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Antes de termos a atual rede de estações, do Inmet e particulares, as mínimas loucas e as maiores máximas, invariavelmente ficavam com cidades da parte norte do RS (Iraí, são Borja, Santa Rosa), além de Uruguaiana, Alegrete, depois veio o período de reinado de Campo Bom (vale dos Sinos). Hoje, com diversas estações espalhadas pelo estado, sabemos que São Leopoldo, Santa Cruz, Teutônia, Lajeado, etc, são tão quentes quanto. Claro que existem variações de um, dois, três graus, mas quando está realmente quente em todo o estado não se percebe muito a diferença, vira tudo um forno infernal (a não ser nos campos de Cima da Serra e extremo sul do RS). Sou de família gaúcha e catarinense, nascido e criado no RS e NUNCA consegui me acostumar com os calores sem noção que faz aqui. E estou longe de ser uma exceção...
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Se não me falha a memória, já deu 32 graus (me corrijam se estiver aumentando, kkkkk) em Santa Maria, à meia noite, numa senhora pré frontal e os moradores desesperados com o vento norte fortíssimo, quente e beeem seco, destruindo o que via pela frente e deixando meio mundo sem energia elétrica. E praticamente todos sem dormir, pois o vento não dá trégua e segue pela madrugada adentro.
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Porto Alegre no Inmet é complicado. Bem complicado. Acredito em -1 no aero, mas o Tomás, que entende do riscado, tem um pé atrás com as estações dos aeros Brasil afora. Não sei se a Metsul ainda mantém alguma estação na cidade, algumas poderiam registrar temperaturas negativas sem a dificuldade do Inmet. Floripa, outra incógnita. Pelo que observei do comportamento de Ratones, -1 é bem plausível e até menos. Campo Grande costuma registrar mínimas muito baixas na chegada do sistema. Não acho absurdo se pensar em - 2 (caso, óbvio, esse cenário se confirme, ainda estou com um pé atrás).
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Uma coisa somos nós, entusiastas do frio, nos decepcionarmos se esse cenário há tanto desenhado não saia exatamente como queríamos. Outra coisa é a população em geral que quer saber se vai dar pra secar a roupa, se vai ter que cancelar a festa ao ar livre da sexta à noite ou se vai dar para sair atabalhoadamente rumo a Gramado para "pegar a neve".... Depois para dizerem que nenhum serviço meteorológico acerta coisa nenhuma e de que a previsão de neve "é comprada" por comerciantes da Serra é um pulo.
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E tu viu os comentários do pessoal? "vai dar neve? MUITA neve?". A gente sabe que, pelo que está posto hoje, a neve pode vir. Mas, qual vai ser o cenário na segunda-feira? Que virá frio, é certo. Mas e todo o resto? Aí, depois a gente vai se obrigar a ler na imprensa gaúcha coisas como "turistas que lotaram rede hoteleira se decepcionam com a falta de neve"... Ou " a PREVISÃO era de neve, mas ela não veio"....
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Aeroporto Salgado Filho reporta 7 graus na zona norte de POA. Climatempo diz estar 5 graus (mas não indica qual estação). Foreca, 4 graus (também não diz qual estação, apenas oferece a opção "aeroporto" e "Porto Alegre"). No app do meu celular (baseado no accuweather, dá 6 graus agora - e apenas 3 em São Leopoldo!). Acho que teremos geada generalizada na Grande Porto Alegre e nos vales do Caí, Sinos e Paranhana.
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Curiosidade off topic - quando eu morava em São Leopoldo era super comum ver geada nos telhados. Quando mudei para porto Alegre nunca mais vi isso. Até que em 2012 (ano de inverno merreca), isso acabou acontecendo e de forma generalizada. Mas nos historicamente frios 2013 e 2016 eu não presenciei o fenômeno, nem no meu bairro, nem em nenhuma parte da capital (o que não quer dizer que não tenha ocorrido algures....)
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Então, Klinsmann, meio off topic: existem trocentas espécies de plátanos, tendo origem na Europa e Ásia. A espécie mais comum no mundo todo - porque é a mais resistente a pragas e cresce vigorosamente - é a Platanus hispanica (o nome já deixa clara a origem), que é a espécie das ruas e parques de Londres, Buenos Aires, Porto Alegre e todo o sul. O plátano é uma das raríssimas espécies exóticas que têm status de "planta oficial" e é protegida por lei aqui no Brasil. É a árvore-símbolo oficial das cidades de São Leopoldo, novo Hamburgo, Dois Irmãos e além de várias outras pelo RS. É a única espécie não-nativa que recebe prioridade de plantio às margens de estrada. Uma curiosidade: várias prefeituras gaúchas cuja a árvore-símbolo é o plátano de Londres têm usado um truque. Ao invés de plantar plátanos em parques e ruas, esses administradores têm usado o Liquidâmbar (originária da América do Norte), cuja a diferenciação do plátano por leigos é difícil e que cresce muito mais rápido--e é infinitamente mais resistente, inclusive a verões tórridos - e as folhas adquirem tom avermelhado no outono (o plátano fica com as folhas douradas). Já há muito mais Liquidâmbares do que platanos nas ruas de Curitiba, São Francisco de Paula, Caxias do Sul, Bento Gonçalves. Porto Alegre tem uma praça linda, que é um verdadeiro bosque, em que 90% das árvores são Liquidâmbares. São Leopoldo, primeira cidade no Brasil a usar plátanos na arborização urbana (isso ainda no século XIX), cujas mudas foram trazidas de navio pelos colonos, está usando esse pequeno truque (por lei, uma estadual e outra municipal, não poderia. Trabalhei na prefeitura de São Leopoldo na época da criação dessas leis e da Rota Romântica, então sei desses paranauês). Eu gosto das duas espécies, mas os Liquidâmbares são muito mais bonitos no outono.
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Sim, frutas temperadas. Mas a disponibilidade de frutas de clima quente é infinitamente maior. Além disso, no caso da Embrapa aqui no Brasil, foram desenvolvidas Variedades tolerantes a calor de morangos, maçãs e uvas (das que eu sei). Deve haver outras, sem contar os estudos, os quais devem ser incontáveis nessa área.