Jump to content
Brasil Abaixo de Zero

Caio César

Advisors
  • Posts

    12422
  • Joined

  • Last visited

  • Days Won

    4

Everything posted by Caio César

  1. CFS rodando os próximos 30 dias nas últimas rodadas. O controle é mais forte para maio Cenário que no geral é acompanhado pelo CFS mensal. Nos principais modelos ainda nada interessante que sustente essas saídas do CFS, apenas persistente fluxo marítimo de anticiclones tangenciando o centro-sul. O que não sustenta essas anomalias continentais mais a oeste, entre o Chaco e o Paraguai. Chama a atenção o comportamento da SOI nos últimos dias. Em padrão positivo, com anomalia em neutralidade neste mês de abril, indicando ainda que a atmosfera não está acoplada ao El Nino em formação, e que deve ganhar um impulso neste mês de maio com um provável evento de WWB.
  2. CFS pegando algo interessante no início de maio. Europeu por ora ainda divergindo para a data.
  3. Valeu @SandroAlex ! Este foi mais um evento em que aprendemos muito. As condições muito limítrofes impediam de que fosse possível sugerir o fenômeno em alguma medida. Entretanto, o cavado extremamente forte como os modelos apresentavam, de fato, trouxe as surpresas que poderia trazer, propiciando a passagem de nuvens muito desenvolvidas gerando instabilidades, raios e até granizo miúdo junto ao pico da adveção de frio em cidades da serra. As nuvens de topos altos ocorrem em ambientes de muito frio e podem gerar microclimas, o que neste caso em meio a uma atmosfera já fria até a superfície propiciou condições localizadas de chuva congelada e neve misturada em pontos isolados, e que felizmente foi flagrado por poucos sortudos. Não tivesse sido por episódios muito localizados como foi, teríamos mais registros. Por algumas vezes alertei sobre a vorticidade intensa, e alí moravam a surpresas que ocorreram sob condições muito difíceis para a formação de flocos de neve.
  4. O modelo Europeu é o único modelo projetando neve, embora apresente a temperatura mais fraca entre 850 e 800mb dentre as principais rodagens. A 18Z trouxe neve em 3 intervalos, também teve neve na 12Z de ontem. 18Z Na 00Z reduziu um pouco, mas segue projetando o fenômeno sob condições de temperatura por ele mesmo praticamente impossíveis de ocorrer 00Z Ainda assim mostra mais neve, inclusive, do que o memorável evento de setembro do ano passado. A história recente mostra que há que se ter muita cautela ao analisar o fenômeno exclusivamente por essas projeções. Espero que agosto e setembro do ano passado tenham ensinado alguma coisa a pessoas e institutos.
  5. O Europeu voltou a incrementar ligeiramente em altura o potencial do Polar Vortex. Isso é reflexo também da elevada vorticidade que acompanhará o sistema. Nesse caminho o modelo voltou com pixels de neve sobre ponto isolado da serra catarinense. Apesar de apresentar neve no seu campo, permanece a condição propícia a chuva com temperatura baixa, entre 6C e 2C nas estações serranas a depender da altitude. Um fator a ser observado é o nível da instabilidade que se formará com essa vorticidade embebida em ar gelado a partir dos 750mb. Altos índices podem trazer por vezes surpresas interessantes em que pese condições além de limítrofes nas projeções de temperatura.
  6. É isso! Embora também tivemos notórios casos no ano passado com institutos renomados nacionalmente. Seja ele grande ou pequeno, é a responsabilidade técnica deixada de lado pelo péssimo hábito de caçar cliques e compartilhamentos.
  7. Bom dia! Euro com ligeira reduzida em 800mb. GFS agora um pouquinho mais forte nessa camada. Eventual janela de precipitação invernal é mínima, não podendo ser considerada para fins de previsão. Servindo nesse momento somente a curiosidade e avaliação da intensidade/trajetória do sistema. Chuva muito gelada nos topos da serra (+1.600/1700m) com 1/2C de temperatura. O que é notável para a época. Cavado é forte e vai trazer ar muito seco e continental na retaguarda. Garantindo geada sexta e final de semana em baixadas de serra nos três estados do sul. Obs: ouvi relato de que páginas/meteorologistas levaram a possibilidade de neve a público. Não fui atrás e não pesquisei quem o fez, mas a ser verdade se junta a mais um capítulo da lamentável banalização da previsão de neve no Brasil.
  8. Ligeira reduzida na 00Z Euro, coisa mínima que afeta (diminui) apenas a mínima chance de alguma precipitação invernal. É o posicionamento do Polar Vortex fazendo os ajustes. Canadense e Europeu continuam simétricos. GFS continua mais marítimo, portanto, menos intenso o cavado, mas está dando uma boa aproximada agora na 06Z, seguindo o EuroKing.
  9. Nas cidades serranas do Brasil é muito difícil de organizar uma viagem pra curtir frio intenso. Nosso clima subtropical vive de ondas de frio, alternadas com momentos úmidos e alguns períodos de calor que podem até se estender durante o inverno. Mas no geral os meses de junho e principalmente julho (não foi o caso ano passado) registram os principais eventos de frio, além de possuírem as menores médias e registros do ano. Contudo, sugiro acompanhar as previsões e tendências, marcando um passeio mais encima do laço, com uma dose maior de certeza de que há chances de se pegar um pulso de ar frio mais interessante.
  10. CFS, Europeu e CMC muito bem alinhados e convergentes no posicionamento do "Polar Vortex". Apenas o GFS que vem mantendo o seu padrão de um posicionamento menos continental e, portanto, mais fraco. E temos um fator que está colaborando para esse fenômeno. A recente fase negativa da AAO. CMC e Europeu vieram ligeiramente mais fortes na tarde de hoje. Agora é aguardar o refinamento dos ajustes que vão ocorrendo até o evento.
  11. Muito interessante! Europeu impressionante nas duas últimas rodadas, com -5 em 700mb, 0 em 800 associado a precipitação sobre os pontos mais elevados da serra catarinense. CMC veio na mesma balada. Não é neve ainda, mas é borderline para precipitação invernal nos picos. GFS reduziu e veio mais fraco na 00Z. Os principais modelos seguem trocando papéis na intensidade e trajetória. Mas o Europeu agora alcançou uma estabilidade para um evento muito forte, como demonstrado. No RS poderia chegar a -7 em 700mb. Incrível! Ainda poderá variar nos detalhes, e os detalhes contam muito, mas a tendência está mantida.
  12. Em se tratando de meteorologia há sim as rodadas fora da casa, mas há também o acompanhamento de uma tendência, e que deve ser respeitada. E seguimos acompanhando...
  13. Cenário mais do que interessante se formando para o próximo pulso de ar frio. O modelo Europeu ajustou um pouco a posição do cavado, posto que estava em uma trajetória muito anômala deslocado a oeste, entrando agora em uma quase que perfeita sincronia com o GFS. Nas camadas mais abaixo alguns valores projetados impressionam para a época do ano. Na rodada das 00Z o modelo Europeu projeta uma grande área de -5°C em 700mb sobre boa porção do RS e SC, com pico de -7 no RS, associado a chuva na passagem da baixa pressão em altos níveis entre quarta e quinta. A manter esse prognóstico, um evento incomum pode estar a caminho, com uma configuração que aproximaria as partes mais elevadas de breves momentos limítrofes para observação de alguma precipitação invernal. Ainda não se pode afirmar que há essa oportunidade, até porque o modelo vem realizando ajustes e diminuiu ligeiramente em relação a extremamente intensa rodada das 12Z de ontem. Assim, novos ajustes podem afastar ou aproximar esse cenário. Vamos acompanhar!
  14. Gostei da abordagem do meteorologista. Em suma os principais ponto que ele levantou para questionar a virada para um Super El Nino estamos discutindo no outro tópico específico: o comportamento e influência da SOI e da PDO nesse tabuleiro. Uma coisa que ele não mencionou sobre a SOI e que o colega Flávio Feltrim havia alertado é que o índice demora um pouco mais a responder as mudanças do pacífico equatorial. Ou seja, o comportamento da atmosfera não acopla imediatamente com o do oceano. Há um conhecido delay entre a temperatura do pacífico e a resposta da atmosfera. O meteorologista Joe D'Aleo costumava mencionar o lag de alguns meses, possivelmente de 4 a 5 para o acoplamento. Nesse sentido, a SOI ainda dá mostras de resistência a resposta do oceano, com algumas quedas e subidas vai mantendo uma neutralidade. Mas ele fez muito bem em apontar no vídeo a influência da PDO, que no meu entendimento é o fator chave que poderá segurar o ímpeto desse menino que está chegando.
  15. Rodada 12Z do modelo Europeu veio bem forte e muitíssima interessante para o próximo pulso de ar frio indicado para meados da próxima semana. É projetado um cavado em altos níveis (Upper Level Low) passando por cima dos estados do sul, trazendo um desenho sinótico incomum e consequentemente um episódio de ar frio forte para a época do ano. O cavado é melhor visualizado olhando o nível de 500mb, aonde ar muito frio estará concentrado em uma latitude incomum simetricamente, mostrando se tratar de uma baixa fechada neste nível da atmosfera. Em 700mb o ar frio que acompanha o sistema faz com que a isoterma de 0°C alcance até o PR, com valores baixos e raramente observados em abril. Ainda assim há um longo prazo até que essa projeção se concretize, valendo neste momento como mera curiosidade e com maiores chances de se tratar de uma saída extremada do modelo. Faltando também convergência e suporte de outras rodagens que não apresentaram ainda cenário semelhante. Seguimos acompanhando o que poderia ser um evento bastante singular para o período.
  16. Afunilando um pouco a minha avaliação dos análogos, começo a focar em três anos em especial: 1965, 1972 e 2009. Quais as principais analogias? Considerado um dos principais senão o principal driver do clima mundial, o fenômeno ENSO. Ambos os anos marcaram a transição de um fenômeno La Nina para um El Nino em formação em meados do ano. Outro fator que selecionei foi o comportamento da PDO, negativa até pelo menos essa época do ano, e também o MEI que seguiu mesmo comportamento. Considerando esses fatores e refinando os análogos para esses três anos teríamos o seguinte comportamento médio das anomalias para o inverno climático junho a agosto. Sobre a normal 81-10: Sobre a 91-20: Ou seja, um inverno climático acima da média no centro-sul utilizando a normal climatológica mais antiga, e entre normal a ligeiramente acima utilizando a normal mais recente.
  17. @edsr97 há de fato uma leitura em abril de 1983 com +2.9 e abril de 1998 com +2.8 de anomalia em Nino 1+2. Entretanto fiz menção aos anos com El Nino em formação, como o fenômeno ainda não estabelecido. Em abril de 1983 e 1998 o fenômeno já estava caracterizado em Nino 3.4, quando ainda neste abril a região continua em neutralidade. Ou seja, para os anos de virada sem El Nino formado, essa leitura é recorde. Chamo a atenção para a previsão de um possível WWB (westerly winds Burst) indicado para o final de abril, situação que pode finalmente levar ao aquecimento de Nino 3.4.
  18. A anomalia de +2,7 em Nino 1+2 não é apenas um salto absurdo mesmo em uma região tão volátil, mas acaba por se tornar o desvio positivo recorde para abril desde 1982. https://www.cpc.ncep.noaa.gov/data/indices/wksst9120.for Até então os maiores desvios em Nino1+2 para abril em um ano com El Nino em formação eram: 2015 +1.3 1997 +1.3 2002 +1.1 2009 +0.6
  19. Caco, resumidamente a PDO é um índice que combina as condições da SST e pressão atmosférica no pacífico norte, a partir da latitude 20N. Existem duas grandes áreas de anomalias avaliadas, uma próxima a costa oeste americana e outra no pacífico norte. Quando há anomalias negativas ao norte e positivas ao longo da costa pacífica americana e a pressão fica abaixo da média sobre o pacífico norte, temos uma valor positivo da PDO. Do contrário um valor negativo. Desde 2018/2019 estamos num longo período de fase negativa da PDO.
  20. Última atualização da leitura da PDO -1,56 em março após -1,1 na leitura anterior. Dado que pode estar influenciando um pouco na lenta evolução das anomalias a oeste do pacífico equatorial. Outra informação curiosa é o comportamento da SOI nos últimos dias. Uma explosão positiva em um momento que já se esperava um patamar negativo mais constante. Se um El Nino moderado a forte está vindo aí, como é projetado pela maioria dos modelos, ele ainda está encontrando certa resistência, especialmente pelo recente dado da PDO.
  21. CFS 12Z veio com uma saída bastante fria para os próximos 30 dias. Com um período bastante frio na segunda quinzena do mês, e que pela trajetória claramente indica anticiclones continentais Sinceramente, acredito se tratar de uma saída bastante extremada. Nos modelos determinísticos de curto prazo já é possível observar a tendência de avanço de alguns anticiclones na grade de dez dias, mas ainda nada que tenha o potencial para causar essas anomalias sugeridas. Vamos acompanhar.
  22. Últimas rodadas próximos 30 dias nos principais modelos e CFS mensal para abril em sua última rodada.
×
×
  • Create New...

Important Information

By using this site, you agree to our Guidelines.