LeoP

É auge de verão, mas o dia começou ameno aqui em Belo Horizonte, com mínimas entre 18,6C (área central) e 15C (bairros serranos). Durante a tarde, após uma máxima de 29/30 graus, muita chuva e inundações em diversas regiões: Fonte: BHAZ Desde então, as temperaturas oscilam entre 19 e 21 graus, em noite de tempo mais aberto.

Segue o resumo de janeiro de 2024 em Belo Horizonte: Assim como tem ocorrido desde julho, tivemos temperaturas acima da média, porém dessa vez de forma mais moderada pela elevada quantidade de chuva - desvio de aproximadamente +0,9C. Foram 346 mm (+4%) acumulados em 19 dias com precipitação (> 1mm) na estação convencional do município. Destaque para a ZCAS dos primeiros dias, que foram amenos, e de uma "onda de calor" em meados do mês. Apesar de abafado, achei um mês tranquilo, muito por causa da chuva corriqueira, que fazia as temperaturas caírem mais cedo e traziam mais horas de frescor (leia-se temperaturas perto de 20°C). Em muitos dias, pouco depois do anoitecer as temperaturas já estavam similares às mínimas do dia por causa de chuvas vespertinas, situação muito típica do verão, que reduzem as médias compensadas e trazem maior sensação de frescor. Inclusive, muitas foram as mínimas invertidas por causa de chuvas de verão. ------------------------ Nesse sentido, deixo aqui um questionamento pro @Aldo Santos, especialista em estações do inmet do fórum, sobre como o órgão lida com esse tipo de situação muito comum no verão. No dia 31/01, a mínima da madrugada na estação de referência climatológica da cidade foi de 22,0C (em vermelho), porém esse valor foi renovado com muita folga no fim da tarde por causa de uma tempestade. Às 21h, começo do outro dia meteorológico, fazia 19,5C no local (em azul), o que indica que a mínima seria pelo menos desse valor pra baixo. Por "minha conta", coloquei o valor de 19,0C na tabela pelo fato de nas demais estações da cidade os menores registros do dia terem sido justamente na hora da chuva e não às 21 h: Reparem que dá uma diferença de quase 3 graus e, somado a outras situações parecidas ao longo do mês, mesmo que menos expressivas, isso afeta de forma substancial a média mínima do mês, que fica superestimada nas tabelas - uma vez que o inmet não corrige o dado no site (o print acima, claramente errado, foi feito às 16h do dia 05/02/24). Como está escrito "sem controle de qualidade" ali, a gente imagina que, cientes do problema, há correção futura do dado. Então fica a pergunta: eles corrigem na hora de passar pro banco de dados? Se não, pra que serve uma estação de referência climatológica se seus dados são transcritos errados pro banco de dados? No contexto de um verão tropical, em que há uma natural baixa variabilidade de mínimas, isso inviabilizaria qualquer comparação histórica.

Eu achei interessante o acerto da previsão climática para esse verão que, lá em dezembro, mostrava o avanço da chuva para o centro-norte do BR após uma primavera quente e de pluviometria muito irregular. Bom, acho que ninguém esperava ZCAS e chuvas frequentes o verão todo, inclusive havia receio de repetir 2014, o que passou muuuuuito longe de acontecer, felizmente. Sobre o avanço do verão, isso está bem claro pra mim. O mês de abril se tornou só uma extensão branda do verão, tanto que as chuvas aumentaram e hoje a média se aproxima dos 100 mm em BH. Trovoadas nesse mês estão mais comuns, inclusive. Setembro, outubro e novembro já são meses considerados quentes aqui, ou com calor brando sob chuvas ou com ondas de calor. Há de se considerar que ainda ocorrem ondas de frio nesses meses - o que os faz diferentes de um janeiro, por exemplo, mesmo atualmente - mas o 'verão' tem surrado com força o 'inverno' durante a primavera, que tá muito mais inclinada para janeiro do que pra julho do ponto de vista térmico. Na primavera de 2023, por exemplo, não usei casaco nenhuma vez, apesar de alguns períodos amenos. A última vez que senti frio pra colocar agasalho foi no último suspiro do inverno lá no final de agosto. Ou seja, temos 3 estações do ano: outono/inverno, entre maio e agosto, semi-verão (abril, setembro, outubro e novembro) e verão pleno (dezembro a março). Meu receio é daqui algumas décadas a gente ter outono-inverno entre maio e agosto e verão total no restante do ano. Acho que parte da explicação para isso seja natural e que o período de chuvas se desloca periodicamente entre o outono e a primavera, ora se inclinando mais para um ou para o outro. Atualmente, parece que a temporada de chuvas tem se atrasado, mas também demorado mais a passar, o que explica a queda de pluviosidade em outubro, o deslocamento das ZCAS mais para janeiro/fevereiro nos últimos anos e o aumento das chuvas em março e abril. Talvez a estação chuvosa recue mais para a primavera em breve e isso pode, inclusive, atenuar essa condição de ondas de calor no período. Bom, divagações não científicas aqui, só percepções minhas mesmo. ............ Hoje temos um dia "seco" e com cobertura de nuvens altas na RMBH. Acredito em 29/30C à tarde. Previsão de chuvas nos próximos dias.

Gostoso e deliciosamente quente dia de verão em Belo Horizonte, que teve predomínio de sol entre quantidade variável de nuvens. As temperaturas variaram entre 20 e 29 graus na cidade, com um pouco de vento. Uma imagem de um dos parques da cidade, que retratou o céu convidativo, sem ameaça de chuva hoje: Chuvas significativas estão previstas para a próxima semana na capital. Por enquanto, uma noite estrelada com 24 graus às 20:26.

Nuvens curiosas nesse fim de tarde em BH, com 25,6ºC: O dia foi quente (21 - 30C), mas moderado pela presença de nuvens altas, que bloquearam o sol em parte do dia. Esteve relativamente seco, sem nenhuma ameaça de chuva, e justamente por essa condição do tempo nessa época é que as temperaturas foram aceitáveis.

Na estação da Pampulha, não, mas há registros antigos das décadas de 60 e 70 e um único da década de 80, mas aí é outra estação, em outro local (embora eu desconfie de alguns valores muito baixos, ocorreram meio que "do nada", parece erro de digitação). Talvez ocorram de vez em quando, mas o tempo curto da estação permite poucas conclusões nesse sentido. Fevereiro é o pior mês para mínimas do ano, já que janeiro já teve seus 15 graus e março já baixou pra 14. Na loteria que são as chuvas de verão, como hoje (ainda) não choveu, está quase 7ºC mais quente que ontem no mesmo horário, com 24,8C, sem massa de ar ou nada além da chuva pra justificar. Eu vou postar em breve o resumo de janeiro no tópico dos resumos, mas adianto que foi um mês com temperaturas e chuvas acima da média. Por causa da chuva abundante, pela primeira vez desde agosto temos um desvio mais brando e pela 1ª vez desde setembro tivemos um mês mais tolerável do ponto de vista térmico.

Fevereiro começou muito bem aqui em Belo Horizonte, por causa das chuvas tropicais de verão ontem. No total, foram 26 mm a 40 mm e, diferente do que às vezes acontece, as temperaturas baixaram mais pela madrugada (até pelo tempo mais aberto) e chegaram aos 17,4°C na Pampulha. Além de ser a menor temperatura registrada esse ano até o momento, esse foi o 6° menor valor para a estação em 17 anos de dados no mês de fevereiro, o mais quente do ano na média: 08/02/2021 16,70 17/02/2022 16,90 17/02/2015 17,00 09/02/2021 17,00 07/02/2020 17,10 01/02/2024 17,40 23/02/2022 17,40 24/02/2021 17,40 07/02/2015 17,50 19/02/2010 17,60 Pelas previsões, teremos muita chuva na 1ª quinzena de fevereiro, o que deve pegar o período de carnaval.

A chuva veio (e continua...) forte e generalizada na RMBH, com alguns raios, mas felizmente sem intensidade suficiente para provocar transtornos significativos, além de alguns alagamentos pontuais e o tradicional nó no trânsito no retorno para casa. O dia foi predominantemente nublado em BH, com aberturas de sol especialmente na 1ª metade da tarde, que trouxeram sensação de abafamento. As temperaturas máximas ficaram na casa dos 29ºC e as mínimas ocorreram agora há pouco, durante as chuvas, com 18ºC. Até o momento, o acumulado é de 17 mm (e subindo...) - valor que já entra na conta de fevereiro - e a temperatura é de 16,8ºC nos bairros serranos de BH!

Indecentes as previsões para as regiões temperadas da América do Sul: Buenos Aires - os próximos 10/15 dias sem baixar dos 23°C Montevideu Considerando que o Meteored costuma subestimar as temperaturas para a maioria dos locais, chama a atenção a mínima de quase 30ºC em BsAs e a grade inteira de madrugadas quentes na fresca Montevideu. Vou deixar a previsão pra BH em comparação com as 2 acima, que mostra bem como a chuva é fundamental para reduzir a intensidade do verão: Belo Horizonte

O final de semana foi marcado por nebulosidade bastante variável aqui na RMBH, com amplos períodos nublados mas também com períodos de sol e abafamento. Nos 2 dias, as chuvas apareceram de forma isolada, no sábado pela manhã e no domingo a tarde, mas foi no começo da madrugada de domingo para segunda que veio a chuva mais intensa, com poucos raios dessa vez, mas com acumulados altos para o curto período de chuva. Hoje pela manhã, temos o predomínio de nuvens baixas, que deixam o céu encoberto na maior parte do tempo, apenas com lampejos de sol de vez em quando: Apesar da chuva, a temperatura mínima foi relativamente alta, na casa dos 20°C, mas o dia é bem confortável até aqui. Se a previsão estiver certa, o sol tende a sair mais nas próximas horas e teremos horas de abafamento pela tarde. Na atualização de hoje, a estação convencional de Belo Horizonte acumula 337 mm em janeiro de 2024, valor rigorosamente dentro da média. A previsão climática acertou e, assim como em 2016, janeiro foi chuvoso sob forte El Niño! No momento, tenho 24°C, bastante agradável, já que não há sol algum por enquanto.

Dia abafado, porém relativamente agradável em BH hoje. Apesar da alta umidade, as temperaturas estiveram moderadas (variação de 19 a 27/28 graus) e, junto com o tempo predominantemente encoberto e de uma brisa de vez em quando, deixou o período muito tranquilo do ponto de vista térmico, considerando que estamos no alto verão. Inclusive, tive que fazer serviço de rua hoje durante o dia e tive pouco desconforto, ainda bem, basicamente pela ausência do sol. Pela manhã, houve o único momento de chuva leve até o momento, com acumulados baixos (1 mm). A temperatura era de 19ºC: Essa condição persiste amanhã, porém acredito que virá chuva mais forte em algum momento até segunda. Agora, 23ºC na Pampulha com menos nuvens.

Você tem toda razão quanto ao histórico recente daqui (e acredito que de boa parte do país) mas, pra ser justo com janeiro de 2024, o mês está bom do ponto de vista pluviométrico, tivemos tudo isso que você falou: chuvas prolongadas na 1ª semana do mês e muitos temporais depois. Esse mês é o único do trio NDJ que se salvou nesta temporada e, com toda certeza, fará toda a diferença na disponibilidade hídrica no inverno, já que suas chuvas já causaram um aumento de 10% no nível dos reservatórios até o momento (e deve continuar aumentando). O incômodo mesmo foi a expectativa criada pela previsão, somente. Conforme o Rafael comentou, choveu até bem hoje, no começo da tarde e após o entardecer. Especificamente ao anoitecer, foi interessante: enquanto havia nuvens carregadas de maior altitude (à esquerda na foto), nuvens baixas avançavam (à direita) e, em pouquíssimo tempo, tomaram conta do céu. Achei, inclusive, que era a ZCAS que tava voltando pra cá kkkk, já que nuvens baixas são a cara do sistema. No total do dia, 13 mm. Mas não é a ZCAS não, pois a chuva já parou, mas refrescou bem: tenho 20,2ºC por volta das 20 h, valor já próximo da mínima do dia. O final de semana será instável e relativamente fresco (<28ºC), caso a previsão se confirme.

Dá pra fazer um "estudo" mais amplo disso daí, mas uma olhada bem rápida nos dados do inmet (aqueles gráficos climatológicos que já vem prontos) para perceber que não é a urbanização, em grande parte. Montes claros e outras cidades (ou "roças") do norte de Minas aqueceram até mais que a capital. A década de 60 teve muitos invernos frios por aqui, com a estação já cercada por cerca de 1 milhão de habitantes. No episódio do recorde absoluto de frio da cidade (3ºC em 1979), já eram quase 1,9 milhões de habitantes, valor não muito inferior ao atual (2,3 milhões). O recorde de menor máxima (13ºC em 1999) ocorreu com a cidade parecida com a de hoje. Houve um crescimento do entorno realmente, mas é impossível ignorar a mudança de dinâmica, algo muito comentado aqui. O tempo virava mais, as ondas de calor eram interrompidas por quedas significativas em seguida e não duravam tanto tempo. Havia uma primavera raiz, com alternância de calor e frio e não esse semi-verão atual e o verão tinha algumas MPs, algo quase inexistente hoje em MG, além de refrescos bem consistentes. Pra nossa sorte, nosso inverno está inalterado nas últimas décadas, ao menos nas temperaturas máximas. A mudança maior é entre setembro e outubro. Há de se considerar que a estação mudou de lugar nesse período e isso dificulta muito a análise. Basta ver como há diferenças grandes de temperatura em SP e até no campo por conta do relevo e não sei o quanto isso influencia nas diferenças. Eu solicitei à PBH dados da localização das estações, pra ver as condições dos locais. Pode me mandar mensagem, sim, será um prazer compartilhar contigo os dados e de quebra te dar trabalho .

Por aqui, nem o friozinho do centro-sul nem o corredor de umidade do centro-norte, numa situação um tanto irritante, do ponto de vista do monitoramento. Hoje tivemos um dia bem chato e desagradável, com uma chuvinha boba de 3mm de manhã e amplos períodos de sol após 10/11h, o que fez a tarde mais quente e abafada do que o previsto (toda a cidade passou dos 29 graus). A ZCAS está a norte daqui e sua influência na RMBH é pequena até o momento. Pouca coisa do que foi previsto pra essa semana se concretizou e vivemos erros galopantes de previsão nos últimos dias. Olhei os dados diários de algumas cidades sob influência desse sistema e, em nenhuma delas, vi a combinação de chuva contínua + temperaturas amenas, assinatura das ZCAS clássicas. Esse deve ser daqueles sistemas que, antes, chamavam de ZCOU. Preferia o padrão de antes, até porque o corredor de umidade atual parece ser muito diferente daquele do começo de janeiro para receber o mesmo nome. Antes, se a gente ouvia a tal "Zona de Convergência do Atlântico Sul" no noticiário, era certeza que viria invernada, agora fica em aberto (pode vir a chuvarada ou pode ficar abafado, com chuvas bem mais isoladas). 20h: começa a chover em Belo Horizonte agora, após horas de calor à tarde. Ao menos isso tem deixado as noites mais tranquilas e não está quente o tempo todo. ............... Off: criei coragem e estou tabelando toda a história climática de Belo Horizonte desde 1961 e é muito notável como a gente se contenta com migalhas atualmente.

Como eu imaginava, esquentou mais do que o previsto em BH e o tempo chegou a ficar abafado à tarde, embora sob temperaturas tranquilas para o verão. A cidade teve máximas de 27/28 graus, com céu parcialmente nublado e grande alternância de sol e momentos de nublado. Por causa desse tempo mais abafado, temos raios e relâmpagos novamente na cidade, porém até o momento sob chuva bem mais fraca, isolada e intermitente que ontem. Com as tempestades recentes, a área central de BH tem bons 258 mm até o momento (sem contar com acumulados de hoje) e há chance real de a média de 330 mm ser alcançada até o fim do mês. O conjunto dos reservatórios da RMBH subiram 1,4% só de ontem pra hoje. Depois de uma primavera como a de 2023, não tem nenhuma notícia melhor que essa.

Hoje completa-se exatos 4 anos do dia mais chuvoso da história climatológica de Belo Horizonte, com ~170 mm/24 h entre 23 e 24 de janeiro de 2020. Data essa que parece ser muito propícia a tempestades, tendo em vista a chuvarada de ontem (23), que foi localmente destrutiva: na área central de BH, foram 75 mm, um dos maiores acumulados de toda a região metropolitana e que condizem com os estragos ocorridos na região. Essa previsão aí já tá furada, dado que, mesmo que fraco, o sol aparece entre muitas nuvens na RMBH agora pela manhã. O corredor de umidade deve estar bem mais ao norte do que o previsto. Como disse o Ênio, parece que o ar frio empurrou as instabilidades e, na capital, passado o temporal, praticamente não houve mais chuva pela madrugada. A temperatura baixou para bons 17,5C na Pampulha e 18,0C no centro, as menores marcas deste ano até aqui mas, como não temos aquele tempo carrancudo que era esperado, acredito que a tarde será mais quente que o previsto, embora mais fresca que a de ontem. Enfim, dadas as circunstânias, não me agrada o cenário pra cá, já que estaremos num chato meio termo entre o sul e o norte: não teremos o friozinho e nem a chuva leve constante. Esse possível aquecimento da tarde, inclusive, pode alimentar novos temporais mais pro fim do dia.

INUNDAÇÕES GRAVES em BH em mais uma tempestade de raios. Carros arrastados como se fossem de brinquedo num dos bairros mais nobres da cidade: As pessoas nadando com água até o pescoço no meio da rua, um absurdo Essa chuva deve persistir ao longo de todo o dia de amanhã que, por esse motivo, terá queda significativa de temperatura. É a inauguração da ZCAS. 19ºC.

Como diz o ditado popular, "tudo na vida tem um preço". O inverno muito bom ou excepcional (para a latitude) de Hong Kong não vem de graça e, pra quem mora lá, tem uma continha bem cara a se pagar depois 😈 O verão dessa região também é atípico para a latitude, porém dessa vez pendendo para o calor: é tenebrosamente quente e abafado, com média mínima de quase 27ºC mesmo sob 400 mm de chuva mensal. É uma Belém, Manaus ou Macapá pioradas. Todo esse calor em parte do ano faz a média anual da cidade ser parecida com a de Campo Grande e levemente superior a de Santos.

Sobre esta semana, ao que tudo indica, teremos a 2ª ZCAS deste verão e de janeiro, confirmando as previsões mensais feitas lá em dezembro. Aliás, que desempenho excelente dos modelos desta vez, apontando nova tendência após muita irregularidade pluviométrica prévia. Felizmente, o sistema vai atuar com muita intensidade mais a norte, o que é excelente para um verão sob forte El Niño: Fonte: climatempo - matéria: Nova ZCAS deixa estados brasileiros em alerta na próxima semana A RMBH, apesar de não estar no epicentro do sistema, será bastante afetada e terá uma semana de muita chuva, pouco sol e queda de temperaturas: Apesar de muito necessária nesse momento, fica o alerta para inundações e enchentes em grande área do centro do Brasil.

bom dia! A frente fria passou voando ontem pela RMBH que, apesar das formações bonitas e ameaçadoras no meio da tarde, teve só chuva rápida com trovoadas. No meu sítio em Sabará, registrei nuvens muito pesadas, mas que trouxeram apenas uma pancada passageira de 10/15 minutos com raios e rajadas de vento. O tempo abriu logo em seguida, o que permitiu um fim de tarde também bonito: Na capital, o acumulado da Pampulha ficou em apenas 2 mm - o que é mais ou menos o que presenciei no sítio - de forma que a condição de chuva passageira parece que foi geral pelos municípios da região.

Eu nunca vi uma frequência de relâmpagos tão alta nos meus 32 anos de vida aqui como tá no seu vídeo depois do minuto 40. Na tempestade de antes de ontem, houve uma quantidade elevada de descargas elétricas: a imprensa mencionou 282 raios em 2h - o que acredito ser nuvem-solo - portanto o n° de relâmpagos/clarões é superior, mas não era desse jeito aí, igual um pisca-pisca. Havia um intervalo entre um e outro. Eu já senti o calor de construções, mas basta distanciar 1 m dela (chegar numa esquina, atravessar a rua etc) para você sentir a temperatura real da cidade. O que moradores de zonas urbanas sentem mesmo é a ilha de calor, um fenômeno "global" para o contexto da cidade. Vale lembrar que esse tipo de aquecimento ocorre, em menor escala e de forma natural, no campo, quando o piso é mais pedregoso ou próximo de pedras maiores (a região de Governador Valadares tem um caso desse). Não faria sentido medir a temperatura nesses pontos, por exemplo, ou medir dentro de um bosque num bioma não florestado. Na verdade, faz sentido sim pois são valores reais, mas quase ninguém sente e, quando sente, é por muito pouco tempo. . . . Noite abafada por aqui também, com mínima na casa dos 21°C na Pampulha. A chance de chuva hoje volta a aumentar e tem muita água prevista para os próximos 10 dias, inclusive com possibilidade de nova "invernada" em meados da semana que vem.

Sobre a tempestade elétrica de ontem na RMBH: Por causa do aguaceiro, a temperatura baixou para 18,8°C na Pampulha, a mínima do dia. A noite foi mais fresca de forma geral mas, com o sol, o dia hoje foi muito quente novamente, com máxima de 33,3C. Depois da ZCAS (o sistema meteorológico mais severo para nossa região), considero essa a condição mais hostil do nosso clima (junto das ondas de calor de primavera): uma tempestade de verão com potencial destrutivo seguido de calor forte no outro dia.

CHUVA TORRENCIAL COM AGUACEIROS, RAIOS CONSTANTES, VENDAVAIS E RISCO DE INUNDAÇÕES E ENCHENTES EM BELO HORIZONTE. É a chuva mais pesada da temporada até aqui, num dia em que a previsão mal marcava 2 mm! Bombardeio:

Festival de raios e trovões não previstos em BH nesse começo de noite, após um dia de calor muito intenso (máxima de elevadíssimos 34,0C no inmet Pampulha, uma das maiores marcas para janeiro da estação desde sua inauguração em 2006). São muitos clarões do lado de fora e um céu tapado por nuvens densas que podem provocar temporais isolados. A previsão para hoje era de chance de chuva muito localizada e de baixa intensidade, ou seja, não havia indicativo de uma convecção forte como estou observando agora. @Renan esse "bônus" da chuva deve ser sido mais generalizado pelo estado (especialmente centro-sul), basicamente causado pelo forte calor. Os modelos não pegaram. A previsão de frescor na semana que vem apareceu por aqui. Tem previsão indicando máxima de até 22ºC. Agora ainda faz 24ºC, mas essa temperatura pode cair rápido nos locais onde chover.

Bastou o tempo abrir para o ar aquecido, nativo deste verão sob El Niño forte, exercer toda sua expressão e o calor voltar com força em BH também. A temperatura máxima hoje subiu exatos 5ºC em relação a ontem e alcançou elevados 32,8ºC. A facilidade para esquentar é impressionante. E o calor que tem feito em SP e, principalmente, em Curitiba tem me chamado a atenção.