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Brasil Abaixo de Zero

Monitoramento e Previsão - Brasil/América do Sul - Outubro/2020


Rodolfo Alves
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Excelente notícia!!

Vários núcleos se formando em MS (metade leste) neste momento, coisa que não estava previsto pelo WRF. Locais que estão há muito tempo sem nenhuma gota. Longe de recuperar qualquer balanço hídrico, mas excelente para o conforto local e até supressão de alguma queimada. Chove também em locais da zona da mata mineira, leste de SC ,em área do interior de SP e serra da Mantiqueira. Apesar de toda a dificuldade com o ar subsidente, devido ao calor extremos várias Cbs estão conseguindo ganhar vida. Teremos surpresas até o fim da semana acredito!
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Nova máxima absoluta para estação do INMET para cá: 38,4°C. Ou seja, já colocou 1°C na máxima absoluta de antes de 2020. E mínima bem alta também com 21,2°C. E hoje tivemos nebulosidade o dia TODO!

 

Essa onda de calor é tão forte que estamos desde do fim de setembro quebrando recordes atrás de recordes. E ainda tem mais dois dias. Segundo os modelos esses dois próximos dias serão com o calor mais intenso da onda de calor passando dos 30°C em 850hPa.

 

Haja saúde! E já estamos completando quase duas semanas com máximas acima de 36°C e URA sempre abaixo de 21%. Fora as mínimas bem altas. 

 

 

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3 horas atrás, Leandro Leite disse:

No meu imaginário popular desde criança a Região Sul era associada ao frio, com o calor no verão, mesmo o norte do Paraná eu tinha essa associação, fomentada na onda de frio de 2000, sou duma cidade com muitos sulistas, e agora filhos e netos desses, mas não tenho origens nessa região, de Arapongas fomos amigos de uma família de origem russa que veio de lá, também tínhamos um conhecido de lá de origem japonesa. 

Sim! Eu tenho uma porção de parentes no Mato Grosso e Rondônia. 

 

Acho que é normal este imaginário de associar sul ao frio, apesar que o oeste e norte paranaense são bem quentes nessa época do ano, mesma coisa o terras baixas de SC, e do RS - apesar da indecência dessa onda de calor sem igual para muitas regiões. 

 

Meu avô mesmo, é catarinense e neto de gaúchos. Os bisavós (e 1 avô) eram todos imigrantes. A geração do meu avô já nasceu no oeste catarinense. A geração da minha mãe, nasceu no Paraná. E na minha geração, muitos já são natuais das regiões centro oeste e norte. Já li em estudos, que 40 a 50% da população matogrossense pode ter algum ancestral vindo do Sul. Não duvido. Na sua cidade, Rondonópolis, ou mais ao norte, eles são ainda mais numerosos. 

 

O norte do Paraná é uma região super diversificada etnicamente. Os Japoneses, são muito numerosos - fazendo da região com maior número de nisseis fora de SP. Em Londrina, algo como 6%, talvez 7%, 8% da pop tem essa origem. Em Maringá também são numerosos. Assaí, Rolândia etc.

 

Parte significativa dos habitantes do norte paranaense, são descendentes de Paulistas (esses, majoritariamente descendente de Espanhóis e Italianos). Mas houveram muitos mineiros, e imigrantes que chegaram vindos doe Portugal, da Alemanha, do leste europeu, e do Líbano/Síria. Em menor medida catarinenses e gaúchos - esses são maioria no sudoeste e oeste do PR.

 

Há muito estudo sobre a migração que levou um número absurdo de paranaenses a deixarem o estado na década de 70 e 80, sobretudo, após 75. Meu avô mesmo, perdeu quase tudo. Seus 4 irmãos foram para Ji Paraná e Rondonópolis nessa época. 

 

Em 1974, o estado produzia algo como 10 milhões de sacas de café. Ano seguinte, a produção foi de 3 mil sacas. O apogeu do café foi nos anos 60. O declínio foi lento nessa época, mas era pouco perceptível pela intensa diversificação que a região experimentava. 

 

Não sei houve na história recente, uma tragédia tão grande como a que atingiu todo norte do Paraná. Uma área de 70.000 km foi completamente transformada em horas.  O centro  econômico do estado se transferiu do Norte para Curitiba em pouco tempo. 

 

Há diversas estimativas, mas o deslocamento humano pós 75, foi absurdo. Mais de 3 MILHÕES de pessoas em apenas 20 anos deixaram  o estado. A maioria, entre 75 e 82/83. 

 

O MT dobrou duas vezes sua população de 70 para 80, adicionando 500 mil pessoas e outras 900 mil entre 80 e 90.

Entre 1970 e 2010, o afluxo de paranaenses no estado nao foi  estancado.  São 2.4 milhões de pessoas em apenas 40 anos, boa parte sulista.

 

Em RO, a história se repete. De 100 mil para 1.1 milhão em 20 anos (70-90). Desse fantástico acréscimo, os estúdios do tema acreditam que 400 mil eram ligadas ao PR. 

 

No estado de SP, vivem mais de 1.2 milhões de paranaenses. Se incluir primeira geração, facilmente chegamos a 2, talvez 2.2 milhões de habitantes. 

 

Se a geada não tivesse ocorrido, poderíamos projetar (de forma conservadora) a população paranaense para 14 a 16 milhões em 2000. 

 

Na época da geada negra, metade da população era rural no norte do estado. Alfuns foram para grandes centros como Londrina e Maringá, mas a maioria preferiu centro oeste, Rondônia, SP e a grande Curitiba. 

 

Em 1920, a grande Curitiba era 4x mais populosa que o norte do estado que estava apenas começando (Londrina e Maringá nem existiam ainda). Em 1960, 1970, o norte do estado era 4x maior que Curitiba e sua RM. 

 

Em 2010, a população do Norte do Paraná era menor que em 1970 (enquanto o Brasil salvou de 90 para 190 milhões).

 

Se não fosse a grande geada, a região poderia ter 7 a 8 milhões (estimativa amadora em 2010). Hoje, 2020, toda  região (pioneiro, central, noroeste) - possui cerca de 5 milhões. 

 

As regiões de Cianorte, Campo Mourão, Paranavaí e Umuarama foram ainda mais atingidas que Londrina e Maringá. Cornélio Procópio também foi devastada. A região de Paranavaí foi de 308 mil hab para 257 mil em 2000. Cianorte de 180 mil para 125 mil. Umuruarama de 473 mil para 257 mil. Campo Mourão de 528 mil p/ 346 mil.

 

Apesar de tudo, a região continua uma das mais prósperas do país. 

 

Perdão pelo OFF-TOPIC. 

 

 

Edited by Victor Naia
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Em Floripa a máxima ontem foi de 21,3ºC (madrugada) e a mínima de 18,4ºC (final da noite).

Hoje a temperatura variou entre 17,7/24,0ºC (INMET). 

 

Vários núcleos de chuva forte já começaram a se formar no estado.

Amanhã e sexta pode chover +60 mm na cidade.

 

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Edited by Felipe F
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11 minutos atrás, LucasFSopranos disse:

Nova máxima absoluta para estação do INMET para cá: 38,4°C. Ou seja, já colocou 1°C na máxima absoluta de antes de 2020. E mínima bem alta também com 21,2°C. E hoje tivemos nebulosidade o dia TODO!

 

Essa onda de calor é tão forte que estamos desde do fim de setembro quebrando recordes atrás de recordes. E ainda tem mais dois dias. Segundo os modelos esses dois próximos dias serão com o calor mais intenso da onda de calor passando dos 30°C em 850hPa.

 

Haja saúde! E já estamos completando quase duas semanas com máximas acima de 36°C e URA sempre abaixo de 21%. Fora as mínimas bem altas. 

 

 

Absolutamente inacreditável. 

 

Na área alta de Paraíso, quase 1000 mt, será que chegou a 37°C/ 37.5°C? 

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10 minutos atrás, Victor Naia disse:

Sim! Eu tenho uma porção de parentes no Mato Grosso e Rondônia. 

 

Acho que é normal este imaginário de associar sul ao frio, apesar que o oeste e norte paranaense são bem quentes nessa época do ano, mesma coisa o terras baixas de SC, e do RS - apesar da indecência dessa onda de calor sem igual para muitas regiões. 

 

Meu avô mesmo, é catarinense e neto de gaúchos. Os bisavós (e 1 avô) eram todos imigrantes. A geração do meu avô já nasceu no oeste catarinense. A geração da minha mãe, nasceu no Paraná. E na minha geração, muitos já são natuais das regiões centro oeste e norte. Já li em estudos, que 40 a 50% da população matogrossense pode ter algum ancestral vindo do Sul. Não duvido. Na sua cidade, Rondonópolis, ou mais ao norte, eles são ainda mais numerosos. 

 

O norte do Paraná é uma região super diversificada etnicamente. Os Japoneses, são muito numerosos - fazendo da região com maior número de nisseis fora de SP. Em Londrina, algo como 6%, talvez 7%, 8% da pop tem essa origem. Em Maringá também são numerosos. Assaí, Rolândia etc.

 

Parte significativa dos habitantes do norte paranaense, são descendentes de Paulistas (esses, majoritariamente descendente de Espanhóis e Italianos). Mas houveram muitos mineiros, e imigrantes que chegaram vindos doe Portugal, da Alemanha, do leste europeu, e do Líbano/Síria. Em menor medida catarinenses e gaúchos - esses são maioria no sudoeste e oeste do PR.

 

Há muito estudo sobre a migração que levou um número absurdo de paranaenses a deixarem o estado na década de 70 e 80, sobretudo, após 75. Meu avô mesmo, perdeu quase tudo. Seus 4 irmãos foram para Ji Paraná e Rondonópolis nessa época. 

 

Em 1974, o estado produzia algo como 10 milhões de sacas de café. Ano seguinte, a produção foi de 3 mil sacas. O apogeu do café foi nos anos 60. O declínio foi lento nessa época, mas era pouco perceptível pela intensa diversificação que a região experimentava. 

 

Não sei houve na história recente, uma tragédia tão grande como a que atingiu todo norte do Paraná. Uma área de 70.000 km foi completamente transformada em horas.  O centro  econômico do estado se transferiu do Norte para Curitiba em pouco tempo. 

 

Há diversas estimativas, mas o deslocamento humano pós 75, foi absurdo. Mais de 3 MILHÕES de pessoas em apenas 20 anos deixaram  o estado. A maioria, entre 75 e 82/83. 

 

O MT dobrou duas vezes sua população de 70 para 80, adicionando 500 mil pessoas e outras 900 mil entre 80 e 90.

Entre 1970 e 2010, o afluxo de paranaenses no estado nao foi  estancado.  São 2.4 milhões de pessoas em apenas 40 anos, boa parte sulista.

 

Em RO, a história se repete. De 100 mil para 1.1 milhão em 20 anos (70-90). Desse fantástico acréscimo, os estúdios do tema acreditam que 400 mil eram ligadas ao PR. 

 

No estado de SP, vivem mais de 1.2 milhões de paranaenses. Se incluir primeira geração, facilmente chegamos a 2, talvez 2.2 milhões de habitantes. 

 

Se a geada não tivesse ocorrido, poderíamos projetar (de forma conservadora) a população paranaense para 14 a 16 milhões em 2000. 

 

Na época da geada negra, metade da população era rural no norte do estado. Alfuns foram para grandes centros como Londrina e Maringá, mas a maioria preferiu centro oeste, Rondônia, SP e a grande Curitiba. 

 

Em 1920, a grande Curitiba era 4x mais populosa que o norte do estado que estava apenas começando (Londrina e Maringá nem existiam ainda). Em 1960, 1970, o norte do estado era 4x maior que Curitiba e sua RM. 

 

Em 2010, a população do Norte do Paraná era menor que em 1970 (enquanto o Brasil salvou de 90 para 190 milhões).

 

Se não fosse a grande geada, a região poderia ter 7 a 8 milhões (estimativa amadora em 2010). Hoje, 2020, toda  região (pioneiro, central, noroeste) - possui cerca de 5 milhões. 

 

As regiões de Cianorte, Campo Mourão, Paranavaí e Umuarama foram ainda mais atingidas que Londrina e Maringá. Cornélio Procópio também foi devastada. A região de Paranavaí foi de 308 mil hab para 257 mil em 2000. Cianorte de 180 mil para 125 mil. Umuruarama de 473 mil para 257 mil. Campo Mourão de 528 mil p/ 346 mil.

 

Apesar de tudo, a região continua uma das mais prósperas do país. 

 

Perdão pelo OFF-TOPIC. 

 

 

Minha cidade é Primavera do Leste, não Rondonópolis, no próximo ano saberemos a real população, algo que penso ser perto dos 100 mil nos 35 anos do município a serem completados, saberíamos este ano com o censo decenal brasileiro, mas daí veio a pandemia e adiou pro próximo ano. 

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12 minutos atrás, Victor Naia disse:

Absolutamente inacreditável. 

 

Na área alta de Paraíso, quase 1000 mt, será que chegou a 37°C/ 37.5°C? 

Com certeza que sim. A estação automática de Franca que fica nessa altitude no dia 3 chegou a 37,9°C. Na verdade, todos os dias de outubro tiveram máxima acima de 36°C em Franca. E hoje a máxima em Franca foi de 37,0°C e mínima de 25,5°C. 

 

-

 

Agora sobre a estação automática de Passos do INMET:

 

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Justamente a leitura da 15:00 desapareceu. Que coincidência!

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3 horas atrás, Leandro Leite disse:

No meu imaginário popular desde criança a Região Sul era associada ao frio, com o calor no verão, mesmo o norte do Paraná eu tinha essa associação, fomentada na onda de frio de 2000, sou duma cidade com muitos sulistas, e agora filhos e netos desses, mas não tenho origens nessa região, de Arapongas fomos amigos de uma família de origem russa que veio de lá, também tínhamos um conhecido de lá de origem japonesa. 

 

As pessoas de outras regiões quando vem pra cá às vezes ficam frustradas ao passar calor até no inverno, o que é perfeitamente comum, haha. E aqui é Serra Gaúcha, imagino no noroeste paranaense então...

 

Mas é comum ter essas impressões distorcidas, principalmente quando somos crianças. Eu pensava que Londres e Nova York ficavam cobertas de neve o inverno inteiro kkkk

 

Hoje a máxima quase encostou nos 30⁰C por aqui, chegou a 29,6, mas veio chuva e já refrescou bem. Os próximos dias serão amenos, até um pouco frios para a época. Sábado pode variar de 6 a 19⁰C.

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12 minutos atrás, LucasFSopranos disse:

Justamente a leitura da 15:00 desapareceu. Que coincidência!

 

Deve ser o algoritmo marvado...

 

Apesar de todos esses recordes, a CONVENCIONAL DE SANTO AGOSTINHO, no centro de Belo Horizonte, não superou 2015 e teve máxima de 36,9°C. Dessa forma, o recorde realmente histórico segue inalterado na capital mineira (já que não sabemos como a Pampulha se comportou em outras ondas do passado), porém cada vez mais próximo de ser atingido (aguardar a leitura da noite, mas nos últimos dias não tem mudado a máxima após a 1ª leitura).

 

Santo Agostinho e Mirante podem andar de mãos dadas, resistindo bravamente à onda de calor. Só não entendo o motivo de tamanha diferença entre as 2 estações de BH nesta onda de calor, frequentemente em quase 2ºC (o que não é comum).

 

Máximas em BH hoje:

 

Santo Agostinho......... 36,9

Pampulha.................... 38,4

Cercadinho.................. 35,1

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Boa tarde! Depois de um amanhecer nublado e fresco, Sao Paulo teve outro dia ensolarado. Parecia que nao ia esquentar tanto, já que a primeira metade da manha foi com ritmo de elevacao menor que nos dias anteriores, mas logo disparamos e tivemos o dia mais quente desta semana. Estas foram as máximas nas estacoes do CGE:
 

Itaquera: 38,7°C
Tremembé: 38,5°C
Pirituba: 38,2°C
Butanta: 38,1°C
Mooca: 38,1°C
Perus: 37,8°C
Freguesia do Ó: 37,7°C
Ipiranga: 37,6°C
Pinheiro: 37,6°C
Sao Miguel Paulista: 37,5°C
Cidade Ademar: 37,2°C
Vila Formosa: 37,2°C
Itaim Paulista: 37,1°C
Sé: 37°C
Anhembi: 36,8°C
Vila Maria: 36,8°C
Vila Mariana: 36,8°C
Penha: 36,7°C
Santana: 36,7°C
Lapa: 36,6°C
Campo Limpo: 36,6°C
Vila Prudente: 36,6°C
Santo Amaro: 36,5°C
M Boi Mirim: 36,4°C
Sao Mateus: 36,2°C
Jabaquara: 36,2°C
Santana do Parnaíba: 36,1°C
Capela do Socorro: 34,9°C
Mauá: 34,9°C
Riacho Grande: 34,2°C
Parelheiros: 34°C
Marsilac: 32,8°C

Média das 32 estacoes: 36,7°C. Ontem foi de 35,8°C e anteontem 34,7°C. Na semana passada, o dia mais quente teve 37,2°C.

 

Agora temos brisa marítima, mas bem fraquinha na maior parte da cidade, a maioria das estacoes permanece de 30°C pra cima.

 

Amanha o dia será muito quente, mas supostamente um pouco menos que hoje. O CPTEC ainda preve 36°C pra amanha, mas a Climatempo já dá 34°C, o CGE e o europeu 32°C e o INMET 31°C.

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1 hora atrás, Victor Naia disse:

Sim! Eu tenho uma porção de parentes no Mato Grosso e Rondônia. 

 

Acho que é normal este imaginário de associar sul ao frio, apesar que o oeste e norte paranaense são bem quentes nessa época do ano, mesma coisa o terras baixas de SC, e do RS - apesar da indecência dessa onda de calor sem igual para muitas regiões. 

 

Meu avô mesmo, é catarinense e neto de gaúchos. Os bisavós (e 1 avô) eram todos imigrantes. A geração do meu avô já nasceu no oeste catarinense. A geração da minha mãe, nasceu no Paraná. E na minha geração, muitos já são natuais das regiões centro oeste e norte. Já li em estudos, que 40 a 50% da população matogrossense pode ter algum ancestral vindo do Sul. Não duvido. Na sua cidade, Rondonópolis, ou mais ao norte, eles são ainda mais numerosos. 

 

O norte do Paraná é uma região super diversificada etnicamente. Os Japoneses, são muito numerosos - fazendo da região com maior número de nisseis fora de SP. Em Londrina, algo como 6%, talvez 7%, 8% da pop tem essa origem. Em Maringá também são numerosos. Assaí, Rolândia etc.

 

Parte significativa dos habitantes do norte paranaense, são descendentes de Paulistas (esses, majoritariamente descendente de Espanhóis e Italianos). Mas houveram muitos mineiros, e imigrantes que chegaram vindos doe Portugal, da Alemanha, do leste europeu, e do Líbano/Síria. Em menor medida catarinenses e gaúchos - esses são maioria no sudoeste e oeste do PR.

 

Há muito estudo sobre a migração que levou um número absurdo de paranaenses a deixarem o estado na década de 70 e 80, sobretudo, após 75. Meu avô mesmo, perdeu quase tudo. Seus 4 irmãos foram para Ji Paraná e Rondonópolis nessa época. 

 

Em 1974, o estado produzia algo como 10 milhões de sacas de café. Ano seguinte, a produção foi de 3 mil sacas. O apogeu do café foi nos anos 60. O declínio foi lento nessa época, mas era pouco perceptível pela intensa diversificação que a região experimentava. 

 

Não sei houve na história recente, uma tragédia tão grande como a que atingiu todo norte do Paraná. Uma área de 70.000 km foi completamente transformada em horas.  O centro  econômico do estado se transferiu do Norte para Curitiba em pouco tempo. 

 

Há diversas estimativas, mas o deslocamento humano pós 75, foi absurdo. Mais de 3 MILHÕES de pessoas em apenas 20 anos deixaram  o estado. A maioria, entre 75 e 82/83. 

 

O MT dobrou duas vezes sua população de 70 para 80, adicionando 500 mil pessoas e outras 900 mil entre 80 e 90.

Entre 1970 e 2010, o afluxo de paranaenses no estado nao foi  estancado.  São 2.4 milhões de pessoas em apenas 40 anos, boa parte sulista.

 

Em RO, a história se repete. De 100 mil para 1.1 milhão em 20 anos (70-90). Desse fantástico acréscimo, os estúdios do tema acreditam que 400 mil eram ligadas ao PR. 

 

No estado de SP, vivem mais de 1.2 milhões de paranaenses. Se incluir primeira geração, facilmente chegamos a 2, talvez 2.2 milhões de habitantes. 

 

Se a geada não tivesse ocorrido, poderíamos projetar (de forma conservadora) a população paranaense para 14 a 16 milhões em 2000. 

 

Na época da geada negra, metade da população era rural no norte do estado. Alfuns foram para grandes centros como Londrina e Maringá, mas a maioria preferiu centro oeste, Rondônia, SP e a grande Curitiba. 

 

Em 1920, a grande Curitiba era 4x mais populosa que o norte do estado que estava apenas começando (Londrina e Maringá nem existiam ainda). Em 1960, 1970, o norte do estado era 4x maior que Curitiba e sua RM. 

 

Em 2010, a população do Norte do Paraná era menor que em 1970 (enquanto o Brasil salvou de 90 para 190 milhões).

 

Se não fosse a grande geada, a região poderia ter 7 a 8 milhões (estimativa amadora em 2010). Hoje, 2020, toda  região (pioneiro, central, noroeste) - possui cerca de 5 milhões. 

 

As regiões de Cianorte, Campo Mourão, Paranavaí e Umuarama foram ainda mais atingidas que Londrina e Maringá. Cornélio Procópio também foi devastada. A região de Paranavaí foi de 308 mil hab para 257 mil em 2000. Cianorte de 180 mil para 125 mil. Umuruarama de 473 mil para 257 mil. Campo Mourão de 528 mil p/ 346 mil.

 

Apesar de tudo, a região continua uma das mais prósperas do país. 

 

Perdão pelo OFF-TOPIC. 

 

 

Muito da sua descrição - assunto que também me fascina - é a história da minha família e da minha cidade. Parte da minha família, italianos e espanhóis, chegou aqui ao noroeste do estado vinda de outras regiões de colonização mais antiga no centro do estado e parte da minha família depois de se fixar aqui se trasladou para o norte do Paraná e de lá, depois da geada, uns migraram para a região de Jundiaí, parte retornou para cá e outros, mais modernamente, foram para a RM de Curitiba, litoral de SC e para o MS.

Todo o drama vivido pelo norte do PR depois da destruição da cafeicultura também atingiu o noroeste paulista em cheio mas com uma diferença, nossa região jamais se recuperou plenamente. O norte do PR rapidamente encontrou na cultura de grãos e posteriormente em certa industrialização uma nova vocação. Aqui, a  supressão do café esvaziou municípios inteiros que só muito lentamente foram encontrando novas vocações econômicas . Um pouco com o próalcool no final dos anos 70 e novamente com outro surto na indústria sucroalcoleira no início dos anos 2000. Há muitas outras atividades, claro, mas nenhuma tem o peso que tinha o café até meados dos anos 70. Além disso toda a estrutura agrária foi modificada e as pequenas propriedades foram se consolidando em propriedades cada vez maiores mudando para sempre a fisionomia da região. Até hoje, falar com que viveu aquele tempo é falar de recordações muito sentidas de algo bom que se perdeu. Descontada a nostalgia que pode ser tributada aos muitos anos vividos desse pessoal, há muito de verdade nisso. A título de exemplo, minha cidade tinha mais de 30 mil habitantes nos anos 60, mais de 80 por cento na zona rural, hoje, passados tantos anos e tendo mais que dobrado a área urbana desde que eu nasci, ainda não atingiu os 30 mil novamente (90 por cento na área urbana). Claro que o café já vinha cambaleante há alguns anos, mas, bastou uma geada.

Também quero me desculpar pelo off mas o assunto não deixa de ter conexão com o clima.

Edited by marcio valverde
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Após tarde histórica com muitos recordes bizarros no estado, estou ansioso pra acompanhar essa madrugada que promete ser pior que a anterior, garaantindo recordes de mínimas, talvez com algumas cidades nem baixando de 30°C! 

Amanhã a expectativa é que gradualmente o centro da bolha infernal vá se deslocando para nordeste e com isso os recordes devem se limitar a parte nordeste do estado! Franca, Ribeirão e São Carlos podem superar as marcas impressionantes já atingidas nessa onda de calor! E que vá com o diabo que te carregue pra longe daqui! Hahahaha

MG te aguarda 🔥🔥

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15 minutos atrás, LeoP disse:

 

Deve ser o algoritmo marvado...

 

Apesar de todos esses recordes, a CONVENCIONAL DE SANTO AGOSTINHO, no centro de Belo Horizonte, não superou 2015 e teve máxima de 36,9°C. Dessa forma, o recorde realmente histórico segue inalterado na capital mineira (já que não sabemos como a Pampulha se comportou em outras ondas do passado), porém cada vez mais próximo de ser atingido (aguardar a leitura da noite, mas nos últimos dias não tem mudado a máxima após a 1ª leitura).

 

Santo Agostinho e Mirante podem andar de mãos dadas, resistindo bravamente à onda de calor. Só não entendo o motivo de tamanha diferença entre as 2 estações de BH nesta onda de calor, frequentemente em quase 2ºC (o que não é comum).

 

Máximas em BH hoje:

 

Santo Agostinho......... 36,9

Pampulha.................... 38,4

Cercadinho.................. 35,1

 

De toda forma, se a Pampulha não bateu 38,4°C em 2014/2015, é 99,99999% de probabilidade de que não houve esse valor antes naquela região.

 

A nebulosidade foi o principal fator para impedir um recorde na convencional, assim como na Cercadinho. 

 

Às 15:00 a temperatura variava de 34°C na Cercadinho a 40°C no Aeroporto Carlos Prates. 6°C de diferença em um raio de 15 - 20 km. 

 

Agora estou achando incrível a facilidade de fazer calor na região da pampulha e do aeroporto carlos prates e também a dificuldade da convencional de bater o seu próprio recorde. Está resistindo bem! 

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Patrocínio registrou hoje a maior máxima desde abertura em 2007 e a primeira máxima na casa dos 37ºC já registrada.

A temperatura variou de 16,6ºC a 37,5ºC no INMET.

Amanhã e depois esse recorde deve ser quebrado novamente, com risco de chegar a 39ºC.

Já são 11 dias acima de 34ºC, superando 2015 que teve 9 dias e 2014 com 8 dias.

 

Maiores máximas em Patrocínio:

37,5ºC - 07/10/2020

36,7ºC - 03/10/2020

36,5ºC - 21/10/2015

36,3ºC - 22/10/2015; 17/10/2015 e 15/10/2014

36,2ºC - 16/10/2015 e 06/10/2020

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Mínima de hoje 20,8° na automática de Barbacena. Provavelmente o recorde de mínima mais alta por lá. Nos meus registros desde 2008 a mínima mais alta tinha sido 20,3° em 2016. Estranho essa mínima tão alta lá que está a 1168m de altitude e 70km ao sul daqui. Até por aqui a noite foi mais fresca com 19° no INMET Ouro Branco e 19,2° aqui em casa. Muito surpreendente uma mínima desse nível em Barbacena

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4 horas atrás, Renan disse:

Calor selvagem em Juiz de Fora, as PWS's confiáveis apontam o seguinte:

 

Bandeirantes: 36,1C

Alphaville: 33,4C

 

No entanto, situação mais crítica está sendo observada em Viçosa, que tem absurdos 37,5ºC ! Quem conhece a cidade sabe o absurdo que é esse calor por lá. Tem a mesma altitude média de Juiz de Fora e latitude um pouco menor.

 

 

Renan,

na rodada de 00Z do GFS, indicava uma faixa de calor bem forte indo de Cataguases, subindo para Ubá,  Visconde do Rio Branco, Viçosa, Ponte Nova, com valores de:

40 a 41 em Cataguases,

38 a 39 em Ubá,

 37 a 38 em Viçosa

e em Ponte Nova 38 a 39

Para Muriaé e aqui na divisa com MG,as máximas menores.Realmente a máxima aqui foi 1,0 grau menor do que ontem, desde o meio da manhã ventos de sudeste/leste(ontem soprava vento de noroeste ou sem vento)

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1 hora atrás, LucasFSopranos disse:

Com certeza que sim. A estação automática de Franca que fica nessa altitude no dia 3 chegou a 37,9°C. Na verdade, todos os dias de outubro tiveram máxima acima de 36°C em Franca. E hoje a máxima em Franca foi de 37,0°C e mínima de 25,5°C. 

 

-

 

Agora sobre a estação automática de Passos do INMET:

 

image.thumb.png.78355e8e068901ced03dd7327fcf2ad4.png

 

Justamente a leitura da 15:00 desapareceu. Que coincidência!

meu deussss, mínima de 25 graus aos 1000 metros? que barbaridade. 

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53 minutos atrás, Enio Rezende disse:

A chuva foi boa em Lafaiete. CEMADEN registrou entre 10 e 14mm pela cidade. Depois do recorde histórico, um prêmio de recompensa e uma noite fresca à vista. Agora, 17:47, ainda um pouco nublado, meu termômetro marca 23,5°

Maravilha aí.

Aqui está um inferno: 29,6˚C/ 57% (18h40min).

Dentro de casa, outro forno: 31,0˚C. Nem dá para abrir a janela por conta dos pernilongos. Um castigo.

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4 horas atrás, Renan disse:

Calor selvagem em Juiz de Fora, as PWS's confiáveis apontam o seguinte:

 

Bandeirantes: 36,1C

Alphaville: 33,4C

 

No entanto, situação mais crítica está sendo observada em Viçosa, que tem absurdos 37,5ºC ! Quem conhece a cidade sabe o absurdo que é esse calor por lá. Tem a mesma altitude média de Juiz de Fora e latitude um pouco menor.

 

 

 

 

Que loucura. Quando morei em Viçosa ainda tínhamos apenas a normal 1931-60. A máxima eram exatos 35,0˚C, lembro-me bem.

Em seis anos que morei lá nunca presenciei mais que 34˚C no auge do calor. Tristes tempos atuais.

 

Em JF, para piorar, está aumentando a umidade. As últimas 24h estão nos brindando com temperatura média de 26,1˚C e UR média 69%. Estamos em uma sauna úmida ou em plena Amazônia na estação chuvosa. Que coisa...

Edited by sjmolive
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