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Brasil Abaixo de Zero

Caio César

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Everything posted by Caio César

  1. Concordo com você, Flávio. A observação dos análogos serve para nos mostrar um caminho, uma direção, mas jamais pode ser encarada como uma antecipação simétrica do futuro em relação ao passado. O mês de julho de 2022 está aí para provar que mesmo sob um cenário totalmente favorável com análogos, SST e demais indicadores, a tragédia poderá ocorrer. Embora estejamos vendo bons indicativos para esse ano conforme a direção apresentada por análogos, teremos uma experiência nova, uma provável queda na anomalia que alcançará uma transição recorde de 4,2°C em Nino 3.4 em um espaço de meses se o CFSv2 acertar o prognóstico. Esse diferencial possivelmente recorde da SST é outro fator no cardápio, inédito em relação aos análogos propostos, e que coloca muitas dúvidas e expectativas no comportamento da atmosfera para os próximos meses. Em linhas gerais temos algumas pistas. Há um ingrediente importante na mesa e julho de 2022 assombra para tentar derrubar todas as teorias mais fortes em relação a expectativas e analogias.
  2. Junho já faz arte do inverno climático. Pelos análogos a tendência é por um período Março/Abril/Maio dentro da média na maior parte do centro-sul. Embora eu não acredite que vá ocorrer de acordo com os análogos. Este março ainda está respondendo muito por um padrão quente característico de El Nino, e possivelmente Abril deverá estar continuar contaminado ainda com o padrão atual. Assim, as esperanças maiores do trimestre MAM se concentram a partir de maio, quando a SOI deverá estar respondendo por um padrão de La Nina em franca expansão. Veremos...
  3. Olhando para outros análogos do passado, resolvi adicionar 1954, 1965 e 1970 ao cardápio de anos possivelmente correlatos a este ano no que diz respeito ao comportamento da SST para a região do ENSO. Nessa perspectiva, a SST média destes anos combinados se comportou da seguinte maneira no JJA. E a anomalia média de temperatura no JJA se deu assim: Ou seja, analisando exclusivamente sob a ótica dos análogos e na perspectiva da previsão da SST no decorrer deste ano, esperando uma rápida transição de El Nino moderado a forte para uma possível La Nina moderada a forte, se espera um inverno climático com temperaturas abaixo da média para a maior parte do centro-sul do Brasil, e também na Argentina, no Chile e no Uruguai.
  4. Olha Gabriel, as baixas pressões características que impulsionam o ar frio ao norte estão associadas mais a ondulação do jato polar e redução da corrente de jato subtropical. Não consigo ver essa relação direta com a SST que você sugere, embora o pacífico frio tenha por característica reduzir a força da corrente de jato subtropical que atravessa o continente.
  5. Observem que a previsão do Ensemble multimodel norte americano para a SST no JJA guarda alguma semelhança para o cenário proposto pelos análogos sugeridos. La Nina robusta, Atlântico tropical aquecido e manchas de águas mais frias na costa do Prata e Sul do Brasil. Esse cenário deve propiciar também a expectativa de uma temporada de furações acima da média no Atlântico.
  6. Boa tarde! Quem me conhece sabe que gosto muito de trabalhar com anos análogos na SST. Ano passado deu certo: Vamos a primeira rodada de análogos que eu estou cogitando para esse ano. Com a perspectiva atual segundo os modelos eu estou trabalhando com 1973, 1988, 1998 e 2010 no radar. O mais forte análogo creio ser 2010, especialmente pelo comportamento da AMO. O mais fraco julgo ser 1998 que deve uma transição mais lenta/atrasada de um Super Nino para La Nina no decorrer do outono/inverno daquele ano. Especialmente Nino 1+2 que permaneceu "aquecido" até setembro/outubro. Quase desconsidero, mas mantenho numa plotagem para não deixar um viés muito pendente para as La Ninas com rápido estabelecimento pós um evento de El Nino, em 1998 a transição foi um pouco diferente do que agora se projeta. Mas por via das dúvidas... Em caso de considerarmos todos os análogos considerados para a projeção da SST (neste momento), o comportamento por analogia nos indicaria um inverno JJA promissor: O comportamento esperado para a SST também seria bastante favorável, especialmente no Atlântico Sul. Mas se tirarmos o análogo mais fraco que é 1998, deixando os outros anos, as perspectivas tendem a ficar ainda mais interessantes. Na SST: Vamos acompanhando porque esse JJA tem um cenário bem mais favorável do que vivenciado no último ano. Abs
  7. Nas rodadas da madrugada houve um sensível afastamento na influência do sistema em relação a costa, especialmente no europeu e CMC. Deve ficar mais restrito a centenas de quilômetros de terra firme.
  8. Em atenção ao sistema que segundo a marinha já ganhou status de Depressão Subtropical 01/2024, a última rodada do modelo Europeu foi a mais interessante de todas. Diferentemente dos outros modelos optou por uma trajetória impressionantemente parecida com a do Catarina até um certo momento, tangenciando a costa do RS antes de desviar, mas ainda sem um clássico landfall. VID-20240216-WA0003.mp4 VID-20240216-WA0002.mp4 Vejam como o sistema carrega temperaturas mais elevadas em 500mb. VID-20240216-WA0005.mp4 Em 700mb fica evidente o centro quente, denotando características tropicais e um aparente olho quente bem formado no final do ciclo VID-20240216-WA0007.mp4 Assim como o Europeu, pelo ICON também é possível observar o sistema bem formado e com centro quente, o que poderia tornar a classificação para um sistema tropical.
  9. Friozinho para o potencial do lugar, especialmente nas ondas de frio com boa advecção. Mas para o verão é frio sim 😉. E pelos próximos dias devemos ter a continuidade desse padrão mais frio.
  10. Amanhecer deste 26 de dezembro com friozinho de 7,3°C no alto da região do Cruzeiro (1.600m), em São Joaquim-SC.
  11. Lembro-me bem desse dia. Tinha 12 anos e a gurizada toda da rua reunida com apetrechos para colocar em frente aos olhos. Em Floripa não tivemos a eclipse total, mas deu uma boa escurecida. O melhor de tudo foi ter faltado a aula pra acompanhar o fenômeno. 😂
  12. Os modelos vão convergindo e confirmando um final de agosto abaixo da média, especialmente no sul do Brasil, com destaque para o RS. O padrão europeu tanto no ensemble como no estendido é por um período consideravelmente abaixo da média entre 24 a 31/08, pelo menos. CMC e CFS seguem o mesmo caminho já há algum tempo. O determinístico do GFS aponta para o último terço do mês abaixo da média, mas que terá um pré frontal forte entre 22 e 23/08. O ar frio ingressaria no dia 23 no RS. Prolongando-se pelo restante da semana e com o pico sendo alcançado no outro domingo. Que por ora é mais intenso no Euro e no CMC. Nesse sentido parece consolidada a projeção de um final de agosto abaixo da média e, possivelmente, por um período mais prolongado do que o observado neste ano. As rodagens mais recentes dos modelos determinísticos ainda alternam entre uma incursão mais continental, maritimizada ou até mesmo bloqueada na altura do sul do Brasil. Resta acompanhar as variações que deverão influenciar tanto na precipitação quanto nas anomalias provocadas por esse sistema.
  13. Os ventos da mudança parecem estar querendo soprar a partir do próximo final de semana. O determinístico do euro melhorou bastante o cenário da incursão que vinha sendo apontada. Entretanto convém cautela com essa intensidade pois o cenário proposto pelo europeu é isoladamente o mais forte, enquanto que os outros modelos insistem em algo mais fraco a moderado. No entanto esse incursão mais fraca ou forte poderia abrir as portas de um período abaixo da média até o início de setembro. Cenário que ganha suporte de algumas outras rodagens. Ou seja, há sinais crescentes de um padrão invernal podendo predominar nos últimos terço do mês de agosto. Vamos torcer e acompanhar!
  14. O GFS vez e outra insiste com uma bomba ao redor dos dias 19-20/08. Nessa madrugada ele voltou a sugerir algo grande. Nos modelos de longo prazo há alguma convergência surgindo para um final de agosto pelo menos mais próximo a média. O Europeu saiu algo ligeiramente abaixo para o período. Já o GFS estendido apresenta algo bem mais intenso, na mesma balada do determinístico.
  15. A que tudo indica os modelos seguem com dificuldades em chegar num acordo em relação a trajetória do próximo anticiclone que se aproxima do cone-sul. E isso se reflete na grande divergência existente em relação aos efeitos que o sistema ocasionaria na temperatura pela região. O Euro seguiu uma linha mais pessimista, com a alta pressão tendo pouca influência e um deslocamento muito rápido para o oceano. Em seu ponto máximo o período 08-09/08 teria um resfriamento mais fraco e muito rápido. Tanto que na anomalia de 5 dias o modelo nem chega a indicar um período abaixo da média durante a passagem do anticiclone. O calor retornaria novamente rapidamente e com força. O GFS parece seguir essa linha, porém com efeitos ligeiramente maiores. A área alcançada pelo frio se amplia um pouco entre 09-10/08. E a anomalia em 5 dias é suavemente mais branda que o europeu na faixa leste, porém o oeste continuaria fervendo. O único que ainda revela a esperança para algo mais interessante é o CMC. A anomalia diária no pico da intensidade seria até interessante. E para um período de 5 dias definitivamente teríamos o que se pode chamar de onda de frio. Entretanto com os dois principais modelos indicando algo muito fraco e rapidamente maritimizado, fica difícil dar alguma credibilidade para o cenário isolado do canadense. Preocupa ainda o padrão do GFS que repete o que tem ocorrido ao longo desse inverno, indicando o retorno rápido e furioso do calor para o interior do cone-sul. Definitivamente 2023 não está para amadores.
  16. E julho vai fechando com esse pôr do sol em Florianópolis, visão noroeste desde a ilha, bairro João Paulo.
  17. Os modelos seguem colocando as fichas na segunda quinzena, praticamente mantendo o mesmo cenário do meu post anterior. Enquanto isso as atenções se voltam para a primeira quinzena, que será lembrada pelo intenso calor que fará nestes primeiros dias do mês, sobretudo no centro do continente, em especial na Argentina, no Paraguai e na fronteira pantaneira do centro-oeste brasileiro. Entre a quarta e a quinta-feira alguns recordes, inclusive, poderão estar ameaçados, especialmente em se tratando da primeira quinzena do mês. Caso houvesse o acompanhamento de recordes diários como ocorre nos EUA, sem dúvidas seria uma avalanche de novas máximas para o período. Até a capital portenha e o Uruguai sofrerão com a onda de calor inusual para início de agosto. Logo o calor cederá espaço para um anticiclone polar, mas daí ainda restam muitas dúvidas quanto a trajetória do sistema. O modelo americano GFS em sua última rodada favoreceu bastante a incursão com um deslocamento mais continental e, portanto, bem menos bloqueado do que os outros modelos. Situação que provocaria um belo e muito esperado resfriamento pelo sul do Brasil e leste da região sudeste. Esse cenário do GFS é acompanhado em certa medida pelo modelo de longo prazo CFS. Mas como nem tudo são flores, o modelo Europeu, por sua vez, sugere ainda um cenário menos propício para essa incursão, com um bloqueio atrapalhando o deslocamento mais favorável proposto pelos modelos americanos. No que teria um efeito bem mais restrito na diminuição nas temperaturas pelo Brasil. O modelo canadense é outro que segue em linha com o europeu e aponta um bloqueio ainda mais forte, o que acabaria por ocasionar grandes volumes de precipitação sobre o litoral catarinense. Em linhas gerais observa-se ainda uma importante divergência na evolução deste anticiclone na projeção dos principais modelos, mas que deve trazer alívio ao calor dos primeiros dias do mês, especialmente para a Argentina e Uruguai. A nossa sorte ainda está para ser lançada e depende muito do deslocamento que esta alta pressão seguirá no seu percurso rumo as baixas latitudes.
  18. Com um começo de agosto quente na conta e algumas poucas sinalizações de incursões de ar frio no horizonte para o Brasil, possivelmente com alguns avanços fracos e maritimizados após o dia 05, muita gente se pergunta quando finalmente o frio mais forte voltará? Tenho observado nos modelos uma crescente opção pela segunda quinzena do mês, algo próximo aos dias 20 a 22. O CFS é um modelo que tem estado muito instável, e até rodadas atrás ele insistia por algo mais forte e continental para o final do mês. Infelizmente o CFS abandonou essa ideia no dia de ontem, mas como foram muitas rodadas com essa solução, cabe acompanhar. Isso porque o Europeu estendido também entrou na onda em sua mais recente saída. E outro que segue também acompanhando nessa direção é o GFS estendido. Isso significa que teremos um evento significativo no final do mês? Logicamente que não! E cabe ressaltar que a volatilidade tem sido a tônica neste inverno sob El Nino, com os modelos encontrando muitas dificuldades para solucionar o avanço de mp's pelo Brasil. Ocorre que há sinais esporádicos, mas crescentes, de que algo mais interessante possa surgir na segunda quinzena. Mas ainda sem podermos precisar a abrangência, duração e potência desse eventual sistema. Se trata tão e somente de um sinal, mas que em época de crise pode servir como a última bóia de salvação em um inverno tão entediante.
  19. Segue um breve clip com o meu registro da neve em 14/07/2023 na região mais alta de São Joaquim.
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