marcio valverde

Respondendo à questão do @Peregrine, aqui no noroeste paulista a maioria das cidades de médio porte faz uso dessa água para o abastecimento público. Que eu me lembre Andradina e Pereira Barreto tem um poço cada e Araçatuba e Birigui possuem dois. São José do Rio Preto tem vários se não me engano. Mas a qualidade dessa água (por aqui tb chamada de aquífero Botucatu) não é das melhores, além do que ela é muito quente e precisa ser resfriada antes de ser distribuída. Os parques aquáticos de Olímpia e Araçatuba e um que está sendo construído aqui em Andradina usam essa água justamente porque ela é naturalmente aquecida. As cidades menores, além de usar água da superfície tb costumar usar água de poços do aquífero Bauru, que é mais raso, cuja água é de melhor qualidade e fria, embora menos abundante. As cidades maiores tendem a usar água de superfície, caso de Prudente que capta água do Rio do Peixe a quase 70km de distância; de Araçatuba que capta do Ribeirão Baguaçu e de uns tempos para cá também do Tietê e de São José do Rio Preto que começou a estudar a captação de água do Rio Grande também distante uns 70 km da cidade.

Tenho acompanhado com ansiedade rsss mas é até difícil acreditar. Se eu abrisse a janela agora e olhasse para o tempo como está não imaginaria chuva para amanhã.

Eu sei que a previsão não aponta para isso mas que medo desse ar polar virar um novo bloqueio.

Eu não sabia desse incêndio também. Já ouvi falar do incêndio que sucedeu a geada de 75. Depois que a vegetação ressecou um grande incêndio devastou o norte do Paraná. No documentário que vi as pessoas contavam que havia a esperança de que as chamas se apagassem quando atingissem o Rio Ivaí (acho que é esse) mas que o vento forte lançou as fagulhas do outro lado do rio e queimou tudo do outro lado também. Parece que atingiu vários municípios.

Eu nunca imaginaria uma seca assim com esses 550mm aqui na região de Araçatuba. A memória desse evento parece ter se perdido ao longo do tempo entre as pessoas daqui mas se algo desse nível se repetir é até difícil prever as consequências.

Estou preocupado com essa coisa. Já dá para ouvir daqui. Por enquanto não indica nada de severo mas ainda está em Andradina. Vamos ver como vai estar quando chegar aqui.

Também passou por aqui. Quando o dia clareou já se via a LI vindo em direção à cidade. Fui à academia, que fica do outro lado da cidade e já cheguei lá sob chuvisco. Lá choveu forte por mais de uma hora. Aqui em casa acumulou apenas 12mm. A temperatura está na casa dos 23°C e o céu segue carregado. Ao que parece a mudança de padrão prevista para a semana que vem foi adiantada.

Muito da sua descrição - assunto que também me fascina - é a história da minha família e da minha cidade. Parte da minha família, italianos e espanhóis, chegou aqui ao noroeste do estado vinda de outras regiões de colonização mais antiga no centro do estado e parte da minha família depois de se fixar aqui se trasladou para o norte do Paraná e de lá, depois da geada, uns migraram para a região de Jundiaí, parte retornou para cá e outros, mais modernamente, foram para a RM de Curitiba, litoral de SC e para o MS. Todo o drama vivido pelo norte do PR depois da destruição da cafeicultura também atingiu o noroeste paulista em cheio mas com uma diferença, nossa região jamais se recuperou plenamente. O norte do PR rapidamente encontrou na cultura de grãos e posteriormente em certa industrialização uma nova vocação. Aqui, a supressão do café esvaziou municípios inteiros que só muito lentamente foram encontrando novas vocações econômicas . Um pouco com o próalcool no final dos anos 70 e novamente com outro surto na indústria sucroalcoleira no início dos anos 2000. Há muitas outras atividades, claro, mas nenhuma tem o peso que tinha o café até meados dos anos 70. Além disso toda a estrutura agrária foi modificada e as pequenas propriedades foram se consolidando em propriedades cada vez maiores mudando para sempre a fisionomia da região. Até hoje, falar com que viveu aquele tempo é falar de recordações muito sentidas de algo bom que se perdeu. Descontada a nostalgia que pode ser tributada aos muitos anos vividos desse pessoal, há muito de verdade nisso. A título de exemplo, minha cidade tinha mais de 30 mil habitantes nos anos 60, mais de 80 por cento na zona rural, hoje, passados tantos anos e tendo mais que dobrado a área urbana desde que eu nasci, ainda não atingiu os 30 mil novamente (90 por cento na área urbana). Claro que o café já vinha cambaleante há alguns anos, mas, bastou uma geada. Também quero me desculpar pelo off mas o assunto não deixa de ter conexão com o clima.

A cidade sul-matogrossense que fica defronte a Ilha Solteira é Selvíria. Trés Lagoas/MS fica defronte a Castilho/SP uns 50 km rio abaixo, separadas em parte pelo lago da UHE de Jupiá e em parte pelo lago de Porto Primavera. Todas igualmente quentes rsss Pereira Barreto tornou-se uma ilha de fato após construção da UHE de Três Irmãos e do canal homônimo à cidade. Vale uma conferida no Google Earth, é bem interessante.

Daqui temos dados desde 1944. Até a década de 60 um pouco falhos. Mas muito interessante. Pena que não tenhamos registros assim das temperaturas. Obrigado ao @Aldo Santos pela dica.

Impressionante a diferença, tanto na capital quanto por aqui. Também impressiona a quantidade de chuva na Serra do Mar. Eu achava que era coisa de uns 2500mm.

A própria hipótese do texto é especulativa e até certo ponto se desmente por si própria. Mas também há aquela teoria - essa melhor comprovada - de que boa parte da chuva que cai na amazônia "depende" da poeira que vem do deserto do Saara. Ou seja, se o Saara não fosse tão seco a Amazônia não seria tão verde. https://www.bbc.com/portuguese/internacional-43360970 Isso para não falar das teorias, baseadas em achados arqueológicos abundantes, que dão conta de que num passado não tão remoto a Amazônia era predominantemente savânica http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/07/amazonia-cresceu-apos-mudanca-climatica-ha-2-mil-anos-diz-estudo.html O nosso ciclo de vida muito curto nos dá a impressão de que tudo ao nosso redor é eterno, mas os achados científicos tem demonstrado que o clima e os biomas são muito mais variáveis do que nós gostaríamos de acreditar. Sendo o homem frágil como é, para evitar o desespero, ele gosta de alimentar a ilusão de que pode controlar alguma coisa mas não controla nada e o pior, ainda não somos capazes de compreender satisfatoriamente os fenômenos que nos atingem agora mesmo. Também eu na contagem regressiva pelo fim dessa onda de calor que não deixará saudade.

Sem perder de foco o fato de que se trata de mera hipótese científica que ainda carece de comprovação. Eu, particularmente acredito na influência, mas seria um irresponsável se dissesse que ela é preponderante.

A pergunta não foi feita para mim mas já fazia uns dias que eu estava querendo relatar isso aqui, então, lá vai: as ultimas chuvas significativas aqui foram em 25 e 26/06 com 27 e 23mm respectivamente. Antes disso a última chuva volumosa foi em 13/04 com 62mm. Março acumulou apenas 95mm , abril 84mm, maio 5mm, junho 56mm, julho 0mm, agosto 6mm e setembro 5mm. Então o prolema não está em setembro que sói ser seco mesmo mas sim em março e abril que foram mais secos do que o normal, o que alongou a estiagem neste ano.

Tive que me deslocar a Birigui bem no meio do dia e em todo o trajeto o termômetro do carro marcou entre 41 e 42°C. Impressionante a uniformidade da temperatura em todo o trajeto e dentro das cidades inclusive que me parecem até menos quentes que a a rodovia. Hoje o dia está menos ventoso do que ontem e mais esfumaçado também. Havia um incêndio grande na região de Valparaíso (cuja estação parece não estar reportando bem os dados ao IPMET já faz alguns dias). Na foto abaixo, sacada no sentido Birigui - Araçatuba mal se vê esta última. Tudo bem que o sol estava contra mas a atmosfera está bem saturada de fumaça. Vou falar uma coisa que jamais achei que diria mas o fato é que um dia de 42°C resulta não muito diferente de um de 38°C, isso talvez em razão da secura do tempo mas os dias de calor úmido do final do ano na casa dos 35°C são igualmente terríveis. A diferença fica pela qualidade do ar. O que deu pena foi ver o pessoal trabalhando no recape da rodovia aplicando asfalto quente no pavimento debaixo desse sol.

Apesar da altitude de BH se ao menos uma parte desse ar quente que está por aqui chegar aí eu acho que atinge porque já ficou bem claro que altitude não esta servindo de muita coisa nessa advecção infernal.

Tó só de olho nessa previsão de volta da chuva. Antes era para o domingo dia 11 depois passou para a segunda, depois para a terça e agora já está na quarta dia 14. Quero ver até onde isso vai parar. Hã! Edit. O Accuweather aposta em chuva já na segunda dia 12.

Que inveja!

No caso da floresta atlântica semidecidual aqui do interior de SP a acentuada perda de folhas no inverno me parece mais associada ao stress hídrico dessa época do ano do que ao frio, já que as geadas não são nem tão frequentes nem tão amplas a ponto de explicar o fenômeno generalizado de desfolhamento da floresta. Não sei qual é o comportamento da floresta atlântica no sul mas parece que lá ela não fica tão pelada no inverno quanto aqui e lá faz mais frio e por mais tempo.

Tem estação da UNESP em Pereira? Eu achei que fosse em Ilha Solteira.

Até que enfim há uma luz no fim do forno, mas dado o grande intervalo até lá acho que a confiabilidade é baixa:

E não é que o centro dessa monstruosidade repousa exatamente sobre as nossas cabeças! Outra coisa que chama a atenção é aquele ponto de quentura lá num cantinho da Bolívia. O que há de especial por lá?

https://rammb-slider.cira.colostate.edu/?sat=goes-16&z=0&im=12&ts=1&st=0&et=0&speed=130&motion=loop&map=1&lat=0&opacity[0]=1&hidden[0]=0&pause=0&slider=-1&hide_controls=0&mouse_draw=0&follow_feature=0&follow_hide=0&s=rammb-slider&sec=full_disk&p[0]=geocolor&x=10958&y=13235

Infelizmente o radar de Prudente está fora do ar e sem previsão de volta. Gostaria de acompanhar a situação no MS pq é de lá que vem a maioria das instabilidades que nos atingem por aqui. Será que há algum radar no MS? Edit: achei um mas não sei se está funcionando bem. https://www.redemet.aer.mil.br/?i=produtos&p=radares-meteorologicos

Está acontecendo algum problema e o site acusa um erro no momento de anexar. Os arquivos são .jpg no PC mas sempre mandei direto do celular sem problema mas hoje não estou conseguindo nem pelo PC e nem pelo Celular. Vai saber.