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Brasil Abaixo de Zero

floricambara

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Everything posted by floricambara

  1. Caralho, por isso é que eu gosto do litoral daqui. Não é um lugar paradisíaco, longe disso, mas no contexto brasileiro é um lugar bem peculiar. A pessoa consegue ver geada quase à beira do mar e agora até chuva congelada kkk
  2. Aqui não garoou. O céu até já está um pouco mais aberto do que mais cedo. Veremos se durante a tarde a coisa muda...
  3. A Metsul Meteorologia disse que há possibilidade de alguma precipitação invernal em Porto Alegre hoje. Quem sabe caia um graupel, por que não? Em 2016 caiu uma chuvinha congelada muito breve em cidade da região metropolitana.
  4. Só que de forma mais peculiar: com aquela densa vegetação semitropical verde escura, algumas bananeiras e o mar por todo lado. Na verdade, acho que em Floripa, assim como no Sul no geral, crescem desde as bananeiras até os pinheiros do norte da Europa.
  5. Aqui em Porto Alegre as geadas não são lá muito comuns, especialmente nas áreas centrais da cidade (tanto pela proximidade com um grande lago, o Guaíba, quanto pela urbanização). Nas áreas menos centrais e até rurais, como a onde eu vivo, assim como na região metropolitana, são mais comuns, ainda que estejam cada vez menos frequentes. No ano passado, teve só um dia em que registrei geada nos arredores da minha casa. Agora, em 2020, já registrei em dois. Ao que parece, o amanhecer de amanhã e de sábado ambos terão geada, de novo. Quatro dias de geada no ano, até que bastante.
  6. Costa vs. continente (com uma influência de altitude, já que há as serras de sudeste envolvidas também.
  7. O Uruguai todo amanhece numa média de aproximadamente 5 graus. O Rio Grande do Sul, de mais ou menos 6 ou 7 graus. O Paraguai na faixa dos 10. Buenos Aires com 4 graus. As três capitais sulistas, do sul para o norte, com 9, 13 e 10 graus respectivamente. A diferença é que em Porto Alegre e em Florianópolis o dia amanheceu mais limpo, ao passo que em Curitiba há mais nebulosidade.
  8. Em Porto Alegre, 9 graus segundo o Weather, e o céu azul com uma fina camada de nuvens cirrus. No jornal da RBS disseram que fazia 7,9 graus. Arredondemos para 8,5 graus então.
  9. Após uma noite de chuva, Porto Alegre passa por um dia nublado, agora pela tarde com algumas pequenas aberturas no céu. Temperatura amena, 16 graus no momento. A noite já promete ser mais fria.
  10. Noite chuvosa em Porto Alegre e nos seus arredores. Amanhã o dia promete ser ameno e ainda chuvoso, para que depois a quinta e a sexta sejam geladas.
  11. Para se ter uma noção da presença da calefação, é só pesquisar “imóveis com calefação” (em cidade xis). Um exemplo de Porto Alegre: Em Florianópolis: Em Curitiba: Em Caxias do Sul: Em Pelotas:
  12. São essas aí mesmo. Mas são significativas até, pegam boa parte do Sul. No geral, uma melhor qualidade na construção das casas já melhoraria bastante o conforto térmico dos ambientes. Ah, nas classes mais altas de Porto Alegre e de Curitiba, vale dizer, a calefação ao estilo europeu é até que presente. Um dia, vendo um vídeo em que aparecia a casa da Suzane Von Richthofen, parte de uma família rica paulistana, vi um radiador que indicava que a casa tinha aquecimento central também.
  13. Eso que dijiste es verdad. Los aires condicionados son buenos hasta cierto punto, porque si el frío es extremo ya no son tan efectivos. Esas estufas a gas se vienden aquí también, aunque no me parezca que sean populares como las de otros tipos.
  14. Não encontrei nenhuma publicação sobre o assunto neste fórum, então serei eu que o introduzirei. Mas e aí, o que é que vocês usam? Aparelhos de ar-condicionado, aquecedor a óleo, aqueles elétricos pequenininhos, lareira, fogão a lenha, calefatores…? Aqui em casa temos aparelhos de ar-condicionado quente e frio na sala e nos quartos (podemos aproveitá-los o ano inteiro) e um aquecedorzinho elétrico para aquecer o banheiro durante o banho (ou às vezes até para fazer outras coisas, quando o frio é extremo). A cozinha e o resto da casa ficam sem nada, afinal ninguém fica lá por muito tempo mesmo. As formas de aquecimento variam bastante. Nas casas principalmente mais antigas do interior, usam-se bastante os fogões a lenha, em que se esquenta a água do chimarrão e se assa o pinhão. Muitas casas têm lareiras. Outras seguem um padrão mais elétrico, como a minha, com os aparelhos de ar-condicionado, que têm a vantagem de servirem também para o verão, com os aquecedores elétricos (“estufas”), os climatizadores, etc. Apesar de serem incomuns, também existem os sistemas de calefação tradicionais, com os radiadores e tudo isso, além dos sistemas que aquecem o ambiente pelo piso. São restritos às pessoas com mais dinheiro, mas não são lá muito raros em lugares como Caxias do Sul e Porto Alegre. Há além de tudo isso, é claro, os lugares praticamente sem estrutura de aquecimento, e, embora sejam eles mais comuns nas classes mais pobres, tem gente de classe média com casas assim, o que me leva à questão do próximo parágrafo. No Brasil há uma cultura de não se dar importância ao frio. Enquanto na Argentina a calefação é bem comum, por aqui ela já é bem mais limitada, mesmo nas regiões de clima parecido com o argentino ou até mais frio que ele. Isso já foi registrado na história: o viajante naturalista francês Saint-Hilaire, quando passou pelo Rio Grande do Sul, anotou no seu diário que as casas daqui eram gélidas, o vento cortante adentrava livremente pelas frestas das janelas e que o povo, mesmo dentro de casa, ficava muito agasalhado. Ele atribui o descuido com o frio aos portugueses, porque, segundo ele, em Lisboa “as chaminés eram artigo de luxo”. E se procuramos notícias a respeito da questão em Portugal na atualidade, vemos surpreendentemente que isso é de fato algo debatido entre os portugueses, dado que o país é um dos piores da União Europeia no que diz respeito ao conforto térmico das casas, contrastando, curiosamente, com a vizinha Espanha. Há referência a esse fato também na literatura: em Incidente em Antares, do grande Verissimo, o qual como nativo já notara isso, uma mulher estadunidense, numa determinada altura da história, reclamando sobre o povo de Antares, diz mais ou menos o seguinte: “Aqui as casas são geladas no inverno e cálidas no verão”. No mais, há um problema também que está na própria construção das casas: janelas e paredes com frestas, falta de planejamento quanto à incidência de luz solar, etc. Enfim, peço que opinem acerca do assunto, é legal ver as pessoas debatendo. E preparemos os nossos aquecimentos para a onda de frio que está por vir.
  15. Aquela onda de frio em agosto de 2013 foi marcante para o Rio Grande do Sul, nevou bastante em várias e várias cidades. Tem até um vídeo no Youtube mostrando uma pessoa dirigindo até o trabalho em Caxias do Sul com tudo branco na rua. Caxias e a serra gaúcha já são lindas, imagina então o cenário nevado. 😂. Porto Alegre naturalmente ficou de fora da neve, mas fez frio sim. Foi um frio daqueles sem amplitude térmica: o dia inteiro chovendo, mínima de 5/6 graus e máxima de 8/9 graus. Depois quando a chuva foi embora teve o frio normal, 2/3/4 graus, como sempre.
  16. Para Porto Alegre, a neve infelizmente é algo distante. Esfriará, mas menos do que nas últimas ondas polares, que fizeram com que houvesse geada até nas áreas centrais e urbanizadas da cidade, à beira do Guaíba.
  17. Seria muito interessante ver neve nas serras de sudeste do Rio Grande do Sul, como aconteceu em 2013 em Caçapava do Sul e em Encruzilhada do Sul. Mas aí vou ver a previsão do tempo para Caçapava e acabo vendo que simplesmente… por lá não vai chover!
  18. Este é a minha primeira publicação neste fórum, já conhecido por mim há bastante tempo. Sou do Rio Grande do Sul e sempre tive certo interesse tanto pela meteorologia quanto pelos estudos da vegetação. Eu particularmente gosto bastante de árvores decíduas, caducifólias, ou simplesmente “caducas”. Gosto de como nas regiões temperadas elas marcam as estações do ano, dando, em cada uma delas, uma aparência diferente às árvores e ao ambiente como um todo. Aqui no meu estado, o Rio Grande do Sul, mas também no Sul como um todo, elas estão bem presentes. Há as mais comuns, como as extremosas, os plátanos, as cerejeiras e os cinamomos (estes bastante invasores), e as mais peculiares, como os áceres, os liquidâmbares e os álamos. No caso destes últimos, é mais comum vê-los nas regiões serranas, muito embora também sejam vistos em praticamente todas as cidades em maior ou menor grau. Temos também as árvores nativas que perdem as folhas para florir, como as paineiras, os ipês e os jacarandás, mas estas não nos geram o espetáculo de cores outonal, já que não são espécies propriamente de clima temperado. Além disso, há algo interessante a respeito dessa sazonalidade da vegetação. À medida que avançamos na direção sul a partir da região Sul do Brasil, percebemos que a própria vegetação nativa vai adquirindo um caráter de clima temperado. Nos pampas do Rio Grande do Sul, se analisamos as imagens das estradas no Google Maps em diferentes estações do ano, percebemos que há sim uma diferença nos próprios arbustos nativos. Muitos arbustos ficam avermelhados e perdem as folhas com a chegada do frio, ao passo que no verão estão num verde vivíssimo. A primeira foto que deixo é de uma estrada no interior do Rio Grande do Sul em março; a segunda, da mesma estrada em maio. A propósito, já li uma discussão a respeito daquela disputa entre altitude e latitude. Deixando de lado o frio, digo uma coisa: a latitude faz toda a diferença do ponto de vista da sazonalidade. A altitude pode até proporcionar frio, mas a latitude é que proporciona a visão bonita que temos no outono. Em outras palavras, apesar de o trópico de capricórnio passar por São Paulo, é só no Rio Grande do Sul que a aparência da natureza começa a ficar semelhante à dos climas temperados. Isso pode ser provado analisando a faixa litorânea de cada estado: até Santa Catarina (na verdade até o extremo norte do Rio Grande do Sul), o litoral tem uma características bastante tropical. Vemos uma mata de tipo tropical, com um verde escuro bem característico. A partir do Rio Grande do Sul, isso acaba, e a praia já está bem fora do padrão dos trópicos. O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro onde em todo o território, mesmo a nível do mar, a natureza não é tropical. Pensem: Curitiba tem uma aparência e um clima de lugar temperado, mas isso é por altitude. Paranaguá, do lado, na mesma latitude, já é totalmente tropicalizada. Por fim, uma coisa que eu queria dizer aqui, também acerca das árvores caducifólias, é que elas sofrem certo preconceito por parte das prefeituras aqui no Brasil. O preconceito é baseado na ideia de que só as árvores nativas devem ser plantadas, e quaisquer árvores exóticas devem ser limitadas ao máximo. O resultado disso é que há uma espécie de reforço da tropicalidade das cidades, mesmo em relação às sulistas, onde seria possível fazer um misto entre espécies. Os únicos lugares que exploram de fato essa sazonalidade no paisagismo de forma forte são certas cidades serranas da serra gaúcha. Por sorte, temos a iniciativa das pessoas comuns que tomam iniciativa e por si próprias contribuem para o embelezamento das nossas cidades, plantando extremosas, plátanos e até mesmo áceres, álamos e outras. Tenho a impressão de que antigamente essa rejeição às caducas não existia, porque, se pegarmos fotos das cidades sulistas nos anos 40, veremos que era muito forte a arborização com plátanos e álamos, e é assim até hoje no Uruguai e na Argentina. A famosa avenida Farrapos, em Porto Alegre, antigamente era ornada por álamos; hoje, são vários jerivás (há até gente que implica com elas na cidade, devido ao fato de serem sem graça). Por uma questão estética e paisagística, acho que deveríamos tentar ao máximo plantar árvores desse tipo nas cidades sulistas. São lindas. Vai que isso gere até um turismo? Na costa leste dos Estados Unidos existe um turismo do tipo. Pergunto ao uruguaio @Pablo MQL: como é que essa questão é vista aí no Uruguai? As cidades uruguaias são recheadas de árvores caducifólias, e não parece haver nenhum tipo de rechaço a elas. É só cruzar a fronteira, no entanto, que o cenário já não é o mesmo. É isso. Escrevi bastante, mas é que acho que neste fórum há muita gente legal para opinar.
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