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Brasil Abaixo de Zero

Previsão - Março de 2007


Delcio
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Já no sábado pela manhã, teremos chuva fraca e, no domingo, uns 15° em POA. 8)

 

Nos últimos dias do mês (28 em diante), entre uma nova frente, essa trazendo um bom frio e muita chuva!!

 

Ao menos é o que colocam os modelos do CPTEC.

 

É, mas pelas últimas rodadas do GFS, o máximo que vem é um refresco para POA!

 

Deslocamento totalmente zonal em 40-35S das MP´s nos próximos 14 dias, a essa altura já bem fortes. Gradientes "básicos" de 20oC entre Bahia Blanca e Buenos Aires, he he he!

 

Isso para o sul do Brasil como um todo. Para Curita, só um refresco no dia 02/03 de abril, para depois voltar o inferno. Espero que o GFS esteja errado, pois caso contrário começo a vislumbrar o terror dos outonos atrasados de 2002 e 2005 de novo!!

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quando chove em ctba deste fim de semana? sábado, domingo ou segunda?

 

 

heeeeeelp

 

Deste sorte. Como estou sem os meus óculos, foi a única mensagem que consegui ler. Assim consigo responder. O Paraná deve continuar com predomínio de tempo mais seco e quente ao qye tudo indica. Chuva apenas isolada. Aliás, o frio que parecia pintar para o RS no final de março já ontem à noite se escafedia no modelo europeu.

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quando chove em ctba deste fim de semana? sábado, domingo ou segunda?

 

 

heeeeeelp

 

Deste sorte. Como estou sem os meus óculos, foi a única mensagem que consegui ler. Assim consigo responder. O Paraná deve continuar com predomínio de tempo mais seco e quente ao qye tudo indica. Chuva apenas isolada. Aliás, o frio que parecia pintar para o RS no final de março já ontem à noite se escafedia no modelo europeu.

 

é o desespero pra uma viajem bem esperada. :D

 

mas prometo que da próxima aumento a fonte... 8)

 

tem institutos prevendo chuvas fracas a tarde no domingo e na segunda, inclusive pro litoral. será? :x:x:x

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Na página da Climaterra http://www.climaterra.com.br há um aviso de forte calor para esta semana. Segundo a empresa "HÁ POSSIBILIDADE DE CHEGAR PERTO OU PASSAR DO RECORDE DO MÊS EM ALGUNS PONTOS DO ESTADO". Isso nos dá a idéia da magnitude da massa de ar quente e tropical que nos atinge e, pelo que eu andei consultando, não antes do final de semana teremos alívio deste inferno que temos passado ultimamente. Portanto, preparem as suas contas de luz!

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Algumas considerações acerca do clima a longo prazo:

 

Não há em um curto prazo de tempo cenário que indique uma mudança de padrão atmosférico no centro-sul do Brasil. Há que se preparar para o pior, pois o cenário futuro não oferece nada animador, com possibilidade de observarmos longos períodos de calor e anomalias ainda maiores no decorrer do outono.

 

Por tudo que tenho acompanhado acredito que não podemos descatar um um outono entre quente e tórrido, com o início do inverno climático sendo bastante retardado. O cenário que por hora mostra-se aterrador, com um mês de março impressionantemente quente tende a permanecer por mais algum tempo.

 

A intesificação do La Nina deve se dar de maneira lenta e até tardia, onde os seus efeitos mais pronunciados podem começar a aparecer somente no mês de julho. Mesmo que junho não seja um fracasso total é o mês de julho que pode apresentar o grande divisor de águas deste inferno que estamos vivendo. Aí sim poderemos finalmente comemorar a entrada de significativas ondas polares continentais, não se descartando um mês que destoe consideravelmente de sua normal climatológica, óbviamente com possibilidade de valores abaixo das normais em todo o centro-sul. Julho e agosto disputariam assim o título de "melhor do ano".

 

Amadorísticamente é isso que tenho a apresentar. É esperar para ver.

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Sinceramente...

 

Depois de 05 anos de acompanhamento ferrenho e contínuo através do BAZ, nesta época do ano (início do outono), com milhares de prognósticos feitos por muitos e até mim mesmo..., na minha opinião, pode dar tudo...

 

Não respeito mais nada: La Ninã, El Ninõ, ENSO, SOI, etc... Desencanei total!!! Deixo com a mãe natureza...

 

Ano passado, foi tipo "Após vários anos frustados, com este outono prematuro...hummm, AGORA VAI!!! Este outono/inverno 2006 vai ser SHOW!!!"

 

Grande decepção, assim como 2001,2002,2003,2004,2005...

 

Aliás, que eu me lembre, invernos bons, os últimos, só mesmo 2000,1999,1996 e 1994...

 

Ainda bem que Março está quente! Assim não nos enchemos de expectativa...

 

Deixemos rolar...quem sabe este ano :lol:

 

Assinado:

 

BAZIANO Conformado

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Não me desespero tanto. O outono chegará, o inverno idem. Se não for semana que vem, será daqui a um mês. Para mim isso não fará a mínima diferença. O problema está mesmo é na falta de chuvas. Repararam que este trainee de La Niña está mais "bloqueado" que antes? Enfim, é terrível ficarmos neste "mormaço" do ENSO. Não temos nem El Niño forte, nem La Niña forte. Não há um padrão fácil de se encontrar.

 

Uma coisa é certa. As chuvas do menino se foram, ficou a seca da menina.

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Buenas, eu não lembro de nenhum outono frio que fosse seguido de inverno frio, ou pelo menos satisfatório com relação ao outono já frio.

 

Portanto, se tivermos um outono normal ou ruim, aí sim aposto num inverno pelo menos bom. Nos anos 90 observei grandes ondas de frio em anos em que o outono fora, no mínimo, normal, quando não quente.

 

De qualquer forma, deveremos ter redução do calor semana que vem.

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O Coutinho acha que 2007 pode repetir um ano em particular, mas ele não abre o jogo deste ano em público. Um texto sobre a estatística do calor desta terça-feira em Porto Alegre no nosso blog oferece uma pista. Já a MetSul acredita em outro ano como análogo com década diferente do análogo do amigo Coutinho.

 

Se meu palpite estiver certo, uma imagem do ano citado se encontra no hall do café da manhã do Minuano.

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Buenas, eu não lembro de nenhum outono frio que fosse seguido de inverno frio, ou pelo menos satisfatório com relação ao outono já frio.

 

Portanto, se tivermos um outono normal ou ruim, aí sim aposto num inverno pelo menos bom. Nos anos 90 observei grandes ondas de frio em anos em que o outono fora, no mínimo, normal, quando não quente.

 

De qualquer forma, deveremos ter redução do calor semana que vem.

Sempre observei isso que o Marcos citou. Outono mais frio, frio em maio e junho, o restante sem nada demais; agora quando maio e até metade de junho não registrava muito frio, aí julho, agosto e eventualmente setembro mostravam força.

Acredito que a única exceção que me lembro é 1999, quando houve eventos de frio (não extremos) em vários meses, inclusive com noites frias até novembro.

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Mas há de ressaltar que no sextênio podre (2001/02/03/04/05/06),

o outono foi podre em 2001, 2002, 2005, ou seja, em 50%!!! E, o inverno (com excessão de setembro de 2002) nesses anos, também foi podre.

 

2003 teve um outono bom/médio e inverno médio.

 

2004 teve um outono bom e inverno meia boca para o sudeste e médio para o sul da região Sul.

 

2006, outono bom, início e miolo de inverno podre. Final de inverno bom para RS e SC e médio para o PR e Sudeste.

 

Felicidade geral para os Bazianos do RJ para baixo: 1994/1996,1999 e 2000, e ponto final!

 

Quem sabe 2007? :lol:

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O Coutinho acha que 2007 pode repetir um ano em particular, mas ele não abre o jogo deste ano em público. Um texto sobre a estatística do calor desta terça-feira em Porto Alegre no nosso blog oferece uma pista. Já a MetSul acredita em outro ano como análogo com década diferente do análogo do amigo Coutinho.

 

Grande Alexandre,

 

Eu apenas rezo para que a minha suspeita dos anos aos quais vocês se referem esteja certa e que vocês acertem na analogia (Pode ser um ou outro, que em meio a este caldeirão infernal, estão MARAVILHOSOS)!

 

Pelo que dizes (e o blog od Prof Eugênio sinaliza), vocês suspeitam de uma provável repetição de 1988, o que seria maravilhoso. Éu não precisava nem do frio! Só a nevasca já tava bom, he he he!

Não entrei na recepção do Minuano, mas sei que 1996 teve um final de verão e início de outono bem quente, depois de um ano parecido com 2006 (no caso, 1995). Como chovem fotos da última grande nevasca urbana nos hotéis de SJ, acho que o Ronaldo refere-se a este ano!

 

Eu temo que tenhamos outro 2005: outono inexistente, inverno com um miolo razoável, mas sem neve decente, e enormes bloqueios ao longo do inverno climático.

 

Vlw!

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Sinceramente...

 

 

Ano passado, foi tipo "Após vários anos frustados, com este outono prematuro...hummm, AGORA VAI!!! Este outono/inverno 2006 vai ser SHOW!!!"

 

Grande decepção, assim como 2001,2002,2003,2004,2005...

 

Aliás, que eu me lembre, invernos bons, os últimos, só mesmo 2000,1999,1996 e 1994...

 

 

Assino embaixo!

 

Já estamos esquecendo o que é um outono-inverno decente (desde a década de 1990, cujo último ano foi 2000, essa sim, pródiga em anos frios e massas polares violentas), e alimentar expectativas só poderá gerar decepção. É importante nos conformarmos que ou estamos no auge de um ciclo quente (hipótese anti GW) ou estamos em meio ao GW galopante. Em qualquer das duas situações, é difícil ficar otimista.

E a hipótese dos ciclos, enfraquece a cada ano que passa... Quando foi o mínimo solar que nos brindaria com um super inverno?

Torço para que o efeito deste mínimo solar venha retardado este ano, he he he, mas não alimento expectativas..

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Mas há de ressaltar que no sextênio podre (2001/02/03/04/05/06),

o outono foi podre em 2001, 2002, 2005, ou seja, em 50%!!! E, o inverno (com excessão de setembro de 2002) nesses anos, também foi podre.

 

2003 teve um outono bom/médio e inverno médio.

 

2004 teve um outono bom e inverno meia boca para o sudeste e médio para o sul da região Sul.

 

2006, outono bom, início e miolo de inverno podre. Final de inverno bom para RS e SC e médio para o PR e Sudeste.

 

Felicidade geral para os Bazianos do RJ para baixo: 1994/1996,1999 e 2000, e ponto final!

 

Quem sabe 2007? :lol:

Verdade, para os últimos anos não há muito o que falar.

Só acho que em 2006 maio foi bom, e o início de setembro. O resto, fora eventualmente algum resfriamento menos intenso, foi ruim.

Vamos aguardar esse ano, sem alimentar expectativas, visto que nossas expectativas possuem um alto grau de exigência em frio, o que convenhamos no Brasil não é tão fácil :wink:

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Mas há de ressaltar que no sextênio podre (2001/02/03/04/05/06),

o outono foi podre em 2001, 2002, 2005, ou seja, em 50%!!! E, o inverno (com excessão de setembro de 2002) nesses anos, também foi podre.

 

2003 teve um outono bom/médio e inverno médio.

 

2004 teve um outono bom e inverno meia boca para o sudeste e médio para o sul da região Sul.

 

2006, outono bom, início e miolo de inverno podre. Final de inverno bom para RS e SC e médio para o PR e Sudeste.

 

Felicidade geral para os Bazianos do RJ para baixo: 1994/1996,1999 e 2000, e ponto final!

 

Quem sabe 2007? :lol:

Verdade, para os últimos anos não há muito o que falar.

Só acho que em 2006 maio foi bom, e o início de setembro. O resto, fora eventualmente algum resfriamento menos intenso, foi ruim.

Vamos aguardar esse ano, sem alimentar expectativas, visto que nossas expectativas possuem um alto grau de exigência em frio, o que convenhamos no Brasil não é tão fácil :wink:

 

Mas já foi!

 

Em 7 anos do período listado(1994-2000) pelo Caco, 4 foram invernos de deixar qualquer baziano feliz, por mais exigente que seja! Repito, 4 em 7!

Lembrando:

1994: Três elefantes polares com neve generalizada no sul e máximas negativas em SJ, apesar dos vários veranicos. O Rio teve máxima de 16oC com sol :shock: !

 

1996:Início de outono quente seguido de miolo do inverno gélido. Menor média histórica em muitas cidades do sul do BR em julho (última normal). ùltima grande nevasca urbana em SJ e o cara que vos escreve sobrevoando o Planalto Catarinense que parecia o Planalto Tibetano.

 

1999:Outono gélido, com a neve mais precoce da história em SJ com ótima acumulação em pleno abril. Duas boas acumulações em maio. Julho de frio "morno", sem acontecimentos fantásticos, mas frio.

Elefante polar em Agosto!

 

2000: Outono alternado, início de inverno quente para em seguida ter uma sequencia de elefantes polares que gelou o centro sul do BR por praticamente 3 semanas seguidas. Boa neve em SJ com máxima negativa!

 

Isso sem contar que antes de 1994, teve 1993 muito bom e 1991 e 1990 idem!!

 

Há quanto tempo não temos isso ou algo parecido?

 

 

Ou seja, a década de 1990 foi MUITO SHOW!!!!!!!!!!!

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((2) Este outono tem tudo para entrar na lista do "podres"

(3) Bullish quanto ao tipo de onda de frio no inverno que movimenta este forum.

 

 

Alexandre, o outono de 2006 não teve picos de frio forte, nem nenhum mega-veranico como nos últimos anos!!!

 

Me lembro de muitos dias ensolarados, com frio bom a noite, típico de outono mesmo!!! Ficou na média em praticamente todo o sul do país!!!

 

Pra ese ano dificilmente ficaremos na média, como em 1996 por exemplo??

 

Sds.

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((2) Este outono tem tudo para entrar na lista do "podres"

(3) Bullish quanto ao tipo de onda de frio no inverno que movimenta este forum.

 

 

Alexandre, o outono de 2006 não teve picos de frio forte, nem nenhum mega-veranico como nos últimos anos!!!

 

Me lembro de muitos dias ensolarados, com frio bom a noite, típico de outono mesmo!!! Ficou na média em praticamente todo o sul do país!!!

 

Pra ese ano dificilmente ficaremos na média, como em 1996 por exemplo??

 

Sds.

 

Outono acima da média !!

 

E discordo que o "outono de 2006 não teve picos de frio forte nem nenhum mega-veranico".

 

Maio de 2006 gelado

 

http://www.metsul.com/secoes/visualiza.php?cod_subsecao=32&cod_texto=3

 

Recorde de calor em junho de 2006

 

http://www.metsul.com/secoes/visualiza.php?cod_subsecao=55&cod_texto=73

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(1) Estamos no mínimo solar (o que explica La Niña em 2006 e agora em 2007).

(2) Este outono tem tudo para entrar na lista do "podres"

(3) Bullish quanto ao tipo de onda de frio no inverno que movimenta este forum.

 

Pelo visto nosso amigo Caio está se tornando um ótimo weather "forecaster" he he he!!

 

Ele tem o telefone de "São Pedro" que ora responde pelo código 51 ora pelo 49.

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Dane-se o outono, desde que o inverno seja bom!

 

Em 2004 tivemos dias gélidos de outono em maio e junho. Em junho chegou a dar duas temperaturas negativas no aero de POA! Essa massa, no inverno, teria feito um estrago muito maior!!

 

Lembram de 1995 ? Temperatura abaixo da média em tudo que é mês do ano......menos no inverno.

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(1) Estamos no mínimo solar (o que explica La Niña em 2006 e agora em 2007).

(2) Este outono tem tudo para entrar na lista do "podres"

(3) Bullish quanto ao tipo de onda de frio no inverno que movimenta este forum.

 

Pelo visto nosso amigo Caio está se tornando um ótimo weather "forecaster" he he he!!

 

Ele tem o telefone de "São Pedro" que ora responde pelo código 51 ora pelo 49.

 

E é cada "São Pedro" que vou te contar... ...com "São Pedros" assim vou me tornar o melhor forecaster do Brasil, pois eles são os melhores.

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((2) Este outono tem tudo para entrar na lista do "podres"

(3) Bullish quanto ao tipo de onda de frio no inverno que movimenta este forum.

 

 

Alexandre, o outono de 2006 não teve picos de frio forte, nem nenhum mega-veranico como nos últimos anos!!!

 

Me lembro de muitos dias ensolarados, com frio bom a noite, típico de outono mesmo!!! Ficou na média em praticamente todo o sul do país!!!

 

Pra ese ano dificilmente ficaremos na média, como em 1996 por exemplo??

 

Sds.

 

 

 

Outono acima da média !!

 

E discordo que o "outono de 2006 não teve picos de frio forte nem nenhum mega-veranico".

 

Maio de 2006 gelado

 

http://www.metsul.com/secoes/visualiza.php?cod_subsecao=32&cod_texto=3

 

Recorde de calor em junho de 2006

 

http://www.metsul.com/secoes/visualiza.php?cod_subsecao=55&cod_texto=73

 

 

Na verdade eu me referia a 1996, outono sem nenhum frio muito forte, e nenhum mega-veranico !!!

 

Quanto a 2006, teve frio muito intenso no outono, no RS e SC, pq no Paraná foi um frio longo, e mais moderado!!! O veranico de junho foi muito forte realmente!!!

 

Sds.

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Dane-se o outono, desde que o inverno seja bom!

 

Em 2004 tivemos dias gélidos de outono em maio e junho. Em junho chegou a dar duas temperaturas negativas no aero de POA! Essa massa, no inverno, teria feito um estrago muito maior!!

 

Lembram de 1995 ? Temperatura abaixo da média em tudo que é mês do ano......menos no inverno.

 

...e média anual inmetiana em Curitiba abaixo de 18,0. De 95 até 2000, todos os anos tiveram média inmetiana em Curitiba abaixo de 18,0. De 2001 pra cá, só 2003 e 2004 conseguiram esta... façanha.

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Gurizada

 

Esse dado é significativo:

 

Análise de dados históricos de nível observados no Rio Iguaçu,

em União da Vitória mostra uma freqüência de 0.72 cheias por ano no

período de 1930-1979 (vazão de crista média de 1.720 m3s-1)

e 1.46 cheias por ano no período de 1980-2005 (vazão de crista média

de 1.896 m3s-1), o que corresponde a um aumento de 100% na freqüência de cheias entre os períodos analisados. Fonte: ANA

 

Esses dados são extremamente importantes para planejamento. Ao prever-se aumento de eventos severos em intervalos de tempos futuros há muita gente, que investe pesado, de olho nisso. Talvez eles não compreendam direito essa coisa de que "pouca coisa mudou" ou de "ilhas urbanas", ou ainda de ciclo natural do clima... Para esse pessoal esse discurso apresenta outra conotação!!!

 

Saudações E N C A R N A D A S

 

O período de 1980 a 2005 transcorre inteiramente sob uma fase positiva da PDO, o que denota maior ocorrência de El Niños e, assim, sob uma maior ocorrência de anos chuvosos no Sul do Brasil. Ademais, neste período de 25 anos ocorreram dois eventos de Super El Niño (1982/1983 e 1997/1998), o que da mesma forma contribui para elevar muito a média de veazão. A média 1930/1979 é menor porque abarca cerca de trinta anos de fase negativa da PDO, quando há uma maior tendência para eventos de La Niña e desta forma redução nos volumes de chuva no Sul do Brasil. Ninguém tem na memória grandes enchentes ocorridas no Sul do Brasil nas décadas de 50 e 70, salvo o episódio localizado de 1974 no extremo sul de Santa Catarina que foi um evento localizado. Seria interessante ver a média isolada de 1920 a 1950, fase positiva da PDO anterior à atual e que compreendeu o Super El Niño de 1941. Possivelmente a média seja superior a informada para o período de 1930 a 1979. Números são frios, são meramente dados, logo para serem transformados em informação necessitam de interpretação. Se analisados fora de um contexto climatológico amplo que envolve necessariamente os ciclos naturais de variabilidade do fenômeno ENSO - principal influência do regime de chuva no Sul do Brasil -, os dados podem ser enganosos e oferecem àqueles que investem pesado em planejamento uma perspectiva equivocada. O histórico de cheias na cidade de Porto Alegre é muito ilustratrivo porquanto a capital gaúcha é banhada pelo Lago Guaíba que sofre a influência de diversos e importantes rios (Sinos, Caí, Gravataí, Jacuí). Se analisado o histórico divulgado pelo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) da Prefeitura Municipal da Capital vê-se que os eventos mais importantes de cheia se deram no século XX entre 1920 e 1941 com medições acima das ocorridas nos eventos de elevação do Guaíba nos últimos 20 anos. Há dúvidas quanto ao episódio de 1967. Teria que se fazer uma pesquisa para verificar se realmente ocorreu ou se está sendo confundido com o de 1965 (episódio não citado), quando uma grande enchente em agosto na Grande Porto Alegre determinou que até mesmo algumas áreas do Quarto Distrito (Navegantes e São Geraldo) fossem alagadas pelas águas do Guaíba assim como ocorreu em 41.

 

cheiapoahc4.jpg

 

Já que o foco foi o período 1980 a 2005 é interessante verificar os volumes de chuva ocorridos no período na área metropolitana de Porto Alegre. Como se verifica no gráfico mais abaixo, os anos mais chuvosos na região foram de El Niño em 1986 (moderado no segundo semestre), 1987 (moderado), 1994 (moderado), 1997 (forte) e 2002 (moderado) e os mais secos sob influêncua do La Niña ou Pacífico fortemente resfriado na região Niño 1+2 em 1985 (fraco), 1988 (moderado a forte), 1991 (Niño 1+2), 1995 (fraco no segundo semestre), 1998 (fraco a moderado no segundo semestre), 2004 (Niño 1+2), 2005 (Niño 1+2) e 2006 (fraco no primeiro semestre).

 

cheia2as6.th.jpg

 

http://metsul.com/secoes/?cod_subsecao=57

 

A conclusão é inevitável. O regime de chuva no Sul do Brasil é fortemente regulado pela variabilidade natural e cíclica do fenômeno ENSO no Pacífico e seu padrão decadal da PDO. O verão agora foi o mais chuvoso desde 2003 e seguiu-se a três anos de pouca chuva no Sul do Brasil. O comportamento da TSM explica perfeitamente o padrão de chuva na Região Sul em cada um dos últimos anos e dá suporte à idéia que o RS, SC e PR estão sob elevado risco de um novo quadro de estiagem e/ou chuva abaixo da média na maioria dos meses no futuro próximo. Ademais, se o aumento do rate de cheias e da média da vazão é um sinal do aquecimento global, paradoxalmente vai de encontro aos cenários projetados por aqueles que sustentam que as secas serão mais frequentes no Sul do Brasil e que o desmatamento da Amazônia determinará uma redução no volume de chuva do Sul do Brasil (Marengo et. all).

 

Alexandre

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Pode não ser Alexandre. Pode não ser. Quanto aos efeitos que provocaria uma não presença de florestas tropicais tenho cá as minhas dúvidas... Um aumento na temperatura nas latitudes maiores implicaria numa maior disponibilidade de água (evaporação de lago, mares, rios...) e assim seria interessante se pensar nas iterações com a atmosfera local... Aumentaria, certamente o grau da instabilidade dinâmica e termodinâmica... Não li esse trabalho/publicação do Marengo acho que as consequências gerarão ainda muitas controvérsias.

 

O trabalho do Marengo ampara o último relatório do MMA sobre os impactos do aquecimento global no Brasil. Há um estudo específico da influência amazônica no regime de chuva do Sul do Brasil dele que foi publicado em boletim da OMM.

 

http://www.metsul.com/secoes/visualiza.php?cod_subsecao=29&cod_texto=43

 

Certamente, um aumento na temperatura global determinaria que houvesse maior liberação de umidade das águas interiores. Ocorre que os mananciais são pequenos e os efeitos seriam locais como, por exemplo, na região do lago de Itaipú ou mesmo nas áreas próximas da Lagos dos Patos. Os efeitos em escala regional seriam quase nulos. Observe que as correntes de ar que trazem o ar tropical quente e úmido para o Sul do Brasil avançam de norte. A disponiblidade de umidade, no caso do Atlântico, estaria limitada ao leste da Região Sul. O interior dos três estados, onde não grandes mananciais hídricos, se tornaria mais seco caso a floresta amazônica sucumba. O jato subtropical movimenta-se no sentido oeste-leste e poderia se dizer que um Pacífico Sul mais aquecido resultaria num transporte de mais umidade para a nossa região, mas sabemos que a influência dos Andes impede tal movimento. Nossa umidade é quase que totalmente dependente da Amazônia. Por isso, é meu entendimento e de algumas outras pessoas aqui no site que muito mais que preocupado em reduzir emissão de C02 por automóveis e fábricas, o Brasil deveria parar de destruir sua floresta. Se o atual ritmo de desmatamento perdurar, o futuro do Sul do Brasil pode ser sombrio sob o ponto de vista de geração energética e produção agrícola.

 

Quanto aos ciclos: Não sei qual a função que se ajustaria a um comportamento desse sobe e desce nas temperaturas, especialmente nas áreas do Niño 3.4...

 

http://www.cpc.ncep.noaa.gov/products/analysis_monitoring/ensostuff/ensoyears.shtml

 

Talvez uma harmônica de terceira ordem?!?! Polinômios de segunda ordem é que não é!!!!!!Se houvesse um negócio desse ajustado há muito a coruja já estaria pelada...

 

Nada é linear e não significa que Pacífico quente é sinônimo de chuva no Sul do Brasil. O fenômeno é consideradi pela 3.4, mas uma região não conta a história toda. Por isso deve ser olhado o todo. A maior estiagem dos últimos 60 anos no Rio Grande do Sul ocorreu sob um El Niño técnico com a região Niño 3+4 apresentando importantes anomalias positivas. Agora um setor do Pacífico Equatorial ao mesmo tempo se encontrava muito frio. Muito frio mesmo. Quando voltou a aquecer esta região terminou a estiagem. Existem várias regiões Niño, como sabemos, e algumas delas têm maior ou menor influência em diferentes partes do globo. A Niño 3, por exemplo, tem forte influência no Sudeste Asiático em harmonia com o Dipolo do Índico. Há estudos da climatologia da UFPEL mostrando como determinados setores do Pacífico impactam mais o regime de chuva no Sul do Brasil. Por isso fiz a menção na mensagem anterior. Repito, o padrão geral do Pacífico não consta a história. A análise individual das regiões Niño sim.

 

Tu citas que "... o período de 1980 a 2005 transcorre inteiramente sob a fase positiva da PDO...". Nesse período tivemos uma la niña forte "1988-89" outra moderada "1998-99" o forte 1999-2000. Os dados estão aí no endereço acima e, de fato, houve um maior número de El niño. Qual foi a causa disso???? Aumento da atividade solar????? Dejetos e tudo mais adicionados pela ação do homem??? Os dois somados???? Nada disso pode ser afirmado????

São muitas as incógnitas, muitas as perguntas.

 

A PDO não pode ser entendida como um ciclo de Pacífico permanentemente quente ou frio em que só ocorrem El Niño ou La Niña nas suas fases quente e fria. Nada impede que ocorram eventos de La Niña, até fortes, nas fases quentes e o mesmo quanto ao El Niño nas fases frias. O que há é um maior favorecimento para frequência e intensidade dos dois fenômenos sob uma fase ou outra.

 

http://www.metsul.com/secoes/visualiza.php?cod_subsecao=31&cod_texto=7

 

O maior número de eventos de El Niño nos últimos 20 anos é facilmente explicado pela fase quente da PDO. Mesmo os cientistas que comungam de idéias catastróficas para o futuro planetário enxergam na PDO a explicação para uma maior ocorrência de El Niño nas últimas duas décadas. O saudoso Professor Theodoro Landscheidt publicou uma série de estudos mostrando como a atividade solar influencia o comportamento do fenômeno ENSO e a leitura é muito recomendada. A minha observação pessoal mostra que nos últimos 50 anos sempre houve La Niña ao redor do mínimo solar de 11 anos. O que não ocorre sempre é a ocorrência de La Niña no pico do ciclo de 11 anos. O La Niña de 1999/2000, por exemplo, se deu em momento de pico.

 

Ao usuário tomador de decisão, volto aqui ao assunto original, pouco importa. O fato é que teremos de informá-lo nas possibilidades futuras. Vai chover mais??? Irão conviver com um número cada vez mais frequentes de eventos severos???? E por aí vai...

 

Ao usuário tomador de decisão realmente pouco importa a teoria e a fórmula. Eles querem saber o que vai ocorrer. Vou te citar um setor. Quem trabalha com vestuário de inverno e turismo de esqui em algumas partes do mundo, conforme parte do pensamento atual, pode ter que desistir do negócio em alguns anos. Outros cientistas, entretanto, pensam diferente. O resultado é que dependendo da teoria e a fórmula escolhida a perspectiva oferecida ao tomador de decisão pode se mostrar no futuro um acerto consagrador ou um monumental e constrangedor erro.

 

 

***EM TEMPO: Os paranaenses e os hidrólogos sabem e conhecem a problemática de União da Vitória - sul do PR: Aquele terço da bacia do Iguaçu não pode ser, sob ponto de vista de modelos de previsão de vazões, ser tratado como um daqueles utilizados para cheias urbanas... Fazendo um paralelo com os modelos atmosféricos seria mais ou menos a mesma coisa que dizer: Neste ou aquele caso não podemos aplicar um modelo de microescala e sim de escala sinótica.

 

Situações regionais localizadas dependem de análise das condições localizadas. Ocorre que na minha mensagem anterior citei o caso de Porto Alegre, onde a frequência e a dimensão das cheias não decorrem de situações localizadas e sim estadual. Nunca houve enchente em Porto Alegre sem que as consequências fosse também estaduais. Repito, a capital sofre a influência de diversas bacias (Jacuí, Caí, Gravataí, etc). Logo, apenas quando há chuva muito acima da média em escala estadual é que os efeitos são sentidos no Guaíba. Por isso, o histórico de cheias na cidade é um termômetro perfeito dos extremos de chuva no estado do Rio Grande do Sul. O oeste gaúcho é uma exceção. Isso porque pode ter enchente na fronteira oeste gaúcha mesmo sem cair uma gota de chuva lá. Basta que chova uma enormidade no extremo noroeste do Rio Grande do Sul ou no Alto Uruguai. Há vários casos assim nos últimos anos em que a chuva não passou de 50 mm em Uruguaiana e Itaqui que sofreram com enchente de 300/500 milímetros de chuva em poucos dias no norte gaúcho e oeste catarinense.

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...Certamente, um aumento na temperatura global determinaria que houvesse maior liberação de umidade das águas interiores. Ocorre que os mananciais são pequenos e os efeitos seriam locais como, por exemplo, na região do lago de Itaipú ou mesmo nas áreas próximas da Lagos dos Patos. Os efeitos em escala regional seriam quase nulos...

 

Não é tão óbvio assim! O Atlântico sul é uma boa fonte, não é desprezível! Aqueça-o e os efeitos locais se farão sentir... A baixa do Chaco, ainda mais aquecida também impactará... Isso são F O N T E S de energia. É isso que eu gostaria de ver interagindo com coisas mais micro como os lagos e as massas de ar de menor área. Acho que não dá para simplificar tanto!

 

Mantenho que disse. Praticamente toda a umidade que garante a chuva de natureza convectiva no Sul do Brasil e reforça as frentes frias são de origem amazônica. A devastação da floresta levaria a um cenário de crise nas precipitações no Sul do Brasil, independente de uma elevação da TSM no Atlântico Sul. Mencione-se o fato ainda de todas as projeções do IPCC e do Hadley Centre indicarem que o aquecimento tanto das áreas de terra como oceânicas será menor no hemisfério sul. São fontes de energia termodinâmica, mas não fontes primárias de umidade para o regime de chuva no Sul do Brasil.

 

 

...Observe que as correntes de ar que trazem o ar tropical quente e úmido para o Sul do Brasil avançam de norte. A disponiblidade de umidade, no caso do Atlântico, estaria limitada ao leste da Região Sul. O interior dos três estados, onde não grandes mananciais hídricos, se tornaria mais seco caso a floresta amazônica sucumba. O jato subtropical movimenta-se no sentido oeste-leste e poderia se dizer que um Pacífico Sul mais aquecido resultaria num transporte de mais umidade para a nossa região, mas sabemos que a influência dos Andes impede tal movimento. Nossa umidade é quase que totalmente dependente da Amazônia...

 

Não disse que não considero essa fonte, aliás os parcos sucessos na previsão que obtenho é quando fico ligado nessas coisas!!!! Apenas escrevi que gostaria de me embasar mais para ver o que isso irá de fato e como impactar. Que vai vai, mas o quanto?

 

O quanto é uma incógnita. Não sou o autor da teoria. É o Marengo que defende a idéia. Mas comungo da preocupação por entender que os fatos que embasam sua advertência estarem corretos. Amazônia devastada será sinônimo de crise no regime de chuva no Sul do Brasil.

 

Por isso, é meu entendimento e de algumas outras pessoas aqui no site que muito mais que preocupado em reduzir emissão de C02 por automóveis e fábricas, o Brasil deveria parar de destruir sua floresta. Se o atual ritmo de desmatamento perdurar, o futuro do Sul do Brasil pode ser sombrio sob o ponto de vista de geração energética e produção agrícola....

 

Acho que as duas coisas deveriam preocupar aqueles que decidem. A parte que nos toca é esclarecer, o resto...

 

Exato, apresentando os dois cenários e não assumindo como verdade absoluta um falso consenso científico.

 

Nada é linear e não significa que Pacífico quente é sinônimo de chuva no Sul do Brasil. O fenômeno é consideradi pela 3.4, mas uma região não conta a história toda. Por isso deve ser olhado o todo. ...

 

Lógico que não é LINEAR. Extrapolei inclusive um polinômio de ordem 2!!! Isso NUNCA representou uma reta, portanto não disse que era LINEAR. Disse que a solução para essa intrincada charada pode ser harmônica de grau 3, 4 ... Nunca uma reta!!

 

Logo, não há contestação à idéia posta que o fenômeno ENSO é o que dita principalmente o regime de chuva no Sul do Brasil.

 

A maior estiagem dos últimos 60 anos no Rio Grande do Sul ocorreu sob um El Niño técnico com a região Niño 3+4 apresentando importantes anomalias positivas. Agora um setor do Pacífico Equatorial ao mesmo tempo se encontrava muito frio. Muito frio mesmo. Quando voltou a aquecer esta região terminou a estiagem. Existem várias regiões Niño, como sabemos, e algumas delas têm maior ou menor influência em diferentes partes do globo. A Niño 3, por exemplo, tem forte influência no Sudeste Asiático em harmonia com o Dipolo do Índico. Há estudos da climatologia da UFPEL mostrando como determinados setores do Pacífico impactam mais o regime de chuva no Sul do Brasil. Por isso fiz a menção na mensagem anterior. Repito, o padrão geral do Pacífico não consta a história. A análise individual das regiões Niño sim. ...

 

Tranquilo. As correlações ou o que passou de ser chamado a partir da tese de doutoramento da ALICE GRIMM de "teleconexões" nada mais foi do que achar padrões de comportamento de temperaturas ali e acolá vendo, nas medidas de dispersão, ou técnicas de análises multivariadas (PP, ACP, entre outras) aquelas que melhor explicavam a variância... A dissertação do Júlio Marques ou do Painho são FALHAS PARA O PARANÁ (fizeram suas teses/dissertações aí na UFRGS)!! precisam ser melhores ajustadas para cá. Até apresentam um skill aceitável para o Rio Grande do Sul...

 

As teses podem ser falhas para o Paraná, mas, como dito na resposta anteriores, ainda não achei evidências contrárias ao que disse sobre o fenômeno ENSO ditar primariamente o regime de chuva no Sul do Brasil (incluindo o Paraná).

 

A PDO não pode ser entendida como um ciclo de Pacífico permanentemente quente ou frio em que só ocorrem El Niño ou La Niña nas suas fases quente e fria. Nada impede que ocorram eventos de La Niña, até fortes, nas fases quentes e o mesmo quanto ao El Niño nas fases frias.

 

Claro que pode, eu sei o que quer dizer PDO. Eu não a desprezo, em absoluto!! Eu quero dizer é que com aqueles graus de aquecimento/resfriamento nas caixinhas 3.4 gostaria de ver quantos previsores, ANTES DO TIGRE MORTO, não pagariam as correlações diretas?! É como se um previsor de tempo visse que todos os modelos convergissem para um cavado de onda longa, com suporte de umidade e convergência para tal quadrícula e pagasse "NÃO CHUVA"!!! Isso não existe!!!

 

Claro que não pode. Repito, La Niña ocorre em fase quente da PDO e El Niño na fase fria. Logo, a oscilação decadal não pode ser entendida como um ciclo de Pacífico permanentemente quente ou frio em que só ocorrem El Niño ou La Niña nas suas fases quente e fria. A PDO se dá no Pacífico norte e foi observada uma estreita relação com os padrões da região equatorial. Eu não entendi o que tu disseste com "pagar ar correlações diretas", mas suponho que queira ter dito que não haja uma relação direta entre a PDO e o regime de chuva. Obviamente que não até mesmo porque existem varianças dentro da fase (La Niña em fases quentes e El Niños nas fases frias).

 

Aguiar"]...a explicação para uma maior ocorrência de El Niño nas últimas duas décadas. O saudoso Professor Theodoro Landscheidt publicou uma série de estudos mostrando como a atividade solar influencia o comportamento do fenômeno ENSO e a leitura é muito recomendada.....

 

Tranquilo. Deve ter lá sua resposta e uma correlação boa. Sempre é bom cercar a bruxa na maior quantidade de rotas de fugas possíveis!

 

O trabalho do Landscheidt é notável.

 

... Situações regionais localizadas dependem de análise das condições localizadas... Ocorre que na minha mensagem anterior citei o caso de Porto Alegre, onde a frequência e a dimensão das cheias não decorrem de situações localizadas e sim estadual. Nunca houve enchente em Porto Alegre sem que as consequências fosse também estaduais. .....

 

Falar que uma cidade está com cheia presume-se então que todos os bairros estejam contemplados?? Olha, já vi e ouvi o TUCCI aí do IPH (uma das mais notáveis cabeças em atividade) tratando esse problema de outra forma. Quando numa banca de doutoramento que participou aqui na UFPR, ele citava como aplicação DE UM DOS SEUS MODELOS (simulações) para a bacia urbana de Porto Alegre.

 

Tchê Alexandre. Entrei na COPEL para trabalhar junto à hidrologia e com propriedade posso te dizer: Um rio invariavelmente apresentará seus contribuintes. No oeste do RS se chover na cabeceira dos rios que abastecem um determinado rio por lá, aumentarão vazões, cotas etc, etc... No Iguaçu não é diferente. Se chover em Timbó Grande no lado catarina ou no cavernoso, haverá uma resposta sem que, obrigatoriamente tenha sido registrada chuva no ponto central da bacia. Pois bem: O estado de impermeabilização de uma bacia e suas secções vertical e horizontal são preponderantes para se prever enchentes.

Vamos admitir que Rosário do Sul fosse banhada pelo Guaíba e chovesse na bacia 30 mm. Haveria um impacto na vazão e nos níveis do rio MUITO DIFERENTE DO QUE POA. Então, dá para fazer uma relação direta com um episódio de EL NIÑO por exemplo com uma determinada cheia mas acho temerário afirmar que TODA A CHEIA EM POA é causada por eventos de dimensões estaduais. Me desculpe mas aqui eu discordo MESMO contigo, a despeito dos importantes contribuintes que citaste (Jacuí, Caí, Gravataí, etc).

 

Não discordamos quanto ao fato de cheias se produzirem mesmo sem elevados volumes de chuva nos locais inundados, consequência de intensas precipitações nas cabeceiras. Dizer que uma cidade enfrenta uma cheia (ou se preferirem enchente) não demanda que todos os seus bairros estejam inundados. Em 1941, um terço da cidade de Porto Alegre ficou debaixo d'água. Hoje esta área afetada corresponde a uma população de quase meio milhão de habitantes. E eu vou manter rigorosamente o que disse. Não houve enchente nos séculos XIX e XX em Porto Alegre sem que o evento de chuva tenha sido de escala estadual e tenha afetado outras regiões do estado. As duas principais enchentes na capital nos últimos 70 anos ocorreram em 41 e 65. Ambos episódios tiveram volumes elevados de chuva e enchente em grande parte do interior gaúcho. Os relatos de enchentes em Porto Alegre no século XIX, sem exceção, estão acompanhados de informações de enchente em diversas cidades do interior (as existentes à época). Se alguém me demonstrar alguma enchente em Porto Alegre sem que o evento chuvoso extremo tenha atingido grande parte do território gaúcho gostaria que me apresentasse a evidência porque as coleções dos jornais A Federação (circulação de 1880 a 1939) e do Correio do Povo (1880 a 2007) mostram em reportagens e notas que sempre que houve enchente em Porto Alegre deu-se um quadro de calamidade no interior gaúcho. As coleções dos jornais são públicas, o acesso é gratuito e pode ser consultada na esquina da Andradas com a Caldas Júnior no Museu Hipólito José da Costa. Estudo ainda levado a cabo na UFRGS sobre eventos extremos de chuva e seca no RS no século XIX mostra igualmente que (1) as enchentes em Porto Alegre vieram acompanhadas de enchente no interior e que (2) em dois séculos de informações do clima não há dúvida que o fenômeno ENSO dita o regime de chuva no estado gaúcho.

 

Tenho enorme satisfação em debater com pessoas inteligentes, logo esta discussão me agrada tremendamente. É interessante fugir aqui de vez em quando da torcida pelo frio que, aliás, nunca esteve tão grande por força deste calor horroroso e sem fim.

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Não dá para acreditar!! Pelo terceiro final de semana seguido, depois de ficar suando nesse calorão grudento de POA, teremos... chuva no sábado e tempo fechado também no domingo!!

 

E para quê? Para abrir de novo na 2ª-feira!!! :evil: :evil:

 

É de cortar os pulsos. E frio, claro, só nos mais profundos devaneios...

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Não dá para acreditar!! Pelo terceiro final de semana seguido, depois de ficar suando nesse calorão grudento de POA, teremos... chuva no sábado e tempo fechado também no domingo!!

 

E para quê? Para abrir de novo na 2ª-feira!!! :evil: :evil:

 

É de cortar os pulsos. E frio, claro, só nos mais profundos devaneios...

 

Marcos, vou ser bem franco contigo. Este calorão todo de final de março tá me cheirando algo muito bom. Sei lá, apenas um feeling.

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E para quê? Para abrir de novo na 2ª-feira!!! :evil: :evil:

 

É de cortar os pulsos. E frio, claro, só nos mais profundos devaneios...

 

Marcos, vou ser bem franco contigo. Este calorão todo de final de março tá me cheirando algo muito bom. Sei lá, apenas um feeling.

 

A última saída do GFS coloca temperaturas de inverno em Porto Alegre para depois da Páscoa. "Me parece bem".

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