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Brasil Abaixo de Zero

Monitoramento e Previsão - Brasil/América do Sul - Janeiro/2020


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4 minutos atrás, Carlos Campos disse:

Essa diferença entre Simepar e Inmet é uma pedra no sapato (antigamente, se usava essa expressão, referindo-se à algo q é incômodo...hoje não mais, já q as ruas são asfaltadas em sua maioria).

Simepar e Inmet tem as suas estações praticamente juntas, no mesmo galinheir...mesmo pátio.

É estranho, não é?

Abraço

 

No inmet a mínima foi 16.3°C, no simepar acredito que idêntica. Essa diferença não existe mais há uns meses, alguém arrumou seus equipamentos (não sei quem 🤔).

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3 horas atrás, Renan disse:

O Domingo começou com boas mínimas em Juiz de Fora, tive 18,4°C em casa e 16,5°C no INMET. Mínimas abaixo da média de Janeiro. 

 

Euro/00Z permanece indicando a ZCAS sobre o centro-norte mineiro, triângulo e ES, exatamente sobre a área que mais está precisando. Lamento pelo interior de SP, que também está precisando mas haverá pouca ou nenhuma chuva pelos próximos 10 dias. 

 

Interior de São Paulo terá condições para chuva, inclusive forte, até quinta, quando uma frente fria passa pelo mar e traz temperaturas amenas. Mas 3 dias depois chuva já retorna.

 

Nâo há déficit significativo de chuva no interior de São Paulo. Inclusive, os periodos de chuva intercalado por periodos mais secos tem sido bom para agricultura local.

 

Denovo, cuidado com projeções de chuva do euro, pois já mudou novamente.

 

Aliás, para não ficar só no dito, segue projeções do Multimodel para interior de São Paulo. Para mim, nada fora da normalidade.

 

Screenshot_20200119-153112.thumb.jpg.3382a8a5889e206dd0bc50d1f7d7e3a5.jpg

 

Definitivamente, não dá para reclamar da chuva numa região que em 45 dias registrou de 300 a até 500mm em alguns pontos.

Edited by Maicon
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17 minutes ago, Maicon said:

 

Interior de São Paulo terá condições para chuva, inclusive forte, até quarta, quando uma frente fria passa pelo mar e traz temperaturas amenas. Mas 3 dias depois chuva já retorna.

 

Nâo há déficit significativo de chuva no interior de São Paulo. Inclusive, os periodos de chuva intercalado por periodos mais secos tem sido bom para agricultura local.

 

Denovo, cuidado com projeções de chuva do euro, pois já mudou novamente.

De fato é bom para a agricultura, o excesso de umidade e calor é um convite para doenças fúngicas e o tempo seco para algumas pragas. Mas permita-me discordar levemente de você, realmente acredito que em boa parte de SP (a partir de dados que levantei) as chuvas estão dentro da normalidade, com essas sazonalidades entre chuva e veranicos.

A questão é, no mês mais chuvoso do ano, em Ourinhos por exemplo acumulou 52mm, em Bauru 81,4mm, Lins 113,8mm (INMet, automática) até agora. Se fizéssemos um balanço hídrico desses locais, os valores de armazenamento de água no solo seria baixo, gerando déficit, isso tbm em razão das elevadas temperaturas dos últimos 9 dias que contribui para a evapotranspiração. Em 49 dias (desde 1º de Dezembro), choveu 166mm, 279,6mm e 267,8mm em Ourinhos, Bauru e Lins, respectivamente.

Vale lembrar que só começou a chover com mais regularidade a partir de novembro, outubro foi tórrido e não choveu muito, novembro já mudou de figura. Mas aí vc pega outubro abaixo da média, dezembro abaixo da média, e até agora janeiro nesses locais com pouca chuva, dá pra perceber que algo não está muito certo em alguns locais do interior de SP.

Faz tempo que não temos um Janeiro bem chuvoso a moda 2007, 2009, 2016 com um ZCAS mais consolidado na região. Sem contar o fiasco de 2019, tbm tivemos entre 2013-2016 um dos périodos mais secos da história em SP (vide crise hídrica da Cantareira e a confusão com os dados da Sabesp na gestão Alckmin). 

Só quero dizer que tem local chovendo consideravelmente abaixo da média para o período. Não é nem questão de frequência, mas o termo "chuvas generalizadas" não está fazendo parte do vocabulário esse mês. Era para estar chovendo quase todo dia. Esse tempo pós frontal, sem nenhuma formação de Cbs e céu limpo, é difícil de engolir para janeiro.

Edited by Lucas Centurion
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1 hora atrás, RafaelBHZ disse:

Olha, pra natureza que já foi duramente castigada recentemente e para os reservatórios, é melhor que essa chuvarada se concretize. Transtornos na área urbana infelizmente acontecem mesmo em fortes bloqueios, basta uma CB isolada que pronto, a confusão está formada.

 

Mas deve-se ficar atento em especial ao risco de deslizamentos. A Defesa Civil já deveria estar em alerta máximo em todo o centro-norte do estado. 

 

Tomara que se concretize. Os reservatórios na RMBH estão com 59%, não tá ruim mas pode melhorar. O norte do estado nem se fala. Sobre os transtornos urbanos, isso só mostra como ainda somos reféns do nosso próprio clima, basta um pouco de severidade que sofremos a conta.

 

E concordo sobre a defesa civil, embora necessárias, as ZCAS são as maiores causadoras de desastres naturais no estado. Além das enchentes relâmpago nas cidades, temos os vendavais (ocorrem quando alguma abertura de sol aquece a atmosfera extremamente favorável à chuva), deslizamentos de terra (que vc falou) e as piores: as enchentes dos rios. Em casos assim, o sistema de prevenção deveria funcionar como nos EUA, avisos com dias de antecedência (o que não é tão difícil, as previsões estão aí) e até sugerir as pessoas deixarem suas casas, caso a previsão de tempo severo se mantenha até a véspera do evento. Aqui, ironicamente, apagamos incêndio para resolver problemas assim. Só agem efetivamente quando a água já está na iminência de transbordar...

 

 

Falando em chuva, ela já voltou pra BH como previsto, com raios e intensidade moderada. Centro às 14:30:

 

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Recebi agora um vídeo que é preocupante demais.

 

A feira do bairro Amazonas, uma das maiores feiras aqui da região metropolitana, que vive sempre lotada aos domingos, se encerrou de maneira trágica.

 

Estou orando para que não hajam vítimas fatais, mas as imagens impressionam. Toda a área alagada na imagem concentrava diversas barraquinhas no meio da avenida.

 

A autoria do vídeo é desconhecida. 

 

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1 hora atrás, Guto Cesar disse:

 

No inmet a mínima foi 16.3°C, no simepar acredito que idêntica. Essa diferença não existe mais há uns meses, alguém arrumou seus equipamentos (não sei quem 🤔).

Entendi..

Talvez o Mat tenha se confundido com isso 👇

1579458040362.jpg.53271621484df113382f2d785a8c89ae.jpg

Mas tbm, kem não?

IMG_20200119_153145.jpg.3331e066c2a05a80491c1217d8798cd7.jpg

E q bom q arrumaram os aparelhos.

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Agora, RafaelBHZ disse:

Recebi agora um vídeo que é preocupante demais.

 

A feira do bairro Amazonas, uma das maiores feiras aqui da região metropolitana, que vive sempre lotada aos domingos, se encerrou de maneira trágica.

 

Estou orando para que não hajam vítimas fatais, mas as imagens impressionam. Toda a área alagada na imagem concentrava diversas barraquinhas no meio da avenida.

 

A autoria do vídeo é desconhecida. 

 

 

 

Assustador ! Eu acho que as enchentes-relâmpago de BH estão entre as mais severas do Brasil, devido à combinação relevo + impermeabilização do solo. 

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3 minutos atrás, Carlos Campos disse:

Entendi..

Talvez o Mat tenha se confundido com isso 👇

1579458040362.jpg.53271621484df113382f2d785a8c89ae.jpg

Mas tbm, kem não?

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E q bom q arrumaram os aparelhos.

 

Eu não faço ideia porque ainda sai essa tosqueira de mapa. Preguiça né. Cidade com divisa para outro estado, o numero sai cortado, estação muito próxima se torna próximo do ilegível. Escala de cor também é uma criança que escolhe.

 

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7 minutos atrás, Renan disse:

 

Assustador ! Eu acho que as enchentes-relâmpago de BH estão entre as mais severas do Brasil, devido à combinação relevo + impermeabilização do solo. 

E o caos está generalizado aqui em Contagem e nas regiões Oeste e Barreiro em BH. Praticamente todos os locais passíveis de alagamento, alagaram, até mesmo aqueles onde isso não costuma ocorrer, como o local da feira do Amazonas. 

 

Se fosse pra chutar, diria que nos aproximamos ou superamos os 100mm/h. 

Edited by RafaelBHZ
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Agora, RafaelBHZ disse:

E o caos está generalizado aqui em Contagem e nas regiões Oeste e Barreiro em BH. Praticamente todos os locais passíveis de alagamento, alagaram, até mesmo aqueles onde isso não costuma ocorrer, como o local da feira do Amazonas. 

 

Se fosse pra chutar, diria que nos aproximamos ou superamos os 100mm/h. 

 

Todo o "azar" que BH teve em Dezembro, está sendo devolvido com juros e correção agora em Janeiro. Por muitas vezes, a capital tem sido a única afetada pelas tempestades em um raio de centenas de Km. 

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27 minutos atrás, RafaelBHZ disse:

E o caos está generalizado aqui em Contagem e nas regiões Oeste e Barreiro em BH. Praticamente todos os locais passíveis de alagamento, alagaram, até mesmo aqueles onde isso não costuma ocorrer, como o local da feira do Amazonas. 

 

Se fosse pra chutar, diria que nos aproximamos ou superamos os 100mm/h. 

 

27 minutos atrás, RafaelBHZ disse:

E o caos está generalizado aqui em Contagem e nas regiões Oeste e Barreiro em BH. Praticamente todos os locais passíveis de alagamento, alagaram, até mesmo aqueles onde isso não costuma ocorrer, como o local da feira do Amazonas. 

 

Se fosse pra chutar, diria que nos aproximamos ou superamos os 100mm/h. 

RafaelBHZ,

no momento da filmagem do vídeo, devia estar caindo uns 3 mm por minuto, que é uma chuva bem forte, que provoca enxurradas volumosas mesmo em ruas com 200 m de extensão(exemplo da minha rua).As luzes dos postes acenderam e muita água das calhas e telhados.

RafaelBHZ,

acabei de ver a animação dos radares Pico do Couto e Três Marias, da pra ver que a chuva concentrou mesmo sobre BH e Contagem.

Meu palpite, poluição da metropolitana, ilha de calor urbano gerando intensas chuvas localizadas.

Edited by marinhonani
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1 hora atrás, Lucas Centurion disse:

De fato é bom para a agricultura, o excesso de umidade e calor é um convite para doenças fúngicas e o tempo seco para algumas pragas. Mas permita-me discordar levemente de você, realmente acredito que em boa parte de SP (a partir de dados que levantei) as chuvas estão dentro da normalidade, com essas sazonalidades entre chuva e veranicos.

A questão é, no mês mais chuvoso do ano, em Ourinhos por exemplo acumulou 52mm, em Bauru 81,4mm, Lins 113,8mm (INMet, automática) até agora. Se fizéssemos um balanço hídrico desses locais, os valores de armazenamento de água no solo seria baixo, gerando déficit, isso tbm em razão das elevadas temperaturas dos últimos 9 dias que contribui para a evapotranspiração. Em 49 dias (desde 1º de Dezembro), choveu 166mm, 279,6mm e 267,8mm em Ourinhos, Bauru e Lins, respectivamente.

Vale lembrar que só começou a chover com mais regularidade a partir de novembro, outubro foi tórrido e não choveu muito, novembro já mudou de figura. Mas aí vc pega outubro abaixo da média, dezembro abaixo da média, e até agora janeiro nesses locais com pouca chuva, dá pra perceber que algo não está muito certo em alguns locais do interior de SP.

Faz tempo que não temos um Janeiro bem chuvoso a moda 2007, 2009, 2016 com um ZCAS mais consolidado na região. Sem contar o fiasco de 2019, tbm tivemos entre 2013-2016 um dos périodos mais secos da história em SP (vide crise hídrica da Cantareira e a confusão com os dados da Sabesp na gestão Alckmin). 

Só quero dizer que tem local chovendo consideravelmente abaixo da média para o período. Não é nem questão de frequência, mas o termo "chuvas generalizadas" não está fazendo parte do vocabulário esse mês. Era para estar chovendo quase todo dia. Esse tempo pós frontal, sem nenhuma formação de Cbs e céu limpo, é difícil de engolir para janeiro.

 

Eu diria que a única anormalidade observada nos ultimos 2 meses, em relação a chuvas e temperatura para o interior de SP, foi aquela Alta da Bolivia deslocada, que segurou um pouco a chuva e aumento sobremaneira o calor, e aquela onda de calor sobre sul do país, que atingiu extremo sudoeste do estado.

 

Mas, diante dos últimos verões nosso, isso não é nada.

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12 minutos atrás, Renan disse:

 

Todo o "azar" que BH teve em Dezembro, está sendo devolvido com juros e correção agora em Janeiro. Por muitas vezes, a capital tem sido a única afetada pelas tempestades em um raio de centenas de Km. 

Renan

os dois modelos que acompanho para previsão de chuvas em 10 dias, Europeu e GFS, indicando os dois, muita chuva para BH e arredores até a manhã de 31, totais acima de 300 mm ou mais.

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@marinhonani e demais, vou compartilhar uma divagação minha, simples reflexão sem cunho científico.

 

Esse fenômeno do incremento das chuvas nas grandes cidades poderia ser uma "tentativa da natureza" em compensar o aquecimento provocado pelas ilhas de calor. Veja bem o exemplo de hoje:

 

Enquanto a selva de pedras (BH) tem amenos 20ºC às 16h, a roça (Florestal) tem quentes 29ºC no mesmo horário. Na média compensada e, principalmente, na média 24h, isso poderia diminuir os efeitos térmicos da ilha de calor. Isso ocorre em SP também, no verão chove mais no centro que em Marsilac, por exemplo. O centro passa algumas horas do pós chuva mais ameno e isso diminui a diferença na média compensada ou média 24h.

 

Acho muito interessante essas peculiaridades microclimáticas, tanto as naturais quanto as antrópicas.

 

Edited by LeoP
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1 hora atrás, RafaelBHZ disse:

E o caos está generalizado aqui em Contagem e nas regiões Oeste e Barreiro em BH. Praticamente todos os locais passíveis de alagamento, alagaram, até mesmo aqueles onde isso não costuma ocorrer, como o local da feira do Amazonas. 

 

Se fosse pra chutar, diria que nos aproximamos ou superamos os 100mm/h. 

Duas imagens de radar.

 1- Por volta das 14h -14h30 a chuva avança sobre a região de Contagem:

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2- 15h30 o núcleo se intensifica e cobre praticamente todo o centro de BH:

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Guest Wallace Rezende

 

Para mim, é evidente que em Belo Horizonte, assim como em São Paulo, muitas chuvas de verão são intensificadas (quando não formadas) pela ilha de calor.  No Rio, pela posição costeira e pelo relevo, isto acontece bem menos, mas não deixa de ocorrer principalmente no extremo norte norte da cidade (bairros mais continentais), ainda que com uma frequência não tão grande (em 01/2018 uma chuva extremamente localizada de 90 mm/h causou o caos em Bangu, num dia em que não choveu na maior parte da cidade).  Agora, inúmeras variáveis, como a direção da circulação atmosférica, influenciam muito este processo das chuvas por ilha de calor, em cada cidade de um modo diferente, e nesta área ainda faltam estudos mais aprofundados.

 

Exemplo: em dezembro último, Belo Horizonte recebeu menos chuva que áreas vizinhas apesar de ilha de calor, e agora está recebendo muito mais chuva, tanto que várias cidades nos arredores de BH receberam chuva bem abaixo da média em janeiro de 2020 até agora, e por isso as chuvas previstas para os próximos dias serão necessárias na maior parte do estado.  Em Curvelo, ao norte de BH, choveu 350 mm em dezembro, enquanto a BH penava para passar dos 100 mm.  Pois agora, com mais de 400 mm em vários bairros de BH, Curvelo acumulava apenas 60 mm até ontem.  Até Sete Lagoas, bem perto de BH, só conseguiu chegar aos 100 mm no mês hoje, após vários eventos chuva fraca/moderada.  Em dezembro, a mesma Sete Lagoas recebeu 301,2 mm...

 

O que o colega falou é a mais pura verdade, nossas cidades não estão minimamente preparadas para lidar com o que é absolutamente normal na estação das chuvas, alagamentos e grandes transtornos não precisam de eventos mais raros (como o do ES anteontem) para acontecerem, acontecem até com chuvas que ocorrem 5/10 vezes por ano em média.  São décadas ou séculos de descaso, demagogia e populismo da pior espécie.  No final das contas, nada é feito para efetivamente reduzir os riscos da ocupação desenfreada e do adensamento urbano predatório em cidades como Rio, BH, São Paulo e centenas de outras.

 

O Rio de Janeiro é uma cidade que está à espera de uma tragédia, a Georio hoje só faz obras emergenciais, a verba para prevenção foi zerada por conta da “crise financeira”.  Na Muzema (onde morreram quase 20 em 04/2019 após o desabamento de prédios construídos por milicianos ao lado de uma encosta em terreno fofo), já voltaram a construir prédios irregulares, e nas raras ocasiões em que alguém consegue uma liminar para derrubar as construções irregulares algum juiz “bonzinho” vai lá e caça a decisão, pois os “pobres coitados” não podem ficar desalojados e blá, blá, blá... Com isso, esse câncer da ocupação desenfreada só cresce, depois é só culpar “chuvas excepcionais”, até porque qualquer chuva hoje "vira" excepcional para estes demagogos e cínicos que só querem evitar assumir alguma responsabilidade enquanto posam de “defensores do povo” (Remoção?? Fascismo!!!), e o discursinho do aquecimento global estar provocando chuvas mais extremas ou “nunca registradas antes” (tradução para o mundo real: só umas 200 vezes nos últimos 100 anos) cai como uma luva para esta gente.

 

A moral da história: não olhem apenas para próprio quintal, a irregularidade das chuvas continua com tudo no Sudeste e precisamos sim de mais chuvas em grande parte da região, pois no atacado vem chovendo abaixo da média há vários anos já.  Com certeza haverá transtornos, e talvez mortes, se vier a chuva necessária, mas este é o preço a se pagar pelos próprios erros crassos de ocupação do solo que foram cometidos.  Estava vendo um vídeo de Iconha ontem (postado aqui, do pós-chuva), e a maneira como construíram na beira dos rios por lá foi uma tremenda estupidez, um paredão de prédios e casas criando um canal de contenção artificial que potencializa as enchentes, mesma coisa que foi feita em Córrego Dantas (Nova Friburgo, onde muitos morreram em 2011) e em centenas de cidades pelo país afora, e quando chove para valer querem o que? 

Para que as chuvas não causassem mais nenhum transtorno no Brasil, no estado atual das coisas, precisaríamos de uma seca total, e todos morreriam de fome e sede.  Este seria o preço a se pagar para que todos que moram em locais inapropriados para a ocupação humana não precisassem mais se preocupar com as chuvas.  Aí eu pergunto: vale a pena? (sim, esta é uma pergunta retórica).

 

Edited by Wallace Rezende
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O recorde de Janeiro em BH é de 781,6 mm de 2003. Nesse mesmo ano várias crianças morreram num deslizamento no Morro das Pedra no dia 16 de Janeiro.

 

Há vários registros acima de 600 mm no histórico tb. A média é de 329,1 mm.

 

Não é a toa que os últimos anos foram bastante reclamados e pífios em termos de chuva.

 

Janeiro de 2003:

Estacao;Data;Hora;Precipitacao;
83587;01/01/2003;1200;46.6;
83587;02/01/2003;1200;12;
83587;03/01/2003;1200;19.2;
83587;04/01/2003;1200;25.1;
83587;05/01/2003;1200;36.5;
83587;06/01/2003;1200;22.6;
83587;07/01/2003;1200;73.1;
83587;08/01/2003;1200;56.2;
83587;09/01/2003;1200;1;
83587;10/01/2003;1200;29.4;
83587;11/01/2003;1200;8.6;
83587;12/01/2003;1200;21.8;
83587;13/01/2003;1200;16.2;
83587;14/01/2003;1200;8.3;
83587;15/01/2003;1200;31.2;
83587;16/01/2003;1200;83.4;
83587;17/01/2003;1200;81.9;
83587;18/01/2003;1200;27.6;
83587;19/01/2003;1200;16;
83587;20/01/2003;1200;4.6;
83587;21/01/2003;1200;72.9;
83587;22/01/2003;1200;24.8;
83587;23/01/2003;1200;1.7;
83587;24/01/2003;1200;0;
83587;25/01/2003;1200;0;
83587;26/01/2003;1200;0;
83587;27/01/2003;1200;0;
83587;28/01/2003;1200;0;
83587;29/01/2003;1200;7.4;
83587;30/01/2003;1200;53.3;
83587;31/01/2003;1200;0.2;

 

Edited by Nowcasting
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1 hora atrás, Rafael Rezende de loyola disse:

Por que será que está tão quente assim, lá?

Possivelmente tem a ver com o giro circulatório provocado pela posição da Alta Pressão no oceano à nordeste da região e o posicionamento mais ao sul do Jato em médios níveis.

Os ventos amazônicos seguem o corredor criado pela circulação ao leste e a barreira da cordilheira à oeste. 

Fiz um esboço ⬇️

1579472421806.jpg.d417339f6cfe534c7c29a1cc3e1502a9.jpg

 

*aceito correções dos especialistas 😘

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Agora a preocupação pela ultima rodada do modelo Europeu/Norueguês é a região norte do Espirito Santo.

Linhares, por exemplo, receberia 300mm em 24hrs. Eu não conheço a cidade, porém pelo mapa passa por ela o Rio Doce e também tem várias lagoas em torno da cidade. E o recorde de 24hrs por lá foi de 200mm em novembro de 2001.

 

image.thumb.png.6f35ae2db68a9e461686c6262d7fb2c7.png

 

 

 

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15 minutos atrás, LucasFSopranos disse:

Agora a preocupação pela ultima rodada do modelo Europeu/Norueguês é a região norte do Espirito Santo.

Linhares, por exemplo, receberia 300mm em 24hrs. Eu não conheço a cidade, porém pelo mapa passa por ela o Rio Doce e também tem várias lagoas em torno da cidade. E o recorde de 24hrs por lá foi de 200mm em novembro de 2001.

 

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O YR pra cá:

 

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47 minutos atrás, Pedro Victor P. disse:

Outro núcleo que, pelo visto, vai passar longe daqui:
 

C3BE0BA6-453F-411A-88BE-B88C995F764A.thumb.jpeg.7e7b7d9bb8037eb484009d279333ed3a.jpeg

 

Quase certo. Kkkk.

 

Nós próximos dias (amanhã mesmo já) os ventos ficarão de NE/N nessa região, por causa da situação no Sudeste (provavelmente) ou por causa do mar quente (talvez, não sei o motivo).

Screenshot_20200119-210241.thumb.png.389499f2aca2ec9877635e9befb2f102.png

Edited by CloudCb
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Guest Wallace Rezende
2 horas atrás, Nowcasting disse:

O recorde de Janeiro em BH é de 781,6 mm de 2003. Nesse mesmo ano várias crianças morreram num deslizamento no Morro das Pedra no dia 16 de Janeiro.

 

 

Na verdade o recorde mensal de BH foi registrado em janeiro de 1985, com 850 mm.  Este dado não está no BDMEP pois houve uma falha na digitalização em Brasília que omitiu parte dos dados entre 1984 e 1986 em várias cidades do Brasil.  Mas se você perguntar ao Disme local aí de BH (5º) eles têm o dado, e já saiu uma vez no boletim agrometeorológico mensal (12/2011).

 

Outros recordes que não constam no BDMEP incluem o de maior chuva diária no Rio de Janeiro, Maceió, Salvador, Vitória, Florianópolis e outras cidades.  Estou sempre batendo nesta tecla mas nunca é demais, o BDMEP está cheio de falhas e omissões, não se deixem levar só pelo que foi publicado lá.  Vale tentar um e-mail ou algum outro contato com os Dismes locais.  Tudo vai depender da boa vontade de quem receber a mensagem, mas eles podem ter dados muito mais completos que Brasília, onde foi  feita a "lambança" da digitalização à toque de caixa.

 

Consegui alguns registros da região do RJ e ES anteriores a 1961 num contato por e-mail com o sexto Disme há alguns anos.  Eles também me confirmaram os 237 mm no Rio de Janeiro (centro) em 11/01/1966 e os 212 mm em Vitória no dia 19/03/1975, recordes absolutos das respectivas estações que foram omitidos do BDMEP.

Edited by Wallace Rezende
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Ainda sobre as chuvas aqui no ES, só hoje a ajuda chegou a comunidade isoladas. E o cenário de devastação só piora. Vale destacar que há uns 10, dias choveu muito em Vargem Alta,  inclusive com enxurradas de menor porte. Os rios estavam cheios e solo encharcado. A chuva que caiu nas montanhas de Vargem Alta,  fizeram a região de serra se desmanchar em um tsunami de lama, pedras e muita água. Desceu tudo por um vale para Iconha. 

Nas fotos, o topo da serra em Vargem Alta e no vídeo ,  por onde a enxurrada passou antes de chegar no centro de Iconha. 

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11 minutos atrás, Carlos Campos disse:

Curiosidade em saber como são feitas as previsões do Simepar.

Quais os parâmetros utilizados para chegar nesses valores ⬇️

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*No caso em kestão, as extremas da próxima quinta-feira..

Eu só consulto o site do Simepar pra ver o mapa do radar, mais nada.

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36 minutos atrás, Carlos Campos disse:

Curiosidade em saber como são feitas as previsões do Simepar.

Quais os parâmetros utilizados para chegar nesses valores ⬇️

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*No caso em kestão, as extremas da próxima quinta-feira..


Também tenho muita vontade de saber qual é a brilhante metodologia que a Climatempo usa:

 

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Depois dos 13,6°C de quinta-feira, Buenos Aires comecou a esquentar e desde ontem voltou ao modo verao. Na sexta, o dia foi ensolarado, com mínima de 16,8°C e máxima de 26,3°C, ainda ótimo. Ontem tivemos garoa de manha e o dia foi de sol, poucas nuvens e abafado, com mínima de 21,5°C e máxima de 29,5°C. A noite foi abafada, com mais de 25°C o tempo todo.

 

Hoje foi quente, úmido e pesado. O dia foi de sol e poucas nuvens, com mínima de 23,5°C, máxima de 33°C e sensacao térmica de 36°C! Agora temos céu limpos e ainda bastante quentes 28°C com sensacao térmica de 29,5°C. A URA é de 60%, temos vento nordeste a 9 km/h e pressao de 1.007,3 hpa.

Para amanha a previsao do SMN indica muitas nuvens, calor intenso e muito abafamento. Finalizando a noite há possibilidade de chuvas isoladas. Mínima de 25°C e máxima de 33°C! O sol nasce às 6h01 (já voltou a nascer depois das 6h) e se poe às 20h07.

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1 hora atrás, Carlos Campos disse:

Curiosidade em saber como são feitas as previsões do Simepar.

Quais os parâmetros utilizados para chegar nesses valores ⬇️

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*No caso em kestão, as extremas da próxima quinta-feira..

 

37 minutos atrás, Pedro Victor P. disse:


Também tenho muita vontade de saber qual é a brilhante metodologia que a Climatempo usa:

 

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Tenho duas teorias, ou os dois utilizam o mesmo modelo, ou os dois utilizam da mesma cannabis

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2 horas atrás, Wallace Rezende disse:

Na verdade o recorde mensal de BH foi registrado em janeiro de 1985, com 850 mm.  Este dado não está no BDMEP pois houve uma falha na digitalização em Brasília que omitiu parte dos dados entre 1984 e 1986 em várias cidades do Brasil.  Mas se você perguntar ao Disme local aí de BH (5º) eles têm o dado, e já saiu uma vez no boletim agrometeorológico mensal (12/2011).

 

Outros recordes que não constam no BDMEP incluem o de maior chuva diária no Rio de Janeiro, Maceió, Salvador, Vitória, Florianópolis e outras cidades.  Estou sempre batendo nesta tecla mas nunca é demais, o BDMEP está cheio de falhas e omissões, não se deixem levar só pelo que foi publicado lá.  Vale tentar um e-mail ou algum outro contato com os Dismes locais.  Tudo vai depender da boa vontade de quem receber a mensagem, mas eles podem ter dados muito mais completos que Brasília, onde foi  feita a "lambança" da digitalização à toque de caixa.

 

Consegui alguns registros da região do RJ e ES anteriores a 1961 num contato por e-mail com o sexto Disme há alguns anos.  Eles também me confirmaram os 237 mm no Rio de Janeiro (centro) em 11/01/1966 e os 212 mm em Vitória no dia 19/03/1975, recordes absolutos das respectivas estações que foram omitidos do BDMEP.

Wallace Rezende,

nesse janeiro de 1985, Juiz de Fora acumulou acima de 700 mm e outras cidades da Zona da Mata também tiveram acumulados acima de 500 mm. Aqui em Laje do Muriaé tivemos cheia do rio Muriaé nos dias 29 e 30.

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