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Brasil Abaixo de Zero

Monitoramento e Previsão - Brasil/América do Sul - Outubro/2020


Rodolfo Alves
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Bom dia...

Refresco bom durante a madrugada, com mínima de 13,8°C mas já alcançando os 25°C agora às 8h30.Screenshot_20201006-082531.png.433d2a04d51ecd59b21dc571476601e7.png

Começamos com nevoeiro e céu limpo.

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Máxima prevista 34°C e isso é para Curitiba. Aki deve subir um pouco mais (e nas baixadas em geral). Há possibilidade de pancadas de chuva isoladas durante a tarde, mas só acreditarei vendo com meus próprios olhos 🙄

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Quadro um pouco interessante nesta manhã com o sistema de baixa atuando no oceano e contribuindo para o resfriamento no extremo sul, além de bastante vento e nuvens baixas.

A massa de ar "frio" foi responsável pela leve keda de temperatura na região de Foz do Iguaçu, sudoeste do Paraná, onde entre às 5 e às 7h da manhã fazia apenas 16°C (Cascavel, bem mais elevada em termos de altitude e pouco mais à NE de Foz, não baixou dos 19°C).

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Litoral paranaense com garoa.

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Previstos 43°C em Governador Valadares nesta Quinta-feira pelo Europeu. Chance gigante de recordes absolutos de calor em várias cidades do leste de Minas e vale do jequitinhonha nesta semana. Acredito que a cidade de Aymorés, uma das mais quentes do estado, tem chances de bater o recorde fake de Bom Jesus PI. 

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Realmente 2020 parece mto com 2014 no clima, e eu lembro mto bem do racionamento de água em 2015 aqui no sudeste. Tomara que nao se mantenha tão seco assim. Ou veremos se as obras e ativação do sistema São Lourenço foram boas mesmo.

 

Ja estamos encostando nos 30 aqui na saúde SP. Hoje vai ser pancada de novo.

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41 minutos atrás, Renan disse:

Previstos 43°C em Governador Valadares nesta Quinta-feira pelo Europeu. Chance gigante de recordes absolutos de calor em várias cidades do leste de Minas e vale do jequitinhonha nesta semana. Acredito que a cidade de Aymorés, uma das mais quentes do estado, tem chances de bater o recorde fake de Bom Jesus PI. 

Alguém pode me explicar essa história de recorde fake?

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Manhã xoxa por aqui, mínima de 19,9C e garoa fina em Blumenau

IMG_20201006_082554.thumb.jpg.1cd79b26fb1f4adfb9dd6d84f501f0ef.jpg

 

Resumo de ontem min/max:

  • 17,7/24,9 Blumenau => Céu encoberto com períodos de garoa em Blumenau, ar bem abafado com ponto de orvalho chegando a 22C
  • 14,0/26,1 Itaiópolis => Céu encoberto até meio dia e depois advecção de ar quente com a temperatura saltando de 17,1C ao meio dia pros 26C
  • 16,6/30,1 Mondaí => Sol e vento sudoeste do ciclone, ar bem abafado com ponto de orvalho chegando a 22C, temperatura mínima no fim da noite
Edited by Felipe Backendorf
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8 horas atrás, LeoP disse:

 

Impressionante esses dados de Cuiabá. A estação sempre funcionou no mesmo local? Isso é importante pois uma simples mudança de relevo pode modificar em alguns graus o padrão de temperaturas de um local. No caso de um lugar que se aproxima muito dos 40, uma estação em local que favoreça extremos quentes diurnos vai passar bastante desse valor, enquanto outras não (é o que se verifica na prática, alguns locais de Cuiabá esquentam bem menos, como o aeroporto que custou a quarentar).

 

Aqui em Belo Horizonte, houve um aumento substancial nas mínimas na última normal simplesmente porque a estação convencional da cidade mudou de lugar em 1985 (mas manteve o mesmo código OMM). A normal 61-90 tem 25 anos com dados da estação no local antigo e 5 anos no local atual e o contrário ocorre com a normal 81-10. Alguns chegaram a levantar a hipótese de que um gigantesco aumento de urbanização ao longo da década de 80 (que não ocorreu, a cidade já era bem crescidinha nessa época) poderia ser a causa mas, na verdade, é questão pura e simples de relevo e alguma diferença na urbanização. No BDMEP, é possível ver uma clara mudança de padrão "de uma hora pra outra", evidenciando essa troca. Por isso, as mínimas belorizontinas pós-85 são incomparáveis ao período anterior e, aos mais desavisados, seria culpa do aquecimento global.

 

Outro ponto importante que ilustra como uma mudança de local pode ser fatal para comparações: desde 1961, 80% das máximas sub-17 em BH ocorreram no local atual e isso se verificou na ausência de aquecimento diurno na normal 81-10 em relação a anterior, mesmo com o GW.

 

Analisar clima é algo realmente muito complexo e envolve, além de tudo isso que estamos discutindo, logística de locais de estação...

 

1:00 : 23ºC

O ideal não seria ter iniciado uma nova série de dados, como se fosse outra estação, ao invés de misturar?

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15 minutos atrás, Vitor Hugo disse:

Alguém pode me explicar essa história de recorde fake?

 


A estação de Bom Jesus - PI marcou 44.7ºC em alguma ocasião aí, mas nenhuma cidade nos arredores chegou sequer próximo disso. Foi um calor bizarramente localizado e discrepante de todo o resto. Tudo indica que foi erro de medição.

 

 

Edited by Igor Almeida
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9 horas atrás, LeoP disse:


Impressionante esses dados de Cuiabá. A estação sempre funcionou no mesmo local?

Cuiabá sempre funcionou praticamente no mesmo local. Única coisa que fizeram foi desloca-la uns 150m do local que estava antes (não sei por qual motivo), mas nada que altere substancialmente os dados. Sua localização é num dos pontos mais baixos da cidade, próximo do rio (159m altitude).

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Sobre o ""recorde"" de Bom Jesus-PI, fiz uma pequena thread ontem no meu perfil do twitter voltado exclusivamente para meteorologia, e trago ele aqui para acrescentar e desmistificar.

 

Image

 

Acima, as máximas observadas em todas as estações convencionais do INMET entre julho e dezembro de 2005. A curva de Bom Jesus deixei destacada em vermelho, e percebam o quanto destoa das outras. Não é necessário nenhum teste estatístico para perceber que são dados completamente outlier e fruto de algum defeito da estação, tanto é que essa falha ocorreu somente em 2005. Reparem também que a altitude da estação de Bom Jesus, mesmo estando numa área mais sucetível a calor intenso, é a 3ª maior dentre todas. Não há relevo ou sistemas sinóticos ali naquela área que justifiquem algum aquecimendo adiabático, ainda mais por tantos dias a fio. Fiz também a comparação com a estação do Vale do Gurguéia, que fica a menos de 100km, é mais baixa e tem terreno similar a Bom Jesus. Logo, NÃO HÁ COMO considerar este recorde. 

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9 horas atrás, LeoP disse:

 

Impressionante esses dados de Cuiabá. A estação sempre funcionou no mesmo local? Isso é importante pois uma simples mudança de relevo pode modificar em alguns graus o padrão de temperaturas de um local. No caso de um lugar que se aproxima muito dos 40, uma estação em local que favoreça extremos quentes diurnos vai passar bastante desse valor, enquanto outras não (é o que se verifica na prática, alguns locais de Cuiabá esquentam bem menos, como o aeroporto que custou a quarentar).

 

Aqui em Belo Horizonte, houve um aumento substancial nas mínimas na última normal simplesmente porque a estação convencional da cidade mudou de lugar em 1985 (mas manteve o mesmo código OMM). A normal 61-90 tem 25 anos com dados da estação no local antigo e 5 anos no local atual e o contrário ocorre com a normal 81-10. Alguns chegaram a levantar a hipótese de que um gigantesco aumento de urbanização ao longo da década de 80 (que não ocorreu, a cidade já era bem crescidinha nessa época) poderia ser a causa mas, na verdade, é questão pura e simples de relevo e alguma diferença na urbanização. No BDMEP, é possível ver uma clara mudança de padrão "de uma hora pra outra", evidenciando essa troca. Por isso, as mínimas belorizontinas pós-85 são incomparáveis ao período anterior e, aos mais desavisados, seria culpa do aquecimento global.

 

Outro ponto importante que ilustra como uma mudança de local pode ser fatal para comparações: desde 1961, 80% das máximas sub-17 em BH ocorreram no local atual e isso se verificou na ausência de aquecimento diurno na normal 81-10 em relação a anterior, mesmo com o GW.

 

Analisar clima é algo realmente muito complexo e envolve, além de tudo isso que estamos discutindo, logística de locais de estação...

 

1:00 : 23ºC

LeoP,

você sabe a localização antiga dessa estação convencional de BH

Como está o local hoje, se tem muitos prédios, casas etc

 

 

 

 

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São Paulo nesse momento vem tendo céu limpo e temperaturas já bem altas para o horário.

Enquanto em grande parte da cidade faz 32/33 graus com umidade em torno dos 30%, no extremo sul faz 30/31 graus (o que ainda é um valor bem alto) com umidade na casa dos 50%.

Vamos ver até quais valores chegarão até o meio da tarde.

Pelas previsões, poderemos ter novamente a entrada da brisa marítima no final da tarde.

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8 minutos atrás, Vinicius Lucyrio disse:

Sobre o ""recorde"" de Bom Jesus-PI, fiz uma pequena thread ontem no meu perfil do twitter voltado exclusivamente para meteorologia, e trago ele aqui para acrescentar e desmistificar.

 

Image

 

Acima, as máximas observadas em todas as estações convencionais do INMET entre julho e dezembro de 2005. A curva de Bom Jesus deixei destacada em vermelho, e percebam o quanto destoa das outras. Não é necessário nenhum teste estatístico para perceber que são dados completamente outlier e fruto de algum defeito da estação, tanto é que essa falha ocorreu somente em 2005. Reparem também que a altitude da estação de Bom Jesus, mesmo estando numa área mais sucetível a calor intenso, é a 3ª maior dentre todas. Não há relevo ou sistemas sinóticos ali naquela área que justifiquem algum aquecimendo adiabático, ainda mais por tantos dias a fio. Fiz também a comparação com a estação do Vale do Gurguéia, que fica a menos de 100km, é mais baixa e tem terreno similar a Bom Jesus. Logo, NÃO HÁ COMO considerar este recorde. 

Perfeito. Só uma correção: isso se seguiu 2006 a dentro com máximas acima de 44C inclusive em janeiro e se encerrou em março ou abril se não me engano. Fizeram a manutenção necessária e tudo voltou ao normal. @Tstorm postou uma vez os desvios acho.

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53 minutos atrás, Igor Almeida disse:

 


A estação de Bom Jesus - PI marcou 44.7ºC em alguma ocasião aí, mas nenhuma cidade nos arredores chegou sequer próximo disso. Foi um calor bizarramente localizado e discrepante de todo o resto. Tudo indica que foi erro de medição.

 

 

 

53 minutos atrás, Felipe Backendorf disse:

Discutimos isso e o recorde de Orleans/SC há alguns anos

Obrigado !!! 

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11 horas atrás, Renan disse:

 

Nossa, eu pensava que antigamente também era comum Cuiabá chegar a 40 graus. Pela posição geográfica e altitude, era para Cuiabá ter um clima bem mais severo, mas as alterações climáticas e a destruição dos biomas estão trazendo isso para a cidade. E ao contrário daqui, onde a mata atlântica já está muito castigada há mais de 1 século, por lá essa destruição é mais recente. Quem sabe se trata de uma região cujo clima é mais sensibilizado pela destruição da floresta do que aqui ?

 

Dia quente, mas sem excessos. Variação de 19,7C aos 29,1C. Amanhã, sim, podemos retornar aos 35C e assim permanecer até Sexta ou Sábado.

 

48 minutos atrás, GABRIEL U. disse:

Extremos de temperatura em Londrina-PR:

- ontem (05/10/2020):

  INMET: 18,0/36,8

  SIMEPAR: 16,5/35,8

  IAPAR: 16,0/35,9

  AEROPORTO: 18,7/36,6

- hoje (06/10/2020):

  INMET: 21,2/?

  SIMEPAR: ?/?

  IAPAR: 20,9/?

  AEROPORTO: 24,0/?

 

Onde vc consegue os dados do aeroporto assim? Eu só consegui ver na redemet só que lá aparece arredondado .

 

Obrigado

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1 hora atrás, Renan disse:

Previstos 43°C em Governador Valadares nesta Quinta-feira pelo Europeu. Chance gigante de recordes absolutos de calor em várias cidades do leste de Minas e vale do jequitinhonha nesta semana. Acredito que a cidade de Aymorés, uma das mais quentes do estado, tem chances de bater o recorde fake de Bom Jesus PI. 

Renan,

o modelo Cosmo/Inmet 12Z de ontem, indicava o auge do calor no Noroeste do Rio e Zona da Mata nessa semana, para a quinta-feira,

temperaturas de 38 a 40 região de Muriaé, Cataguases, Ubá

temperaturas de 40 a 42 aqui no Noroeste do Rio e sul do ES

Na rodada de 00Z, retirou o auge do calor na quinta ,mas as mínimas na quarta e quinta vão ser bem altas em grande parte de Minas, Zona da Mata de 24 a 26,

aqui no Noroeste do Rio de 26 a 28.

 

 

 

 

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11 horas atrás, Leandro Leite disse:

Será que não é somente um ciclo, não tem cabimento achar que o homem tem mais poder pra alterar o clima que por exemplo a atividade solar, atividades vulcânicas e os oceanos, veja a onda de calor de 1936 nos EUA, e veja que nas décadas seguintes os verões foram mais amenos, não poderia acontecer o mesmo no Brasil com relação a setembro e outubro no Centro-Oeste? A partir do fim dos anos 90 os verões americanos voltaram a esquentar com pico em 2011 e 2012:  https://www.wunderground.com/cat6/North-Americas-Most-Intense-Heat-Wave-July-and-August-1936

Na onda de calor de 1936 até o gelado estado do Minnesota superou Cuiabá nesta onda de calor atual no Brasil, com 45,5 C ou 114 F em Moorhead, temperaturas na faixa dos 45 C foram registradas em outros estados tradicionalmente frios como Michigan e Wisconsin, já na Dakota do Norte, Oklahoma e Kansas as temperaturas se aproximaram dos 50 C na sombra (120-121 F),  a Pensilvânia estava menos quente, porém cuiabana, com 111 F, quase 44 C, superando em um décimo a absoluta da automática de Cuiabá em Phoenixville, pois bem, se esse calor não se repetiu nessas mesmas regiões dos EUA, passados mais de 80 anos, o mesmo pode acontecer no Brasil no futuro, a exemplo do Centro-Oeste, que não é tão desmatado, o Centro-Oeste brasileiro, princialmente o Mato Grosso, ainda tem muito mais cobertura nativa que o Meio Oeste americano, também uma região agrícola, e mesmo esse reintroduzindo a vegetação após o Dust Bowl, a área agrícola dos EUA é mais de duas vezes maior que a do Brasil, 18% X 7%. 

Edited by Leandro Leite
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13 minutos atrás, Leandro Leite disse:

Na onda de calor de 1936 até o gelado estado do Minnesota superou Cuiabá nesta onda de calor atual no Brasil, com 45,5 C ou 114 F em Moorhead, temperaturas na faixa dos 45 C foram registradas em outros estados tradicionalmente frios como Michigan e Wisconsin, já na Dakota do Norte, Oklahoma e Kansas as temperaturas se aproximaram dos 50 C na sombra (120-121 F),  a Pensilvânia estava menos quente, porém cuiabana, com 111 F, quase 44 C, superando em um décimo a absoluta da automática de Cuiabá em Phoenixville, pois bem, se esse calor não se repetiu nessas mesmas regiões dos EUA, passados mais de 80 anos, o mesmo pode acontecer no Brasil no futuro, a exemplo do Centro-Oeste, que não é tão desmatado, o Centro-Oeste brasileiro, princialmente o Mato Grosso, ainda tem muito mais cobertura nativa que o Meio Oeste americano, também uma região agrícola, e mesmo esse reintroduzindo a vegetação após o Dust Bowl, a área agrícola dos EUA é mais de duas vezes maior que a do Brasil, 18% X 7%. 

 

Mas não tem nada, absolutamente nada a ver o clima do EUA com o nosso.

Desculpa...

Mas estas comparações não fazem menor sentido.

Até porque se você olhar para costa oeste dos EUA você irá observar nesta década inúmeras ondas de calor sem precedentes...

 

Edited by Maicon
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13 horas atrás, Augusto Göelzer disse:

Só pra reascender um pouco a conversa sobre essas ondas de calor... vamos pegar Cuiabá de exemplo:

 

-De 1961 a 2006 Cuiabá quarentou 8 vezes.
-De 2007 a 2020 Cuiabá quarentou 124 vezes, sendo 33 em 2020.

 

 

Contribuindo para o debate, acrescentando um importante fator para a análise: ilha de calor urbana.

Veja a evolução da população da AM Cuiabá neste período

1960:  53.000 hab

1980: 270.000 hab

2000: 690.000 hab

2010: 790.000 hab

 

Outro ponto:

 

As áreas antropizadas não viraram deserto.

 

Áreas de culturas anuais e pastagens sob manejo adequado possibilitam evatranspiração acima da floresta em clímax (há estudos de até 6 mm/dia).

 

O problema são áreas de manejo inadequado, pastagem degradada, por exemplo (menos de 1 mm/ dia). Acredito que aí pode haver quebra do fluxo de umidade ascendente na atmosfera. Há muita área assim pelo Brasil afora mas te garanto que não é em Mato Grosso que predominam,  já viajei muito pelo estado.  MG, ES e RJ ganham de goleada em MT neste quesito.

 

Tudo isso acima tem validade,  claro, quando predominam movimentos ascendentes na atmosfera

 

Mas hoje o que temos nesta onda de calor é o movimento descendente, da alta pressão, estou certo?  Se sim, pouco impacto tem o uso de solo desta região nas condições atmosféricas, principalmente a umidade (pode haver algum impacto na temperatura, concordo, mas ainda assim limitado).

 

Quando escrevo isso lembro-me de Brasília com um lago Paranoá para fornecer umidade e com a umidade baixíssima nesta época do ano. 

 

Então podemos dizer que esta massa de ar já estava bem aquecida e seca nos altos níveis da atmosfera ao se iniciar o movimento de subsidência. Aí com o aquecimento adiabático houve este extremo de calor na superfície.

 

Qual a origem disso? Penso que há de se pensar sob quais condições foram geradas/ transportadas as correntes ascendentes em algum lugar do planeta que chegaram bem quentes e secas  e desceram bem em cima de nós.  Ou seja, alguém por aí exportou este calorão para nós através da circulação geral da atmosfera. E este "alguém" está bem longe daqui. E do Cerrado e da Amazônia.

 

Pessoal, acham que estou viajando? Críticas são bem-vindas, ajudam meu aprendizado e reflexões. Obrigado e bom dia a todos!

 

Em JF/ Alphaville, temperatura disparando com a advecção de calor. 30,2˚C/ 55% (11h05min).

 

Edited by sjmolive
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15 minutos atrás, sjmolive disse:

 

 

Áreas de culturas anuais e pastagens sob manejo adequado possibilitam evatranspiração acima da floresta em clímax (há estudos de até 6 mm/dia).

 

 

 

 

Creio que isso seja o dado da estação úmida, na estação seca que é o caso dessa época agora a evapotranspiração é bem baixa.

 

E no caso de Padre Ricardo Remetter não há nenhuma urbanização envolvida, fica bem longe de qualquer urbanização. Até porque como já muito estudado as áreas urbanizadas impactam muito mais nas mínimas que nas máximas a não ser que hajam bloqueios na ventilação.

Edited by Felipe Backendorf
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Na verdade o que melhor rege o clima do mundo são os oceanos, no Brasil o Atlântico Sul tem muita influência sobre grande parte do País, o resfriamento no primeiro semestre  pode explicar o último outono mais frio que a média, e o seguinte aquecimento pode explicar o porquê do inverno ter sido mais quente do Paraná pra cima a maior parte do tempo, já nos EUA é o Atlântico Norte que exerce influência, principalmente na metade leste do País, através da AMO, os valores mais altos foram nos anos 30 e isso pode explicar o Dust Bowl e as terríveis ondas de calor de 1934 e 1936, nos anos 60, 70, 80, até 90, os valores da AMO foram baixos e os verões nos 48 estados contíguos foram mais amenos, a entrada na fase positiva se deu por volta de 1998, por isso os verões nos 15 anos seguintes em média aqueceram, com o ápice em 2011 e 2012:

800px-Atlantic_Multidecadal_Oscillation.svg (1).png

Edited by Leandro Leite
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53 minutos atrás, GABRIEL U. disse:

Neste site: https://ogimet.com/gsynres.phtml

Aí você digita o código da estação do aeroporto (83768).

 

É uma pena o de Maringá não é do Aeroporto. Lá fala que é SBMG (código do aero daqui) , mais na verdade é a estação convencional do Inmet. Vou ter que continuar pelo redemet msm .

 

Eu acho que o de Londrina está certo , mas eles usam o código da estação convencional do Inmet TB.

 

Obrigado Gabriel 

 

 

Edited by EvandroPR
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35 minutos atrás, sjmolive disse:

 

 

Áreas de culturas anuais e pastagens sob manejo adequado possibilitam evatranspiração acima da floresta em clímax (há estudos de até 6 mm/dia).

 

O problema são áreas de manejo inadequado, pastagem degradada, por exemplo (menos de 1 mm/ dia). Acredito que aí pode haver quebra do fluxo de umidade ascendente na atmosfera. Há muita área assim pelo Brasil afora mas te garanto que não é em Mato Grosso que predominam,  já viajei muito pelo estado.  MG, ES e RJ ganham de goleada em MT neste quesito.

 

Sjmolive,

você poderia explicar, o que a agricultores de Mato Grosso, fazem de diferente dos agricultores do Rio, Minas e ES, para ter uma evatranspiração acima de 6 mm/dia.

 

Temperatura subindo rápido aqui no Noroeste do Rio, após o domingo e segunda de máximas comportadas.

Edited by Ernani de Paula
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Como já mostrado aqui, Porto Alegre terá uma sequência de dias ao meu ver ótimos para qualquer pessoa. Sol com mínimas e máximas boas… Considerando os já não tão incomuns 25+ de máximas nos meses de inverno, para outubro serão dias muito bons, não? 🤟 (Segundo a Wikipédia, as médias mínima e máxima para a cidade em outubro são respectivamente 15,3 graus e 25 graus).

 

image.png.dcdabd1f8caf1454f1306de5478202d5.png

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4 minutos atrás, EvandroPR disse:

 

É uma pena o de Maringá não é do Aeroporto. Lá fala que é SBMG (código do aero daqui) , mais na verdade é a estação convencional do Inmet. Vou ter que continuar pelo redemet msm .

 

Eu acho que o de Londrina está certo , mas eles usam o código da estação convencional do Inmet TB.

 

Obrigado Gabriel 

 

 

Dá pra ver dados da estação convencional do INMET de Londrina pelo ogimet também (83766). Ela fica bem próxima da estação do aeroporto, e no site do inmet dá pra ver a localização exata. O INMET não tem estação automática em Londrina. Bem que poderiam instalar kkkk de preferência mais a oeste ou norte da cidade, já que as estações que temos ficam na zona leste ou sul.

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23 minutos atrás, sjmolive disse:

Mas hoje o que temos nesta onda de calor é o movimento descendente, da alta pressão, estou certo?  Se sim, pouco impacto tem o uso de solo desta região nas condições atmosféricas, principalmente a umidade (pode haver algum impacto na temperatura, concordo, mas ainda assim limitado).

 

Quando escrevo isso lembro-me de Brasília com um lago Paranoá para fornecer umidade e com a umidade baixíssima nesta época do ano. 

 

Então podemos dizer que esta massa de ar já estava bem aquecida e seca nos altos níveis da atmosfera ao se iniciar o movimento de subsidência. Aí com o aquecimento adiabático houve este extremo de calor na superfície.

 

Qual a origem disso? Penso que há de se pensar sob quais condições foram geradas/ transportadas as correntes ascendentes em algum lugar do planeta que chegaram bem quentes e secas  e desceram bem em cima de nós.  Ou seja, alguém por aí exportou este calorão para nós através da circulação geral da atmosfera. E este "alguém" está bem longe daqui. E do Cerrado e da Amazônia.

 

 

Há de se pensar também até quando fatores locais conseguem competir com uma grande massa de ar, com espessura em altura e milhares de km de extensão. Aqui em BH, sempre me perguntei o motivo de a estação da Pampulha (localizada dentro de uma unidade de conservação, com mata preservada, e ao lado da Lagoa da Pampulha) registrar umidade menor que a estação central, com avenidas, carros e viadutos, cuja único aporte verde são a arborização urbana, canteiros centrais e alguns jardins residenciais. Chego a conclusão que uma massa de ar de tamanha magnitude ignora qualquer efeito local. Quanto ao lago Paranoá, me arrisco dizer que o efeito sobre a umidade no local é nulo. Vai caminhar na orla da Pampulha esperando um ar mais úmido? O vento vai secar até sua alma.

 

A Josélia Pegorim comentou sobre essa onda de calor, claro que de forma mais superficial para o público leigo, mas dá uma ideia sobre a opinião dela. No vídeo, disse que a causa de tanto calor é o posicionamento da corrente de jato nas últimas semanas, que impede a chegada de ar mais fresco ao centro do Brasil e, assim, a massa quente se fortalece progressivamente. Em anos normais, chega ar mais fresco ao centro-oeste em setembro que, mesmo que fraco, "temperam" a atmosfera a cada frente fria. Se eu achar o vídeo posto aqui.

 

12:00 em BH: 32,7C no meu termômetro (sob uma varanda do lado de fora). Na estação deve estar mais. Esperando sábado chegar...

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1 hora atrás, sjmolive disse:

Contribuindo para o debate, acrescentando um importante fator para a análise: ilha de calor urbana.

Veja a evolução da população da AM Cuiabá neste período

1960:  53.000 hab

1980: 270.000 hab

2000: 690.000 hab

2010: 790.000 hab

 

Outro ponto:

 

As áreas antropizadas não viraram deserto.

 

Áreas de culturas anuais e pastagens sob manejo adequado possibilitam evatranspiração acima da floresta em clímax (há estudos de até 6 mm/dia).

 

O problema são áreas de manejo inadequado, pastagem degradada, por exemplo (menos de 1 mm/ dia). Acredito que aí pode haver quebra do fluxo de umidade ascendente na atmosfera. Há muita área assim pelo Brasil afora mas te garanto que não é em Mato Grosso que predominam,  já viajei muito pelo estado.  MG, ES e RJ ganham de goleada em MT neste quesito.

 

Tudo isso acima tem validade,  claro, quando predominam movimentos ascendentes na atmosfera

 

Mas hoje o que temos nesta onda de calor é o movimento descendente, da alta pressão, estou certo?  Se sim, pouco impacto tem o uso de solo desta região nas condições atmosféricas, principalmente a umidade (pode haver algum impacto na temperatura, concordo, mas ainda assim limitado).

 

Quando escrevo isso lembro-me de Brasília com um lago Paranoá para fornecer umidade e com a umidade baixíssima nesta época do ano. 

 

Então podemos dizer que esta massa de ar já estava bem aquecida e seca nos altos níveis da atmosfera ao se iniciar o movimento de subsidência. Aí com o aquecimento adiabático houve este extremo de calor na superfície.

 

Qual a origem disso? Penso que há de se pensar sob quais condições foram geradas/ transportadas as correntes ascendentes em algum lugar do planeta que chegaram bem quentes e secas  e desceram bem em cima de nós.  Ou seja, alguém por aí exportou este calorão para nós através da circulação geral da atmosfera. E este "alguém" está bem longe daqui. E do Cerrado e da Amazônia.

 

Pessoal, acham que estou viajando? Críticas são bem-vindas, ajudam meu aprendizado e reflexões. Obrigado e bom dia a todos!

 

Em JF/ Alphaville, temperatura disparando com a advecção de calor. 30,2˚C/ 55% (11h05min).

 

 

Há de se considerar uma hipótese dos incendios alimentarem também? Porque são em larga escala.

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4 horas atrás, Felipe Meert da Silva disse:

Bom dia. Céu de inverno nessa manhã aqui em São Leopoldo, temperatura mínima de 12,3ºC.

 

 

Hoje tá realmente lindo o céu. É tão bem-vindo um dia assim, termicamente agradável (sem o abafamento) e com um belo céu azul.

Um dia bem diferente do de ontem, apesar das temperaturas estarem em faixas parecidas. O que me incomodou ontem foi o abafamento e o "fumacéu" cinza.

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Os reservatórios de abastecimento da Grande Curitiba entraram essa semana em estado crítico, a RMC tem só 29,16% da capacidade total dos reservatórios integrados de abastecimento, sendo que o Passaúna só tem 15% do seu total, estamos desesperadamente necessitando de chuva na região. Há pontos do Passaúna onde é possível andar onde antes era o fundo da represa.

No momento temos calorosos 32°C com evaporação altíssima.

Edited by RamirezFZ
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Considerando a temperatura de Água Clara no momento (na última atualização foi 42,6°C), parece que realmente o Brasil pode quebrar o recorde histórico de temperatura máxima já hoje.

 

Se isso acontecer, quero ver a repercussão internacional (se tiver uma postem caso isso ocorra).

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