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Brasil Abaixo de Zero

Monitoramento e Previsão - América do Norte 2021


Rodolfo Alves
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1 hora atrás, Juzinho disse:

Eu sei que é batido esse papo aqui ...mas eu não me conformo com Miami .

Que tristeza sem fim kkkkkkk 

 

Uma MP marítima raquítica provoca temperaturas mais baixas que isso em quase qualquer lugar do sudeste brasileiro, em latitudes bem mais baixas e até próximo do mar. Pesquisei sobre Key West e, por lá, o desperdício é ainda maior: a média mínima no inverno fica perto de 20°C, uma aberrração para a latitude de quase 25°N. Essa região é superaquecida por um conjunto de fatores.

 

26 minutos atrás, Guilherme Wawrzyniec disse:


Eu fico me perguntando direto. Se o Brasil estivesse em latitudes mais altas? É de se imaginar com o inverno mais frio. Se Argentina tivesse mais porções de terra, será que as MPs iam chegar com mais força? O problema da Argentina é que vai afunilando, se fosse ao contrário,  talvez as MPs conseguiriam alcançar latitudes mais baixas sem perder sua força. A Antártida é o continente mais gelado do mundo, estamos no mesmo hemisfério, agora imagina... o Hemisfério sul com as mesmas porções de terra que se encontra na Eurásia, a capacidade da Antártida de levar MPs potentes para latitudes mais baixas é enorme, o HS seria mais frio que o HN, acredito eu. Infelizmente não tivemos essa sorte (pra quem gosta de frio), o Hemisfério Sul "nasceu" para ser quente. Temos que se contentar com o nosso "frio tropical". 

Fugi totalmente do assunto sobre América do norte, hehe

 

E será que, caso a Am. Sul fosse invertida (terras amplas a sul), haveria interferência nos regimes de chuva? Amplas terras em áreas subtropicais são associadas a aridez ou mesmo desertos, como parte do meio-oeste americano, Chile/Argentina, Saara, África do Sul e amplas terras asiáticas, além da Austrália. 

 

Resultado de imagem para desertos mundo

 

Imagina nosso verão sem as convecções e convergências de umidade, rivalizaria com as regiões mais quentes da Terra. Seria muito dinamismo, com o ônus de um verão terrível (monotonia tórrida).

Edited by LeoP
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Eu percebi essa MP recém passada nos EUA da seguinte forma:

 

Ponto forte: A boa duração do evento.

 

Ponto fraco: A dimensão geográfica do evento, que como o Wallace demonstrou, não foi grande coisa. 

 

- Esta MP, a meu ver, foi histórica no Texas, no leste do NM, em Oklahoma, Nebraska e Tennessee, além do litoral nordeste do México. Foi muito forte nos demais estados do cinturão do milho e no norte dos EUA. Foi absolutamente normal na região de Boswash e praticamente inexistente nas demais áreas do território. 

 

- O mais impressionante para mim foi a questão da abrangência da neve e das Máximas baixíssimas em latitudes muito pequenas. Uma MP inesquecível principalmente no Texas realmente. Valeu a pena esse evento, e vale lembrar que em 1899, a maior MP da história dos EUA, o efeito urbanização era praticamente zero e o planeta não estava em nenhum processo de aquecimento. Portanto, o fato do evento atual ter registrado alguns valores próximos aos daquela MP em algumas cidades, só mostra a intensidade dessa erupção. 

 

 

 

 

 

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22 horas atrás, LeoP disse:

 

Uma MP marítima raquítica provoca temperaturas mais baixas que isso em quase qualquer lugar do sudeste brasileiro, em latitudes bem mais baixas e até próximo do mar. Pesquisei sobre Key West e, por lá, o desperdício é ainda maior: a média mínima no inverno fica perto de 20°C, uma aberrração para a latitude de quase 25°N. Essa região é superaquecida por um conjunto de fatores.

 

 

E será que, caso a Am. Sul fosse invertida (terras amplas a sul), haveria interferência nos regimes de chuva? Amplas terras em áreas subtropicais são associadas a aridez ou mesmo desertos, como parte do meio-oeste americano, Chile/Argentina, Saara, África do Sul e amplas terras asiáticas, além da Austrália. 

 

Resultado de imagem para desertos mundo

 

Imagina nosso verão sem as convecções e convergências de umidade, rivalizaria com as regiões mais quentes da Terra. Seria muito dinamismo, com o ônus de um verão terrível (monotonia tórrida).


Verdade, não tinha pensado por esse lado. O verão seria trágico para nós!  

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Em 17/02/2021 em 14:00, LeoP disse:

Confesso que não acompanho de perto o clima dos EUA, então os valores não me surpreendem pela falta de referencial. Porém, pelas comparações feitas aqui com análogos latitudinais no Brasil, vê-se como nosso território desfavorece o frio extremado. Se serve de consolo, temos um ótimo verão, molhado e dinâmico.

 

Outro consolo é... Miami. Pra quem gosta de meteorologia, morar em Miami deve ser como uma morte beeem lenta. Ficar observando, com mínimas de 23C ou mais, o país quase todo congelar é muito bizarro e deve ser muito frustrante.

 

Vejam essas temperaturas. Passarão mais calor que eu (BH) nos próximos dias, mesmo estando a 25° de latitude, no inverno e aqui no verão:

 

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É o caso de maior desperdício de potencial que eu já vi, média anual entre 24 e 25°C é coisa de louco pra latitude.

 

Nesse momento (13h), Miami tem 26°C e Palmas - TO tem 24°C, valor este que será a mínima de Miami amanhã.

Pelo que conheço de pessoas que moram lá este encanto pelo frio não é o que a maioria quer, eles preferem o verão. Tenho uma amiga que casou com um norte americano e foi morar em Portland, Oregon, ela detestou o clima, imagina ela morou em Caraguatatuba muitos anos, depois morou em São José dos Campos, la é muito frio e úmido na maior parte do ano, neva no inverno, mas nevascas mais problemáticas ocorrem a cada 4 ou 5 anos e é um transtorno, ir a um simples supermercado vira uma aventura com neve. Aí vc fica "preso" em casa por causa do aquecimento nem no quintal tem como ficar, Ela se separou depois e for morar em Fort Lauderdale na Flórida, amou e está lá até hoje, claro que existe a preocupação com furações, ela já teve a casa danificada, mas mesmo assim ela disse que não troca por morar no Norte nem a pau.

Tenho outra que tbm saiu daqui,morava em São Paulo e foi morar em NY, ama o verão mesmo tendo aqueles dias infernais, detesta o inverno, ela diz que quem gosta do inverno de NY é turista, especialmente brasileiro que não é acostumado e acha tudo lindo, mas sair para trabalhar com neve é um baita transtorno seja de carro ou a pé depois que a neve para ela fica dura,  o chão congela vira um sabão e depois qdo começa a derreter vira uma lama suja.

 

Edited by jrmartinisp
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Essa atração por frio no Brasil é porque se tem pouco, por isso acham neve interessante, boa parte do Brasil desconhece frio expressivo, Cuiabá mesmo tão quente não se enquadra nesse rol, visto que às vezes até baixa dos 10 C, como em 2013, ano bastante lembrado aqui no fórum pela neve na Região Sul, e até em Curitiba, porém naquele ano sequer baixou de 20 C, por exemplo, nos aeroportos de João Pessoa e Aracaju, onde eu desembarquei respectivamente no fim de abril e fim de setembro desse ano, no de JP eu desembarquei com chuva, bom, chega ser algo repetitivo dizer que ondas de frio são uma realidade que não faz parte da rotina de milhões de brasileiros. Pra não ficar off topic vou falar dos EUA, em nenhum lugar dos 48 contíguos há ausência de frio expressivo ou de atuação de ondas de frio, até em Key West consegue esfriar às vezes, e o frio consegue chegar em Cuba, o único lugar dos EUA em que não há um frio expressivo, com mínimas anuais sobre-15, é o litoral do Havaí, em se falando dos 50 estados, pois há territórios no Caribe, tipo Porto Rico, e no Pacífico que são sem nenhum frio. 

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Difícil acreditar, Dallas com MÁXIMA de -8°C e uma sequência de máximas negativas. 

Simplesmente surreal!!Screenshot_20210221-212438.png.b5638b864949a0fe71dff166643bef28.png

Já tinha achado um absurdo Huston registrar variação de -11/-3°C estando à beira mar e na latitude de Porto Alegre!!!Screenshot_20210221-212541.png.112d4c759883efe2308384837ca61c02.png

 

Edited by Carlos Campos
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Guest Wallace Rezende
5 horas atrás, Leandro Leite disse:

Essa atração por frio no Brasil é porque se tem pouco, por isso acham neve interessante, boa parte do Brasil desconhece frio expressivo, Cuiabá mesmo tão quente não se enquadra nesse rol, visto que às vezes até baixa dos 10 C, como em 2013, ano bastante lembrado aqui no fórum pela neve na Região Sul, e até em Curitiba, porém naquele ano sequer baixou de 20 C, por exemplo, nos aeroportos de João Pessoa e Aracaju, onde eu desembarquei respectivamente no fim de abril e fim de setembro desse ano, no de JP eu desembarquei com chuva, bom, chega ser algo repetitivo dizer que ondas de frio são uma realidade que não faz parte da rotina de milhões de brasileiros. Pra não ficar off topic vou falar dos EUA, em nenhum lugar dos 48 contíguos há ausência de frio expressivo ou de atuação de ondas de frio, até em Key West consegue esfriar às vezes, e o frio consegue chegar em Cuba, o único lugar dos EUA em que não há um frio expressivo, com mínimas anuais sobre-15, é o litoral do Havaí, em se falando dos 50 estados, pois há territórios no Caribe, tipo Porto Rico, e no Pacífico que são sem nenhum frio. 

 

Pois é, até Key West tem uma máxima diurna “sub-10ºc” para chamar de sua, ocorreu no dia 29/12/1894 (evento de fortíssima geada na maior parte da Flórida, um dia antes Orlando registrou seu recorde absoluto de frio com -7,8ºc).  Esta (8,9ºc em 29/12/1894) é a única máxima “sub-10ºc” registrada em Key West desde o início dos registros, em 1872 (é a estação mais antiga do sul da Flórida).  Key West é uma ilhota cercada por um mar aquecido, não é nada fácil conseguir um valor desses por lá, ainda mais no começo do inverno, quando a água do mar costuma estar lá pelos 23/25ºc.  Só mesmo com uma "porrada" polar de respeito.

 

Até Miami, apesar de registrar temperaturas médias bastante parecidas com as do Rio de Janeiro (cidade) durante o inverno, dá um banho até nas cidades da Região Serrana fluminense nos eventos mais intensos de frio.  No dia 24/12/1989, Miami registrou média diária (média das 24 observações horárias) de 2,7ºc/2,8ºc (mínima de -1ºc e máxima de 7ºc), o que seria um frio histórico mesmo para os padrões das mais frias capitais brasileiras em termos de média diária; foi uma véspera de natal com “cara” de NY em pleno extremo sul Flórida.  Detalhe, no final da madrugada, com temperatura entre -1ºc e 0ºc, os ventos sustentados estavam acima dos 30 Km/h em Miami.  Este mesmo evento de 12/1989 trouxe mínima de -9ºc para Brownsville, no Texas (recorde mensal nunca mais aproximado), o que mostra como foi amplo.  Mais recentemente, já sob o "regime climático atual", Miami teve um dezembro com média de 16ºc em 2010, a mais baixa para o mês desde o início dos registros regulares de temperatura na cidade 1895.  Neste ano de 2010, Miami teve mínimas absolutas entre 1 e 2ºc em janeiro e dezembro, e uma tarde com chuva e 7/8ºc.  Nos últimos anos, os invernos tem sido fracos no sul da Flórida, e nada demais no restante do estado também, onde naturalmente faz mais frio.

 

Ou seja, apesar das médias térmicas de inverno parecidas (diferença +- 1ºc), os eventos comuns de frio em Miami já deixam o Rio de Janeiro muito para trás, e os mais fortes nos “humilham” por completo.  Aqui, o máximo de frio que se pode imaginar nos dias de hoje (nos bairros mais centrais e próximos da água) é uma máxima na casa dos 16ºc, com mínima entre 12 e 13ºc.  Mesmo nos subúrbios mais continentais, a mínima sofre para baixar dos 7/8ºc num evento mais forte hoje em dia (eventos que estão cada vez mais raros), e para conseguir uma marca assim só com céu limpo e ausência total de vento (estabilização, frio radiativo), ou seja, a máxima acaba superando os 20ºc algumas horas depois (como ocorreu no dia da menor mínima na Villa Militar desde o início dos registros, 09/07/2011, com máxima de 21,7ºc e mínima de 8,1ºc).  O frio forte de Miami está “muitos patamares” acima do maior frio imaginável no Rio, e olha que Miami está no extremo sul de uma península, o que naturalmente desfavorece a chegada do ar frio com mais força.

 

Resumo do dia 24/12/1989 em Miami/aero:

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Edited by Wallace Rezende
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47 minutos atrás, Wallace Rezende disse:

 

Pois é, até Key West tem uma máxima diurna “sub-10ºc” para chamar de sua, ocorreu no dia 29/12/1894 (evento de fortíssima geada na maior parte da Flórida, um dia antes Orlando registrou seu recorde absoluto de frio com -7,8ºc).  Esta (8,9ºc em 29/12/1894) é a única máxima “sub-10ºc” registrada em Key West desde o início dos registros, em 1872 (é a estação mais antiga do sul da Flórida).  Key West é uma ilhota cercada por um mar aquecido, não é nada fácil conseguir um valor desses por lá, ainda mais no começo do inverno, quando a água do mar costuma estar lá pelos 23/25ºc.  Só mesmo com uma "porrada" polar de respeito.

 

Até Miami, apesar de registrar temperaturas médias bastante parecidas com as do Rio de Janeiro (cidade) durante o inverno, dá um banho até nas cidades da Região Serrana fluminense nos eventos mais intensos de frio.  No dia 24/12/1989, Miami registrou média diária (média das 24 observações horárias) de 2,7ºc/2,8ºc (mínima de -1ºc e máxima de 7ºc), o que seria um frio histórico mesmo para os padrões das mais frias capitais brasileiras em termos de média diária; foi uma véspera de natal com “cara” de NY em pleno extremo sul Flórida.  Detalhe, no final da madrugada, com temperatura entre -1ºc e 0ºc, os ventos sustentados estavam acima dos 30 Km/h em Miami.  Este mesmo evento de 12/1989 trouxe mínima de -9ºc para Brownsville, no Texas (recorde mensal nunca mais aproximado), o que mostra como foi amplo.  Mais recentemente, já sob o "regime climático atual", Miami teve um dezembro com média de 16ºc em 2010, a mais baixa para o mês desde o início dos registros regulares de temperatura na cidade 1895.  Neste ano de 2010, Miami teve mínimas absolutas entre 1 e 2ºc em janeiro e dezembro, e uma tarde com chuva e 7/8ºc.

 

Ou seja, apesar das médias térmicas de inverno parecidas (diferença +- 1ºc), os eventos comuns de frio em Miami já deixam o Rio de Janeiro muito para trás, e os mais fortes nos “humilham” por completo.  Aqui, o máximo de frio que se pode imaginar nos dias de hoje (nos bairros mais centrais e próximos da água) é uma máxima na casa dos 16ºc, com mínima entre 12 e 13ºc.  Mesmo nos subúrbios mais continentais, a mínima sofre para baixar dos 7/8ºc num evento mais forte hoje em dia (eventos que estão cada vez mais raros), e para conseguir uma marca assim só com céu limpo e ausência total de vento (estabilização, frio radiativo), ou seja, a máxima acaba superando os 20ºc algumas horas depois (como ocorreu no dia da menor mínima na Villa Militar desde o início dos registros, 09/07/2011, com máxima de 21,7ºc e mínima de 8,1ºc).  O frio forte de Miami está “muitos patamares” acima do maior frio imaginável no Rio, e olha que Miami está no extremo sul de uma península, o que naturalmente desfavorece a chegada do ar frio com mais força.

 

Resumo do dia 24/12/1989 em Miami/aero:

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Eu lembro desse evento de 2010 em Miami. Sim, os eventos extremos de frio de lá são de deixar no chinelo qualquer evento já registrado até mesmo aqui em Juiz de Fora por exemplo, mas eu não troco o clima daqui pelo de lá, jamais. 

 

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9 horas atrás, Carlos Campos disse:

Difícil acreditar, Dallas com MÁXIMA de -8°C e uma sequência de máximas negativas. 

Simplesmente surreal!!Screenshot_20210221-212438.png.b5638b864949a0fe71dff166643bef28.png

Já tinha achado um absurdo Huston registrar variação de -11/-3°C estando à beira mar e na latitude de Porto Alegre!!!Screenshot_20210221-212541.png.112d4c759883efe2308384837ca61c02.png

 

A anomalia negativa esse mês deve estar absurda por essas bandas, hein?! Embora a temperatura já tenha subido bastante (amanhã tem previsão de máxima de 24°C em Dallas), a partir de quinta-feira há previsão de chuvas e um novo resfriamento (absolutamente pífio perto da era glacial q se instalou nos últimos dias), mas suficiente pra manter a média lá embaixo.

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10 horas atrás, Wallace Rezende disse:

 

Pois é, até Key West tem uma máxima diurna “sub-10ºc” para chamar de sua, ocorreu no dia 29/12/1894 (evento de fortíssima geada na maior parte da Flórida, um dia antes Orlando registrou seu recorde absoluto de frio com -7,8ºc).  Esta (8,9ºc em 29/12/1894) é a única máxima “sub-10ºc” registrada em Key West desde o início dos registros, em 1872 (é a estação mais antiga do sul da Flórida).  Key West é uma ilhota cercada por um mar aquecido, não é nada fácil conseguir um valor desses por lá, ainda mais no começo do inverno, quando a água do mar costuma estar lá pelos 23/25ºc.  Só mesmo com uma "porrada" polar de respeito.

 

Até Miami, apesar de registrar temperaturas médias bastante parecidas com as do Rio de Janeiro (cidade) durante o inverno, dá um banho até nas cidades da Região Serrana fluminense nos eventos mais intensos de frio.  No dia 24/12/1989, Miami registrou média diária (média das 24 observações horárias) de 2,7ºc/2,8ºc (mínima de -1ºc e máxima de 7ºc), o que seria um frio histórico mesmo para os padrões das mais frias capitais brasileiras em termos de média diária; foi uma véspera de natal com “cara” de NY em pleno extremo sul Flórida.  Detalhe, no final da madrugada, com temperatura entre -1ºc e 0ºc, os ventos sustentados estavam acima dos 30 Km/h em Miami.  Este mesmo evento de 12/1989 trouxe mínima de -9ºc para Brownsville, no Texas (recorde mensal nunca mais aproximado), o que mostra como foi amplo.  Mais recentemente, já sob o "regime climático atual", Miami teve um dezembro com média de 16ºc em 2010, a mais baixa para o mês desde o início dos registros regulares de temperatura na cidade 1895.  Neste ano de 2010, Miami teve mínimas absolutas entre 1 e 2ºc em janeiro e dezembro, e uma tarde com chuva e 7/8ºc.  Nos últimos anos, os invernos tem sido fracos no sul da Flórida, e nada demais no restante do estado também, onde naturalmente faz mais frio.

 

Ou seja, apesar das médias térmicas de inverno parecidas (diferença +- 1ºc), os eventos comuns de frio em Miami já deixam o Rio de Janeiro muito para trás, e os mais fortes nos “humilham” por completo.  Aqui, o máximo de frio que se pode imaginar nos dias de hoje (nos bairros mais centrais e próximos da água) é uma máxima na casa dos 16ºc, com mínima entre 12 e 13ºc.  Mesmo nos subúrbios mais continentais, a mínima sofre para baixar dos 7/8ºc num evento mais forte hoje em dia (eventos que estão cada vez mais raros), e para conseguir uma marca assim só com céu limpo e ausência total de vento (estabilização, frio radiativo), ou seja, a máxima acaba superando os 20ºc algumas horas depois (como ocorreu no dia da menor mínima na Villa Militar desde o início dos registros, 09/07/2011, com máxima de 21,7ºc e mínima de 8,1ºc).  O frio forte de Miami está “muitos patamares” acima do maior frio imaginável no Rio, e olha que Miami está no extremo sul de uma península, o que naturalmente desfavorece a chegada do ar frio com mais força.

 

Resumo do dia 24/12/1989 em Miami/aero:

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Cuiabá teve tarde sub-10 um século depois, em 28/06/1996 com 9,8 C, e a mínima absoluta histórica cuiabana é menor que a de Key West, 1,2 C e 3,3 C (1933 e 1975) X 5 C, mas nem se pode comparar uma com a outra, uma fica no centro da América do Sul, no ponto mais longe dos oceanos, tanto que tem o Centro Geodésico na Câmara Municipal, já a outra se trata de uma ilha cercada por águas mornas. 

Edited by Leandro Leite
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Se eu não me engano foi em dezembro de 1989 que uma prima materna muito mais velha que eu, mudou pra Miami junto com o marido e os filhos, que tem em torno da minha idade, à época pequenos, eles teriam pego esse frio, a não ser que mudassem após o Natal, e antes moravam em São Luís do Maranhão, cidade de frio inexistente, nunca baixa dos 20 C, tanto que nem tem chuveiro elétrico nas casas, lembro disso desde pequeno, tanto que minha mãe não sabia o que era frio em sua infância e adolescência. 

Edited by Leandro Leite
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17 horas atrás, jrmartinisp disse:

Pelo que conheço de pessoas que moram lá este encanto pelo frio não é o que a maioria quer, eles preferem o verão. Tenho uma amiga que casou com um norte americano e foi morar em Portland, Oregon, ela detestou o clima, imagina ela morou em Caraguatatuba muitos anos, depois morou em São José dos Campos, la é muito frio e úmido na maior parte do ano, neva no inverno, mas nevascas mais problemáticas ocorrem a cada 4 ou 5 anos e é um transtorno, ir a um simples supermercado vira uma aventura com neve. Aí vc fica "preso" em casa por causa do aquecimento nem no quintal tem como ficar, Ela se separou depois e for morar em Fort Lauderdale na Flórida, amou e está lá até hoje, claro que existe a preocupação com furações, ela já teve a casa danificada, mas mesmo assim ela disse que não troca por morar no Norte nem a pau.

Tenho outra que tbm saiu daqui,morava em São Paulo e foi morar em NY, ama o verão mesmo tendo aqueles dias infernais, detesta o inverno, ela diz que quem gosta do inverno de NY é turista, especialmente brasileiro que não é acostumado e acha tudo lindo, mas sair para trabalhar com neve é um baita transtorno seja de carro ou a pé depois que a neve para ela fica dura,  o chão congela vira um sabão e depois qdo começa a derreter vira uma lama suja.

 

 

Me lembro que, na minha infância, ouvia os antigos (avós, tios/tias-avós, etc, gente nascida nas décadas de 1900, 1910...) reclamarem e mal-dizerem o frio aqui em Sampa.

Detestavam o frio, que achavam um sofrimento, isto no inverno de São Paulo, que não chega nem aos pés do sul dos EUA.

Para eles, quem falasse que gostava de frio era visto como maluco, biruta. :D

 

Vejam abaixo as médias (Simples) mensais da antiga estação da av. Paulista, na cidade de São Paulo, no ano de 1917.

E imaginem nossas casas totalmente despreparadas e agasalhos bem menos eficientes em barrar o frio como atualmente.

É verdade... a indústria têxtil evoluiu barbaridade em 100 anos.

 

Estação av. Paulista, médias simples mensais em 1917 (As compensadas devem ter ficado em torno de 0,7 a 0,8°C mais frias).

Jan: 20,2°C

Fev: 20,2°C

Mar: 19,6°C

Abr: 17,2°C

Mai: 13,8°C

Jun: 13,0°C

Jul: 13,3°C

Ago: 13,7°C

Set: 16,3°C

Out: 16,9°C

Nov: 16,5°C

Dez: 19,1°C

Média anual: 16,7°C

 

Imaginem o gelo dentro das casas da época, de maio a novembro...

 

Edited by Aldo Santos
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4 horas atrás, Wagner97 disse:

A anomalia negativa esse mês deve estar absurda por essas bandas, hein?! Embora a temperatura já tenha subido bastante (amanhã tem previsão de máxima de 24°C em Dallas), a partir de quinta-feira há previsão de chuvas e um novo resfriamento (absolutamente pífio perto da era glacial q se instalou nos últimos dias), mas suficiente pra manter a média lá embaixo.

 

As anomalias negativas estão muito significativas em toda a faixa do meio dos EUA, de norte a sul. No leste e oeste, apenas anomalias discretas. No cômputo geral da AMérica do Norte, as anomalias estão praticamente zeradas, pois existe uma extensa faixa no extremo norte do Canadá com anomalias positivas bem altas.

 

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Yo me entere que podria hacer frio en el estado de Florida viendo un documental sobre la tragedia del Challenger; alli explicaban que el hielo que se habia formado sobre la nave era responsable del accidente, al menos en parte.

 

Hasta ese momento yo no sabia que podia helar en la peninsula de la Florida.

 

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Edited by Pablo MQL
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12 horas atrás, Renan disse:

 

Eu lembro desse evento de 2010 em Miami. Sim, os eventos extremos de frio de lá são de deixar no chinelo qualquer evento já registrado até mesmo aqui em Juiz de Fora por exemplo, mas eu não troco o clima daqui pelo de lá, jamais. 

 

 

Acho que é uma questão de perspectiva. Se formos olhar para o nosso umbigo (Brasil) veremos que  fora alguns lugares montanhosos da região sul e sudeste todo mundo passa pelo menos 9 meses por ano sob alto risco de temperaturas sob-30 sem reclamar (muito rs). Não é muito diferente no sul dos EUA (excetuando talvez a Flórida), só que lá tem o benefício de ter sempre a chance real de um evento invernal decente, diferente daqui que ficamos a ver navios frequentemente.

 

 A minha linha de corte para morar nos EUA sob o ponto de vista climático seria a que está abaixo, ou seja, não viveria nos lugares abaixo da linha vermelha (Flórida pelo calor, litoral texano/louisiano pelo risco de inundações/desertos do oeste pelo calor extremo):

 

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Já no Brasil para mim é impensável morar fora da área formada pela mesma linha pelos mesmos motivos:

 

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42 minutos atrás, ricardosilva disse:

 

Acho que é uma questão de perspectiva. Se formos olhar para o nosso umbigo (Brasil) veremos que  fora alguns lugares montanhosos da região sul e sudeste todo mundo passa pelo menos 9 meses por ano sob alto risco de temperaturas sob-30 sem reclamar (muito rs). Não é muito diferente no sul dos EUA (excetuando talvez a Flórida), só que lá tem o benefício de ter sempre a chance real de um evento invernal decente, diferente daqui que ficamos a ver navios frequentemente.

 

 A minha linha de corte para morar nos EUA sob o ponto de vista climático seria a que está abaixo, ou seja, não viveria nos lugares abaixo da linha vermelha (Flórida pelo calor, litoral texano/louisiano pelo risco de inundações/desertos do oeste pelo calor extremo):

 

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Já no Brasil para mim é impensável morar fora da área formada pela mesma linha pelos mesmos motivos:

 

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Você traçou a linha vermelha bem em cima de Juiz de Fora, ou seja, você não se decidiu se moraria aqui ou não por causa do clima, kkkkkkk. Minha linha vermelha é bem mais abrangente que a sua....aceitaria morar em muito mais lugares, tanto nos EUA quanto no Brasil. Eu só peço uma coisa simples: Que não seja um lugar que faça calor forte o ano todo, sem trégua alguma, com ausência total e absoluta de frio e de dinâmica. Claro que há vastas extensões territoriais do Brasil assim, e nos EUA pode-se dizer que não há nenhum local assim. 

 

É tudo uma questão de gosto realmente...

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Guest Wallace Rezende
15 horas atrás, Renan disse:

 

Eu lembro desse evento de 2010 em Miami. Sim, os eventos extremos de frio de lá são de deixar no chinelo qualquer evento já registrado até mesmo aqui em Juiz de Fora por exemplo, mas eu não troco o clima daqui pelo de lá, jamais. 

 

 

Eu trocaria facilmente o meu inverno lixo pelo de Miami (aqui jamais consegui sequer usar um abrigo leve, quem dirá um casaco), mas acho que eu também não trocaria o seu inverno bem mais fresco em média (apesar de fraco nos extremos de frio) por alguns eventos de frio (muito esporádicos) mais fortes registrados lá, e olha que valorizo muito os extremos pontuais, diria até que dou um valor desproporcional aos extremos. 

 

O clima de Miami também é mais dinâmico que o nosso no inverno, com variabilidade muito maior entre os anos.  Como sempre, nada como dados para ilustrar: a média de dezembro em Miami já varou entre 16ºc (2010) e 25ºc (2015), 9ºc de diferença.  No Rio de Janeiro, se considerarmos o mês equivalente (junho), a variação no mesmo período foi de uns 20ºc até pouco mais de 23ºc (média mensal), apenas 1/3 da diferença registrada em Miami, e essa diferença (entre a maior e menor média) até diminui um pouco em julho e agosto.

 

Mesmo assim, concordo que não compensaria trocar JF por Miami no inverno (no verão, nem preciso dizer nada, ne?), pois a vantagem de JF nas médias é bem grande, e Miami tem uma verdadeira avalanche de mínimas acima dos 20ºc nos invernos comuns, até beliscando os 25ºc de vez em quando, o que vocês não registram nem no verão.

 

Já o “meu” verão eu não trocaria pelo de lá, pois as águas costeiras mais quentes (sem a ressurgência, que costuma dar as caras aqui) tornam o litoral de Miami (em média) mais abafado que o daqui, apesar do vento ser mais regular por lá.  Eu diria que, por conta da brisa mais constante por lá (que, pela ausência de relevo, acaba entrando pela cidade toda), o verão de Miami é mais tolerável que o verão (médio) dos bairros mais adensados e afastados do mar no Rio (onde o próprio relevo bloqueia e aquece a brisa do mar), mas a orla do Rio e até o Centro têm um verão menos quente que a orla de Miami em média, embora os picos de calor sejam maiores aqui (quando bate o vento norte, mas não dura muito).

 

Além disso, o verão do Rio (em anos normais) tem alguns dias mais nublados e chuvosos, com máximas mais amenas (canais de umidade ou frentes) sendo registradas até nos bairros mais quentes nessas ocasiões, algo que Miami não registra nunca no verão (em casos extremos, chegou a fazer 20ºc ou um pouco menos numa tarde de janeiro no Rio, com chuva), enquanto o verão deles é sempre igual, com sol entre nuvens e chuvas convectivas isoladas causadas pelo choque da brisa do mar com o calor sobre o continente, não tem os períodos mais amenos que registramos aqui de vez em quando, o verão de Miami é menos dinâmico que o nosso.  O único dinamismo por lá é a ameaça de tempestades tropicais ou furacões, mas até estes tem evitado a região ultimamente (também, são mais frequentes no outono que no verão).

 

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44 minutos atrás, Wallace Rezende disse:

 

Eu trocaria facilmente o meu inverno lixo pelo de Miami (aqui jamais consegui sequer usar um abrigo leve, quem dirá um casaco), mas acho que eu também não trocaria o seu inverno bem mais fresco em média (apesar de fraco nos extremos de frio) por alguns eventos de frio (muito esporádicos) mais fortes registrados lá, e olha que valorizo muito os extremos pontuais, diria até que dou um valor desproporcional aos extremos. 

 

O clima de Miami também é mais dinâmico que o nosso no inverno, com variabilidade muito maior entre os anos.  Como sempre, nada como dados para ilustrar: a média de dezembro em Miami já varou entre 16ºc (2010) e 25ºc (2015), 9ºc de diferença.  No Rio de Janeiro, se considerarmos o mês equivalente (junho), a variação no mesmo período foi de uns 20ºc até pouco mais de 23ºc (média mensal), apenas 1/3 da diferença registrada em Miami, e essa diferença (entre a maior e menor média) até diminui um pouco em julho e agosto.

 

Mesmo assim, concordo que não compensaria trocar JF por Miami no inverno (no verão, nem preciso dizer nada, ne?), pois a vantagem de JF nas médias é bem grande, e Miami tem uma verdadeira avalanche de mínimas acima dos 20ºc nos invernos comuns, até beliscando os 25ºc de vez em quando, o que vocês não registram nem no verão.

 

Já o “meu” verão eu não trocaria pelo de lá, pois as águas costeiras mais quentes (sem a ressurgência, que costuma dar as caras aqui) tornam o litoral de Miami (em média) mais abafado que o daqui, apesar do vento ser mais regular por lá.  Eu diria que, por conta da brisa mais constante por lá (que, pela ausência de relevo, acaba entrando pela cidade toda), o verão de Miami é mais tolerável que o verão (médio) dos bairros mais adensados e afastados do mar no Rio (onde o próprio relevo bloqueia e aquece a brisa do mar), mas a orla do Rio e até o Centro têm um verão menos quente que a orla de Miami em média, embora os picos de calor sejam maiores aqui (quando bate o vento norte, mas não dura muito).

 

Além disso, o verão do Rio (em anos normais) tem alguns dias mais nublados e chuvosos, com máximas mais amenas (canais de umidade ou frentes) sendo registradas até nos bairros mais quentes nessas ocasiões, algo que Miami não registra nunca no verão (em casos extremos, chegou a fazer 20ºc ou um pouco menos numa tarde de janeiro no Rio, com chuva), enquanto o verão deles é sempre igual, com sol entre nuvens e chuvas convectivas isoladas causadas pelo choque da brisa do mar com o calor sobre o continente, não tem os períodos mais amenos que registramos aqui de vez em quando, o verão de Miami é menos dinâmico que o nosso.  O único dinamismo por lá é a ameaça de tempestades tropicais ou furacões, mas até estes tem evitado a região ultimamente (também, são mais frequentes no outono que no verão).

 

 

No verão, ao contrário do inverno, parece que ganhamos alguns graus de latitude (ou as cidades dos EUA perdem), na comparação. "Rivalizamos", nas médias, com cidades com até 10⁰ de latitude a mais que as nossas. Rio de Janeiro pode se comparar a Savannah, na Geórgia. Blumenau tem um verão que se assemelha ao de Raleigh, North Carolina. Porto Alegre parece ter um verão um pouco mais fresco que Washington D.C.

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15 horas atrás, Wallace Rezende disse:

 

Eu trocaria facilmente o meu inverno lixo pelo de Miami (aqui jamais consegui sequer usar um abrigo leve, quem dirá um casaco), mas acho que eu também não trocaria o seu inverno bem mais fresco em média (apesar de fraco nos extremos de frio) por alguns eventos de frio (muito esporádicos) mais fortes registrados lá, e olha que valorizo muito os extremos pontuais, diria até que dou um valor desproporcional aos extremos. 

 

O clima de Miami também é mais dinâmico que o nosso no inverno, com variabilidade muito maior entre os anos.  Como sempre, nada como dados para ilustrar: a média de dezembro em Miami já varou entre 16ºc (2010) e 25ºc (2015), 9ºc de diferença.  No Rio de Janeiro, se considerarmos o mês equivalente (junho), a variação no mesmo período foi de uns 20ºc até pouco mais de 23ºc (média mensal), apenas 1/3 da diferença registrada em Miami, e essa diferença (entre a maior e menor média) até diminui um pouco em julho e agosto.

 

Mesmo assim, concordo que não compensaria trocar JF por Miami no inverno (no verão, nem preciso dizer nada, ne?), pois a vantagem de JF nas médias é bem grande, e Miami tem uma verdadeira avalanche de mínimas acima dos 20ºc nos invernos comuns, até beliscando os 25ºc de vez em quando, o que vocês não registram nem no verão.

 

Já o “meu” verão eu não trocaria pelo de lá, pois as águas costeiras mais quentes (sem a ressurgência, que costuma dar as caras aqui) tornam o litoral de Miami (em média) mais abafado que o daqui, apesar do vento ser mais regular por lá.  Eu diria que, por conta da brisa mais constante por lá (que, pela ausência de relevo, acaba entrando pela cidade toda), o verão de Miami é mais tolerável que o verão (médio) dos bairros mais adensados e afastados do mar no Rio (onde o próprio relevo bloqueia e aquece a brisa do mar), mas a orla do Rio e até o Centro têm um verão menos quente que a orla de Miami em média, embora os picos de calor sejam maiores aqui (quando bate o vento norte, mas não dura muito).

 

Além disso, o verão do Rio (em anos normais) tem alguns dias mais nublados e chuvosos, com máximas mais amenas (canais de umidade ou frentes) sendo registradas até nos bairros mais quentes nessas ocasiões, algo que Miami não registra nunca no verão (em casos extremos, chegou a fazer 20ºc ou um pouco menos numa tarde de janeiro no Rio, com chuva), enquanto o verão deles é sempre igual, com sol entre nuvens e chuvas convectivas isoladas causadas pelo choque da brisa do mar com o calor sobre o continente, não tem os períodos mais amenos que registramos aqui de vez em quando, o verão de Miami é menos dinâmico que o nosso.  O único dinamismo por lá é a ameaça de tempestades tropicais ou furacões, mas até estes tem evitado a região ultimamente (também, são mais frequentes no outono que no verão).

 

 

Boas comparações ! Bacana isso. Para mim o ponto mais forte de Miami é realmente poder ter a oportunidade de vivenciar a passagem de um furacão ou tempestade tropical, isso deve ser uma experiência única.

 

Na verdade, eu já disse isso aqui algumas vezes -e volto a repetir para quem estiver interessado em opiniões meramente pessoais-, mas para mim o melhor clima DO MUNDO é o da serra catarinense (isso mesmo, melhor clima DO MUNDO). Posso estar cometendo um grande exagero ao dizer isso, até porque sou ignorante em relação à vivência prática em boa parte dos climas mundiais. Mas, de todos que já vivenciei ou analisei dados até hoje, o clima de São Joaquim e região é o mais equilibrado para o que eu busco em termos climáticos. Os meus argumentos começam com um gosto pessoal: Eu não gosto de climas com grande amplitude térmica anual, no máximo até uns 12 graus de amplitude (em SJ essa amplitude é de no máximo uns 10 graus, mas geralmente é menos). 

 

Além disso, por sua grande altitude, seu verão é extremamente suave, com poucos dias de calor e muitos dias agradáveis ou amenos/friozinhos. O inverno, para os padrões mundiais, é também bem tranquilo de lidar, sem o rigor daqueles locais em que se fica muitos dias seguidos abaixo de zero ou sob uma camada de neve "eterna". Porém, é frio o suficiente para termos eventos esporádicos de neve e muitos de geadas e mínimas negativas, além de advecções fortes o suficiente para máximas sub-10 ou sub-5 nos dias mais frios. Ao mesmo tempo, durante o inverno também há alguns dias que se aproximam ou passam dos 20 graus à tarde, gerando um enorme conforto térmico. Em suma: A cidade experimenta alguns dias de inverno dignos dos climas temperados continentais, mas na medida certa para que não se torne um castigo. E ao mesmo tempo, o verão também não te castiga ! Ou seja, é um clima bem amistoso para quem gosta de dinâmica, de frio e de um "pouquinho" de calor, tudo na medida certa e bem equilibrado. Perfeito !

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Em 22/02/2021 em 13:21, ricardosilva disse:

 

Acho que é uma questão de perspectiva. Se formos olhar para o nosso umbigo (Brasil) veremos que  fora alguns lugares montanhosos da região sul e sudeste todo mundo passa pelo menos 9 meses por ano sob alto risco de temperaturas sob-30 sem reclamar (muito rs). Não é muito diferente no sul dos EUA (excetuando talvez a Flórida), só que lá tem o benefício de ter sempre a chance real de um evento invernal decente, diferente daqui que ficamos a ver navios frequentemente.

 

 A minha linha de corte para morar nos EUA sob o ponto de vista climático seria a que está abaixo, ou seja, não viveria nos lugares abaixo da linha vermelha (Flórida pelo calor, litoral texano/louisiano pelo risco de inundações/desertos do oeste pelo calor extremo):

 

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Já no Brasil para mim é impensável morar fora da área formada pela mesma linha pelos mesmos motivos:

 

image.thumb.png.2bdcea47cc85254253f78438d903da09.png

 

Eu tenho uma enorme aversão ao tempo muito seco, com 30% ou menos de umidade, independentemente se estiver frio ou calor. Meu corpo sempre sofre nos dias mais secos do ano de Belo Horizonte e acho que eu surtaria se morasse em lugares como o Arizona e o Novo Mexico. Pra mim não compensa mesmo tendo eventos excepcionais como este último, e também tem o ônus do verão escaldante. 

 

Se eu fosse fazer a minha linha vermelha nos EUA, poderia ser qualquer lugar onde há dinamismo e não há grandes extremos ou muita secura. Cidades como Nova York, San Francisco, Washington, Juneau, no Alaska e Portland seriam a minha cara. Mas o clima de cidades como Chicago e as canadenses Toronto, Montreal, Vancouver e Ottawa também parecem interessantes.

 

Já no Brasil, a minha linha seria semelhante, porém excluiria o MS, o interior de SP e interior do Paraná pela facilidade que há em fazer calor e tempo seco nestes lugares. E subiria um pouco mais a linha em Minas Gerais, para adicionar locais como Barbacena, Ouro Preto, Conceição do Mato Dentro e Diamantina. O clima de BH também é ok, é uma versão menos dinâmica de São Paulo, porém tolerável, embora sou suspeito para falar. 

 

Para não fugir muito do tópico, essa é a previsão para Juneau, no Alaska. Tem frio, tem neve, mas não há tantos extremos de temperatura. Tirando eventuais transtornos com nevascas, até dá para viver e sair de casa numa boa. 

 

juneau.JPG.c176a2cdce15ad72fa1e62bddc57eedd.JPG

 

O verão também é bem agradável, como mostra a normal climatológica. No final das contas, chove ou neva na maior parte dos dias, porém o sol também o seu espaço nesta dinâmica.  

 

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4 minutes ago, RafaelBHZ said:

Eu tenho uma enorme aversão ao tempo muito seco, com 30% ou menos de umidade, independentemente se estiver frio ou calor. Meu corpo sempre sofre nos dias mais secos do ano de Belo Horizonte e acho que eu surtaria se morasse em lugares como o Arizona e o Novo Mexico. Pra mim não compensa mesmo tendo eventos excepcionais como este último, e também tem o ônus do verão escaldante. 

 

Pois eu sou o contrário. Eu adoro lugares como o Arizona, New Mexico, Utah, Nevada... kkkkkkkkkk

 

Em termos de Brasil, acho que por isso que gosto de lugares altos mais ao norte. Planalto central, Chapada Diamantina, Planalto da Borborema...

 

edit: Deve ser o trauma da minha infância em Belém.

Edited by Samihr Hermes
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12 minutos atrás, Samihr Hermes disse:

 

Pois eu sou o contrário. Eu adoro lugares como o Arizona, New Mexico, Utah, Nevada... kkkkkkkkkk

 

Em termos de Brasil, acho que por isso que gosto de lugares altos mais ao norte. Planalto central, Chapada Diamantina, Planalto da Borborema...

 

edit: Deve ser o trauma da minha infância em Belém.

 

Com a secura eu começo a ter problemas respiratórios e de pele com muita facilidade. Tolerar alguns dias até que vai, mas quando a maioria dos dias são assim, é complicado. Ano passado com 37ºC e URA baixa por uma semana inteira a minha produtividade ficou negativa e foi uma semana horrível, não consigo nem imaginar com 45ºC no deserto americano. Haja umidificador e ar condicionado! 

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30 minutes ago, RafaelBHZ said:

 

Com a secura eu começo a ter problemas respiratórios e de pele com muita facilidade. Tolerar alguns dias até que vai, mas quando a maioria dos dias são assim, é complicado. Ano passado com 37ºC e URA baixa por uma semana inteira a minha produtividade ficou negativa e foi uma semana horrível, não consigo nem imaginar com 45ºC no deserto americano. Haja umidificador e ar condicionado! 

 

É verdade... mas quando falo de secura eu prefiro estar em níveis saudáveis. Acho que 30%, como você mencionou, já não é bom pra saúde. Tem que ter humidificador mesmo.

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Não sei qual é a experiência de vocês com tempo seco mas aqui no inverno é muito comum ficar abaixo de 20% e não fosse o fato de isso virar assunto para os noticiários a gente nem se dá conta. Vc percebe que está seco porque toda a paisagem denuncia isso mas não nota se está com com 20 ou com 40% de umidade. Há coisas que incomodam muito mais, principalmente quando se faz atividades ao ar livre, que são a presença de fumaça, poeira e material particulado na atmosfera de um modo geral. Dias nem tão secos assim em São Paulo-SP incomodam muito mais que dias bem mais secos aqui no interior por causa da poluição do ar, ao menos pela experiência que tenho. Edit. O que incomoda mesmo é o calor e se for calor úmido então...

Edited by marcio valverde
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1 hour ago, RafaelBHZ said:

 

Eu tenho uma enorme aversão ao tempo muito seco, com 30% ou menos de umidade, independentemente se estiver frio ou calor. Meu corpo sempre sofre nos dias mais secos do ano de Belo Horizonte e acho que eu surtaria se morasse em lugares como o Arizona e o Novo Mexico. Pra mim não compensa mesmo tendo eventos excepcionais como este último, e também tem o ônus do verão escaldante. 

 

Se eu fosse fazer a minha linha vermelha nos EUA, poderia ser qualquer lugar onde há dinamismo e não há grandes extremos ou muita secura. Cidades como Nova York, San Francisco, Washington, Juneau, no Alaska e Portland seriam a minha cara. Mas o clima de cidades como Chicago e as canadenses Toronto, Montreal, Vancouver e Ottawa também parecem interessantes.

 

Já no Brasil, a minha linha seria semelhante, porém excluiria o MS, o interior de SP e interior do Paraná pela facilidade que há em fazer calor e tempo seco nestes lugares. E subiria um pouco mais a linha em Minas Gerais, para adicionar locais como Barbacena, Ouro Preto, Conceição do Mato Dentro e Diamantina. O clima de BH também é ok, é uma versão menos dinâmica de São Paulo, porém tolerável, embora sou suspeito para falar. 

 

Para não fugir muito do tópico, essa é a previsão para Juneau, no Alaska. Tem frio, tem neve, mas não há tantos extremos de temperatura. Tirando eventuais transtornos com nevascas, até dá para viver e sair de casa numa boa. 

 

juneau.JPG.c176a2cdce15ad72fa1e62bddc57eedd.JPG

 

O verão também é bem agradável, como mostra a normal climatológica. No final das contas, chove ou neva na maior parte dos dias, porém o sol também o seu espaço nesta dinâmica.  

 

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El tema con las muy altas latitudes y mas con los climas nivosos/lluviosos es la falta de radiacion solar, puede ser muy deprimente, a la inversa lugares con clima agradable y bajas latitudes como Quito o La Paz  esta llega a ser bastante molesta durante todo el año, puede hacer frio pero la radiacion andina siempre te quema, se suma el factor altitud y latitud.

En ambos casos se leen las tablas mejor que lo que se viven.

 

Edited by Pablo MQL
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1 hora atrás, RafaelBHZ disse:

 

Eu tenho uma enorme aversão ao tempo muito seco, com 30% ou menos de umidade, independentemente se estiver frio ou calor. Meu corpo sempre sofre nos dias mais secos do ano de Belo Horizonte e acho que eu surtaria se morasse em lugares como o Arizona e o Novo Mexico. Pra mim não compensa mesmo tendo eventos excepcionais como este último, e também tem o ônus do verão escaldante. 

 

Se eu fosse fazer a minha linha vermelha nos EUA, poderia ser qualquer lugar onde há dinamismo e não há grandes extremos ou muita secura. Cidades como Nova York, San Francisco, Washington, Juneau, no Alaska e Portland seriam a minha cara. Mas o clima de cidades como Chicago e as canadenses Toronto, Montreal, Vancouver e Ottawa também parecem interessantes.

 

Já no Brasil, a minha linha seria semelhante, porém excluiria o MS, o interior de SP e interior do Paraná pela facilidade que há em fazer calor e tempo seco nestes lugares. E subiria um pouco mais a linha em Minas Gerais, para adicionar locais como Barbacena, Ouro Preto, Conceição do Mato Dentro e Diamantina. O clima de BH também é ok, é uma versão menos dinâmica de São Paulo, porém tolerável, embora sou suspeito para falar. 

 

Para não fugir muito do tópico, essa é a previsão para Juneau, no Alaska. Tem frio, tem neve, mas não há tantos extremos de temperatura. Tirando eventuais transtornos com nevascas, até dá para viver e sair de casa numa boa. 

 

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O verão também é bem agradável, como mostra a normal climatológica. No final das contas, chove ou neva na maior parte dos dias, porém o sol também o seu espaço nesta dinâmica.  

 

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17,7ºC de máxima média no mês mais quente é muito frio pra mim. Não gosto de lugares que tem verões "frios".

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5 horas atrás, Samihr Hermes disse:

 

É verdade... mas quando falo de secura eu prefiro estar em níveis saudáveis. Acho que 30%, como você mencionou, já não é bom pra saúde. Tem que ter humidificador mesmo.

Fala Potiguar ! Anda sumido. Tô achando que o "bixo" por aqui vai pegar até 15 de março. Tem município aqui no Ceará (centro Sul, onde a Funceme deu prognóstico de 50% abaixo da média) ultrapassando 400mm em fevereiro. Vários outros com mais de 300 e outros ultrapassando 200mm. Aqui no Sertão do "Peregrino" a coisa tá braba (registrei apenas 20mm até agora). As chuvas que chegam por aqui normalmente nascem em Mossoró, e em boa parte do RN tá chovendo muito pouco.

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Guest Wallace Rezende
1 hora atrás, Peregrine disse:

Sem querer ser off topic, alguém saberia qual a média pluviometrica anual da Califórnia ?

 

568,7 mm, pela média calculada pelo NCEI (1901-2000).  Esta é a média de todo o estado, há localidades muito mais e muito menos chuvosas que isso.  O Vale da Morte tem média anual de 50/60 mm, e pode até passar um ano inteiro sem chuva mensurável raramente, enquanto as encostas voltadas para o mar mais chuvosas do extremo noroeste do estado (Coast Redwood, perto do Oregon) chegam a receber mais de 2500 mm por ano, em média.

 

O ano mais chuvoso no estado (desde 1895) foi 1983, no grande El-Niño, com 1078,5 mm, e o mais seco foi 2013, com 201,4 mm.

 

2020 foi o terceiro ano mais seco registrado na Califórnia, com 306,1 mm de média estadual (atrás de 1976 e 2013).

 

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Um clima bem agradável na Califórnia, que seria do agrado da maioria dos bazianos (creio eu), é o de Tahoe City.  E com o "bônus" de receber mais de 4 metros de neve por ano.  E, ao contrário de Juneau, a média das máximas nos meses mais quentes (25ºc) é bem mais aceitável, dando uma sensação real de verão (especialmente com o sol forte dos 1900 metros), apesar das mínimas baixas.

 

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Edited by Wallace Rezende
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7 horas atrás, Wallace Rezende disse:

 

568,7 mm, pela média calculada pelo NCEI (1901-2000).  Esta é a média de todo o estado, há localidades muito mais e muito menos chuvosas que isso.  O Vale da Morte tem média anual de 50/60 mm, e pode até passar um ano inteiro sem chuva mensurável raramente, enquanto as encostas voltadas para o mar mais chuvosas do extremo noroeste do estado (Coast Redwood, perto do Oregon) chegam a receber mais de 2500 mm por ano, em média.

 

O ano mais chuvoso no estado (desde 1895) foi 1983, no grande El-Niño, com 1078,5 mm, e o mais seco foi 2013, com 201,4 mm.

 

2020 foi o terceiro ano mais seco registrado na Califórnia, com 306,1 mm de média estadual (atrás de 1976 e 2013).

 

caprec.png.e6b5bcc13c59463b9bee96207af75d61.png

 

Um clima bem agradável na Califórnia, que seria do agrado da maioria dos bazianos (creio eu), é o de Tahoe City.  E com o "bônus" de receber mais de 4 metros de neve por ano.  E, ao contrário de Juneau, a média das máximas nos meses mais quentes (25ºc) é bem mais aceitável, dando uma sensação real de verão (especialmente com o sol forte dos 1900 metros), apesar das mínimas baixas.

 

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Eu só adicionaria umas centenas a mais de precipitação e aumentaria a média das mínimas do verão, que é deveras baixas. No mais, é um bom clima mesmo. Outro local com clima bom e que fica no hemisfério sul, na Austrália: Mount Buller. 

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15 horas atrás, Tavares disse:

No Chicago, sinais da aproximação da primavera.

Aliás, isso é gelo gelo tipo, daria pra caminhar por cima ou é só blocos de neves?

 

Impossível caminhar direito porque por baixo dessa camada de neve é puro blocos instáveis de gelo. Chicago é uma cidade que venta muito e tem muitas ondas nesse lago (que inclusive chamam de praia).

 

 

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12 horas atrás, Wallace Rezende disse:

 

568,7 mm, pela média calculada pelo NCEI (1901-2000).  Esta é a média de todo o estado, há localidades muito mais e muito menos chuvosas que isso.  O Vale da Morte tem média anual de 50/60 mm, e pode até passar um ano inteiro sem chuva mensurável raramente, enquanto as encostas voltadas para o mar mais chuvosas do extremo noroeste do estado (Coast Redwood, perto do Oregon) chegam a receber mais de 2500 mm por ano, em média.

 

O ano mais chuvoso no estado (desde 1895) foi 1983, no grande El-Niño, com 1078,5 mm, e o mais seco foi 2013, com 201,4 mm.

 

2020 foi o terceiro ano mais seco registrado na Califórnia, com 306,1 mm de média estadual (atrás de 1976 e 2013).

 

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Um clima bem agradável na Califórnia, que seria do agrado da maioria dos bazianos (creio eu), é o de Tahoe City.  E com o "bônus" de receber mais de 4 metros de neve por ano.  E, ao contrário de Juneau, a média das máximas nos meses mais quentes (25ºc) é bem mais aceitável, dando uma sensação real de verão (especialmente com o sol forte dos 1900 metros), apesar das mínimas baixas.

 

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Excelente aula grande amigo. Essa vou salvar no meu iBook ! Média pluviometrica abaixo do nosso semiárido, no entanto, apesar dos extremos, parece que a atividade agropecuária por lá está anos luz na nossa frente. Valeu mesmo !

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10 hours ago, Peregrine said:

Excelente aula grande amigo. Essa vou salvar no meu iBook ! Média pluviometrica abaixo do nosso semiárido, no entanto, apesar dos extremos, parece que a atividade agropecuária por lá está anos luz na nossa frente. Valeu mesmo !

 

En California practican una agricultura muy intensiva, pero tienen un serio problema con el abuso de los acuiferos, que se secan y provocan que se hunda el suelo en extensas regiones; no se si sea sostenible a largo plazo.

 

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17 horas atrás, Pablo MQL disse:

 

En California practican una agricultura muy intensiva, pero tienen un serio problema con el abuso de los acuiferos, que se secan y provocan que se hunda el suelo en extensas regiones; no se si sea sostenible a largo plazo.

 

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Isso é um problema ! Aqui no nosso semiárido poderíamos resolver facilmente. Temos índice pluviometrico maior. Bastava construção de barragens subterrâneas.

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Olhando as temperaturas dessa mega MP no estado da Florida imagino que deve ser interessante viajar de carro por lá num evento desses. A medida em que se sai do extremo sul (Miami), o gradiente na redução da temperatura a norte é bem forte. Na região de Gainesville (337milhas) teve mínimas de 3°C enquanto Miami 16°C naquele mapa que postaram do dia 20. Pouco mais ao norte já começou a negativar.

 

Sobre a questão do clima seco que o @RafaelBHZ levantou, concordo com o @marcio valverde. O que sempre me incomodou na época seca aqui do interior de SP são as queimadas que soltam muita foligem e poeira, e quem tem problema respiratório sofre muito com isso. Mas quando está tudo comportado (após a passagem de uma FF), sem queimadas, nessa época por vezes a UR fica direto abaixo dos 30% com aquele céu/ar límpido e acaba que nem percebendo, isso na presença de mínimas muito boas.

O meu clima perfeito é o sul de MG, com mínimas muito boas no outono/inverno, bastante evento chuva/tempestades no verão (ZCAS, Cbs, raios), máximas mais comportadas (não bate 40°C como aqui), acaba que não sofre muito. Morei em Lavras, MG, e achava o clima de lá muito bom (acredito que parecido com o de BH), o único incomodo era a secura nos meses de julho e agosto, que deixava as vezes o nariz com aquele "sangramento seco".

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On 2/23/2021 at 7:35 PM, Peregrine said:

Fala Potiguar ! Anda sumido. Tô achando que o "bixo" por aqui vai pegar até 15 de março. Tem município aqui no Ceará (centro Sul, onde a Funceme deu prognóstico de 50% abaixo da média) ultrapassando 400mm em fevereiro. Vários outros com mais de 300 e outros ultrapassando 200mm. Aqui no Sertão do "Peregrino" a coisa tá braba (registrei apenas 20mm até agora). As chuvas que chegam por aqui normalmente nascem em Mossoró, e em boa parte do RN tá chovendo muito pouco.

 

Doutorado e vida não são compatíveis. São pelo menos 10h de trabalho por dia kkkkkkkkkk

 

Espero que chova pra compensar essa estiagem.

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14 horas atrás, Samihr Hermes disse:

 

Doutorado e vida não são compatíveis. São pelo menos 10h de trabalho por dia kkkkkkkkkk

 

Espero que chova pra compensar essa estiagem.

Por aqui tá começando (leste do RN e Sertão do Peregrino). Porém, tem municípios aqui no Ceará batendo a média de fevereiro e março juntos. Tô te falando grande doutor, extremo de frio por aí, é chuva certa por aqui.

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On 2/26/2021 at 11:06 AM, Peregrine said:

Por aqui tá começando (leste do RN e Sertão do Peregrino). Porém, tem municípios aqui no Ceará batendo a média de fevereiro e março juntos. Tô te falando grande doutor, extremo de frio por aí, é chuva certa por aqui.

 

hehehe não sou grande doutor não... nem doutor sou. E, quando for, prefiro que me tratem pelo meu nome mesmo. Existem coisas mais importantes que títulos acadêmicos. 😉

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