? = subtropical? Curiitba tem mais ASAS que POA e menos que Sampa.

 

Trópico: paralelo 23

Ctba: paralelo 25

POA: paralelo 30

 

Obvio que Ctba, que tem influência tropical por que está próxima do clima tropical, fisicamente, mas não tem clima tropical.

 

Fico imaginando se Ctba ficasse a 1500m de altitude. O papo do Caco seria outro... :sarcastic:

 

Caco, uma cidade nos Andes a 3500m, no paralelo 10, é tropical por estar dentro da faixa dos trópicos, mas seu clima será frio, classificação D ou E, de Koppen. Altitude é elemento de um clima, como fator estático e não dinâmico.

 

O problema de dar percentuais é extremamente complexo, pois está se matematizando algo natural. Uma tese dessas não vinga, por não haver como estabelecer critérios objetivos.

 

Diferente é a tese de especificação de climas, que é mais abrangente. Imagina o mapa do PR em percentuais, com linhas de 5%. Seria um terror.

 

O PR tem três climas: subtropical, tropical umido e tropical de altitude.

 

Se fizer o percentual, haveria uns 30 climas, pois teria que ver o percentual de cada cidade, de cada microrregião.

 

Olha a loucura, cara.

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altitude faz parte do clima sim! Mas embora CJ esteja a 1600 m, eh mais tropical altitude que Sampa. E mais seco no inverno, sofre mais de ZCAS no verao e sofre mais ASAS. Alias, se da melhor com ASAS para o frio do que em geral massas polares, de tanta secura.

 

to no meio do trabalho, escrevendo tudo errado porque o teclado daqui eh estranho. chegando em casa vou fazer uma analise dos posts comentados e escrevo novamente.

 

Mas como bem disse o Shima Melo, um ano nao eh base para fazermos conclusoes. Proponho pegar a semi normal que o aldo elaborou de 91-11. Reflete melhor a realidade. Entretanto faltaria POA. Bom, apenas para efeitos comparativos *ja que tanto Sampa quanto Curitiba aqueceram por causa da urbanizaçao nos ultimos anos podemos utilizar a normal 61-90, porque od dados das 3 cidades estao la. vou pegar tbem lages, bh e brasilia.

 

Esta bom o debate. Para mim, eh fato que existe uma zona de transicao entre tropicalç altitude e subtropical. Koppen nao fez isso por que o meu problema de estudo eh uma area muito pequena - de brasilia a poa-.

 

Obviamente Koppen nao foi muito aprofundado como eh o meu interesse.

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Não preciso lembrar a diferença entre clima e tempo, né?

 

Eu acho que é esse o grande conflito da discussão. O Caco faz uma comparação de tempo para definir um clima! Sem falar que ele não leva em consideração todos os fatores que devem estar inseridos na definição de um clima local.

 

A dinâmica atmosférica das duas cidades são parecidas, principalmente no verão. Mas nem por isso os climas são iguais!

 

E Caco, tenho a leve impressão (algum curitibano pode me ajudar nisso!?!) que Curitiba não sofre efeitos de ZCAS!

 

 

O shima morou em curita e diz que la rola zcas. e eh obvio que sp nao tem o mesmo clima que curita. possuem semelhanças, as quais acho que sao maiores do que com poa,

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Melo, prometo me debruçar nos seus bons dados e post com mais tempo, mas agora, tecerei o seguinte:

 

- Um ano de observação não pode nem deve ser levado em consideração para caracterização de um clima.

 

Para tanto, necessitamos de 30 anos de observações, por isso a tão falada normal.

 

Perfeitamente, Shima!

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altitude faz parte do clima sim! Para mim, eh fato que existe uma zona de transicao entre tropicalç altitude e subtropical. Koppen nao fez isso por que o meu problema de estudo eh uma area muito pequena - de brasilia a poa-.

 

Mas isso é consenso. Até aí morreu Neves... :rofl:

 

O shima morou em curita e diz que la rola zcas. e eh obvio que sp nao tem o mesmo clima que curita. possuem semelhanças, as quais acho que sao maiores do que com poa,

 

Rola por que tá perto. Mas isso não significa que é tropical.

 

PS: ainda moro de sexta a domingo e em Lages de segunda a quinta... :hi:

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Shima e Caco, isso tudo pode ser constatado no resumo do ano 2011, postado pelo Carlos Dias.

 

Vamos analisar primeiro o comportamento das chuvas de inverno, tomando como padrão os meses de Junho, Julho e Agosto:

 

29-Curitiba PR: 17,3(13,4 / 23,0 / -00,8 / 32,4) - Media Acum 1.637,8mm

 

Jan11: 21,8 (18,2 / 28,0 / 15,5 / 30,9 / 23,1) – 332,6 mm

Fev11: 21,5 (18,3 / 27,1 / 15,9 / 30,7 / 22,7) - 264,4 mm

Mar11: 18,9 (16,1 / 23,4 / 12,3 / 29,1 / 19,7) - 72,4 mm

Abr11: 18,6 (14,8 / 23,9 / 11,1 / 29,0 / 19,4) - 100,0 mm

Mai11: 14,9 (11,0 / 20,2 / 05,3 / 25,4 / 15,6) - 30,0 mm

Jun11: 12,9 (08,0 / 19,1 / -00,8 / 24,7 / 13,6) - 112,4 mm

Jul11: 14,2 (10,4 / 20,0 / 01,8 / 25,9 / 15,2) - 147,1 mm

Ago11: 14,6 (10,8 / 20,4 / 01,0 / 29,5 / 15,6) - 162,5 mm

Set11: 14,9 (10,5 / 21,0 / 05,2 / 31,8 / 15,8) - 59,4 mm

Out11: 17,4 (13,5 / 23,2 / 09,6 / 32,0 / 18,3) - 179,2 mm

Nov11: 17,7 (13,4 / 23,8 / 08,7 / 30,6 / 18,6) - 82,8 mm

Dez11: 19,8 (15,7 / 25,8 / 11,5 / 32,4 / 20,7) - 94,4 mm

Total: aproximadamente 369mm de chuvas nos meses de inverno.

 

 

30-Porto Alegre RS: 19,2 (15,2 / 24,6 / 01,9 / 36,2) - 1.303,2 mm

Jan11: 25,6 (22,1 / 31,5 / 20,3 / 36,2 / 26,8) – 131,6 mm

Fev11: 24,6 (21,1 / 29,5 / 17,8 / 36,1 / 25,3) - 120,8 mm

Mar11: 22,8 (18,9 / 28,2 / 14,1 / 33,3 / 23,6) - 83,4 mm

Abr11: 20,2 (16,1 / 25,7 / 11,1 / 30,7 / 20,8) - 174,4 mm

Mai11: 16,5 (12,8 / 21,4 / 09,3 / 27,7 / 17,1)- 49,4 mm

Jun11: 13,7 (10,2 / 18,2 / 04,2 / 25,9 / 14,2) - 110,4 mm]

Jul11: 13,0 (09,3 / 17,6 / 01,9 / 28,6 / 13,5) - 233,0 mm

Ago11: 14,4 (10,9 / 18,9 / 02,5 / 32,4 / 14,9) - 146,0 mm

Set11: 16,4 (11,3 / 22,6 / 05,2 / 33,7 / 17,0) - 56,2 mm

Out11: 19,5 (15,3 / 25,0 / 09,9 / 34,0 / 20,1) - 121,0 mm

Nov11: 21,5 (16,4 / 28,0 / 11,8 / 34,9 / 22,2) - 32,4 mm

Dez11: 22,5 (18,0 / 29,0 / 14,5 / 35,8 / 23,5) - 44,6 mm

Total: mais de 435mm de chuvas nos meses de inverno.

 

 

06-Tapiraí SP: 16,7 (12,8 / 22,4 / -01,0 / 39,0) - Media Acum 1.783,9 mm

 

Jan11: 20,4 (17,7 / 25,7 / 15,3 / 31,6 / 21,7) – 348,6 mm

Fev11: 21,2 (17,8 / 26,9 / 16,1 / 31,4 / 22,4) – 174,4 mm

Mar11: 17,4 (15,6 / 21,2 / 12,9 / 27,9 / 18,4) – 269,4 mm

Abr11: 17,3 (13,7 / 22,5 / 10,2 / 26,4 / 18,1) – 125,1 mm

Mai11: 14,0 (10,1 / 19,2 / 03,9 / 25,1 / 14,7) – 78,3 mm

Jun11: 11,6 (06,2 / 18,4 / 00,9 / 24,9 / 12,3) – 82,8 mm

Jul11: 13,1 (08,4 / 19,8 / 00,2 / 26,7 / 14,1) – 37,8 mm

Ago11: 14,1 (09,9 / 20,3 / -01,0 / 29,4 / 15,1) – 124,0 mm

Set11: 14,1 (09,6 / 20,3 / 03,5 / 29,8 / 15,0) – 34,5 mm

Out11: 17,0 (13,3 / 22,1 / 08,4 / 31,8 / 17,7) – 170,7 mm

Nov11: 17,6 (13,6 / 23,4 / 08,9 / 36,0 / 18,5) – 182,3 mm

Dez11: 22,8 (18,1 / 29,3 / 15,0 / 39,0 / 23,7) – 156,0 mm

Total: mais de 195mm de chuvas nos meses de inverno.

 

 

08-São Paulo SP: 19,9 (16,2 / 25,7 / 06,2 / 33,8) - Media Acum 1.656,2 mm

 

Jan11: 23,5 (20,2 / 29,5 / 18,0 / 33,7 / 24,8) – 487,0 mm

Fev11: 24,1 (20,2 / 30,5 / 16,9 / 33,1 / 25,3) - 350,8 mm

Mar11: 21,6 (18,8 / 25,6 / 16,2 / 31,6 / 22,2) - 87,8 mm

Abr11: 21,2 (17,9 / 26,7 / 13,6 / 31,9 / 22,3) - 127,0 mm

Mai11: 17,4 (14,2 / 22,6 / 09,8 / 27,0 / 18,4) - 26,2 mm

Jun11: 15,8 (11,7 / 21,7 / 06,2 / 26,7 / 16,7) - 76,8 mm

Jul11: 17,4 (13,2 / 23,2 / 08,0 / 28,9 / 18,2) - 04,6 mm

Ago11: 18,1 (13,8 / 24,2 / 06,3 / 32,1 / 19,0) - 51,6 mm

Set11: 18,1 (13,6 / 25,3 / 08,8 / 33,0 / 19,4) - 01,8 mm

Out11: 20,1 (16,4 / 25,9 / 12,0 / 33,8 / 21,2) - 141,2 mm

Nov11: 19,7 (15,8 / 25,9 / 11,1 / 32,0 / 20,8) - 133,6 mm

Dez11: 21,8 (18,1 / 27,5 / 14,6 / 33,5 / 22,8) - 167,8 mm

Total: mais de 56mm de chuvas nos meses de inverno (com precipitação inexpressiva/muito reduzida em Julho, notando também a inexpressiva precipitação em Setembro desse ano)

 

Pronto. Pelos conceitos usados na Climatologia e na Geografia (com dados das normais confirmando essa realidade) até Tapiraí - perto de Sorocaba - pode ser caracterizada como Subtropical.

 

Pelo critério das temperaturas de inverno, Sampa tende a apresentar os meses mais frios com temperatura ligeiramente abaixo de 18º C. A média de 15,8º registrada em Junho/2009 em Sampa foi "fora da curva". Essa característica e os verões amenos, além de outras cientificamente estabelecidas, compõem o clima tropical de altitude. Por outro lado, tanto Tapiraí como Curitiba e Porto Alegre apresentam uma estação fria bem mais definida.

 

Conclusão:

 

Por tudo demonstrado, podemos identificar semelhanças climáticas entre Curitiba e Tapiraí (subtropicais) tanto pela distribuição das chuvas como pelos dados de temperatura nos meses mais frios. Esses dois dados combinados (chuvas de inverno e médias térmicas baixas de inverno) são muito específicos na realidade tropical brasileira, caracterizando uma tipicidade que também é encontrada em Porto Alegre. São duas características que chamam muito a atenção. São essas as duas características básicas que definem o clima subtropical.

 

O fato de Porto Alegre, bem como toda a região de fronteira e o Sul do Rio Grande do Sul apresentarem "verões quentes" não descaracteriza os principais fatores que determinam o clima subtropical. Pelo contrário: a combinação de "verões quentes" e "invernos frios" aumenta ainda mais a amplitude térmica anual, confirmando a caracterização de clima subtropical em latitudes superiores. No contexto brasileiro, os verões quentes do oeste e do sul da Região Sul apenas configuram um subtipo de clima subtropical (CFa). Mesmo tendo "verões quentes", o clima CFa apresenta as duas características definidoras e básicas da subtropicalidade, sempre combinadas: chuvas no inverno, ausência de seca no inverno e médias térmicas baixas nos meses frios.

 

Então, a partir da conclusão, podemos fazer as seguintes análises:

 

- Na comparação com São Paulo, além de Curitiba não ter seca de inverno, apresenta médias térmicas tipicamente mais baixas.

 

- Chama também atenção a formidável precipitação de verão em São Paulo: mais de 900mm. Mais da metade da precipitação anual (1.656mm), concentrada em apenas 3 meses do ano (Janeiro, Fevereiro e Março). Característica que ressalta a tropicalidade do clima local.

 

- Contrastando com São Paulo, Curitiba, apesar de apresentar expressiva precipitação de verão (mais de 660 mm), esteve longe de totalizar nessa estação a metade de sua precipitação anual (1.637 mm).

 

- Existe alguma semelhança entre o verão de Curitiba (CFb) com o de Sampa (verões "brandos"), mas até o momento isso não foi reconhecido cientificamente como definidor de uma caracterização climática que inclua as duas cidades.

 

Dá para se perceber, comparando Curitiba com Taparaí, que os recordes de temperatura estão mais presentes em Tapiraí (39°C e -1°C, uma amplitude colossal!) que em Curitiba, as temperaturas sofriam uma amplitude menor em Curitiba.

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Shima e Caco, isso tudo pode ser constatado no resumo do ano 2011, postado pelo Carlos Dias.

 

Vamos analisar primeiro o comportamento das chuvas de inverno, tomando como padrão os meses de Junho, Julho e Agosto:

 

06-Tapiraí SP: 16,7 (12,8 / 22,4 / -01,0 / 39,0) - Media Acum 1.783,9 mm

 

Nov11: 17,6 (13,6 / 23,4 / 08,9 / 36,0 / 18,5) – 182,3 mm

Dez11: 22,8 (18,1 / 29,3 / 15,0 / 39,0 / 23,7) – 156,0 mm

Total: mais de 195mm de chuvas nos meses de inverno.

 

Dá para se perceber, comparando Curitiba com Taparaí, que os recordes de temperatura estão mais presentes em Tapiraí (39°C e -1°C, uma amplitude colossal!) que em Curitiba, as temperaturas sofriam uma amplitude menor em Curitiba.

Pessoal, não sei não, mas acho que tem coisa errada com essas máximas de nov e dez/11 de Tapiraí (36 e 39°C). Eu não tinha visto.

Acho que a estação do CIIAGRO deu uma "variada".

 

A cidade (Não sei a estação) de Tapiraí fica a 875 m de altitude, próxima à borda do planalto, na serra de Paranapiacaba (Não confundir com a localidade de Paranapiacaba, distrito de Santo André-SP, no alto da serra do Mar. Não tem nada a ver.).

Nestes mesmos meses (nov e dez/11), a estação convencional do INMET em Sorocaba, a 645 m de altitude, situada em zona urbana, mais longe do mar que Tapiraí, teve as seguintes máximas:

33,0°C em 26/11/2011

33,6°C em 23/12/2011.

 

Sorocaba é um daqueles casos em que a automática foi instalada em local completamente diferente da convencional.

A convencional fica na área urbana e a automática literalmente no meio do mato, fora da cidade.

 

Já estive em Tapiraí, cidade minúscula, certamente com mais horas de céu encoberto que Sorocaba, por estar próxima da borda do planalto, como eu disse antes.

Eu arrisco a dizer que lá não faz 39°C nunca. Em todo caso...

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Shima e Caco, isso tudo pode ser constatado no resumo do ano 2011, postado pelo Carlos Dias.

 

Vamos analisar primeiro o comportamento das chuvas de inverno, tomando como padrão os meses de Junho, Julho e Agosto:

 

06-Tapiraí SP: 16,7 (12,8 / 22,4 / -01,0 / 39,0) - Media Acum 1.783,9 mm

 

Nov11: 17,6 (13,6 / 23,4 / 08,9 / 36,0 / 18,5) – 182,3 mm

Dez11: 22,8 (18,1 / 29,3 / 15,0 / 39,0 / 23,7) – 156,0 mm

Total: mais de 195mm de chuvas nos meses de inverno.

 

Dá para se perceber, comparando Curitiba com Taparaí, que os recordes de temperatura estão mais presentes em Tapiraí (39°C e -1°C, uma amplitude colossal!) que em Curitiba, as temperaturas sofriam uma amplitude menor em Curitiba.

Pessoal, não sei não, mas acho que tem coisa errada com essas máximas de nov e dez/11 de Tapiraí (36 e 39°C). Eu não tinha visto.

Acho que a estação do CIIAGRO deu uma "variada".

 

A cidade (Não sei a estação) de Tapiraí fica a 875 m de altitude, próxima à borda do planalto, na serra de Paranapiacaba (Não confundir com a localidade de Paranapiacaba, distrito de Santo André-SP, no alto da serra do Mar. Não tem nada a ver.).

Nestes mesmos meses (nov e dez/11), a estação convencional do INMET em Sorocaba, a 645 m de altitude, situada em zona urbana, mais longe do mar que Tapiraí, teve as seguintes máximas:

33,0°C em 26/11/2011

33,6°C em 23/12/2011.

 

Sorocaba é um daqueles casos em que a automática foi instalada em local completamente diferente da convencional.

A convencional fica na área urbana e a automática literalmente no meio do mato, fora da cidade.

 

Já estive em Tapiraí, cidade minúscula, certamente com mais horas de céu encoberto que Sorocaba, por estar próxima da borda do planalto, como eu disse antes.

Eu arrisco a dizer que lá não faz 39°C nunca. Em todo caso...

 

Olha, eu num sei, disseram que em outubro 2012, aqui em Botucatu, chegou a fazer 36°C, ou seja, algo que seria a maior temperatura já registrada aqui (anteriormente 35,8°C).

 

Acho difícil, muito difícil ter feito mais de 34,5°C.

 

Acho que em 75, ano da geada negra, Botucatu tenha ficado abaixo de zero, porém, falam que a menor temperatura registrada foi em 94, de 0,2°C. Acho difícil isso ser verdade, Botucatu é a segunda zona urbana mais fria de SP (perde apenas pra Campos). E só para se ter noção, SP já registrou -2°C, então acho que Botucatu já deve ter registrado uns -3,5°C...

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O município (Não a cidade) de Tapiraí é relativamente grande e tem áreas de baixa altitude que dão para o vale do rio Juquiá, principal afluente do Ribeira.

A não ser que a estação do CIIAGRO fique numa dessas áreas rurais de baixa altitude. Aí talvez possa ter feito 39°C.

Mas, na cidade e nas áreas de planalto eu duvido.

 

Quanto a Botucatu e várias áreas do interior paulista, eu também acredito que tenha ocorrido temperaturas muito baixas em massas polares históricas do passado.

O problema é que em muitos locais não havia estações meteorológicas para registrar.

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O município (Não a cidade) de Tapiraí é relativamente grande e tem áreas de baixa altitude que dão para o vale do rio Juquiá, principal afluente do Ribeira.

A não ser que a estação do CIIAGRO fique numa dessas áreas rurais de baixa altitude. Aí talvez possa ter feito 39°C.

Mas, na cidade e nas áreas de planalto eu duvido.

 

Quanto a Botucatu e várias áreas do interior paulista, eu também acredito que tenha ocorrido temperaturas muito baixas em massas polares históricas do passado.

O problema é que em muitos locais não havia estações meteorológicas para registrar.

 

Botucatu: 22°50', 48° 26' e aprox. 830m. Com certeza já deve ter feito por volta de -3°C, -4°C... Pelo menos em 75.

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Alguns complementos ao que li:

- O relevo de Curitiba não significa muita coisa: Relevo antigo, aplainado. As Chapadas do Centro-Oeste, os topos das cuestas do estado de SP também...

- A ZCAS não indica muito... Muitas vezes partes do MS não sofrem o efeito e nem por isso deixam de ser tropicais

 

Talvez esteja ocorrendo uma confusão que ainda não foi esclarecida no debate: do tipo de clima (subtropical, tropical, polar, equatorial :laugh: ) com a dinâmica climática/ritmo das variações do tempo. Acho que discussão aqui gira mais em torno do ritmo das variações do tempo, que teria uma variação mais ou menos uniforme conforme a latitude e continentalidade/maritimidade.

Obviamente, esse ritmo ajuda a compor a classificação climática, porém não é o único atributo de classificação.

Vejam que a maioria das frentes que chega a Curitiba também chegam ao centro-sul do estado de SP, não é tão comum uma frente ficar bloqueada entre Curitiba e SP; a sucessão de eventos de grande escala (frentes, invasões de ar frio, ondas de calor, infiltração marítima) possuem boa similaridade, o que não quer dizer que possuem a mesma intensidade!

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Alguns complementos ao que li:

- O relevo de Curitiba não significa muita coisa: Relevo antigo, aplainado. As Chapadas do Centro-Oeste, os topos das cuestas do estado de SP também...

 

Marcelo, isso que você citou sobre o Centro-Oeste e suas chapadas é interessante. Aliás existem áreas de transição em São Paulo onde temos a distância de 2 Km a presença de Mata Atlântica e de Cerrado. E é curioso como o relevo e até a drenagem no Cerrado é totalmente diferente. Até os rios são "claros". Mas é importante lembrar: a existência do Cerrado e do seu relevo é muito mais resultado da composição do solo do que do clima. Principalmente no caso dos Cerrados de São Paulo, mas também envolvendo a região de Brasília. Sobre as Chapadas, aí eu fico devendo...

 

Sobre o 1º Planalto, ou Planalto de Curitiba, o que eu pude levantar na internet é que ele é resultado da "sucessão de climas úmidos e secos". Então realmente não dá para explicar o relevo de lá se baseado somente no clima atual. Então complica. Mas realmente é outra realidade. A noção dessa interação relevo/clima Cfb me foi dada por professor de Geomorfologia na UFPR, mas eu não localizo mais as referências disso. De todo modo, eu que frequentei e frequento a área, sempre me chamou a atenção a diferença entre Curitiba e Sampa nos aspectos naturais, principalmente nos quesitos relevo e clima. Tudo bem, umidade e MM tem de sobra nas duas...

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Melo, com certeza não discuto a diferença da paisagem, que existe. Porém, acredito que o clima não seja tão diferente a ponto de diferenciar tanto a geomorfologia entre as duas áreas.

Veja o exemplo de mares de morros no Planalto de Curitiba - pg. 15:

http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/neotectonica/aula6.pdf

 

"Os processos de intemperismo físico e químico não ocorrem isoladamente, mas simultaneamente. Dependendo das condições climáticas, podem predominar os processos de intemperismo físico ou os processos de intemperismo químico. Em climas secos (frios ou quentes) predomina o intemperismo físico; em climas úmidos predomina o intemperismo químico.

As reações químicas são aceleradas pela temperatura, portanto o intemperismo químico será maior nas regiões de climas úmidos e quentes do que nos climas úmidos e frios. Ele é máximo, evidentemente, nos trópicos.

Por estas razões, é que as espessuras máximas dos mantos de solos de decomposição de rochas (regolitos) são da ordem de 120 m entre Curitiba e São Paulo, enquanto no Rio Grande do Sul são da ordem de 40 m, apesar da precipitação pluviométrica ser aproximadamente a mesma. Na região amazônica, as jazidas de bauxitas ocorrem em solos residuais com espessuras de até 100m.

A profundidade do intemperismo físico é pequena, enquanto a do intemperismo químico é muito grande, atingindo a mais de uma centena de metros em climas quentes e úmidos"

http://www.lapes.ufrgs.br/discpl_grad/geologia2/material/IntemperismoSolosResiduais-doc.pdf

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Melo, prometo me debruçar nos seus bons dados e post com mais tempo, mas agora, tecerei o seguinte:

 

- Um ano de observação não pode nem deve ser levado em consideração para caracterização de um clima.

 

Para tanto, necessitamos de 30 anos de observações, por isso a tão falada normal.

 

Caco, ZCAS não caracteriza, isoladamente, o clima de alguma região. Ctba sofre sim, mas não sei precisar o percentual (aliás, isso não existe.)

 

Veja, esta gradação climática existe, obviamente. O Ronaldo sempre diz: Natureza não tem porta-voz. Não existe uma linha que decreta o fim de um clima e o começo do outro. OBVIAMENTE que existe transição, santo dio!!

 

Mas no caso de Ctba, ela está dentro do domínio subtropical e não na borda. Se tem influência disso ou daquilo, não importa, continua sendo clima subtropical. SP é bem transição, pois está na borda deste clima, no limite. Diferentemente de Campinas, que está fora.

 

Outra coisa, Caco, os critérios são OBJETIVOS. Seca se caracteriza por tais e tais situações ao longo de 30 anos. Revolucione, como nos ensina Popper. :rtfm: :mosking:

 

 

Quanto ao ZCAS, em Curitiba até pode ocorrer, mas é algo bastante raro. Lembro-me disso ter ocorrido em 1995, o verão

mais chuvoso de que me lembro, nos 31 anos em de minha vida em Curitiba. Mas geralmente não ocorre.

Por outro lado, incursões polares com mínimas sub 15 e máximas sub 20 ocorrem em praticamente todos os verões em Curitiba,

e estou me referindo aos meses de janeiro e fevereiro mesmo.

 

Mas a grande bandeira do Caco aqui no fórum é provar que o clima de Curitiba se parece mais com o de POA do que com o

de São Paulo. Porquê não sei, mas ao meu ver em vários aspectos Curitiba se parece mais com SP e em outros, com POA,

o que não faz com que Ctba deixe de ser subtropical, e SP tropical de altitude. Alguns geógrafos classificam a capital

paulista como subtropical, mas eu particularmente acho forçado...na realidade os meses de inverno na capital Paulista,

em que pesem os seus 800m de altitude, tem médias muito semelhantes às de Paranaguá, em pleno litoral

e só com dois graus de latitude a mais...isso por si já quer dizer muita coisa...

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..na realidade os meses de inverno na capital Paulista,

em que pesem os seus 800m de altitude, tem médias muito semelhantes às de Paranaguá, em pleno litoral

e só com dois graus de latitude a mais...isso por si já quer dizer muita coisa...

O problema do inverno em Sampa hoje é o aquecimento que houve na cidade. Em grande parte devido à urbanização (Mas, provavelmente, não só isso).

 

Vejam a evolução das médias compensadas de inverno na estação do INMET, no Mirante de Santana, em Sampa (Que, até agora, não mudou de local):

 

Normal 1931-1960

Mai - 15,9

Jun - 15,6

Jul - 14,6

Ago - 16,2

Set - 17,3

 

Normal 1961-1990

Mai - 17,6

Jun - 16,5

Jul - 15,8

Ago - 17,1

Set - 17,8

 

Mini-normal 1991-2011

Mai - 18,2

Jun -17,3

Jul - 17,1

Ago - 18,0

Set - 18,8

 

E aí?

Para qualquer discussão sobre clima, pega-se as médias da estação do Mirante, que fica numa praça, numa área totalmente urbanizada?

Ou pega-se uma estação da área rural da região metropolitana, como Juquitiba, por exemplo?

Acho que aí está mais um complicador...

Edited by Guest
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Você tem razão, pois mesmos na normal 1931/1990, os meses de junho e julho em Paranaguá

deveriam ter médias muito semelhantes às de 16,9º e 17,1º registradas em 1961/90.

Aí, a diferença com São Paulo era bem mais marcante, e ainda deve ser se comparadas a

locais como Parelheiros, por exemplo!

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Nossa, as médias da mini-normal estão ruins, heim? Para cá temos

16,3C em Junho e 16,1C em Julho. A normal 61-90 do Mirante era parecido

com aqui, já atualmente...

Pois é...

 

Não é à toa que pessoas com mais de 45 anos (Nas quais eu me incluo :laugh: ) costumam dizer que não faz mais frio em São Paulo.

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Nossa, as médias da mini-normal estão ruins, heim? Para cá temos

16,3C em Junho e 16,1C em Julho. A normal 61-90 do Mirante era parecido

com aqui, já atualmente...

Pois é...

 

Não é à toa que pessoas com mais de 45 anos (Nas quais eu me incluo :laugh: ) costumam dizer que não faz mais frio em São Paulo.

 

O mesmo dizem os curitibanos com mais de 35 anos (eu com 39)...já aqui na serra gaúcha a conversa é outra...frio faz, mas neve que é bom...

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Melo, prometo me debruçar nos seus bons dados e post com mais tempo, mas agora, tecerei o seguinte:

 

- Um ano de observação não pode nem deve ser levado em consideração para caracterização de um clima.

 

Para tanto, necessitamos de 30 anos de observações, por isso a tão falada normal.

 

Caco, ZCAS não caracteriza, isoladamente, o clima de alguma região. Ctba sofre sim, mas não sei precisar o percentual (aliás, isso não existe.)

 

Veja, esta gradação climática existe, obviamente. O Ronaldo sempre diz: Natureza não tem porta-voz. Não existe uma linha que decreta o fim de um clima e o começo do outro. OBVIAMENTE que existe transição, santo dio!!

 

Mas no caso de Ctba, ela está dentro do domínio subtropical e não na borda. Se tem influência disso ou daquilo, não importa, continua sendo clima subtropical. SP é bem transição, pois está na borda deste clima, no limite. Diferentemente de Campinas, que está fora.

 

Outra coisa, Caco, os critérios são OBJETIVOS. Seca se caracteriza por tais e tais situações ao longo de 30 anos. Revolucione, como nos ensina Popper. :rtfm: :mosking:

 

 

Quanto ao ZCAS, em Curitiba até pode ocorrer, mas é algo bastante raro. Lembro-me disso ter ocorrido em 1995, o verão

mais chuvoso de que me lembro, nos 31 anos em de minha vida em Curitiba. Mas geralmente não ocorre.

Por outro lado, incursões polares com mínimas sub 15 e máximas sub 20 ocorrem em praticamente todos os verões em Curitiba,

e estou me referindo aos meses de janeiro e fevereiro mesmo.

 

Mas a grande bandeira do Caco aqui no fórum é provar que o clima de Curitiba se parece mais com o de POA do que com o

de São Paulo. Porquê não sei, mas ao meu ver em vários aspectos Curitiba se parece mais com SP e em outros, com POA,

o que não faz com que Ctba deixe de ser subtropical, e SP tropical de altitude. Alguns geógrafos classificam a capital

paulista como subtropical, mas eu particularmente acho forçado...na realidade os meses de inverno na capital Paulista,

em que pesem os seus 800m de altitude, tem médias muito semelhantes às de Paranaguá, em pleno litoral

e só com dois graus de latitude a mais...isso por si já quer dizer muita coisa...

 

 

Vai ver que é porque eu moro em Cotia, há 25 Km da Pça da Sé, onde as minimas no inverno chegam até 3,8ºC abaixo do Inmet/SP, e 1,7ºC à 2,5ºC abaixo em média.

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Melo, com certeza não discuto a diferença da paisagem, que existe. Porém, acredito que o clima não seja tão diferente a ponto de diferenciar tanto a geomorfologia entre as duas áreas.

Veja o exemplo de mares de morros no Planalto de Curitiba - pg. 15:

http://www.geologia.ufpr.br/graduacao/neotectonica/aula6.pdf

 

"Os processos de intemperismo físico e químico não ocorrem isoladamente, mas simultaneamente. Dependendo das condições climáticas, podem predominar os processos de intemperismo físico ou os processos de intemperismo químico. Em climas secos (frios ou quentes) predomina o intemperismo físico; em climas úmidos predomina o intemperismo químico.

As reações químicas são aceleradas pela temperatura, portanto o intemperismo químico será maior nas regiões de climas úmidos e quentes do que nos climas úmidos e frios. Ele é máximo, evidentemente, nos trópicos.

Por estas razões, é que as espessuras máximas dos mantos de solos de decomposição de rochas (regolitos) são da ordem de 120 m entre Curitiba e São Paulo, enquanto no Rio Grande do Sul são da ordem de 40 m, apesar da precipitação pluviométrica ser aproximadamente a mesma. Na região amazônica, as jazidas de bauxitas ocorrem em solos residuais com espessuras de até 100m.

A profundidade do intemperismo físico é pequena, enquanto a do intemperismo químico é muito grande, atingindo a mais de uma centena de metros em climas quentes e úmidos"

http://www.lapes.ufrgs.br/discpl_grad/geologia2/material/IntemperismoSolosResiduais-doc.pdf

 

Olá Marcelo, mandou bem!

 

Mas a gente sabe que os "mares de morros" configuram um aspecto mais específico do 1º Planalto ou Planalto de Curitiba.

 

E a presença deles é mais determinada pela composição das rochas e aos processos epirogenéticos, como mostra o slide a respeito deles:

 

"Características ligadas à composição das rochas são importantes no contexto contexto morfológico, assim embrechitos, granitos e ganisses, pela sua sua resistência e por apresentarem esfoliação esferoidal desenvolvem formas do tipo "pão de açúcar", somado aos processos epirogenéticos."

 

Aliás esses processos epirogenéticos estão envolvidos também com a formação das serras entre Curitiba e o litoral, que chegam a superar os 2000 m.

 

É certo que a composição das rochas no Planalto Atlântico de Sampa também apresentam a "esfoliação esferoidal", mas a sucessão de climas por aqui com certeza foi marcada nos últimos milênios pela tropicalidade, o que com certeza contribuiu tanto para a conformação de "mares de morros" no Planalto Atlântico, no Vale do Paraíba, na Serra da Mantiqueira, etc.

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Melo, prometo me debruçar nos seus bons dados e post com mais tempo, mas agora, tecerei o seguinte:

 

- Um

Vai ver que é porque eu moro em Cotia, há 25 Km da Pça da Sé, onde as minimas no inverno chegam até 3,8ºC abaixo do Inmet/SP, e 1,7ºC à 2,5ºC abaixo em média.

 

 

Mas aí não dá para comparar com o centrão de Curitiba, tampouco com o Politécnico, que fica em uma área bastante urbanizada não é?

Você tem que comparar Cotia com Campo Largo, com a Lamenha Pequena...eu só acho estranha essa sua obsessão de cavar semelhanças entre Curitiba e São Paulo.

Digo isso, porquê você fala sobre isso praticamente em TODAS as mensagens que posta...

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Alguns complementos ao que li:

- O relevo de Curitiba não significa muita coisa: Relevo antigo, aplainado. As Chapadas do Centro-Oeste, os topos das cuestas do estado de SP também...

- A ZCAS não indica muito... Muitas vezes partes do MS não sofrem o efeito e nem por isso deixam de ser tropicais

 

Talvez esteja ocorrendo uma confusão que ainda não foi esclarecida no debate: do tipo de clima (subtropical, tropical, polar, equatorial :laugh: ) com a dinâmica climática/ritmo das variações do tempo. Acho que discussão aqui gira mais em torno do ritmo das variações do tempo, que teria uma variação mais ou menos uniforme conforme a latitude e continentalidade/maritimidade.

Obviamente, esse ritmo ajuda a compor a classificação climática, porém não é o único atributo de classificação.

Vejam que a maioria das frentes que chega a Curitiba também chegam ao centro-sul do estado de SP, não é tão comum uma frente ficar bloqueada entre Curitiba e SP; a sucessão de eventos de grande escala (frentes, invasões de ar frio, ondas de calor, infiltração marítima) possuem boa similaridade, o que não quer dizer que possuem a mesma intensidade!

 

Caco, gostaria muito que você se manifestasse sobre a magistral explanação do Marcelo.

 

Eu pensei isso esta noite, durante minha viagem de Lages a Ctba. Refleti sobre as pluviosidade que você tanto apregoa e crê seja fruto de ZCAS e tal.

 

Para início de conversa, qual a orígem das chuvas no verão em Ctba e em SP? Não é só de ZCAS ou FF.

 

Há outros aspectos como BAIXA do Chaco, influenciadora mais do PR que em SP. Isso "bagunça" toda sistemática da dinâmica frontal, digamos. Há o relevo, disposição do estrutura geológica, cujo PR é bem diferente de SP...

 

Que você acha?

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