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Brasil Abaixo de Zero

Monitoramento e Previsão - Brasil/América do Sul - Janeiro/2020


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Infernoleza teve mais um dia incômodo. Apenas sol e as poucas nuvens que tinham eram médias/altas. Apesar do acumulado mensal acima da média, janeiro de 2020 não me trará boas memórias meteorológicas. O motivo é o mesmo que eu já disse em várias outras ocasiões: as chuvas desse mês foram muito concentradas em tempo e espaço e, infelizmente, eu não moro no bairro do posto do INMET. Ansioso, sedento pelo primeiro +100 mm/24h de 2020. 😴

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Guest Wallace Rezende
1 hora atrás, Carlos Campos disse:

Se não me falha a memória, Joinville teve 1.074 mm em um determinado mês e não faz muitos anos.

Blumenau teve 1.000 mm em Julho/1983.

No Paraná, lembro de 830 mm em Palmas e algo parecido em Guaratuba.

 

Este evento que você mencionou de Blumenau ocorreu em novembro de 2008, mês muito mais chuvoso que julho de 1983 na cidade.  É verdade que a enchente foi pior em 1983, pois a chuva foi muito mais generalizada na bacia do rio que corta a cidade neste ano (inclusive no alto vale), enquanto em 2008 só choveu forte no baixo e médio Vale do Itajaí (nuvens baixas, não conseguiram transpor a barreira orográfica despejando toda a chuva no leste), com pouca chuva no alto vale.  Em setembro de 2011, o rio subiu mais que em 2008 na cidade, apesar de ter chovido muito menos, pois no alto vale choveu mais também.

 

2008 foi o único caso com chuva extrema (24 e 48 horas) em Blumenau mesmo, gerando saturação do solo e deslizamentos graves entre esta cidade e Ilhota, algo que não aconteceu nos anos das maiores enchentes.

 

Se não me engano, a última enchente de monta no rio Itajaí-Açu foi em 09/2011, o pessoal do lá deve saber melhor.

 

Abaixo, dados de chuva em Blumenau PCD (ANA/Epagri, alt 12 metros), em julho de 1983, agosto de 1984 e novembro de 2008.  Julho de 1983 teve muitos dias de chuva e solo encharcado, mas nenhum acumulado muito grande em 24 horas.  Em 1984 a chuva foi mais concentrada em 2 dias no início do mês, mas choveu numa área muito grande de uma vez só e a enchente foi muito grave também.

Julho de 1983: 542,2 mm (máxima diária 67 mm no dia 17)

Agosto de 1984: 274,4 mm (máxima diária 105 mm no dia 6), enchente comparável a de 1983.

Novembro de 2008: 1001,2 mm (máxima diária 251 mm no dia 24).  No dia anterior (23/11) choveu 243 mm, foi de longe o maior evento de chuva da história de Blumenau, a “sorte” da cidade é que choveu pouco no curso superior do rio, este volume extremo em 48 horas foi numa área relativamente pequena.

 

Blumenau/Garcia (ANA/Epagri):

Julho de 1983: 541 mm (máx 63,6 mm no dia 7)

Agosto de 1984: 326 mm (máx 94,4 mm dia 6)

Novembro de 2008 (sem dados)

 

Sobre os extremos de Aracaju, desconfio muito dos dados de 1964 neste local.  Em julho, por exemplo, consta um acumulado diário de 376,5 mm no dia 24 que seria recorde disparado, mais de duas vezes o segundo maior total fora deste ano (na tabela postada pelo Cloud CB de acumulados mensais este total foi suprimido pelo algoritmo do INMET automaticamente, ou o total divulgado seria muito maior, levando o total anual para níveis ainda mais absurdos e que jamais foram aproximados novamente).  Em 1965 teriam sido 4 dias, todos em meses normalmente de pouca chuva (01, 03 e 10), o que é estranho também.  Há erros para este período em outras estações nesta parte do NE, sendo o caso mais escandaloso Cipó na BA (este é erro com certeza absoluta, a cidade fica numa região seca a sotavento de uma serra, onde não há potencial para grandes volumes na temporada chuvosa do litoral, mas o INMET indica 1352 mm em maio de 1964, mais que o total ANUAL de todos os últimos 40 anos).  Em Cipó, os dados de chuva são excessivos até 1969 (mas o pior é 1964, deve ter sido um ano chuvoso mesmo mas os totais estão muito superestimados), depois há uma pausa de vários anos e volta com dados bons em 1977.

 

Aracaju teria registrado mais dias com mais de 100 mm somente em 1964 (9 contando 24 e 25/07/1964, omitidos no BDMEP, no dia 25 o anotador registrou mais de 200 mm totalizando uns 600 mm em 2 dias, e não há uma "puta" notícia sobre grandes enchentes na cidade em 1964).  O total de 9 dias acima de 100 mm em 1964 sozinho supera todo o período que vai do ano 2000 até hoje (8 dias), isto não faz sentido algum.  Para mim, estavam usando provetas inadequadas ou algo do tipo.

Edited by Wallace Rezende
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Pelo menos cinco pessoas ficam soterradas no Jardim Teresópolis, em Betim.

 

https://www.otempo.com.br/mobile/cidades/pelo-menos-cinco-pessoas-ficam-soterradas-no-jardim-teresopolis-em-betim-1.2288889

 

Hospital João XXIII, o maior de Minas Gerais, fica alagado por causa da chuva que atinge Belo Horizonte.

 

https://www.otempo.com.br/mobile/cidades/hospital-joao-xxiii-fica-alagado-por-causa-de-chuva-que-atinge-belo-horizonte-1.2288894

 

 

Estas são apenas algumas. Os pontos de alagamentos foram vários e a todo momento chegam informações sobre deslizamentos. 

Edited by RafaelBHZ
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Trata-se de um evento histórico para a Região Central de Minas Gerais, que em 48hs registrou valores entre 350mm a 400mm, valores estes sem precedentes.

 

A ZCAS, por si só, tem a capacidade de trazer muita chuva. Mas este evento tem dois ingredientes essenciais e distinto de qualquer outra situação já verificada.

 

Primeiro, a existência de uma tempestade/depressão subtropical, que certamente provoca intensificação dos jatos de baixos níveis; e

 

Segundo, a baixa que avançou do Paraguai para interior de São Paulo, até chegar em Minas Gerais. Esse deslocamento da baixa achei muito incomum. Não sei o que os meteorologistas aqui acham disto.

 

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18 minutos atrás, Wallace Rezende disse:

 

Este evento que você mencionou de Blumenau ocorreu em novembro de 2008, mês muito mais chuvoso que julho de 1983 na cidade.  É verdade que a enchente foi pior em 1983, pois a chuva foi muito mais generalizada na bacia do rio que corta a cidade neste ano (inclusive no alto vale), enquanto em 2008 só choveu forte no baixo e médio Vale do Itajaí (nuvens baixas, não conseguiram transpor a barreira orográfica despejando toda a chuva no leste), com pouca chuva no alto vale.  Em setembro de 2011, o rio subiu mais que em 2008 na cidade, apesar de ter chovido muito menos, pois no alto vale choveu mais também.

 

2008 foi o único caso com chuva extrema (24 e 48 horas) em Blumenau mesmo, gerando saturação do solo e deslizamentos graves entre esta cidade e Ilhota, algo que não aconteceu nos anos das maiores enchentes.

 

Se não me engano, a última enchente de monta no rio Itajaí-Açu foi em 09/2011, o pessoal do lá deve saber melhor.

 

Abaixo, dados de chuva em Blumenau PCD (ANA/Epagri, alt 12 metros), em julho de 1983, agosto de 1984 e novembro de 2008.  Julho de 1983 teve muitos dias de chuva e solo encharcado, mas nenhum acumulado muito grande em 24 horas.  Em 1984 a chuva foi mais concentrada em 2 dias no início do mês, mas choveu numa área muito grande de uma vez só e a enchente foi muito grave também.

Julho de 1983: 542,2 mm (máxima diária 67 mm no dia 17)

Agosto de 1984: 274,4 mm (máxima diária 105 mm no dia 6), enchente comparável a de 1983.

Novembro de 2008: 1001,2 mm (máxima diária 251 mm no dia 24).  No dia anterior (23/11) choveu 243 mm, foi de longe o maior evento de chuva da história de Blumenau, a “sorte” da cidade é que choveu pouco no curso superior do rio, este volume extremo em 48 horas foi numa área relativamente pequena.

 

Blumenau/Garcia (ANA/Epagri):

Julho de 1983: 541 mm (máx 63,6 mm no dia 7)

Agosto de 1984: 326 mm (máx 94,4 mm dia 6)

Novembro de 2008 (sem dados)

Novembro/2008 foi trágico em Santa Catarina. Mais especificamente no leste e nordeste do estado.

A tragédia se consolidou com um saldo de 130 mortos e 22 desaparecidos.

Tive q reler notícias da época para refrescar a memória. Lembro bem das notícias na televisão e das imagens horrendas q apareceram nos jornais.

Entre os dias 21 e 24 aconteceram máximos pluviométricos 24h impressionantes:

São Francisco do Sul (295,6mm)

Blumenau (337,4mm e 283,1mm)

Balneário Camboriú (252,4mm e 233,8mm)

Joinville (232,1mm)

Itapoá (213,2mm e 195mm)

Luiz Alves (192,6mm)

Itajaí (186,7mm)

Florianópolis (160,1mm)

Blumenau e Luís Alves superaram os 1.000 mm durante o mês e Joinville registrou 968,8 mm (superando FEV 1995 q teve 831,9 mm).

No litoral paranaense os acumulados foram elevadíssimos tbm e Guaratuba a cidade mais castigada.

Tenho os históricos mas não estão aki comigo (estou viajando). E enfim, não tem à ver com este tópico.

Abraço

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Monte Carmelo ao norte de Patrocínio acumulou 118 mm nas últimas 24h.

Ontem a cidade registrou 156,6 mm.

 

Em Serra do Salitre quase 105 mm nas últimas 24h.

 

Uberaba, Araxá, Conquista todas registraram mais de 100 mm nas últimas 24h.

Edited by Felipe F
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3 minutos atrás, Felipe F disse:

Monte Carmelo ao norte de Patrocínio acumulou 118 mm nas últimas 24h.

Ontem a cidade registrou 156,6 mm.

 

Em Serra do Salitre quase 105 mm nas últimas 24h.

 

Uberaba, Araxá, Conquista todas registraram mais de 100 mm nas últimas 24h.

Valores tão elevados em uma área tão extensa é uma situação mais comum durante a chegada/permanência de furacões em regiões costeiras.

É impressionante. Sem dúvida.

 

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Estou curioso para saber como os reservatórios e hidrelétricas vão reagir a toda essa água. 

 

A secura de 2019 foi paga com juros e correção. Mas isso torna explícita a nova realidade de Minas Gerais: Passamos a viver de extremos nesta última década: Ou falta muita chuva, ou chove em excesso.

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Nossa pessoal! O evento é tão extremo que mal é possível acompanhar as notícias. Estou realmente em choque com o que está acontecendo em BH.
Estou a disposição para posteriores ajudas ou algum canal de doações. O maior temporal que passei foram 578mm em 1 mês em Cafelândia, tem lugar que bateu 700mm já como alguns BAZianos relataram aqui, e locais com mais de 240mm desde ontem (pouco mais de 24 horas). As imagens são assustadoras.
A preocupação fica por conta também das barragens. Tudo isso é surreal!

Edited by Lucas Centurion
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43 minutos atrás, Wallace Rezende disse:

 

Este evento que você mencionou de Blumenau ocorreu em novembro de 2008, mês muito mais chuvoso que julho de 1983 na cidade.  É verdade que a enchente foi pior em 1983, pois a chuva foi muito mais generalizada na bacia do rio que corta a cidade neste ano (inclusive no alto vale), enquanto em 2008 só choveu forte no baixo e médio Vale do Itajaí (nuvens baixas, não conseguiram transpor a barreira orográfica despejando toda a chuva no leste), com pouca chuva no alto vale.  Em setembro de 2011, o rio subiu mais que em 2008 na cidade, apesar de ter chovido muito menos, pois no alto vale choveu mais também.

 

2008 foi o único caso com chuva extrema (24 e 48 horas) em Blumenau mesmo, gerando saturação do solo e deslizamentos graves entre esta cidade e Ilhota, algo que não aconteceu nos anos das maiores enchentes.

 

Se não me engano, a última enchente de monta no rio Itajaí-Açu foi em 09/2011, o pessoal do lá deve saber melhor.

 

Abaixo, dados de chuva em Blumenau PCD (ANA/Epagri, alt 12 metros), em julho de 1983, agosto de 1984 e novembro de 2008.  Julho de 1983 teve muitos dias de chuva e solo encharcado, mas nenhum acumulado muito grande em 24 horas.  Em 1984 a chuva foi mais concentrada em 2 dias no início do mês, mas choveu numa área muito grande de uma vez só e a enchente foi muito grave também.

Julho de 1983: 542,2 mm (máxima diária 67 mm no dia 17)

Agosto de 1984: 274,4 mm (máxima diária 105 mm no dia 6), enchente comparável a de 1983.

Novembro de 2008: 1001,2 mm (máxima diária 251 mm no dia 24).  No dia anterior (23/11) choveu 243 mm, foi de longe o maior evento de chuva da história de Blumenau, a “sorte” da cidade é que choveu pouco no curso superior do rio, este volume extremo em 48 horas foi numa área relativamente pequena.

 

Blumenau/Garcia (ANA/Epagri):

Julho de 1983: 541 mm (máx 63,6 mm no dia 7)

Agosto de 1984: 326 mm (máx 94,4 mm dia 6)

Novembro de 2008 (sem dados)

 

Descrição perfeita. A última enchente grande foi em 2011. De lá para cá houveram alguns eventos que chegaram a assustar a população

 

-Em Setembro 2013 houve alguns problemas no Alto Vale do Itajaí.

http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2013/09/cidades-do-vale-do-itajai-seguem-com-ruas-alagadas-e-desabrigados.html

 

-Em Junho de 2014 teve chuvas em Junho, mais na foz do rio, sem maior gravidade.

http://osoldiario.clicrbs.com.br/sc/noticia/2014/06/volume-de-chuvas-chega-a-160-milimetros-em-itajai-e-defesa-civil-permanece-em-alerta-4521400.html

 

-Em Outubro de 2015 (ano péssimo), muita chuva e problemas nas áreas baixas de rios e ribeirões.

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/10/23/enchentes-afetam-30-mil-pessas-em-santa-catarina.htm

 

-Em Junho de 2017 foi o último problema com cheias. Alagamentos no Alto Vale.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/06/chuvas-castigam-regioes-de-santa-catarina-e-rio-grande-do-sul.html


Geralmente a cidade mais afetada é Rio Do Sul, depois Blumenau. De 2017 para cá, as coisas acalmaram bastante.

 

Voltando a Novembro de 2008, só acho meio subjetivo dizer que foi uma área relativamente pequena. Choveu muito numa faixa estreita de leste que vai do Vale do Itajaí até o Norte do estado (e até no litoral do Paraná como ressaltou o @Carlos Campos). Tem uma estação de Joinville da Epagri que registrou 1.000 mm também em Novembro de 2008.

 

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Just now, RafaelBHZ said:

Situação inusitada por aqui:

 

Uma densa neblina começa a tomar conta da cidade, mas ao mesmo tempo é possível ver alguns raios distantes em meio a névoa. 

É algo surreal, talvez evento parecido tenha acontecido na virada de ano 1991-1992 quando chuvas entre 300-400mm caíram sobre o sul de MG (Lavras, Ribeirão Vermelho, Varginha, Itajubá, entre outras). Agora "neblina com raios ao fundo"...? Está aí uma frase que pela primeira vez eu leio.


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Edited by Lucas Centurion
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47 minutos atrás, Rodolfo Alves disse:

NESTE MOMENTO CHOVE FORTE DE FORMA GENERALIZADA NO SUL DO ES, INCLUINDO EM ICONHA. 

 

É UMA ÁREA QUE MERECE EXTREMA ATENÇÃO PARA ESTA MADRUGADA!   NOVAS ENCHENTES E DESLIZAMENTOS PODEM OCORRER AÍ

 

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Lá no início, tanto o GFS quanto o ECMWF estavam prevendo o mais grosso do acumulado de 240 horas encerrando amanhã, para o ES.

 

Em 15/01/2020 em 16:34, Vinicius Lucyrio disse:

Os próximos 10 dias serão marcados por chuvas bem irregulares no estado de São Paulo, sobretudo regiões centro, sul e oeste; a porção mais ao norte e leste deve ter convecção livre com uma maior frequência. O motivo é a entrada de dois sistemas de alta pressão rentes ao litoral: um dia 17 e outro dia 25. Após 7 dias, é bom ter mais cautela, mas o cenário tem se mantido nas últimas rodadas do ECMWF. A entrada da primeira alta vem acompanhada de ondulação na circulação em médios e altos níveis, condizentes com entrada de ar mais frio e mais seco; o mesmo sistema causará temperaturas baixas no Sul a partir de amanhã. A amplitude térmica em boa parte do interior paulista deve ser alta para a época em boa parte dos próximos 7 dias, com mínimas até baixas em regiões onde há maior propensão a acúmulo de ar frio. Mesmo com ar mais frio atuando em regiões mais próximas ao litoral, a presença de núcleos de alta pressão em 500 mantém o céu aberto o calor da tarde não dá trégua (embora venha acompanhado de umidade mais baixa).

 

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Ao mesmo tempo em que as chuvas se tornam mais escassas no interior de São Paulo, elas podem ser muito volumosas no litoral do PR, SP e boa parte do RJ. Outro local que deve receber chuvas com maior regularidade é a faixa que vai desde o MT até o ES. Atenção para os altos acumulados previstos pelo Euro para o ES e MG com a entrada da segunda frente lá pelo dia 24/25, mas como está longe há boas chances de mudar. Interessante a convergência do ECMWF com o GFS na última rodada em relação aos acumulados:

 

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Edited by Tavares
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A ZCAS passou longe de Juiz de Fora, a cidade foi poupada. Cidades a norte e nordeste daqui não tiveram a mesma sorte, como foram os casos de Ubá, Viçosa e Muriaé. 

 

Na minha estação, foram apenas 06,4mm ontem e 21,8mm hoje. Não dá nem pra considerar que a ZCAS passou aqui. O principal destaque foi a atuação pós-frontal, com muitos dias extremamente amenos para a época. O acumulado mensal está um tanto humilde em comparação com muitas outras cidades mineiras (tenho apenas 235,2mm em Janeiro). Mas ainda existe chance de chegar na média mensal, faltam 70mm para isso. Em todo caso, o desvio padrão já foi alcançado e a cidade está com as represas cheias.

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Acumulados do mês no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba até 00h de 25/01:

 

Uberaba: 500 mm

Conquista: 433 mm

Serra do Salitre: 423,6 mm

Conceição das Alagoas: 350 mm

Campina Verde: 300 mm

Araxá: 280 mm

Coromandel: 288,8 mm

Rio Paranaíba: 254,8 mm

 

 

Monte Carmelo (Cooxupé): 464,8 mm

Monte Carmelo (Cemaden) 283,6 mm

 

Uberlândia (INMET): 280 mm

Uberlândia (Cemaden): 244,6 mm

 

Patrocínio (Cemaden): 325 mm

Patrocínio (UNICERP): 288,8 mm

Patrocínio (INMET): 280 mm

 

Patos de Minas (Cemaden): 297,8 mm

Patos de Minas: 170 mm

 

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Minas Gerais está tendo um dos eventos de chuva mais significativos desde 2000(desde aquelas históricas enchentes de janeiro de 2000 no Sul de MG, onde se registrou a maior chuva em 24h já registrada no estado (aqueles mais de 300mm em Passa Quatro). É bom recordar novamente aquele evento de janeiro de 2000(embora não tenha lembrado muito daquela época), janeiro de 2000 foi o mês mais chuvoso já registrado em algumas cidades da região como São Lourenço. Essa cidade também teve janeiros muito chuvosos como em 2007, 2011 e 2016.

Edited by Darley
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6 minutos atrás, Felipe F disse:

Acumulados do mês no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba até 00h de 25/01:

 

Uberaba: 500 mm

Conquista: 433 mm

Serra do Salitre: 423,6 mm

Conceição das Alagoas: 350 mm

Campina Verde: 300 mm

Araxá: 280 mm

Coromandel: 288,8 mm

Rio Paranaíba: 254,8 mm

 

 

Monte Carmelo (Cooxupé): 464,8 mm

Monte Carmelo (Cemaden) 283,6 mm

 

Uberlândia (INMET): 280 mm

Uberlândia (Cemaden): 244,6 mm

 

Patrocínio (Cemaden): 325 mm

Patrocínio (UNICERP): 288,8 mm

Patrocínio (INMET): 280 mm

 

Patos de Minas (Cemaden): 297,8 mm

Patos de Minas: 170 mm

 

 

Agora sim, pode-se falar em um mês dentro do padrão certo de chuvas no Triângulo.

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Vejam que a cidade sofre com os problemas decorrentes desses eventos extremos há tempos, e no fim parece "um museu de grandes novidades". 


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Segundo o que relatam é a avenida Francisco Salles

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Fonte: Belo Horizonte às Antigas (grupo público do FB) --> https://www.facebook.com/groups/299719847624421/about/

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O Climatempo publicou um levantamento interessante sobre as chuvas superiores a 100mm nas estações do INMET pelo Brasil. 

Aqui tem dados de TODAS as ocorrências que superaram essa marca neste ano até aqui.

Alfredo Chaves no ES até o momento tem a maior chuva em 24h no Brasil neste ano.

A lista está neste link:

 

https://www.terra.com.br/amp/noticias/climatempo/tempestades-de-janeiro-de-2020,395526a0d6dadc15bc4cb6e32ac78710cl1qhlsu.html

Edited by Darley
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Guest Wallace Rezende

Belo Horizonte vai chegando ao final de seu evento mais histórico de chuva em 48 horas, e um dos mais históricos em 24 horas.  Para chuva diária (convencional INMET e com horário de observação fixo), ficou mais ao menos no mesmo patamar de 02/1978 e 02/1947 por exemplo (mais de 160 mm), mas no total do evento 2020 fica bem na frente, e sem dúvida alguma todos os critérios para um evento histórico em acumulado total foram alcançados com folga em BH nesta sexta-feira.  Que toda a prevenção tenha ajudado a salvar vidas, e acredito que isso aconteceu em alguma medida.

 

Já na Região Metropolitana Rio de Janeiro a sexta-feira foi mais um dia tranquilo, com chuva fraca de madrugada e predomínio de céu nublado o dia todo, mas com pancadinhas bem fracas em pontos isolados ao longo do dia, e até algumas aparições do sol entre muitas nuvens.  A temperatura subiu pouco, com máximas entre 26/27ºc em grande parte da cidade.

No estado do RJ, os volumes mais elevados se concentraram na Região Noroeste, onde várias cidades enfrentam alagamentos e transtornos, e alguns rios vão continuar subindo neste sábado apesar da chuva estar indo embora da região.  Cardoso Moreira registrou 225 mm nas últimas 96 horas, a maior parte em 48 horas.

 

Na primeira foto que tirei nesta sexta-feira, aparece o edifício envidraçado que foi construído no local onde funcionaram a sede e a estação do INMET da Praça Mauá (centro do Rio) entre 2002 e 2013.  Como eu escrevi recentemente num post aqui, no mesmo local havia um prédio baixo que abrigava o INMET, e este prédio foi demolido para dar lugar ao edifício moderno no projeto de remodelação da área portuária do Rio.

A segunda foto é do veleiro russo Kruzenshtern (doado pela Alemanha ao final da segunda guerra como reparação à Rússia), que agora está aportado no Rio de Janeiro (abriu para visitação hoje, atraindo turistas) numa comemoração pelos 200 anos da primeira expedição russa à Antártida (a expedição passou por aqui).  A nova roda-gigante do Rio (considerada a maior da América Latina) aparece em seguida.  Esta parte da região central do Rio tem pouca sombra, então o dia de verão ameno e com pouco sol foi ideal para para um passeio.  Com um clique duplo é possível ampliar as fotos para ver detalhes.

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Edited by Wallace Rezende
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1 hora atrás, Lucas Centurion disse:

É algo surreal, talvez evento parecido tenha acontecido na virada de ano 1991-1992 quando chuvas entre 300-400mm caíram sobre o sul de MG (Lavras, Ribeirão Vermelho, Varginha, Itajubá, entre outras). Agora "neblina com raios ao fundo"...? Está aí uma frase que pela primeira vez eu leio.


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Esse evento foi forte mesmo lá em Varginha. Pessoal fala até hoje. No cafezal os danos foram consideráveis. Em 1999 também tivemos uma chuva fortíssima de granizo que destruiu muitos telhados da cidade. Postos de gasolina foram abaixo, prédios de órgãos públicos completamente detalhados. A cidade ficou sem luz por muitas e muitas horas. Acho que foi fevereiro de 99.

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Toda a força do mundo para os habitantes das regiões atingidas nessas chuvas, sejam de MG, de ES ou aqui mais próximo do Noroeste Fluminense. Todo cuidado é pouco agora. Solo extremamente instável, rios já cheios, com a previsão de mais chuva nos próximos dias nessa região. É pra ter muita atenção.

 

Triste demais ver cenas como a do vídeo postado do homem tentando salvar o carro arrastado. Triste demais. Da mesma com a notícia dos bombeiros soterrados e de outros deslizamentos na sempre linda e aprazível capital mineira. Assim como também com as informações recebidas que o sul do ES passs por um momento deveras complicado, com inúmeras enchentes e uma infinidade de desabrigados. Eu, pessoalmente, sinto muito isso. Convivo com isso aqui no Rio de Janeiro. Enchentes, deslizamentos, infelizmente fazem parte do período chuvoso no nosso país. Não deveria ser assim né. Deveríamos ter menos pessoas possíveis morando em áreas de riscos e também ter cidades melhores preparadas pras chuvas que sempre ocorrem, como por exemplo em BH, que é uma cidade planejada e mesmo assim experimenta o caos, levando-se em conta a força desse evento dessa semana. Mas BH, RJ, ES sempre sofreram, sofrem e vão sofrer com esse tipo de evento e precisam se preparar melhor pra evitar mais catástrofes , como a que atingiu a região serrana do Rio em 2011. Aquilo foi uma coisa de louco. Mais de 700 pessoa MORTAS. ABSURDO. Devemos cobrar que melhorem a estrutura das cidades pra suportar grandes chuvas. Do jeito que está NÃO DÁ! 

 

Vamos tentar ajudar as pessoas de Minas, do norte/noroeste do RJ e do ES. Se souberem de fornas de ajudar, coloquem aqui que a gentr da um jeito. É hora de se unir e ajudar essas pessoas.

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O frio voltou à Serra Catarinense.

 

Algumas mínimas na região nesta manhã de sábado:

 

2,4°C   Jardim Bandeira - São Joaquim*

3,0°C   Rincão do Tigre - São Joaquim

3,3°C   Cabanha Fundo da Serra - São Joaquim

3,5°C   Santo Antão - São Joaquim

3,6°C   Rio Porteira - Bom Jardim da Serra

 

* temperatura às 6h30

 

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Região de Curitiba:

 

11,1°C   Colombo

12,5°C   Orleans

12,9°C   Pilarzinho

13,0°C   Tijucas do Sul

13,6°C   São José dos Pinhais

14,2°C   Parque Barigui

14,2°C   Pinhais

 

Aki na região de Imbituba/SC:

 

17,3°C   Braço do Norte

18,6°C   Imbituba

19,2°C   Garopaba

 

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9 horas atrás, Wallace Rezende disse:

 

Este evento que você mencionou de Blumenau ocorreu em novembro de 2008, mês muito mais chuvoso que julho de 1983 na cidade.  É verdade que a enchente foi pior em 1983, pois a chuva foi muito mais generalizada na bacia do rio que corta a cidade neste ano (inclusive no alto vale), enquanto em 2008 só choveu forte no baixo e médio Vale do Itajaí (nuvens baixas, não conseguiram transpor a barreira orográfica despejando toda a chuva no leste), com pouca chuva no alto vale.  Em setembro de 2011, o rio subiu mais que em 2008 na cidade, apesar de ter chovido muito menos, pois no alto vale choveu mais também.

 

2008 foi o único caso com chuva extrema (24 e 48 horas) em Blumenau mesmo, gerando saturação do solo e deslizamentos graves entre esta cidade e Ilhota, algo que não aconteceu nos anos das maiores enchentes.

 

Se não me engano, a última enchente de monta no rio Itajaí-Açu foi em 09/2011, o pessoal do lá deve saber melhor.

 

Abaixo, dados de chuva em Blumenau PCD (ANA/Epagri, alt 12 metros), em julho de 1983, agosto de 1984 e novembro de 2008.  Julho de 1983 teve muitos dias de chuva e solo encharcado, mas nenhum acumulado muito grande em 24 horas.  Em 1984 a chuva foi mais concentrada em 2 dias no início do mês, mas choveu numa área muito grande de uma vez só e a enchente foi muito grave também.

Julho de 1983: 542,2 mm (máxima diária 67 mm no dia 17)

Agosto de 1984: 274,4 mm (máxima diária 105 mm no dia 6), enchente comparável a de 1983.

Novembro de 2008: 1001,2 mm (máxima diária 251 mm no dia 24).  No dia anterior (23/11) choveu 243 mm, foi de longe o maior evento de chuva da história de Blumenau, a “sorte” da cidade é que choveu pouco no curso superior do rio, este volume extremo em 48 horas foi numa área relativamente pequena.

 

Blumenau/Garcia (ANA/Epagri):

Julho de 1983: 541 mm (máx 63,6 mm no dia 7)

Agosto de 1984: 326 mm (máx 94,4 mm dia 6)

Novembro de 2008 (sem dados)

 

Sobre os extremos de Aracaju, desconfio muito dos dados de 1964 neste local.  Em julho, por exemplo, consta um acumulado diário de 376,5 mm no dia 24 que seria recorde disparado, mais de duas vezes o segundo maior total fora deste ano (na tabela postada pelo Cloud CB de acumulados mensais este total foi suprimido pelo algoritmo do INMET automaticamente, ou o total divulgado seria muito maior, levando o total anual para níveis ainda mais absurdos e que jamais foram aproximados novamente).  Em 1965 teriam sido 4 dias, todos em meses normalmente de pouca chuva (01, 03 e 10), o que é estranho também.  Há erros para este período em outras estações nesta parte do NE, sendo o caso mais escandaloso Cipó na BA (este é erro com certeza absoluta, a cidade fica numa região seca a sotavento de uma serra, onde não há potencial para grandes volumes na temporada chuvosa do litoral, mas o INMET indica 1352 mm em maio de 1964, mais que o total ANUAL de todos os últimos 40 anos).  Em Cipó, os dados de chuva são excessivos até 1969 (mas o pior é 1964, deve ter sido um ano chuvoso mesmo mas os totais estão muito superestimados), depois há uma pausa de vários anos e volta com dados bons em 1977.

 

Aracaju teria registrado mais dias com mais de 100 mm somente em 1964 (9 contando 24 e 25/07/1964, omitidos no BDMEP, no dia 25 o anotador registrou mais de 200 mm totalizando uns 600 mm em 2 dias, e não há uma "puta" notícia sobre grandes enchentes na cidade em 1964).  O total de 9 dias acima de 100 mm em 1964 sozinho supera todo o período que vai do ano 2000 até hoje (8 dias), isto não faz sentido algum.  Para mim, estavam usando provetas inadequadas ou algo do tipo.

Fantástico o teu conhecimento, inclusive dos eventos de chuva aqui do vale. 2008 foi bem traumático nos bairros periféricos de Blumenau. eu morei numa escola por 2 semanas por morar numa área de risco aqui no bairro Progresso. o solo virou lama com tamanha chuva, 500mm em 2 dias que vieram após vários meses já úmidos, um evento bem fora da curva.

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