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Brasil Abaixo de Zero

Caio César

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Everything posted by Caio César

  1. Hoje faz 19 anos dessa foto. Primeiro ENBAZ - ENCONTRO NACIONAL DO BAZ 2004 - SÃO JOAQUIM Em pé: Luis (fundador do BAZ), eu, Clóvis Padoan, Neide esposa do Coutinho com a Bianca, Ronaldo Coutinho. Agachados: baziano dos EUA (?), Bruno Saraiva, Marcos Boldrini, Zé Vicente. Ficou pra história. E depois viveram muitas e muitas histórias, caçadas, eventos, tristezas, alegrias, frio, calor... é a vida.
  2. Outro ponto muitíssimo interessante a ser destacado nos modelos em relação a possibilidade de neve e/ou precipitações invernais é a vorticidade em 500mb, que atingirá índices muito elevados sobre as regiões serranas do RS e SC justamente durante o pico da advecção de ar frio, em interação com uma camada congelada a partir dos 2.000m e bem negativa nos 700mb. Nesse quesito o GFS é o mais extremo, sugerindo um intenso cavado em 500mb. CMC e Europeu estão semelhantes, com ligeiras diferenciações em relação ao GFS. O que isso significa? Que a passagem de um intenso cavado está associada a tempo instável, que por vezes pode gerar grandes nuvens de desenvolvimento vertical capazes de provocar fenômenos mais intensos relacionados a tempo severo. E sob uma atmosfera congelada, o cenário fica ainda mais interessante.
  3. Se a madrugada trouxe más notícias quanto ao vento, que vai se confirmando como um evento com potencial de causar muitos prejuízos, também trouxe boas notícias para o frio e a pequena possibilidade de neve. Houve um incremento praticamente consensual nos principais modelos, com ligeiro aumento do potencial desde 850mb. Nesse caminho o Euro é o único modelo que já traz áreas com a isoterma de 850 alcançando partes do RS e SC, mais a oeste. No GFS há grande potencial de chuva também, porém com frio ligeiramente menos vigoroso. E assim vamos entrando nos ajustes, mas a chance pequena de neve teve uma sensível melhora nos pontos +1600/1700m.
  4. Bom dia Carlos! Bem lembrado! O evento no final de agosto de 2013 é um emblemático caso de baile da natureza dos modelos. Sugiro até a leitura do tópico aqui no BAZ porque tem boas observações a respeito. Teremos outro baile? A natureza sempre pode surpreender. Vamos ficar atentos a vorticidade em 500mb, alí sempre residem algumas surpresas sob atmosfera gelada como terá na ocasião.
  5. Algumas considerações em relação ao frio e a neve na próxima semana: - 18Z ontem e 00Z hoje o GFS deu uma boa reduzida no potencial nas camadas e na chance de neve. Segue o baile do americano. - Europeu por sua vez está mais forte, especialmente em 700mb, repercutindo em um cenário ainda favorável nos pontos mais elevados de SC. - Chama a atenção que nessa oportunidade esse frio disponível nas camadas ocorrerá sob abundante precipitação, até intensa por vezes na serra gaúcha. - Estivesse mais frio, haveria um repeteco da nevada de Vacaria no século XIX. É muita água junto com o frio. - Se acertar o ponteiro, esfriar um pouco mais, especialmente em 850, sairia algo grande na janela entre quinta e sexta-feira. - De todo o modo, o Euro mantém condições para as regiões acima de 1600m em SC.
  6. Essa empresa faz parte do bastião do sensacionalismo a qualquer custo, até da própria reputação. Qualquer MP mais forte já fazem previsão de neve, mesmo sem nenhuma condição para o fenômeno. Como prevêem em todas ocasiões, assim como outra famosa empresa e sua meteorologista chefe, uma hora vão acertar.
  7. Os modelos vão variando nos detalhes, alguns vão achar pior, outros vão achar melhor a depender da região e rodada. Mas para a neve neste momento temos um cenário de um evento potencialmente relevante nas partes elevadas da serra do RS +1200m e SC +1400m entre quinta e sexta-feira. Temperatura limítrofe em 850, muito favorável a partir de 800mb e camada congelada homogênea acima desse nível, com farta precipitação, são indícios desse potencial. Esses indícios são um retrato do momento, podendo e devendo variar a área, altitude e até a possibilidade ou não de alguma precipitação invernal ocorrer. Ainda restam 156h até o sugerido início desta ocorrência e os modelos podem flutuar bastante até lá.
  8. Carlos, até aonde tenho conhecimento há muito pouco ou quase nada de estudos relacionando o comportamento da SST em nossa costa a formação de ciclones. E sobre a precipitação vou fazer a plotagem para verificarmos. Por acompanhamento, percebo ao longo desses anos que a nossa dinâmica invernal depende muito da formação e evolução desses sistemas. São eles que estão ligados aos eventos mais expressivos de avanço de ar frio de maneira ampla e/ou mais intensa. Em linhas gerais os anos mais frios apresentam maior dinâmica e por consequência uma maior ocorrência desses sistemas. E os anos mais frios e dinâmicos estão associadas a águas mais frias em nossa costa. Sendo pra mim isso uma consequência, e não uma causa. Nesse sentido, eu acredito que a formação de ciclones na costa do cone-sul está muito mais relacionada a ondulação do jato polar do que a SST elevada no Prata. Muito não, eu diria diretamente. Sob outra ótica, diferentemente do que ocorre no Atlântico Norte equatorial em relação a influência da temperatura do mar, no hemisfério sul há muitos registros de anos com a SST extremamente elevada e com pouquíssima dinâmica e formação de ciclones. Justamente por fatores que influenciaram para que o jato polar pouco ou quase nada tivesse ondulado.
  9. Exato. E acabou de confirmar nas rodadas agora da madrugada, sendo neste momento o CMC o modelo que indica o maior potencial. Ainda deverá variar até lá, mas a tendência segue mantida e com o GFS insistindo em outra MP por volta do dia 21.
  10. Sandro, os mapas de neve com esse prazo em relação a provável ocorrência considero apenas como mera curiosidade. Em sendo um tipo de evento meteorológico que exige detalhes microclimáticos, prefiro considerar qualquer mapa de neve no Brasil apenas com 24/48h de antecipação. Antes disso é loteria ou mera imagem para ficar sonhando e depois se decepcionar. Ainda assim o que a galera tá postando aqui traduz o mesmo que tenho acesso. 😉👊
  11. Em um olhar mais amplo, analisando o hemisfério sul, percebe-se também que foram anos com o frio bastante represado na Antártida, que apresentou anomalias negativas muito intensas, denotando possível comportamento predominantemente positivo da AAO nesses análogos selecionados.
  12. Pegando carona no recente post do meteorologista Philip Klotzbach que destacou os seis anos análogos para a SST global projetando para a temporada de furacões AGO-SET-OUT, plotei o comportamento da temperatura utilizando esses mesmos anos porém para o período julho-agosto. @philklotzbach 3 h Aug-Oct sea surface temperature (SST) anomalies in CSU's 6 analog years for 2023 Atlantic #hurricane season: 1951, 1969, 1987, 2004, 2005, 2006. Analogs selected based on #ElNino and above-normal SSTs in tropical Atlantic for Aug-Oct. 2005 not El Nino but extremely warm Atlantic Para esses anos análogos na SST a plotagem para o período julho-agosto nos leva a essa anomalia média: O interessante na plotagem do meteorologista é que para os anos selecionados como análogos o Atlântico Sul junto a costa do cone-sul apresentou uma anomalia média negativa, o contrário do que estamos observando até o momento.
  13. Essa é a tendência, Caco. Há indicativos de que esse anticiclone será bem continental e com ciclone. Tendência mantida na tarde de hoje, inclusive com grande incremento da neve sobre as serras do RS e SC. A sequência no pós MP ainda é incerta, mas por ora sem aquecimento pronunciado no longo prazo.
  14. As rodadas da madrugada vão confirmando a tendência que temos mostrado aqui nos últimos dias pelo rompimento do bloqueio e possível período com avanço de anticiclone continental. Ensemble dos principais modelos convergindo como antecipado, CMC e Europeu os mais fortes para o período. Estendido do gfs também veio forte. Controle do CFS veio bem continental. Europeu já coloca alguma neve no seu campo no determinístico. Com toda essa convergência entre os modelos, favorecida pelo padrão da AAO e a SOI em terreno neutro, não há dúvidas que estamos com boas chances de testemunhar uma bela incursão de ar polar no cone-sul. Possivelmente a mais forte do ano até o momento.
  15. Boa convergência no ensemble dos principais modelos hoje na 12Z. Tendência de rompimento do bloqueio por volta do final desta semana, com tendência de algo forte e continental a partir do dia 10-11/07. Europeu controle ensemble o mais favorável.
  16. Outro aspecto muito interessante que vem chamando a atenção nos últimos dias é o comportamento da SOI. A SOI permaneceu por praticamente todo o mês de junho em padrão negativo. Até pelo menos o dia 20 o valor médio 30 dias de -13 mostrava comportamento característico a padrão de El Nino. Após o dia 20/06 a SOI começou a escalar até incrivelmente sair do threshold de El Nino que é ao redor de -6. Ocorre que no final do mês a SOI subiu tanto que fechou em -3, em padrão de neutralidade. E agora os últimos valores diários positivos influenciaram ainda mais a média em 30 dias, que se situa em neutralidade absoluta a despeito do El Nino moderado em 3.4 e intenso Nino costeiro em 1+2. Ou seja, em que pese um menino robusto, o padrão da pressão Tahiti-Darwin seguiu e segue em tendência inversa e ligeiramente desacoplada. O que eu tenho observado ao longo desses anos é uma correlação muito pertinente entre a SOI e o bloqueio na América do Sul. Padrões negativos não raramente estão associados a bloqueios e fortalecimento do jato subtropical. O valor de maio (-15) e o padrão de junho até o dia 20 (-13) são sintomáticos no que ocorreu até aqui. Mas a persistir esse padrão neutro da SOI, um possível afrouxamento no jato subtropical poderia refletir em alguma melhoria na dinâmica observada até o momento neste inverno. Associado ao recente comportamento da SOI temos o padrão negativo da AAO persistente. Em suma, vale destacar neste momento que ao menos dois importantes índices globais não estão compondo o receituário negativo para que as incursões de ar frio tenham dificuldades em alcançar as latitudes brasileiras. Se de fato resultará em um momento mais favorável ao ingresso de ar frio no Brasil só o tempo dirá. Mas há rodadas e alguns indicativos de que esse período pode estar se aproximando. Ensemble no médio-longo e determinísticos no curto já trouxeram algum alívio encurtando o bloqueio no início do mês e começam a sinalizar a volta de alguns avanços de ar frio em direção ao cone-sul. Vamos torcer!
  17. Como erroneamente postei no de junho, refaço aqui a postagem para não prejudicar as eventuais colaborações: Depois de rodadas a fio mostrando um longo e persistente bloqueio atravessando para além dos dez primeiros dias de julho, o ensemble do euro e GFS indicaram ventos de mudança e possíveis boas notícias a serem confirmadas por demais rodadas e modelos. Europeu e gfs começaram a mostrar e convergir para o rompimento do bloqueio ocorrendo antes do previsto pelas muitas rodadas anteriores. Agora as anomalias negativas já tomam conta do RS entre 8 e 13 de julho, e para o período seguinte indica a manutenção das anomalias: Na verdade na sequência da possível quebra de padrão, as anomalias se intensificam e algo mais continental parece se estabelecer no cone-sul. Ou seja, é uma mudança importante de rota em relação ao padrão anterior de que o bloqueio poderia persistir pelos primeiros quinze dias de julho. Mas como o jogo é jogado e não está ganho, os modelos determinísticos ainda não seguiram essa rota do ensemble. Por outro lado o CFS é outro que dá sustentação ao cenário do ensemble, colocando uma boa MP por volta do dia 12. Seria a MP continental que o ensemble projeta?🙏 Seguimos acompanhando
  18. Depois de rodadas a fio mostrando um longo e persistente bloqueio atravessando para além dos dez primeiros dias de julho, o ensemble do euro e GFS indicaram ventos de mudança e possíveis boas notícias a serem confirmadas por demais rodadas e modelos. Europeu e gfs começaram a mostrar e convergir para o rompimento do bloqueio ocorrendo antes do previsto pelas muitas rodadas anteriores. Agora as anomalias negativas já tomam conta do RS entre 8 e 13 de julho, e para o período seguinte indica a manutenção das anomalias: Na verdade na sequência da possível quebra de padrão, as anomalias se intensificam e algo mais continental parece se estabelecer no cone-sul. Ou seja, é uma mudança importante de rota em relação ao padrão anterior de que o bloqueio poderia persistir pelos primeiros quinze dias de julho. Mas como o jogo é jogado e não está ganho, os modelos determinísticos ainda não seguiram essa rota do ensemble. Por outro lado o CFS é outro que dá sustentação ao cenário do ensemble, colocando uma boa MP por volta do dia 12. Seria a MP continental que o ensemble projeta? Seguimos acompanhando 🙏
  19. O cenário de anomalias expressivas por um longo período no início de julho vai se conservando e ganhando um consenso cada vez mais forte. Europeu, GFS e CMC seguem indicando que os primeiros dez dias do próximo mês devem apresentar anomalias positivas em uma área abrangente do cone-sul. Para o RS e SC parece praticamente certo que até a metade do mês o cenário pouco muda, com as anomalias ganhando ainda mais força em direção ao dia 15 de julho. E também o GFS estendido não projeta nada de interessante na grade, e converge para as soluções do ensemble em relação a PRIMEIRA QUINZENA de julho. Eu estava um pouco cético quanto à possibilidade de repetição do desastroso JJA de 2015, mas começo a desconfiar que um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar. Isso porque os modelos de longo prazo já projetam em algumas rodadas um início de agosto tórrido. A se concretizar e com o padrão deste inverno, muito dificilmente teríamos uma reversão da chave num possível agostão que iniciaria bombando ar quente do Brasil central.
  20. Parabéns Rodrigo pela iniciativa inovadora! Teve que vir um goiano pra mostrar o real potencial das baixadas do PR! Agora sim o Planalto de Palmas do lado paranaense estará muito bem representado, e a estação já vem mostrando excelentes marcas. Ainda acho que vai surpreender ainda mais.
  21. Praticamente confirmado que o padrão vira a chave entre os dias 11 e 12 no RS e SC. E essa virada deve se destacar por dois fatores pouco comuns de ocorrerem em um mesmo episódio. Primeiro que poucas vezes no ano uma MP consegue alcançar médias e baixas latitudes ao mesmo tempo. Nesse caso atingindo com muita relevância as áreas de baixa latitude de forma abrangente. Segundo porque a duração deverá ser incomum, com o pico de intensidade devendo ocorrer entre quarta e sexta-feira na maior parte do Brasil. E depois permanecendo frio por mais um período. Situação que é corroborada pelo ensemble do Euro. Já o estendido prevê anomalias negativas por pelo menos os próximos 30 dias. Ou seja, tem tudo pra dia 11/12 marcar mesmo uma grande virada de chave. Vamos acompanhar!
  22. Embora o comportamento mais usual da região 3.4 seja por mudanças mais graduais, é inegável que um aquecimento esteja ocorrendo com mais intensidade nos últimos dias. A ver as próximas atualizações, que acredito deve devolver o threshold de El Nino.
  23. São crescentes os sinais para uma quebra de padrão após os dez primeiros dias de junho, com alguma convergência para algo até expressivo começando a aparecer nos principais modelos de longo prazo. O controle do Euro projeta dois períodos com anomalias bastante relevantes, entre 12 e 19 e entre 21 e 28/06. Cenário que seria até suficiente pra tornar um mês que começará muito quente em um final provavelmente abaixo da média. O início segue indicando anomalias bastante positivas, o que de fato precisará de uma forte compensação pra virar a chave do estrago inicial. O GFS estendido converge para o cenário indicado pelo modelo Europeu, com a quebra de padrão ocorrendo por volta dos dias 11 ou 12/06. Outro que entrou na dança foi um que anda bastante instável, o CFS. Agora com um pouco mais de confiabilidade nesta projeção tão e somente em face dos indicativos gerados pelos demais modelos. Caso tivéssemos rodadas isoladas de um modelo nesse sentido, o prognóstico seria mera loteria e não mereceria credibilidade. Ocorre que há claramente uma convergência se estabelecendo, puxada pelo principal modelo global e seguida pelos demais, em um cenário que poderia trazer um ou até dois pulsos relevantes de ar frio para o cone-sul em junho. A ver as cenas dos próximos capítulos com bastante cautela. O cenário nos principais índices globais não é favorável, mas também não impede esse tipo de ocorrência.
  24. Atualizando ENSO / (variação em relação a semana anterior) Nino 1+2: +2.0 / (+0.3) Nino 3: +0.8 / (-0.1) Nino 3.4: +0.4 / (-0.1) Nino 4: +0.4 / (+0.1) Fonte: CPC - NOAA
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