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Brasil Abaixo de Zero

Monitoramento - Agosto de 2007


Luiz
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9,9°C, décimo dia seguido abaixo de 10°C

 

8)

 

Aqui em Porto Alegre tbém estamos no décimo dia seguido. Hj fez 6ºC. Aliás, dos 31 dias de julho, 23 tiveram mínimas inferiores à 10ºC no INMET aqui de Porto Alegre.

Aqui em casa foram 22 mínimas abaixo de 10° em julho! :shock: Apenas 9 com 10° ou mais.

 

A propósito, a última vez que marquei acima de 10° foi dia 23 (13,5°), depois 18 e depois 14/7.

 

Um restrospecto assim ocorreu só em 2000, quando tive 7 mínimas de 10° ou mais. Em 1996 fora 9 mínimas do gênero (nessa mês peguei muitos dados do INMET porque estava de viagem na tórrida Flórida).

 

Hoje repeti a dose: mínima de 8,8°. Só que agora a temperatura dispara!! Tenho 18,3° com elevados 60%. A próxima mínima deve ficar em torno dos 11°.

 

Abraços!!

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santos ontem, 31/07, inmet: 8,9 / 16,9

 

:shock: :shock:

Uau! :shock: A mínima foi apenas 1,0° acima da de Rio Grande!

 

POA variou de 7,2° a 18,7° (máxima do RS). À tarde estava mais frio em Santos do que aqui.

 

A propósito, foi a menor temperatura em Santos desde 1994?

 

Abraços polares!

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Segundo a carta sinótica da marinha, há outro anticiclone polar na costa do Chile de potencial imenso: 1042 hPa. O que será que vem por aí ? Como está a situação em altitude ?

 

Bloqueio. O ar polar escoará todo para o oceano sem fazer estrago algum por aqui. O que virá é muita chuva para o Rio Grande do Sul.

 

Interessante notar o elevado potencial dos últimos anticiclones polares que adentraram a América do Sul. Na semana passada batemos 1.036 hPa no Sul do país. Um monstro de 1.042 hPa se avizinha. Contudo, nenhuma nevasca aparece no curto e médio prazo dos modelos.

 

Parece que existe de fato alguma alteração na formação dos ciclones e, conseqüentemente, na dinâmica que provocava a neve no Sul. No encontro do site, o que mais se destacou foi uma mancha de águas aquecidas próximas à costa da América do Sul na latitude do Rio Grande do Sul ao Uruguai.

 

Saudações,

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Hoje à tarde o comentário geral era de calorão em Porto Alegre. Estava muito quente na cidade! A temperatura enfim chegou aos 20 graus. Fazia tempo...

 

Engraçado o costume com as temperaturas baixas... assim como os primeiros frios do inverno!

Hoje fritei com os 23,2° aqui em casa depois de uma boa mínima de 8,8°. 8) Ou seja: boa amplitude térmica de 14,4°.

 

Agora já tenho 13,0° com 81% e tempo ainda bom. A pressão subiu: está em 1018,9 mb.

 

Abraços!

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Hoje à tarde o comentário geral era de calorão em Porto Alegre. Estava muito quente na cidade! A temperatura enfim chegou aos 20 graus. Fazia tempo...

 

Engraçado o costume com as temperaturas baixas... assim como os primeiros frios do inverno!

Hoje fritei com os 23,2° aqui em casa depois de uma boa mínima de 8,8°. 8) Ou seja: boa amplitude térmica de 14,4°.

 

Agora já tenho 13,0° com 81% e tempo ainda bom. A pressão subiu: está em 1018,9 mb.

 

Abraços!

 

Exato. Ontem os 23,2ºC pareceram 37ºC em janeiro!! Foi bom! Fazia mais de 35 dias que não via uma temperatura assim.

 

No verão ocorre o contrário. Quando saímos dos escaldantes 37ºC para o primeiro frescor de 18ºC sai todo mundo estérico tremendo de frio. Daí reside o nojo do Vicente Limberger em relação à percepção das pessoas em relação ao frio aqui em POA. Aliás, onde anda Vicente Limberger? Será que está debaixo das cobertas? :lol:

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Gostaria de questionar se os bloqueios dos últimos anos são parte de uma simples oscilação ou de uma tendência climática ? Caso a segunda hipótese seja a mais próxima da realidade, que tipo de oscilação pode ocorrer nesta tendência ? Me parece que há uma tendência ao aquecimento a partir dos anos 90 em diversas áreas do planeta, como o Polo Norte e regiões de montanha, pois em todas estas áreas as geleiras estão em retrocesso. Aqui no Sul, certamente, há pelo menos uma oscilação que mostra uma redução na quantidade de neve precipitada, mas não nos dias de neve, que provvelmente está associado a uma melhor medição do fenômeno.

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Este setor mais aquecido do oceano não poderia estar gerando calor na atmosfera, ou seja, mais energia, e desta forma acelerando a corrente do jato sobre o nosso continente e assim gerando bloqueios mais persistentes ? Por outro lado, o que tem gerado esta água oceânica mais aquecida ? Terá sido ela também responsável pelo Catarina ? O Catarina não deslizou sobre ela ?

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Então, ontem a noite ao observar as imagens de sat cheguei a pensar em neve na Argentina, busquei nas notícias nos sites da Ar e nada, agora fiquei sabendo que neva lá... Alguém sabe...

 

ALERTA METEOROLOGICO 4 (00:00 HOA)

 

 

 

Zona de cobertura: ZONA CORDILLERANA DE LA RIOJA. ZONA CORDILLERANA DE MENDOZA. ZONA CORDILLERANA DE SAN JUAN.

 

 

 

 

Fenómeno: NEVADAS Y VIENTOS INTENSOS

 

 

 

Situación:

DEBIDO AL INGRESO DE AIRE FRIO EN NIVELES MEDIOS DE LA ATMOSFERA DESDE EL OCEANO PACIFICO, CONTINUAN PRODUCIENDOSE VIENTOS INTENSOS DEL SECTOR OESTE (VIENTO BLANCO) Y NEVADAS EN EL AREA DE COBERTURA.

 

SE PREVE QUE LOS VIENTOS PUEDAN ALCANZAR VALORES DE HASTA 150 KM/H CON RAFAGAS SUPERIORES, ACOMPAÑADO DE NEVADAS, ALGUNAS LOCALMENTE INTENSAS.

 

ESTAS CONDICIONES COMENZARAN A MEJORAR HACIA LA NOCHE DEL DIA DE HOY JUEVES 2.

 

13h17min, acabei de ver na METSUL, como sempre, estão em primeiro lugar na informação, parabéns!

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Parece que existe de fato alguma alteração na formação dos ciclones e, conseqüentemente, na dinâmica que provocava a neve no Sul. No encontro do site, o que mais se destacou foi uma mancha de águas aquecidas próximas à costa da América do Sul na latitude do Rio Grande do Sul ao Uruguai.

 

Saudações,

 

Para mim, isso, POSSIVELMENTE, já é uma conseqüência do aquecimento global!

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Gostaria de questionar se os bloqueios dos últimos anos são parte de uma simples oscilação ou de uma tendência climática ? Caso a segunda hipótese seja a mais próxima da realidade, que tipo de oscilação pode ocorrer nesta tendência ? Me parece que há uma tendência ao aquecimento a partir dos anos 90 em diversas áreas do planeta, como o Polo Norte e regiões de montanha, pois em todas estas áreas as geleiras estão em retrocesso. Aqui no Sul, certamente, há pelo menos uma oscilação que mostra uma redução na quantidade de neve precipitada, mas não nos dias de neve, que provvelmente está associado a uma melhor medição do fenômeno.

 

Muito procedentes estas observações!

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Hoje o dia foi surpreendentemente frio... pelo menos para mim que estava mal informado e esperava que a temperatura fosse subir um pouco à tarde.

 

Que nada: fazia 11,3° às 7:45 e ainda caiu para 10,4° no meio da manhã com chuva (mínima do dia).

 

Agora tenho 13,0°, e essa é a máxima do dia. Pensei que não fosse passar dos 12,8° que era a máxima anterior. :? Já acumulei 17,6 mm de chuva e a pressão subiu, agora em 1022,6 mb.

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Hoje o dia foi surpreendentemente frio... pelo menos para mim que estava mal informado e esperava que a temperatura fosse subir um pouco à tarde.

 

Que nada: fazia 11,3° às 7:45 e ainda caiu para 10,4° no meio da manhã com chuva (mínima do dia).

 

Agora tenho 13,0°, e essa é a máxima do dia. Pensei que não fosse passar dos 12,8° que era a máxima anterior. :? Já acumulei 17,6 mm de chuva e a pressão subiu, agora em 1022,6 mb.

 

E a automática nada....

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Gostaria de questionar se os bloqueios dos últimos anos são parte de uma simples oscilação ou de uma tendência climática ? Caso a segunda hipótese seja a mais próxima da realidade, que tipo de oscilação pode ocorrer nesta tendência ? Me parece que há uma tendência ao aquecimento a partir dos anos 90 em diversas áreas do planeta, como o Polo Norte e regiões de montanha, pois em todas estas áreas as geleiras estão em retrocesso. Aqui no Sul, certamente, há pelo menos uma oscilação que mostra uma redução na quantidade de neve precipitada, mas não nos dias de neve, que provvelmente está associado a uma melhor medição do fenômeno.

 

Este setor mais aquecido do oceano não poderia estar gerando calor na atmosfera, ou seja, mais energia, e desta forma acelerando a corrente do jato sobre o nosso continente e assim gerando bloqueios mais persistentes ? Por outro lado, o que tem gerado esta água oceânica mais aquecida ? Terá sido ela também responsável pelo Catarina ? O Catarina não deslizou sobre ela ?

 

Grande Prof. Rodolfo!

 

Acho que estas duas afirmações suas são perfeitas!

 

Primeiro, a simultaneidade da alteração do padrão da nossa neve (possivelmente em virtude do aquecimento das águas em frente ao Prata) e do aquecimento no polo norte e outras áreas que vem perdendo geleiras. Acredito que a questão sobre o fato de esse aquecimento ser uma tendência ou apenas uma oscilação é algo a ser discutido. Não sei, mas acho que este poderia e deveria ser um dos temas masi estudados e discutidos no BAZ. Mas parece que o pessoal prefere continuar tapando o sol com a peneira e achando que a grande nevasca é iminente...

Outro dia estava pensando sobre isso... Tem gente aqui no BAZ que diz que a neve com acumulação nunca foi normal no Brasil... Pobres garotos, não professor? Isso pode até ser verdade em lugares como Caxias do Sul e até Gramado e Canela, mas não no Planalto da Neve. Vamos ver a acumulação rara então! Vamos pegar só aquelas maiores de 20cm, que são lindas de se ver, ficam sempre mais de um dia no chão e não acontecem desde o evento de julho de 1998 no Morro da Igreja e adjacências. Vamos lá, só na normal 1971-2000, valendo a Região do planalto da neve: 1975 (1 ocasião), 1976 (1 ocasião), 1978 (1 ocasião), 1979 (1 ocasião), 1980 (2 ocasiões), 1981 (1 ocasião), 1984 (1 ocasião), 1985 (1 ocasião), 1988 (1 ocasião), 1990 (2 ocasiões), 1994 (1 ocasião), 1996 (1 ocasião) e 1998 (1 ocasião), UFA! 15 ocorrências em 30 anos. Não precisa ser muito bom e matemática: a cada 2 anos, uma nevada grande com mais de 20 cm de acumulação. Hoje estamos a 9 anos sem uma, he he he he.

Se pegarmos todos os eventos com mais de 5 cm na Região, que não ocorre desde setembro de 2002, portanto 5 anos (ano passado falaram em 15 cm nos Morros da Igreja e das Antenas em setembro, mas eu DUVIDO, pois não vi nenhuma foto), na mesma normal, o que teríamos na média? Neve com acumulação maior de 5 cm TODOS OS ANOS! É lógico que não acumulava em alguns anos. Mas em outros acumulava duas, três e até quatro vezes (nem precisa ir muito longe: abril e maio de 1999 tiveram três episódios com boa acumulação)! Houve caso de anos com mais de 4 eventos com acumulação (1990) nos registros.

 

Em segundo lugar a possível influência dessas aguas mais quentes sobre os bloqueios! Realmente, acredito que possa haver sim, uma relação entre os fatos. Do mesmo jeito, esta seria uma explicação parar o frio inverno deste ano no RS, Uruguai e Argentina: ar frio represado!

 

Acho que este assunto mereceria um tópico especial dele. Mas o pessoal aqui insiste em deixà-lo aprecendo em meio a outros tópicos. Afinal, ninguém aqui liga para neve, não?

Edited by Guest
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Grande Prof. Rodolfo!

 

Mas parece que o pessoal prefere continuar tapando o sol com a peneira e achando que a grande nevasca é iminente...

Outro dia estava pensando sobre isso... Tem gente aqui no BAZ que diz que a neve com acumulação nunca foi normal no Brasil... Pobres garotos, não professor?

 

PERFEITO! Você tocou no ponto nevrálgico da questão. "Tapar o sol com a peneira é a expressão adequada para o que tenho presenciado muitas vezes". E, ainda que venhamos a ter uma nevada com grande acumulação ainda este ano (o que até agora, parece pouco provável), 9 anos em jejum não é nada normal!

Basta ver no livro do professor Nilton Wollf, fotos incrévies de nevadas em 1936, 1942, 1957, 1965, 1975, 1978, 1984, 1988, 1990, etc, que mostram, que mesmo em cidades como Caxias, Canela e outras semelhantes, a queda de neve com pesada acumulação, lembrando o cenário de 1965 (que se destacou pela abrangência também) era algo que ocorria todas as décadas nestas cidades de média altitude na serra gaúcha. Nos campos de cima da serra, e em São Joaquim e municípios vizinhos, então, nem se fala.

É só comparar com os últimos anos para ver que há algo errado com a precipitação nival no sul do Brasil!

Isso tudo acontecendo simultaneamente aos super bloqueios no Paraná e ao derretimento das geleiras ao redor do mundo!

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Zé e Michel. Eu não tapo o sol com a peneira!! Eu apenas tenho uma opinião diferente de vcs! Não acredito que seja uma tendência, muito menos que este inverno seja uma oscilação dentro de uma tendência.

 

A neve no Brasil possui correlação direta com a qualidade e posicionamento dos nossos ciclones. A fonte de frio, ao meu ver, não foi alterada. Basta ver o poder do inverno ocorrido aqui no RS, Uruguay e Argentina. Tivemos médias de 1996 e 2000, apesar de não termos tido nenhum episódio de neve como naqueles anos. Por quê? Por causa do posicionamento e da qualidade dos famigerados ciclones. Essa varável sim me preocupa. Não sei se é uma tendência, uma oscilação ou uma oscilação dentro de uma tendência, mas meu medó é que eles tendam a se posicionar em locais diferentes doravante. Frio não falta, o que falta é arrumar a engrenagem.

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Zé e Michel. Eu não tapo o sol com a peneira!! Eu apenas tenho uma opinião diferente de vcs! Não acredito que seja uma tendência, muito menos que este inverno seja uma oscilação dentro de uma tendência.

 

A neve no Brasil possui correlação direta com a qualidade e posicionamento dos nossos ciclones. A fonte de frio, ao meu ver, não foi alterada. Basta ver o poder do inverno ocorrido aqui no RS, Uruguay e Argentina. Tivemos médias de 1996 e 2000, apesar de não termos tido nenhum episódio de neve como naqueles anos. Por quê? Por causa do posicionamento e da qualidade dos famigerados ciclones. Essa varável sim me preocupa. Não sei se é uma tendência, uma oscilação ou uma oscilação dentro de uma tendência, mas meu medó é que eles tendam a se posicionar em locais diferentes doravante. Frio não falta, o que falta é arrumar a engrenagem.

 

Frio não falta para vocês! Para nós no PR, justamente por causa do posicionamento do ciclone, com o qual concordas, falta frio, assim como falta neve no RS/SC. Basta comparar a normal de temps de inverno de 1971-2000 com os valores pós-2000 em qualquer cidade acima do paralelo 26.

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Não tanto na cidade de Soledade, mas na Raia da pedra e Itapuca, era comum neve com acumulação nos anos 70,80 e 90, diminuiu um pouco esta condição de "normalidade".Que o tempo está diferente não tenho dúvidas, desde a circulação dos ventos, seqüência de máximas altas acima da média no verão.Onde está o nosso famoso minuano, seco e frio que soprava 3 dias seguidos de sudoeste?Não estaria aí uma das explicações da mudança no Atlântico, tanto na formação, quanto na localização das baixas sobre o mesmo?

Existe um porém: e se de repente a própria temp mais elevada do Atlântico, conjugada com uma alta polar fora dos padrões, não poderia provocar uma nevasca de proporções jamais vista nas serras do sul do BR, nos próximos anos?

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Ciclone extra-tropical e águas quentes sul-atlânticas.

 

Esse é o ponto-chave.

 

Analisem a tendência dos aquecimentos, a temperatura das águas para os próximos meses e aí sim, voltaremos a ter neve no inverno.

 

Pode levar um, dois, oito ou dez anos para a situação mudar... só não me venham colocar a culpa no aquecimento global. É uma versão brazuca do El Niño e La Niña nas costas chilenas e peruanas.

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Se a gente ainda estivesse com o padrão invernal de 1995-2000 já estaria maravilhoso, em relação ao padrão atual. O impressionante é que eu achava que 2002 era uma excessão. Acabou quase virando o padrão, já que já tivemos três anos do tipo, em seis. Parece até que invernos como o de 2003 são os razoáveis face o quadro atual. Para Curitiba, evidentemente.

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Outro aspecto interessante no BAZ é ser sistêmico só quando é conveniente. Quando o aquecimento global justifica-se por eventos particulares, afirma-se que "o clima é um sistema caótico" etc., buscando dizer "não é possível fazer conjeturas a nível global", já que os eventos estão todos inter-relacionados, e portanto, "o aquecimento é uma farsa". Mas quando o próprio aquecimento global justifica-se sistemicamente, daí conjura-se eventos particulares e implica-se "esses eventos são particulares! Não são globais!".

 

Eu não li quase nada de aquecimento global. Também acho que nenhum bazista leu um livro técnico sobre o assunto, e analisou os argumentos dos cientistas ali expostos; na verdade, a discussão restringe-se à camada ideológica e geralmente política (ou até mesmo religiosa) do problema. Porém, sei que o argumento dominante (já que há várias versões de aquecimento global) é precisamente o sistêmico, e não poderia ser diferente: é um conjunto de fatores inter-relacionados cujo denominador comum são temperaturas acima da média, entre outros eventos que se consideram anômalos. Evidente que poderemos encontrar, então, vários eventos particulares, como talvez o caso sulino. Todos os eventos climáticos estão associados, seria o moto.

 

Há infinitas razões de se recusar o aquecimento (global), mas o interessante é que o argumento oposto ou "anti-aquecimentista", pelo menos no BAZ, oscila entre a recusa da existência do aquecimento global (o que tacitamente implica que 90% da comunidade científica mente ao dizer que a Terra aqueceu 0,XºC nos últimos anos; e prov. pois são enviados do diabo parte da conspiração gramsci-marxiana para destruir a civilização judaico-cristã) e a recusa do fator humano neste aquecimento global, assumindo-o tacitamente (pois se se diz: "não foi o homem!" quer dizer que já se assumiu que há algum aquecimento, porém de causas "naturais"). Reparei, por fim, que a primeira recusa possui maior diversidade de razões e motivações, desde religiosas, climatológicas e até valores culturais imputados no clima (especialmente sensível no caso gaúcho, em que se confunde o clima com a "qualidade" de ser gaúcho, como um aspecto distintivo em meio ao país tropical); já o segundo caso, recusar o fator humano, tende a ter motivações políticas pois enxergam no aquecimento global uma ameaça ao sistema capitalista de produção (o que é uma falácia, já que o aquecimento global atacaria todo sistema moderno de produção, industrial, seja ele comunista ou capitalista; daí a ideologia dos ecologistas ser uma espécie contemporânea da cultura hippie que defende uma "volta às origens", isto é, anti-industrialização).

 

Particularmente, acredito que "algo mudou" no Sul, mas não afirmo nada além disso. Mas acho bem possível - e sei que é teoricamente possível - que estas alterações estejam relacionadas com alterações nas outras partes do globo. Quanto às razões, daí sim passo longe; apesar de, também, considerar a influência humana possível, e até mesmo provável, dado o histórico de influências e as muitas provas científicas das possibilidades de influência humana (como através do uso de energia nuclear, o colapso ecológico etc.).

 

abraços

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Olhando meus dados da Tese do Rodolfo, de mensagens do Ronaldo e de fotos e reportagens da internet da década de 1990 em casa, pude constatar que troquei alguns eventos com acumulação maior de 20 cm na normal 1971-1990 na região de SJ, pois estava no trabalho, sem meus dados nivais, he he he:

- 1976 teve uma episódio de mais de 20 cm e eu não citei;

- 1990 teve um outro episódio além do que eu citei e;

- ainda houveram dois episódios de neve com acumulação maior de 20 cm em 1980 que eu não citei;

- por outro lado, citei 1972 que não chegou a passar de 20 cm, e o episódio de maio de 1979, que também ficou SÓ com 15 cm. Noves fora, esqueci 4 episódios e superdimensionei 2.

 

Estou editando minha mensagem original para que fique claro: foram 15 eventos com acumulação maior do que 20 cm em 30 anos! Portanto, o intervalo de tempo entre grandes nevadas na região de SJ na normal 1971-1990 era de 2 anos!!

 

É importante ressaltar que um episódio não significa um dia e sim uma sequencia de dias ininterruptos. Abaixo, posto os dados da tese do Professor Rodolfo!

As da década de 1990 peguei do Ronaldo e de fotos de jornal minhas e reportagens da internet. Mas todos sabem que em 1994, 1996 e 1998 houve episódios de 20 cm de acumulação na região!

 

Anos

Intensidade

Área atingida Potencial isobárico (hPa) Duração do episódio (dias)

Data

1971 ---- ---- ---- ---- ----

1972 moderada restrita 1026 2 30 e 31/ago

1972 moderada restrita 1024 1 09/jul

1973 ---- ---- ---- ---- ----

1974 fraca restrita 1034 1 18/ago

1974 fraca restrita 1030 1 02/set

1975 forte ampla 1042 3 17,18,19/jul

1976 forte restrita 1034 1 09/jul

1976 fraca restrita ---- 1 14/ago

1977 moderada restrita 1032 2 16,17/ago

1977 moderada restrita 1030 1 25/jun

1978 fraca restrita 1026 1 31/maio

1978 forte ampla 1042 4 12,13,14,15/ago

1978 fraca restrita 1028 1 30/ago

1979 moderada ampla 1026 2 30,31/maio

1979 forte ampla 1026 2 20,21/jul

1980 forte ampla 1030 1 26/jun

1980 forte ampla 1030 1 16/set

1980 fraca restrita 1028 1 22/set

1981 fraca restrita 1030 1 17/jun

1981 forte ampla 1038 3 18,19,20/jul

1981 fraca restrita 1028 1 15/set

1981 fraca restrita 1032 1 30/set

1982 fraca restrita 1022 1 29/jun

1983 fraca restrita 1020 1 04/jun

1983 fraca restrita 1026 1 15/jun

1983 fraca restrita 1034 1 01/ago

1983 fraca restrita ---- 1 08/set

1984 fraca restrita 1024 1 27/jun

1984 fraca ampla 1032 2 21,22/jul

1984 forte ampla 1032 2 24,25/ago

1985 forte ampla 1038 5 06 a 10/jul

1985 moderada restrita 1026 1 06/jul

1985 fraca ampla 1036 1 10/jul

1986 ---- ---- ---- ---- ----

1987 fraca restrita 1036 1 25/maio

1987 fraca restrita 1028 1 07/ago

1987 fraca restrita 1014 1 14/ago

1987 moderada restrita 1036 1 19/ago

1988 moderada restrita 1032 2 31/maio;01/jun

1988 forte ampla 1032 2 04,05/jun

1988 fraca restrita 1038 1 10/jul

1988 moderada ampla 1040 / 1036 2 12,13/jul

1988 moderada ampla 1030 1 24/jul

1989 moderada ampla 1038 2 05,06/jul

1990 moderada restrita 1028 1 18/maio

1990 fraca restrita 1032 1 22/maio

1990 moderada restrita 1032 1 21/jun

1990 forte ampla 1036 4 20 a 24/jul

1990 forte restrita 1036 2 27,29,30,31/jul

1990 moderada restrita 1034 1 28/ago

1990 moderada restrita 1036 2 14,15/set

Fonte: Rodolfo Souza

 

Forte = camada de acúmulo maior que 20 cm

Moderada = camada de acumulação maior que 2,5 cm.

Fraca = camada de acumulação menor que 2,5 cm ou inexistente.

 

Restrita = neve restrita ao Planalto da Neve (Registro exclusivo nas estações de São Joaquim-SC, São José dos Ausentes-RS e Bom Jesus-RS).

Ampla = neve em municípios fora do Planalto da Neve.

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A questão específica do aquecimento das águas não deve dar-se pelo aquecimento global. Visto que temos El Niño e La Niña desde sempre e o aquecimento ou resfriamento das águas do Oceano não deve ser coisa particular ao Pacífico, senão para todos os oceanos do planeta. O que ocorre é que neste momento tem uma faixa de calor pela bacia do Prata meio injustificável. Não sei como explicar. Isso vai junto ao aquecimento da água do mar nas praias gaúchas também.

 

Agora, sobre o tal orgulho gaúcho que o Zeo se refere, não sei explicar.. gaúcho sente orgulho de tudo mesmo... até do frio, obviamente!

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