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Brasil Abaixo de Zero

kevin cassol

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Everything posted by kevin cassol

  1. Da esquerda para direita: Felipe Backendorf Tomás Ruas Augusto Goelzer Vitor Vieira Paulo Gamboa Eu Teve chuva congelada neste encontro e não nevou, como já era esperado. Mas o que não faltou foi alto astral e fortalecimento da amizade!
  2. Eu fui um dos que estiveram presentes na (pejorativamente apelidada por vc) romaria em São chico. TODOS os presentes são autônomos em saber que a chance de nevar era praticamente nula no dia 18, visto que a informação é repassada entre nós. E é justamente isso que se preza pelo encontro: a conversa, as risadas, o friozão, a aventura, e o registro em fotos. Para isso sim, eu estava empolgado. Neve? Nem fiz questão, vejo todo ano praticamente. Objetivo foi rever os amigos de fé mesmo. Vc precisa de amigos irmão, parece muito carente e com o coração amargurado, corroído, repleto de rancor, vibrando porque teus inimigos "caíram no golpe do euro". Te liberta dessa vida medíocre!
  3. WRF COMERCIAL - CASO CORUJAS (SÃO JOAQUIM/SC) Nota: Este post tem conteúdo científico e estatístico, que é o que se espera de uma análise técnica. Pra começar e deixar bem claro, é conveniente que todos aqui neste fórum de meteorologia/entusiastas tenham ciência de que para uma instrumentação de qualidade que produza leituras consideráveis de temperatura do ar seco válidas, é necessário atender a 3 pilares fundamentais/critérios: 1 - SENSOR 2 - ABRIGO 3 - AMBIENTAÇÃO Estes critérios são mencionados em artigos, blogs ou publicações, como por exemplo: https://www.encyclopedie-environnement.org/en/air-en/ground-weather-observations-what-is-measured-and-what-is-done-with-it/ 1 - SENSOR: É o dado bruto, determinado através da corrente elétrica que passa dentro de um sistema elétrico. Os parâmetros elétricos são influenciados pela própria variação na temperatura, independente das condições de exposição. O dispositivo eletrônico o interpreta e retorna em temperatura, análogo a uma mola, que mede a grandeza força, interpreta a força-peso, e como a aceleração em F=m.a é uma constante, retorna o dado em massa. É basicamente o dado cru e fundamental. Dando ênfase nos sensores elétricos, eis alguns deles: - Sensor de Temperatura Infravermelho sem contato - Sensor de Temperatura Interruptor bimetálico - Sensor de Temperatura Termopar - Sensor de Temperatura RTD (Detectores de Temperatura de Resistência) - Sensor de Temperatura Termistor FONTE: https://www.manualdaeletronica.com.br/sensor-de-temperatura-tipos-caracteristicas/ 2 - ABRIGO: É o escudo que permite o sensor de qualidade coletar a informação de temperatura (bulbo seco) do ar. Requer aprovação do primeiro critério (sensor) para fazer sentido, senão nada adianta abrigo bom associado a sensor ruim ou impreciso, pois uma coisa vem DEPOIS da outra. Os pratos devem ter a função de REFLETIR para fora a radiação eletromagnética na faixa do visível e PRINCIPALMENTE INFRAVERMELHA, que é a frequência que aquece superfícies. São duas direções predominantes de radiação que atinge o abrigo: direta e indireta. - Direta: é a radiação que vem por cima, sobretudo com sol lateral, que é o motivo da existência da dobra na borda do prato (o prato da WRF comercial é PLANO - não deveria). FONTE: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1682435663-estaco-meteorologica-autnoma-wi-fi-monitoramento-remoto-_JM https://www.davisinstruments.com/products/wireless-vantage-pro2-with-standard-radiation-shield - Indireta: é a radiação REFLETIDA pelo solo, sobretudo em meses de maior insolação, como o verão, e situações com neve acumulada sobre o solo. Esta radiação refletida entra por baixo e deve ser dissipada pela parte plana interna do prato do abrigo. Logo, você NÃO PODE conseguir enxergar o sensor dentro do abrigo, pois se é possivel vê-lo, também é possível a luz incidir sobre ele, logo, absorvendo calor por radiação indireta. O sensor deve operar NO ESCURO e a temperatura NÃO PODE ser maior nem menor que o ambiente em que se encontra inserida. Inclusive é interessante alguns abrigos estáticos (não-aspirados) terem pintura preta na borda interna de cada prato por uma questão de ALBEDO, a fim de absorver o calor radiativo e evitar transmissão para o sensor. FONTE: https://www.researchgate.net/publication/310822203_Computational_Fluid_Dynamics_Analysis_on_Radiation_Error_of_Surface_Air_Temperature_Measurement Como conteúdo CIENTÍFICO extra para quem deseja aprender mais sobre abrigos, incluindo abrigos aspirados, deixo aqui embaixo este vídeo onde é ilustrado de forma claríssima a mecânica dos fluidos interagindo com os pratos e sensores. O vídeo é repleto de dados e estatística, no qual você mesmo pode tirar a conclusão de como deve se deve comportar um sensor frente a um referencial confiável. 3 - AMBIENTAÇÃO É o respeito com as regras de distanciamento dos obstáculos que possam interferir nas propriedades atmosféricas naturais do local, sob ponto de vista local e não geográfico. Estas considerações quando respeitadas 100% dão o título de ESTAÇÃO SINÓTICA - Meteorologia Sinótica - Wiki - para a estação meteorológica. E sim, este é o motivo pelo qual se instala estações em locais desabitados, e não "onde estão as pessoas": monitoramento do fluxo atmosférico terrestre natural e seus valores estatísticos para melhor compreensão dos seus fenômenos envolvidos. Considerando que a estação já se considera aprovada nos critérios 1 e 2, explicados acima, é possível verificar microclimas e efeitos de má ventilação, bem como ilhas de calor, causadas por proximidades de casas, árvores, pavimentações, etc. Repito: de nada adianta verificar este critério sem estar de acordo com os dois primeiros, seria utopia, e por isto segue esta ordem. As escalas de grandeza dos elementos de interferência podem ser divididas em 3 categorias: FONTE: https://library.wmo.int/doc_num.php?explnum_id=9286 artigo indicado para um bom entendimento do efeito da interferência dos elementos sobre o vento, com ênfase no meio urbano, de modo a explicar porque insistimos em não instalar estações próximas de casas ou árvores. Tomando ciência do comportamento turbulento da atmosfera fluindo através de obstáculos naturais ou artificiais, foram definidos critérios de distanciamento e regras de distanciamento ao longo de anos, para a instalação de uma estação meteorológica PADRONIZADA. Estações padronizadas podem servir de REFERENCIAL CONFIÁVEL para os valores atmosféricos naturais intrínsecos à geografia de um ponto específico no planeta. Abaixo, temos a orientação da Campbell Scientific para a situlocalização ideal de uma estação e, logo, medição PADRÃO da temperatura do ar: FONTE: https://www.campbellsci.com/weather-station-siting E ainda, outro artigo informando o distanciamento de uma estação meteorológica como sendo 7 a 10 vezes a altura do obstáculo mais próximo, como árvores ou edificações: FONTE: https://extension.arizona.edu/sites/extension.arizona.edu/files/pubs/az1260.pdf Basicamente o motivo de estampar o CONSIDERO em estações situadas em ambientes isentos de todas estas interferências. São exemplos de estações bem posicionadas, que respeitam os 3 critérios (note que só citei baixadas, propositalmente): - Terra do Gelo/BJS/SC (Davis Vantage Vue) - Campo Belo/PNI (Davis Vantage Pro2 - com atenção ao cooler operando parcialmente - critério 2/abrigo) - Curral de Pedras/Pinheiro Machado/RS (Davis Vantage Pro2) - Linha Cavalhada/Barra do Ribeiro/RS (Davis Vantage Pro2) Exemplo de estações que respeitam os critérios 1 e 2, mas falham no critério 3: - INMET Campo Bom/RS (Vaisala) - motivo: árvores de mata ciliar a 8m - Cristo Rei/São Leopoldo/RS (Davis Vantage Pro2) - motivo: muros de residências a 5m - Licínio de Almeida/BA (AW 2902) - motivo: árvores a 4m - Plastcromo/Parobé/RS (Davis Vantage Pro2) - motivo: pátio de estacionamento/pavimentação TESTES FEITOS AQUI: Este aqui é um teste que eu mesmo fiz em 29/ago/2020, onde ilustra o efeito do posicionamento de uma estação com dados e gráficos utilizando de duas convencionais com dois sensores Hobo e La Crosse. Este teste foi realizado após verificar pequenas diferenças nos efeitos de sensor e abrigo. Desprezíveis me refiro ao valor praticamente nulo na análise de erro. Verificar o critério de sensor ocorre primeiro para que os critérios seguintes não sejam mascarados. Após o teste de sensor e antes do teste de ambientação, verificação dos critérios de SENSOR e ABRIGO combinados, e aprovados abaixo: abrigos a 2m de distância (desnível de 20cm) Minimas 14.10/14.1°C (erro 0.00°C) Máximas 30.68/30.7°C (erro 0.02°C) Máximo erro instantâneo -0.4/+0.4°C Média do quadrado dos resíduos da amostra de dados: 0.02 Pra quem não sabe, esta é a maneira correta de verificar desvio - não usando média absoluta. Senão um desvio de +10 durante o dia poderia anular um desvio de -10 durante a noite, resultando em 0.0°C de "erro" e assim sendo uma estação perfeita, o que é claramente uma utopia sem sentido nenhum. Leitura necessária para o entendimento da metodologia: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Método_dos_mínimos_quadrados Após a proximidade das árvores: Média de 5 dias ensolarados: Outro teste feito com abrigo de pratos em Portão/RS, mostra uma precisão ainda melhor quando colocados em ambiente ventilados. Quando a instrumentação atende os 3 critérios de sensor, abrigo e ambientação, não há motivos para desvios na medição. Mesmo com a distância de 244 metros, ficam evidentes apenas os efeitos locais relativos à sua própria geografia: Foi considerado o dia mais desfavorável ao desempenho do abrigo, o dia 09/05/2022 (ensolarado), E para o desempenho do sensor o dia 11/05/2022 (chuvoso). Situação de tempo seco e ensolarado: Minimas 7.9/8.1°C (dif 0.2°C) Máximas 25.6/25.3°C (dif 0.3°C) Máximo erro instantâneo -1.8/+1.0°C - questão de timing do aquecimento natural do local, não é erro. Média do quadrado dos resíduos da amostra de dados: 0.14 Situação de tempo úmido e chuvoso: Minimas 11.8/11.7°C (dif 0.1°C) Máximas 20.6/20.7°C (dif 0.1°C) Máximo erro instantâneo -0.7/+0.5°C - mesma questão de timing por estarem distantes Média do quadrado dos resíduos da amostra de dados: 0.03 CONCLUSÃO DO TESTE: Em dias ensolarados, o principal impacto nas diferenças locais é exclusivamente a distância entre os sensores: ao amanhecer, quando bate sol primeiro em um antes do outro, ele aquece na frente, mas logo a mistura e turbulência do ar faz com que se homogenize as diferenças na hora mais quente do dia. Já nos dias chuvosos sem radiação solar e elevada umidade, a diferença é desprezível, inferior a 0.3°C, mostrando que SÃO SENSORES E ABRIGOS DE QUALIDADE, e lembrando também que estavam a 244 metros entre eles. De maneira resumida, vou deixar aqui, um terceiro teste rápido de sensor (critério 1) que fiz usando dois dataloggers da Hobo dentro do mesmo abrigo, cujo resultado foi de 0.0°C em todos os parâmetros estatísticos na variável temperatura do ar. E ainda, um outro levantamento de dados a partir de um referencial confiável de temperatura, para definir uma equação de calibração de erros causados por um sensor com desvio/descalibrado, tornando seus dados consideráveis. AGORA VAMOS DE WRF COMERCIAL: WRF EM ADAMANTINA: SENSOR: Uma WRF comprada por Matheus Bonato mostrou alguns dados absurdos, conforme foto tirada por ele. Esta é única foto existente do experimento, pois as demais foram perdidas no telefone que estragou. O que acontece aqui é o seguinte: foi tirado o sensor termohigrômetro do abrigo da WRF e colocado dentro de um abrigo de pratos artesanal, que teve dados menos absurdos que os do abrigo original, na qual passavam dos +2.5°C de erro instantâneo. O referencial confiável é um termohigrômetro Ecowitt WH32, e o teste foi feito no dia 18/08/2021, e os dados podem ser encontrado nos IDs Wunderground IADAMA1 e IADAMA2. Os dados registrados por ambos os sensores no mesmo abrigo estão a seguir: Ecowitt: WRF Comercial: De cara, já se percebe que uma teve 36.2°C e a outra 38.8°C. Deveriam ser iguais por estarem no mesmo abrigo. Problema exclusivo de sensor, e lembrando que a WRF era nova. Fazendo uma sobreposição de gráficos, tem-se o seguinte: Dados de ponto de orvalho calculados com a equação de Tetens, conforme Temp e UR informada. Média do quadrado dos resíduos: 5.00 (meus testes apontavam 0.14 com estações independentes a 244 metros uma da outra) Desvio fixo em 2.2°C de dia e de noite. Não é problema de abrigo, é problema de SENSOR, pois é constante durante as 24 horas do dia. Exemplos do efeito de sensor errado: - Meça sua temperatura corporal sem febre em 38.5°C. - Congele água a 2°C. - Avance 100 anos em aquecimento global na Terra. Lembrando que o abrigo original da WRF foi jogado fora pq ainda se somava mais 1°C de erro durante o dia. Lembrando: estação nova. Qualidade passou longe nesse caso. PONTO DE ORVALHO: Outra coisa que se nota é que a WRF Comercial reporta valor errado de Ponto de Orvalho. Como pode a UR atingir 12% e o PO não ser menor que 10.3°C ? De acordo com a Equação de Tetens, que calcula o PO a partir da Temperatura e UR do ar, vc não teria como conseguir 12% com este PO mínimo. Mesmo com 38.8°C, seria obrigatório que o PO atingisse 4.3°C para tal, ou seja, a própria WRF calculou errado 10.3°C e enviou para o Wunder. https://en.wikipedia.org/wiki/Tetens_equation Esta variável pode ser calculada facilmente pela fórmula: PO=237.3*(1/((237.3/(237.3+T)-LN(U)/17.3))-1) ou UR=100*EXP(-(410529*(T-PO))/((2373+10*T)*(2373+10*PO))) WRF EM GUATAMBU/SC: Outra prova de inconsistência nos dados (menos grave que a do Matheus de Adamantina), provada sem querer, espontaneamente com uma Ambient Weather WS 2902 nova instalada ao lado (IDs Wunder IGUATA2 e IGUATA6): Foto de 29/05/2022 Foto de 29/06/2022 SENSOR TEMPERATURA: Escolhi um dia ensolarado com amplitude térmica, com sensor e abrigo se mostrando ineficaz, medindo temperatura muito abaixo da real, ilustrada pela WS 2902 como referencial confiável. Dados de 30/07/2022 Em cores fortes: WRF Em cores fracas: WS 2902 (referencial) Minimas 5.3/4.0°C (dif 1.3°C) - inaceitável Máximas 16.9/16.9°C (dif 0.0°C) Máximo erro instantâneo -0.4/+1.8°C Média do quadrado dos resíduos da amostra de dados: 0.71 Percebe-se o efeito combinado de Abrigo ruim + sensor ruim + ambientação terrível. Tudo se soma, e acaba acertando por acaso a temperatura da WS 2902 em algum momento. Mas nem tudo que parece, é. Como toda estação, os 3 pilares da medição padronizada entram aqui, e neste caso os 3 tem falhas. Se decompor os 3 efeitos, o erro de cada um se comporta de uma maneira similar à essa: 1 - SENSOR: Em vermelho, o efeito do erro (negativo) do sensor ruim, com ênfase na madrugada, onde a irradiação e umidade agrava o erro ainda mais. Percebe que o efeito de sensor é um tanto constante, assim como o caso de Adamantina, que estava isento dos outros 2 efeitos. 2 - ABRIGO: Em amarelo, o efeito do sol, incidindo sobre o abrigo, porém barrado pela presença de árvores na parte da manhã. 3 - AMBIENTAÇÃO: Em verde, o efeito da sombra das árvores que acontece pela manhã, enquanto o sol está a nordeste, subtraindo o superaquecimento devido à falha do abrigo ruim (abrigo na sombra é óbvio que o sol não aquece). A tarde o sol incide, e o efeito de superaquecimento é totalmente pela falha do abrigo. Soma-se estes desvios positivos para aquecimento e negativos para sensor, e eventualmente vai "acertar" a temperatura no momento em que o sensor tiver -1.0°C e o aquecimento do abrigo tiver +1.0°C. Mas não se esqueça: relógio parado acerta a hora 2 vezes por dia! Não sei se é proposital, mas parece ser uma gambiarra pra tentar aproximar a medição do real. E as vezes até que funciona, mas chamar isso de qualidade, é deboche. SENSOR UMIDADE: Outro exemplo de erro no cálculo de umidade segue abaixo: Duas estações diferentes, Ecowitt e WRF, reportando a exata mesma Temperatura, porém, a WRF com UR MAIOR, retorna PO MENOR. Sim, ela é a única que erra, é o patinho feio, tanto nos dados de Adamantina, quanto nos dados de Guatambu (outra WRF). Davis, Ambient Weather, Acurite, Ecowitt, La Crosse, todas são coerentes em seus PO e UR. Ecowitt Portão/RS: WRF Comercial Guatambu/SC: Tentei explicar, mas em vão. Articularam que a culpa é do Wunderground. Será? As estações todas costumam reportar apenas Temperatura e UR para o Wunderground, e ele mesmo tem uma calculadora de PO interna. Ao informar a T e a UR, ele automaticamente retorna o PO sozinho (o que a maioria das estações fazem), mas se informar manualmente o PO, ele prioriza o PO que a estação informou manualmente. Isso pode facilmente ser provado aqui: Coloque 2 estações reportando no mesmo ID, com temperaturas diferentes, sendo a mais fria a cada 5 min e a mais quente cada 15 min. Dará conflito de leitura, mas o gráfico plotado será do valor MÁXIMO dos reports no intervalo de 5 min para T/UR/PO, ou seja, será o dado bruto da estação de valor maior, porém no table, será exibido o valor MÉDIO das leituras, nas variáveis T/UR/PO. Para este exemplo, usei uma estação com 17.7°C/PO 13.2°C e outra com 11.8°C/PO 11.7°C. Nenhuma estação reportou 13.0/PO 12.0°C, pois uma estava com 17.7°C e a outra 11.8°C. Portanto, de onde vem tal valor? Bingo: o Wunder calcula sozinho, e sim, ele usa a equação correta. E segue acontecendo, neste dia 01/08/2022, muito curioso 23.9°C/58% ser PO 15.5 e 15.0 ao mesmo tempo: Começando errado e com incoerências, sem assumir o desconhecimento do seu próprio instrumento fabricado, a medição de umidade já mergulha em utopia e o produtor rural já está sendo enganado com um produto de qualidade duvidosa, assim como o Matheus Bonato se sente enganado até hoje. Isso vai longe. WRF CORUJAS EM SÃO JOAQUIM/SC: Pois bem, instalaram uma WRF, que já vinha com longa bagagem de dados inconsistentes, frente às já consagradas Davis, Ambient Weather, La Crosse, Ecowitt, em um local com as temperaturas mais extremas monitoradas de São Joaquim (de fato, muito forte em mínima). Onde DEVERIA ter excelência, para ser destaque na esfera meteorológica do país, em vez de espetáculo, virou um circo. Todas as fabricantes de equipamentos meteorológicos do mercado costumam ter seus produtos testados e extraídos seus dados de testes feitos nos diversos tempos por muitos usuários aqui neste espaço. Houve a época em que a Acurite era referência no pior dado de temperatura do mercado, porém o seu problema era apenas o abrigo praticamente inexistente na medição da temperatura. Atualmente tem mostrado melhora no desempenho nas novas atualizações (tema para outro post). Sobre a marca WRF Comercial, desde 2021 é falado por diversas pessoas que a marca peca em qualidade nos seus produtos, tem problemas e dados inconsistentes (não só de temperatura). Então para verificação foi colocada uma Davis Vue no local. A davis está com problemas na UR por ser antiga, mas está ok na Temperatura. Começou uma militância em defesa de alguns interesses pessoais (WRF Sport Club), teve quem criticou a Davis Vue, se baseando de variáveis escolhidas a dedo, que "puxam o assado pro seu lado" quando convêm (dois pesos, duas medidas). A Davis até pode ser um tanto antiga, mas os dados de temperatura são consistentes, mesmo tendo a aparência de descaso, o importante é a saúde e integridade do sensor, até por quê a WRF é nova, né? Não deveria ser impecável? Dadas algumas divergências, colocou-se uma Ambient Weather nova ao lado, e isso foi incrível: mostrou que além da temperatura duvidosa, deixou claro que os vários outros sensores meteorológicos da WRF também tem qualidade duvidosa. De cara: a WRF tá bem mais alta que a ambient weather. E em um local onde a temperatura de relva (em situações de ar extremamente seco) é falada por diversas vezes que podem ter diferenças superiores a 10°C em relação a temperatura em 2m. Deveriam ficar na mesma altura, né? Essa diferença de altura traz um efeito favorável aos militantes da WRF Sport Club: a potencialização do acúmulo de ar frio de madrugada na Ambient Weather, minorando o erro de sensor noturno da WRF (imagine o que não faz 10°C de contraste em 2m de desnível). Teste justo se faz com sensores em altura igual, como foi feito em Guatambu/SC e lá o efeito de cada parcela de erro ficou muito claro sua contribuição, descrita acima. Desta forma, erros podem vir suavizados e diluídos, mas abaixo, verá que o padrão de comportamento e de erro é um tanto parecido ao de Guatambu e de possivelmente centenas de WRF comercializadas por aí, o que é lamentável para o lado de quem paga por um instrumento de qualidade (cliente), e para o lado de quem preza pela qualidade dos dados que descrevem a climatologia de uma região (ciência). Dadas considerações de instalação para execução do teste, foi verificado os seguintes dados para o invervalo em que estiveram as três juntas (22/07 a 31/08). Dados podem ser encontrados nos seguintes IDs Wunderground: ISOJOA20 - WRF ISOJOA28 - Ambient Weather ISOJOA29 - Davis EXTREMOS DIÁRIOS: Estas são as mínimas e máximas compreendidas entre o período da manhã e da tarde. Não estão sendo consideradas invertidas neste caso. Agora para ver o padrão de aquecimento e comportamento de sensor e abrigo, os dias são parecidos. Todos os dias tiveram vantagem para a WRF, visto que se tivesse nivelada em altura igual, a diferença nas mínimas poderia ser maior. DADOS INSTANTÂNEOS: DESEMPENHO COMBINADO ABRIGO+SENSOR DE TEMPERATURA: 27/07/2022 - Condição de tempo seco e estável: Com a finalidade de submeter ao teste prático tradicional de uma estação meteorológica instalada em campo, em ambientação padronizada e respeitando o distanciamento de obstáculos (critério 3): DAVIS WRF AMBIENT WEATHER Considerações: Extremos do dia já citados na tabela acima. Ponto de orvalho calculado pela fórmula de Tetens, partindo da Temperatura e UR informadas pelo sensor. Não foi considerado PO da Davis pois ela desvia quando entra em saturação. Abaixo, a diferença entre cada estação submetida ao teste, frente ao referencial confiável. DAVIS - AMBIENT WEATHER WRF - AMBIENT WEATHER Admitindo a Ambient Weather nova como referencial confiável: Máximo erro instantâneo entre Davis-AW: -1.9/+1.1°C (-0.8/+1.0 fora do pico isolado de timing) Máximo erro instantâneo entre WRF-AW: -1.0/+2.4°C (-1.0/+0.4 fora do pico isolado de timing) Média do quadrado dos resíduos (Davis-AW): 0.148 - mesmo desempenho do meu teste realizado em Portão/RS a 244 metros de distância. Média do quadrado dos resíduos (WRF-AW): 0.235 - contribuição de erros acumulados da madrugada tem principal peso neste valor. DESEMPENHO APENAS DO SENSOR: Agora o mesmo resultado de erros referente ao período noturno (0h-7h em união com 18h-24h) para efeito somente de sensor (1) excluindo o efeito de abrigo (2) do período diurno: Máximo erro instantâneo entre Davis-AW: -0.3/+1.0°C Máximo erro instantâneo entre WRF-AW: -1.0/+0.4°C Média do quadrado dos resíduos (Davis-AW): 0.086 - erro ok Média do quadrado dos resíduos (WRF-AW): 0.232 - erro bem maior Padrão de comportamento de erro/imprecisão por regressão se mostraram semelhantes nos demais dias desta amostra de dados. WRF comercial claramente marca temperatura inferior ao referencial confiável durante a madrugada, especialmente em dias onde a perda de calor por irradiação é intensa, podendo chegar a 1.5°C de diferença pontualmente, LEMBRANDO QUE ELA ESTÁ MAIS ALTA QUE AS OUTRAS ESTAÇÕES, o que claramente dá vantagem por poder mascarar agravamento do desvio em noites secas de forte estratificação térmica - e isso é inaceitável. 28 e 29/07/2022 - Condição de tempo úmido e chuvoso: Situação onde não existe desvios relacionados à insolação durante o dia e perda radiativa de calor durante a noite. As temperaturas devem ser OBRIGATORIAMENTE IDÊNTICAS durante todo o período instável. DAVIS WRF AMBIENT WEATHER Abaixo, a diferença entre cada estação submetida ao teste, frente ao referencial confiável, que é a Ambient Weather. DAVIS - AMBIENT WEATHER WRF - AMBIENT WEATHER Aqui não precisa ter 50 anos de experiência pra perceber que a WRF claramente informa o valor ERRADO de temperatura em -0.7/-0.9°C durante todo o período chuvoso onde deveria marcar honestamente a mesma temperatura das demais estações, com bônus de erro constante em -0.7°C totalmente explícito, causado por efeito de SENSOR, em outra noite VENTOSA, em advecção de ar polar que ocorreu durante o dia 29 inteiro até o dia seguinte, revelando o que já era esperado. Quem diria hein! OUTRAS VARIÁVEIS: Uma estação meteorológica de qualidade não se resume somente em termohigrômetro. Analisar friamente só estas duas variáveis seria desonesto de minha parte. Então vamos para os próximos sensores. Higrômetro: Apesar dos dados de UR da WRF "Corujas 1" estarem com precisão aprimorada frente aos sensores das outras duas estações WRF de Guatambu e Adamantina, vistas neste post, segue cometendo a mesma gafe de fazer o cálculo errado de ponto de orvalho e reportá-lo para o Wunderground. Seria redundância trazer outra vez o mesmo fato. Os valores estão no Wunder e podem ser consultados à qualquer tempo. Vale apenas calcular manualmente o valor do PO pela fórmula de Tetens, partindo da T e UR informada, como feito no gráfico das 3 estações acima e desconsiderar o PO informado pela estação reportado no Wunder. Barômetro: Uma verdadeira piada neste caso. Não cabe analisar o sensor, uma vez que ele não apresenta qualquer comportamento lúcido e atinge valores absurdos e caóticos à qualquer instância. 26/07/2022 27/07/2022 Curto e grosso: ao que se apresenta, antes no lixo que no wunder, ESTE sensor, NESTA estação. WRF de Guatambu apresenta dados de barômetro corretos, com a observação de que ela está reportando a pressão absoluta, enquanto a Ambient Weather está reportando a pressão reduzida ao nível do mar. Anemômetro: Dados do dia 27/07/2022: dia calmo com estabilidade. Referencial confiável: Ambient Weather Velocidade do vento da Davis Vue correspondendo à Ambient Weather com boa precisão, mas parece estar com a biruta travada pois ela é inexistente (possível ver na foto). Velocidade da WRF parece ok, brisa da madrugada das 3 estações concordam entre si, mas pela tarde ele simplesmente desaparece, adivinha: justamente quando venta com mais intensidade. Em todos os dias acontece isto. A direção do vento é imprecisa e não faz o menor sentido. Parece não saber quem é a ponta e quem é a cauda, fazendo 360° o tempo inteiro ao invés de apontar para a direção certa com clareza. Além da imprecisão de exibir os dados em quadrantes de 45° em 45°, o que deixa o gráfico magro. Demais dias de teste apresentaram o mesmo padrão de comportamento nos respectivos anemômetros. Derrota para a WRF na variável vento. Pluviômetro: Único evento com precipitação do período em que esteve as 3 estações operando durante o teste, foi a noite e madrugada dos dias 28 e 29/07/2022. A chuva começou no início da noite do dia 28 e seguiu até a madrugada, onde parou. Pela manhã, uma leve garoa movimentou pela última vez a báscula dos pluviômetros. 28/07/2022 29/07/2022 A WRF comercial simplesmente não consegue manter o volume de chuva acumulado no dia até fechar as 24 horas. Perde valores acumulados anteriormente no meio do evento e a informação ao wunder fica defasada, faltando acumulado. O valor de precipitação total no dia é claramente errado, consequência dos resets involuntários que ocorrem. O valor deveria ser de 8.12 mm (0.25+6.86+0.51+0.25+0.25) no primeiro dia e 6.86 mm (1.02+5.59+0.25) no segundo dia. Precisão no valor da precipitação: Dia 28: 9.4 mm - Ambient Weather 10.67 mm - Davis Vue (13% maior) 8.12 mm - WRF (14% menor) Dia 29: 8.1 mm - Ambient Weather 9.4 mm - Davis Vue (16% maior) 6.86 mm - WRF (15% menor) Dado mostra tendência da WRF exibir valor menor que o reportado pelas outras duas estações. Em uma chuva de 100 mm a imprecisão começa a ganhar tamanho em igual proporção. Isso é algo que poderia ser facilmente calibrado, ajustando a volumetria da báscula do pluviômetro, de modo que cada tombamento gere um volume de 15% maior que o apresentado por tombamento, conforme referencial confiável. A Ambient Weather, apesar de estar possivelmente com o relógio atrasado em 1 hora, reinicia a contagem as 23:00 mas não peca em precisão. Isso é facilmente ajustado e corrigido no console da estação. Radiação Solar: Um dia com céu azul sem nuvens foi possível no dia 26/07. Curva de radiação solar da WRF parece excelente, com um pico na parte da manhã. Normalmente pode ocorrer devido a uma gota de orvalho ou garoa que funciona como uma lupa no sensor quando ele é pequeno (isto ocorre nas Ambient Weather). Ou é mais uma falha aleatória e involuntária mesmo - que é mais provável neste caso, devido ao ponto ser exclusivo e isolado. O que resta é a concordância entre os valores máximos de pico de radiação. 612 W/m² - Ambient Weather 480 W/m² - WRF Pelo sensor da Ambient Weather ser simples e pouco preciso, fica indeterminado qual é a curva de radiação correta. Uma Davis Pro2 6162, referência na medição de radiação solar, poderia ser o referencial confiável neste caso e definir isto. O índice ultravioleta, que é grosseiramente proporcional à radiação solar, da WRF é exibido todo com valor nulo no gráfico. A WRF de Guatambu também faz igual. Poderia vir de fábrica programada para reportar somente a radiação, sem UV. CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS: Depois de todas estas considerações e fatos, ilustrando o comportamento de sensores testados por mim e por outras pessoas aqui no meu monitoramento, dá pra afirmar com propriedade que, se você dispõe de condições para comprar uma estação meteorológica, WRF COMERCIAL NÃO PODE SER UMA OPÇÃO no seu projeto. Minha mais sincera crítica pessoal (e de outras dezenas de entusiastas e meteorologistas profissionais de respeitável conhecimento técnico), é a de que passar pano pra equipamento ruim, por desconhecimento é até compreensível, afinal, todos temos o tempo certo de aprender (ninguém nasce sabendo, né?). Mas quando isto é consciente, e em proveito de vantagens pessoais vagas e subjetivas, além de vergonhoso, é de extremo retrocesso para todos, sem exceção. Fica minha dúvida se realmente o equipamento dispõe de ensaios laboratoriais de qualidade (dizem eles que sim, pelo instagram), mas uma vez que vêm de fábrica com estes defeitos/imprecisões, acho pouco provável - ou é descaso mesmo. Deixo aqui um exemplo de certificado de calibração de uma Davis Vantage Pro2 adquirida por mim recentemente: https://www.mediafire.com/file/gixdj8xxujy5uef/1178-21-+Certificado+Calibração+Davis+(1).pdf/file Como se sairia um ensaio destes com uma estação WRF comercial? Tenho muita curiosidade. Lembrando que uma estação da WRF custa R$ 2.400,00 conforme anúncio abaixo: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1682435663-estaco-meteorologica-autnoma-wi-fi-monitoramento-remoto-_JM Quem conhece o ditado: "não troque o certo pelo duvidoso" sabe do que eu tô falando. Portanto cuidado, quem está iniciando na caminhada, pois embasada em todas estas citações, referenciação bibliográfica e experimentações seguindo uma metodologia bem definida e claríssima, quero chamar a atenção disso. Ao meu ver (espero que seja consenso), ciente destes dados, é uma atitude de pouca inteligência investir um tal valor em uma WRF, (tampouco indicar e enganar a outrem), sobretudo em locais de clima extremo, onde podem ser potenciais destaques inclusive na mídia, estando ciente destas opções abaixo, já consolidadas no mercado meteorológico, com preços não menos competitivos: Davis - robustez e segurança nos dados para uso científico e profissional; Ambient Weather - praticidade e custo benefício "all in one" para iniciantes e uso doméstico; Ecowitt - o melhor custo benefício e versatilidade para iniciantes com excelente qualidade e precisão nos dados entregues. Em todas estas marcas realizei testes básicos e a qualidade entregue foi ótima, tanto que uso em meu próprio monitoramento sem hesitar. Tudo isso, sem pesar mais nem menos no bolso do usuário, portanto, WRF: esqueçam. Quanto ao monitoramento das variáveis meteorológicas e divulgação das mesmas: Se for para fins científicos: qualidade, por favor. Se for para agricultura: qualidade, por favor. Se for para fins recreativos: qualidade, por favor. Se for para medir errado/fora das regras: faça isso offline e, se possível, bem longe daqui. Lembrando que os melhores cientistas do mundo trabalham sempre com os melhores equipamentos do mundo. Leiam e estudem, pois o conhecimento está disperso na sociedade e cada indivíduo só é capaz de deter uma parcela ínfima do conhecimento disponível (Friedrich A. von Hayek). Um abraço e fiquem com Deus.
  4. ANÁLISE ESTATÍSTICA DA CLIMATOLOGIA DE NOVA SANTA RITA Série histórica de dados em gráficos no período de 16/out/2017 a 13/mar/2022 na estação da Quinta São José, localizada em baixada: Temperaturas mínimas: Menor: -1.6°C Maior: 24.4°C Junho e julho - meses de maior probabilidade de ocorrência de mínimas absolutas anuais. Julho - mês de maior desvio padrão (sigma=4.4°C), para uma distribuição normal/gaussiana de valores de temperatura mínima variando conforme os dias do ano. No gráfico abaixo, 100% dos valores de mínimas para o mês de julho quanto maior sua frequência de ocorrência. Percebe-se simetria nos valores para desvios positivos e negativos, considerando a média mínima de μ=8.1°C para o dia de menor média. Valores de 8.1±2*4.4 (-0.7°C a 16.9°C) correspondem uma probabilidade de 95% de ocorrência (2-sigma). Mínimas fora deste intervalo possuem probabilidade de menos de 5% de ocorrência, ou seja, 1 a cada 20. Esta distribuição de valores se aproxima de uma curva normal praticamente simétrica (figura abaixo) à medida que aumenta o tamanho da amostra de dados, isto quer dizer que os desvios positivos são, em média, equidistantes dos negativos. A grosso modo, anomalias de -5°C e +5°C, por exemplo, possuem a mesma probabilidade de ocorrência. Janeiro - mês de menor desvio padrão (sigma=2.6°C). Esta distribuição possui assimetria em seu eixo (média μ=19.7°C), significando que desvios padrão positivos são menos amplos que desvios padrão negativos. Com isso, ocorrências de grandes anomalias negativas nas temperaturas mínimas são mais comuns que anomalias positivas. Isso implica em uma anomalia de -5°C ser muito mais provável que outra de +5°C. A explicação para a ausência de grandes anomalias positivas nas mínimas em janeiro é a alta mistura de vapor de água no ar. Esta mistura faz com que muitas das mínimas esporádicas acima dos 24°C sejam destruídas à tarde por tempestades, que forçam a convergência aos 20°C, além da tendência de acumulação de ar frio como característica da estação estar em uma baixada. Temperaturas máximas: Menor: 9.7°C Maior: 40.3°C Janeiro - mês de maior probabilidade de ocorrência de máxima absoluta. Setembro - mês de maior desvio padrão (sigma=5.5°C), implicando no mês com a maior diversidade de valores de temperatura máxima de todos, podendo oscilar entre 10°C e 38°C. Ao observar a distribuição da ocorrência de máximas em setembro, a curva normal parece ganhar uma assimetria (média μ=23.2°C), mas em uma amostra de algumas décadas de dados, os esporádicos valores abaixo de 14°C tornam-se evidentes, assim como os superiores a 36°C. Este grande alcance é explicado pelo enorme contraste térmico entre massas de ar quente (Brasil Central) e ar frio (Argentina), como ilustrado no mapa abaixo, exemplificando o fortíssimo gradiente térmico que o período entre os meses de agosto e outubro pode alcançar. Desvio padrão (sigma) maior infere em uma temporada dinâmica, com as melhores viradas no tempo do ano. Fevereiro e março - meses de menor desvio padrão (sigma=3.0°C; média μ=31.1°C). Este mês costuma ser mais chato, na ótica dos gradientes de temperaturas. O Brasil e a Argentina se encontram um tanto mornos entre si, sem o grande contraste observado em setembro, logo, a diversidade de máximas é limitada.
  5. NINGUÉM LEMBRA, MAS A NOITE MAIS QUENTE DA HISTÓRIA DE PORTO ALEGRE É 24 JAN 2014. 28.2°C DE MÍNIMA NA CONVENCIONAL, E 28.4°C NA AUTOMÁTICA, PORÉM ESTE DADO É 99% DAS VEZES ESQUECIDO PORQUE UM TEMPORAL A DESTRUIU À TARDE. https://portoimagem.wordpress.com/2014/01/24/porto-alegre-teve-madrugada-mais-quente-em-103-anos/
  6. COLETA DE DADOS 19/DEZ/2021 E VISITA ESTAÇÃO DAVIS DA UFRGS Cumprindo meu compromisso de fazer o monitoramento do local, hoje foi mais um dia de coleta de dados do datalogger Elitech, programada para cada 3 meses. Dados de qualidade, entrando para ampliar o álbum de figurinhas: Primavera 2021 ironicamente sem eventos de calor, ao contrário de 2020, 2019, 2018... Único grande pico de calor que ocorreu em 22/nov na região metropolitana com temperaturas na casa dos 37°C com ar muito seco (20-25%), não surpreendeu, ficando na casa dos 34°C em barra do ouro. Esta foi a máxima absoluta do período coletado. Onda de calor de agosto reina. Vale mencionar notável aquecimento noturno no dia 14/out, onde a temperatura subiu repentinamente se mantendo por algumas horas em 24°C pela madrugada. Uma surpresa pelo caminho Ao seguir a estrada, rumo à Cascata do Garapiá, para minha surpresa, me deparei com uma Davis Pro2 dentro do pátio de uma pousada. Ao conversar com o proprietário do espaço, que é o Camping Pico da Galera, ele me falou que a estação pertence a um grupo de pesquisa de desastres naturais, da UFRGS. A Davis, distante 5,35km da minha estação em linha reta, infelizmente está suja, despadronizada e offline para o público. Os dados dos últimos 7 dias estão disponibilizados neste site: http://monitoramentogpden.com.br/Maquine.historico.html Informações sobre local e data, se encontram aqui: https://www.ufrgs.br/gpden/wordpress/?page_id=917 Abaixo a localização da estação: Minha estação Davis Há erros grotescos de despadronização, como anemômetro a menos de 1 metro de altura (???) e proximidade de vegetação alta, desrespeitando o distanciamento dos obstáculos que bloqueiam a circulação de ar. A estação é utilizada mais para monitoramento do nível dos rios desde fev/2018, como variável mais importante o pluviômetro, logo, a despreocupação com a padronização dos demais sensores. Há planos de se alterar o local dela para montante da Cascata do Garapiá, e mantê-la offline com coleta manual de dados. A conexão é via Weatherlink USB e o dono da pousada relatou que fica responsável por manter um computador ligado 24/7 para fazer o upload dos dados e manter ela online dentro do domínio WL do grupo de pesquisa. Além de se dedicar em ter que religar o PC toda vez que há quedas de luz, ele demonstrou bastante interesse pelo equipamento, perguntando sobre valores, possivelmente interessado em adquirir uma estação para a própria pousada, o que seria muito interessante para todos. Dados da Davis De acordo com os dados disponibilizados no site, percebe-se que o higrômetro já está velho, com os componentes internos e placa possivelmente oxidados, não conseguindo atingir valores de UR acima de 80%, como mostra o gráfico abaixo conforme dados dos últimos 6 dias (12 a 17/dez) disponibilizados no site: Por outro lado, o termômetro parece considerável, apesar de mal ventilado, uma vez que ele concorda com os dados da minha estação. Minha estação Davis A Davis parece estar com o "horário de verão" ativado no automático, logo, estão defasados em 1 hora os dados do tempo certo. Fazendo a correção manualmente, tem-se o seguinte: Nota-se mínimas mais acentuadas pelo fato de não estar na encosta, mas sim no extremo fundo de vale (baixada) onde, de fato, passa um arroio. Dias chuvosos como 14/dez, temperaturas mostram-se equivalentes. A conclusão que chego é que a descoberta é muito colaborativa, uma vez que eram 3 meses sem qualquer sinal de vida, notícias ou sequer algum dado da minha estação até a próxima coleta de dados. Isto irá mostrar se há entrada de vento marítimo ou continental pelo padrão de aquecimento, uma vez que o anemômetro é inútil, servindo de enfeite. Mais vale uma estação mal instalada, do que nenhuma estação!
  7. Amigo, para minimizar dores de cabeça, siga a seguinte ordem: - Primeiramente, um datalogger da Elitech. - Após isso, coloque-o online com uma Ecowitt. - E então, um nobreak com bateria 12V alimentada por fonte (caso haja tomada). Eu tenho aparelhos da Hobo, comprados pela Sigma Sensors desde 2017 e sim, é uma empresa séria. Já tive que fazer reposição de peça, troca de sensor, banho químico em placas internas do meu termohigrômetro, e para isso enviei a aparelhagem para São José dos Campos. Eu tenho um HOBO UX100-011, que me custou 125 dólares. São duráveis, mas ainda assim, caros. Projetados para ambientes internos e minha compulsão por adaptações improvisadas fez com que eu usasse em abrigos externos. É arriscado. Informações sobre o HOBO, abaixo: Em 2020 eu descobri este cara aqui, os dataloggers da Elitech. Muito mais versáteis e baratíssimos. Independentes e acaba com o sofrimento da perda de dados seja qual for o motivo. instale dentro do mesmo abrigo e tenha seu backup pronto a baixíssimo custo. Informações sobre o Elitech, abaixo: Sigo operando com Hobo enquanto ele não descalibrar ou morrer. Quando seu tempo se esgotar, será reposto um Elitech em seu lugar. Atualmente estou adquirindo Ecowitts para colocar meus pontos de monitoramento online, no qual faço coleta de dados offline há mais de 3 anos. Sobre os abrigos, minha experiência foi fundamentada nas instruções do @Felipe Backendorf e este é meu setup atual: Linkei estas três referências para servir de inspiração aos demais leitores do fórum, visto que somente uma pequena fração da massa de pessoas que acessam aqui, acabam lendo lá. Mais além farei um post explicativo sobre o sistema solar autônomo e barato que desenvolvi para colocação de estações online em locais remotos sem energia elétrica total, somente com 3G, que é o caso da minha estação de portão (ID=IPORTO152) E por favor amigos, sigam esta ordem: datalogger antes, online depois.
  8. Deixo aqui minha contribuição, escrita no meu tópico de monitoramento e instrumentação, sobre sensores em abrigo de pratos. Esta é a mais nova atualização do meu sistema de monitoramento em Nova Santa Rita, e Portão. O grande benefício que me motivou a migrar para os pratos é a resposta instantânea à mudanças bruscas e o fim do amortecimento de extremos e da inércia térmica. O abrigo convencional agora será utilizado como apoio para armazenar com segurança baterias e componentes eletrônicos, vulneráveis à ação do tempo. Confesso que é algo libertador.
  9. MONITORAMENTO EM ABRIGO DE PRATOS Estações de baixada em Nova Santa Rita (INOVAS2) e Portão (IPORTO152) estão operando com sensores em abrigo de pratos. O objetivo principal é dar resposta instantânea à mudanças bruscas e fim do amortecimento de extremos, juntamente com a necessidade de armazenar componentes eletrônicos e baterias, em lugar protegido das intempéries do tempo. Abrigo convencional agora está sendo usado para armazenar estes componentes vulneráveis com segurança. Os abrigos de pratos foi uma inspiração do @Felipe Backendorf, que acompanhou todos os resultados dos testes de calibração e desenvolvimento de ideias para fazer esta transformação. Os abrigos foram calibrados e aprovados junto à estação automática Ambient Weather WS 2902, popularmente apelidada de "drône" pelos amigos do BAZ. Recomendo seriamente a leitura deste tópico, pois muita (quase toda) informação referente à montagem e projeto dos abrigos estão aqui: Na Quinta São José, foi feito um abrigo caseiro composto de 12 pratos de inox pintados de esmalte branco brilhante para os sensores HOBO e La Crosse, provisoriamente, pois um novo abrigo de pratos dará lugar a este em breve. Em Portão, foi instalado um abrigo modelo Davis 7714 Radiation Shield, composto por 8 pratos de melamina, com os sensores HOBO e Ecowitt WH32. Junto à Ambient Weather, a diferença média e extremos entre os 3 foi desprezível, inferior a 0,1°C em 24 horas. Abrigo de pratos da Quinta São José, instalado em 06/nov/2021: Abrigo de pratos de Portão, instalado em 12/nov/2021:
  10. A COMEÇAR COM AS MINHAS, EM ORDEM CRONOLÓGICA: NOVA SANTA RITA - QUINTA SÃO JOSÉ (BAIXADA 25 M) CAPELA DE SANTANA/PORTÃO - AGROPECUÁRIA FAGUNDES (TOPO 158 M) PORTÃO - ARROIO BOA VISTA (BAIXADA 38 M) NOVA SANTA RITA - BAIRRO SANGA FUNDA (TOPO 82 M) MAQUINÉ - BARRA DO OURO (ENCOSTA 75 M) MAIS INFORMAÇÕES: LINKS E EXTREMOS REGISTRADOS NO RODAPÉ ABAIXO.
  11. ATUALIZAÇÃO DE DADOS COLETADOS Desde a troca da Davis, que estava com os dados corrompidos, teve diversas trocas de instrumentos. 16/out/2020 até 09/jan/2021 - Davis Pro2 offline 09/jan/2021 até 06/fev/2021 - Davis Pro2 online 06/fev/2021 até 17/mai/2021 - Ambient Weather WS 2902 (drone) online - foto 1 17/mai/2021 até 03/set/2021 - Datalogger Elitech RC-5 em abrigo de pratos offline - foto 2 03/set/2021 até atualmente - Datalogger Elitech RC-5 em abrigo de madeira offline - foto 3 Foto 1 - Ambient Weather WS 2902 Foto 2 - Elitech RC5 em abrigo de pratos modelo Davis Foto 3 - Elitech RC5 em abrigo de madeira Abaixo, os dados coletados até agora. Sem dados pontuais durante pequenas quedas de luz em março, e grandes intervalos sem dados nos meses de abril e maio causados por desconexão e "esquecimento do wifi" que acontecia aleatoriamente na Ambient Weather, o que me motivou trocar por um datalogger offline. Destes dados, posso destacar alguns dias especiais. 05/jun/2021 - aquecimento noturno por turbilhonamento do ar dentro do vale causado por vento NW em pré frontal 28/jul/2021 - O dia da neve. Temperatura cai para 6°C com instabilidades. Topos da serra (900m) podem ter amanhecidos levemente brancos. 19 e 20/ago/2021 - A grande prova: onda de calor com a tão esperada máxima absoluta pontual, JBN noturno e efeito adiabático (turbulência) com ventos na direção certa. Madrugada com 30°C em Taquara, 30°C em Campo Bom e 28°C em Tramandaí. Percebe-se que os ventos do JBN não conseguem soprar dentro do vale por ser tão confinado, diferente das elevações repentinas na temperatura que acontecem em áreas abertas. Em Barra do Ouro, o que se percebe de início é um fluxo laminar e acúmulo de ar frio naturalmente no início da noite. Ao passar de algum tempo, a turbulência do JBN sobre os topos altos causa vórtices e degrada esta camada limite ao longo de várias horas, até que o ar quente que está lá em cima atinja o fundo do vale, misturando todo o ar contido naquele volume. Este efeito faz o aquecimento noturno detectado na estação ser gradual e lento ao longo da noite toda, mas ainda assim, é bem difícil de conseguir. Durante o dia essa mistura acontece naturalmente com o aquecimento. Dados de uma estação de Cambará do Sul mostra o comportamento dos ventos neste dia 20/ago.
  12. 28 JUL 2021 - GRAMADO/RS CONDOMÍNIO ASPEN MOUNTAIN, INÍCIO DA PRIMEIRA PANCADA, DAS 18:10 ATÉ 18:40
  13. MINHA ESTAÇÃO EM PORTÃO/RS FICOU OFFLINE COM 27.3°C AS 1:00, TAVA SUBINDO FORTEMENTE E QUEM SABE PODE TER TRINTADO NESSA HORA AÍ, CAMPO BOM TEVE 30.2°C CONHECE A LEI DE MURPHY? ESTA NÃO FALHA NUNCA.
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