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Modelos ainda insistem numa queda mais significativa da TSM nos próximos dias! Tanto as águas sub-superficiais mais frias que continuam subindo à superfície quanto o vento zonal (figura abaixo) seguem dando sinais de que nos próximos dias podemos ter uma boa queda: Entendendo a figura: ela mostra a anomalia do vento zonal em 850 hPa (1500 metros de altitude) na região equatorial, que sopra de oeste para leste e favorece o transporte de águas superficiais quentes para o centro do Pacífico e costa da América do Sul. Quando esses ventos estão mais fortes (tons de vermelho) ele enfraquecem os alísios. Cores azuis e lilás indicam anomalia negativa, ou seja, ventos zonais fracos e consequentemente fortalecimento dos alísios que levam águas frias de leste para oeste. A seta verde mostra que essa "onda" de ventos zonais mais fracos vem lentamente caminhando do Oceano Índico (60E) até 120W por volta do dia 15 de março. Lembrando que para La Niña é fundamental que tenhamos alísios forte e não ventos zonais fortes! Já no círculo em vermelho destaquei ventos zonais mais fortes justamente na região 3.4 (entre 120 e 170W), explicando porque essa região ainda não caiu tanto!
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E aí pessoal, alguém com acesso a previsões mais distantes para vermos quando esse padrão horroroso de verão começará a sumir aqui nas bandas do sul? Nas fontes onde só enxergamos 14 dias à frente ainda não apareceu nada animador! Meteoblue para Curitiba: Já deu de calor!!!
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Até que todas águas sub-superficiais quentes aflorem a TSM ainda receberá "trancos" de calor, a região 1+2 já está mostrando isso. Mas assim que esse pacote de águas quentes acabar, a temperatura vai cair rápido. Vejam na animação como as águas frias mais profundas vão "empurrando" as quentes para a superfície nos últimos dias, explicando por exemplo esse súbito aquecimento da região 1+2: Para quem não entende a imagem: ela representa a temperatura do mar de 450 metros de profundidade até a superfície. Do lado direito está a costa da América do Sul (80 W). Do lado esquerdo entre 120 E e 160 E está a Oceania. Imagine por exemplo como se você estivesse debaixo d'água de costa para o polo Sul e olhando para o polo norte, essa seria a movimentação das águas.
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Nunca teremos um análogo que seja perfeitamente parecido, pois nenhuma ano é igual ao outro. Com 2016 a única semelhança é a saída de um El Niño forte para uma La Niña forte segundo modelos, mas o contexto global é bem diferente de 8 anos atrás, pois o planeta está mais quente. Sou otimista em relação ao inverno se compararmos com 2023 (o que não é difícil de ser batido porque foi horrível), mas não espero um repeteco de 2016 (tomara que eu esteja errado)! Meu palpite é que o análogo de 2023-2024 está mais para 2009-2010!
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Em 2016 entrou a neutralidade no trimestre Abril-Maio-Junho (que é o mesmo que acredito para 2024): Year DJF JFM FMA MAM AMJ MJJ JJA JAS ASO SON OND NDJ 2010 1.5 1.2 0.8 0.4 -0.2 -0.7 -1.0 -1.3 -1.6 -1.6 -1.6 -1.6 2011 -1.4 -1.2 -0.9 -0.7 -0.6 -0.4 -0.5 -0.6 -0.8 -1.0 -1.1 -1.0 2012 -0.9 -0.7 -0.6 -0.5 -0.3 0.0 0.2 0.4 0.4 0.3 0.1 -0.2 2013 -0.4 -0.4 -0.3 -0.3 -0.4 -0.4 -0.4 -0.3 -0.3 -0.2 -0.2 -0.3 2014 -0.4 -0.5 -0.3 0.0 0.2 0.2 0.0 0.1 0.2 0.5 0.6 0.7 2015 0.5 0.5 0.5 0.7 0.9 1.2 1.5 1.9 2.2 2.4 2.6 2.6 2016 2.5 2.1 1.6 0.9 0.4 -0.1 -0.4 -0.5 -0.6 -0.7 -0.7 -0.6 2017 -0.3 -0.2 0.1 0.2 0.3 0.3 0.1 -0.1 -0.4 -0.7 -0.8 -1.0 2018 -0.9 -0.9 -0.7 -0.5 -0.2 0.0 0.1 0.2 0.5 0.8 0.9 0.8 2019 0.7 0.7 0.7 0.7 0.5 0.5 0.3 0.1 0.2 0.3 0.5 0.5 Year DJF JFM FMA MAM AMJ MJJ JJA JAS ASO SON OND NDJ 2020 0.5 0.5 0.4 0.2 -0.1 -0.3 -0.4 -0.6 -0.9 -1.2 -1.3 -1.2 2021 -1.0 -0.9 -0.8 -0.7 -0.5 -0.4 -0.4 -0.5 -0.7 -0.8 -1.0 -1.0 2022 -1.0 -0.9 -1.0 -1.1 -1.0 -0.9 -0.8 -0.9 -1.0 -1.0 -0.9 -0.8 2023 -0.7 -0.4 -0.1 0.2 0.5 0.8 1.1 1.3 1.6 1.8 1.9
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A ciência ainda está tentando entender como a redução do material particulado produzido pelas navegações comerciais vai impactar a longo prazo. NO curto prazo elas explicariam o aumento expressivo da TSM nos oceanos do hemisfério norte, mas os impactos nas correntes e na circulação termoalina devem aparecer mais adiante (e podem ser bem ruins)! Vejam no mapa abaixo como eram as emissões médias (que não coincidem por acaso com as áreas oceânicas que mais aqueceram)! Não podemos deixar de lembrar também o aumento que estamos tendo na irradiância solar por conta do máximo do ciclo solar atual que deve ocorrer esse ano e pode intensificar esses efeitos!
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El Niño está definitivamente arrumando as malas para partir e o Índice de Oscilação Sul já mostra isso ao positivar. Mesmo que seja temporário e volte a negativar, não deve ser grande coisa pois a tendência agora é subir (aliás, já está aumentando lentamente desde setembro como podemos ver no gráfico): Quanto a previsão dos modelos para o inverno, a média para junho já mostra uma pequena neutralidade negativa. Isso ao meu ver reforça a possibilidade de que ao final do inverno já podemos ter uma La Niña fraca configurada:
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Em março podemos ter o fim do El Niño, portanto é improvável já ter La Niña pois passaremos primeiro pelo período de neutralidade, que poderá ser curto. Para termos La Niña precisamos dos mesmos critérios do Niño: além da TSM na região 3.4 estar abaixo de -0.5 o Índice de Oscilação Sul precisa estar bem positivo, tudo isso perdurando pelo menos por uns 3 meses. Eu acredito que até o final do inverno já podemos ter La Niña sim, considerando todos parâmetros que mencionei acima. A TSM já estará razoavelmente fria na 3.4 durante o inverno, mas a teleconexão talvez só inicie no fim da estação.
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Se os modelos estiverem certos, a partir da metade de janeiro o Pacífico Equatorial iniciará seu declínio nas temperaturas (ainda com algumas oscilações positivas) e o El Niño caminhará para o fim, que oficialmente pode ocorrer já em março. Um evento diferente apesar da "anatomia" canônica, com anomalias de TSM variando de moderadas a fortes na região 3.4, mas com baixa teleconexão atmosférica devido ao IOS que não respondeu na mesma intensidade. Um Niño que chegou a ser previsto como super, mas que não se configurou. Mas não se iludam: o período de retorno dos super-El Niños costuma variar de 13 a 15 anos, portanto não vai demorar para esse super aparecer de fato, já que o último foi em 2015-16! Mas para agora... BYE BYE EL NIÑO!
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Em 2020, apesar do inverno fraco e da forte onda de calor no fim de setembro/início de outubro, tivemos uma forte onda de frio tardia no fim de agosto que trouxe até neve para Curitiba! Nevou na madrugada e manhã de 21 para 22 nos pontos altos da região metropolitana e na noite de 22 na zona sul de Curitiba!
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A queda foi discreta porque a região 3.4 é influenciada mais diretamente pelas regiões 3 e 4 que caíram pouco ou quase nada. E como comentamos dias atrás, não durou muito a TSM acima de 2 graus na área, inclusive creio que esse El Niño já mostrou sua força máxima e a partir de agora só vai oscilar nesse patamar até iniciar a queda para o fim...
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Sim! Acima de 2 graus alguns institutos classificam como super, mas para isso precisa permanecer nesse patamar por 3 meses, o que parece que não vai ocorrer porque na próxima semana o valor cairá novamente abaixo de 2 graus. Nos super-El Niños de 2015 e 1997 a TSM já estava acima de 2 nesse época! Outro detalhe para ser super é a SOI, mas ela insiste em não negativar o suficiente (inclusive está positiva nos últimos 3 dias)!
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Apesar de cada evento ser único, geralmente a transição Niño-Niña é mais rápida devido à fatores termodinâmicos, mas também porque o planeta demanda muita energia para formar um El Niño. Não podemos esquecer que embora o inverno 2016 tenha sido bom, tivemos condições de verão até o fim de abril quando veio a primeira onda de frio forte do ano e encerrou o padrão de El Niño. Se termos repeteco o tempo dirá...
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O atual aquecimento da TSM na região 3.4 está sendo provocado por um forte pulso da MJO, sentido oeste-leste, como pode ser visto na imagem abaixo representado pela linha verde: Pela previsão, pelo menos até a primeira semana de dezembro não é mostrado novo pulso, o que poderia até reduzir um pouco a TSM no início do próximo mês. Vale destacar o enfraquecimento da anomalia negativa sobre o Índico, que pode ser um indicativo do ápice do evento! Aguardemos! Já o deslocamento da área mais quente entre a região 1+2 e a região 3.4 (indicado pela seta verde abaixo) parece ter chegado no seu ápice, portanto agora todo aporte de energia que ocorrer será direcionado para a área core do El Niño: