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Brasil Abaixo de Zero

Recordes e médias pluviométricas da sua cidade


Felipe S Monteiro
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Em 23/12/2019 em 18:32, CloudCb disse:

Depois vou ver se posto alguma do sul do CE, tem muitas interessantes naquela região de Juazeiro do Norte.

 

Postando uma agora.

 

Crato - CE

 

Latitude: -7.2333

Longitude: -39.4

Altitude: 421 m

Período: 1912 - 2019 (chuvas acima de 100 mm inclui 2020)

 

Média anual: 1086,4 mm

Média mês a mês:

image.thumb.png.c483218b33d91bc0a940273ddbc3aefe.png

 

Chuvas acima de 100 mm:

image.thumb.png.e8a2a3b173bc0a586ba0cbe32c1a40ed.png

Máximos mensais:

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Mínimos mensais:

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Top 10 mais secos e mais chuvosos:

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Dados da ANA e FUNCEME.

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  • 2 weeks later...

Afrânio - PE (Cachoeira do Roberto)

 

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Latitude: -8.6333

Longitude: -41.15

Altitude: 630 metros

Dados: ANA

Período: 1962 - 1993 

Média anual: 590,5 mm 

 

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Maiores acumulados em 24 horas:

134,4 mm - 21/12/1972

126,4 mm - 05/12/1985

122,4 mm - 14/03/1988

122,4 mm - 21/04/1974

121,8 mm - 19/03/1967

110,4 mm - 03/10/1976¹

110,0 mm - 28/01/1992

101,5 mm - 01/03/1965

100,4 mm - 04/04/1967

100,0 mm - 12/04/1974

 

¹Dentre todos os pluviômetros da região que tabelei (que foram e ainda serão postados aqui) esse dado é disparado o mais impressionante. No período de 6 dias, entre os dias 28 de setembro e 03 de outubro de 1976 choveram inacreditáveis 314,4 mm em Cachoeira do Roberto, sendo que este é um dos períodos mais secos do ano onde o normal é chover nada. Algo inimaginável nos dias de hoje, simplesmente inacreditável!!

 

Maiores acumulados por mês:

Janeiro: 397,3 mm - 1985

Fevereiro: 235,8 mm - 1976²

Março: 378,8 mm - 1975

Abril: 392,8 mm - 1974

Maio:  50,4 mm - 1977

Junho: 78,6 mm - 1985

Julho: 16,9 mm - 1969

Agosto: 15,2 mm - 1964

Setembro: 111,6 mm - 1976²

Outubro: 217,7 mm - 1976²

Novembro: 137,2 mm - 1968

Dezembro: 280,2 mm - 1989

 

Menores acumulados por mês:

Janeiro: 0 mm - 1990, 1976 e 1968²

Fevereiro: 0 mm - 1981

Março: 0 mm - 1992 e 1976²

Abril: 0 mm - 1983, 1976 e 1969²

Maio: 0 mm - 12 vezes

Junho: 0 mm - 20 vezes

Julho: 0 mm - 28 vezes

Agosto: 0 mm - 28 vezes

Setembro: 0 mm - 22 vezes

Outubro: 0 mm - 12 vezes

Novembro: 0 mm - 1986, 1982, 1981 e 1963

Dezembro: 0 mm - 1965

 

²Essas listas mostram novamente como o ano de 1976 foi muito estranho. Naquele ano, dos 4 meses mais chuvosos do ano (JFMA) 3 terminaram zerados o que é trágico, o único que escapou foi fevereiro que, por sua vez, foi o fevereiro mais chuvoso da série de Cachoeira do Roberto. Já nos meses em que o normal é não chover ou chover muito pouco (setembro e outubro), foram disparados o mais chuvosos da série, não só de Cachoeira do Roberto, mas também em relação a todos os 4 pluviômetros da minha região que tenho tabelados.

 

Anos mais secos e mais chuvosos:

 

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Tabela completa mês a mêsCachoeira do Roberto - precipitação histórica mensal.xlsx

 

P.S. Pluviômetro localizado a 31 km a leste de Queimada Nova.

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Em 07/12/2019 em 15:46, Felipe S Monteiro disse:

 Altônia

Dados:Águas Paraná

Abertura da estação 10/04/1967

Lat.23''52'20

Long.53"53'20

375,556m

Média:1550,4mm->1541,3mm/ 91-> 90,1 dias de chuva

Min.980,2mm/42 dias de chuva

Max.2278,9mm/151,8 dias de chuva

 

Top 5 Máximas anuais:

2278,9mm 1983

2142,9mm 2015 

2118,4mm 1992

2035,6mm 1998

1889,2mm 2016

 

Top 5 Mínimas anuais:

  980,2mm 1978

1004,4mm 1985

1141,7mm 1968

1078,8mm 2019

1213,6mm 2012

1268,7mm 1991

 

 

Dias com mais de 100mm

14/01/2012 151,8mm

08/01/1981 147,1mm

04/12/2019 140,3mm

05/06/1976 138,4mm

01/05/1992 136,5mm

14/11/2011 134,3mm

03/03/1983 131,6mm

27/10/2003 127,6mm

26/05/1969 121,2mm

23/10/1988 120,8mm

27/09/1969 118,0mm

06/12/2005 117,3mm

13/11/2000 116,7mm

14/05/2014 116,6mm

14/05/2013 116,2mm

15/02/2000 113,3mm

30/12/1970 110,0mm

14/05/2009 110,0mm

27/04/1988 109,9mm

14/12/1984 108,0mm

10/01/1990 105,9mm

20/12/1980 105,7mm

15/03/1996 105,6mm

27/10/2016 102,0mm

21/05/2002 101,7mm

11/12/1972 101,0mm

21/12/2006 100,9mm

Total:26->27 dias

 

Média mensal

Mês: 

01 164,4mm

02 133,7mm

03 110,3mm

04 106,2mm

05 150,9mm

06 104,2mm

07 73,4mm

08 75,5mm

09 121,7mm

10 169,3mm

11 158,3mm->157,1mm

12 169,3mm->172,6mm

 

Max. Mensal:

Mês:

01 316,4mm 1974

02 354,4mm 2011

03 343,8mm 1996

04 388,7mm 1998

05 502,7mm 1992

06 368,3mm 2013

07 365,5mm 2015

08 262,0mm 2016

09 337,8mm 1998

10 442,8mm 2005

11 405,0mm 2015

12 431,9mm 1984

Min. Mensal

Mês:

01 28,2mm 1978

02 2,1mm    2005

03 5,7mm    2002

04 2,0mm    1978

05 0,0mm    2011

06 0,0mm    2007

07 0,0mm    1968, 1988, 2017, 2018

08 0,0mm    2010, 2012, 2019

09 4,0mm    2007

10 21,5mm 2019

11 13,0mm 1985

12 18,7mm 2011

 

Tomei coragem e atualizei com dados de depois da postagem (novos dados em negrito)

Edited by Felipe S Monteiro
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  • 1 month later...

Tibagi PR

Dados:Águas Paraná

720 metros

Entidade:Copel

Aberta em:01/04/1938

Lat.-24"20'40"

Long.-50"24'40"

 

 

Média Anual:1538,6mm

Máxima:2503,0mm

Mínima:943,1mm

 

Dias de chuva:

Média:110,3

Mínima:55,0

Máxima:147,0

 

Dias com mais de 100mm:

163,6mm 25/05/2005

133,1mm 30/10/2017

121,3mm 27/01/2003

119,8mm 11/07/2009

118,0mm 18/09/1983

116,0mm 25/11/1975

114,4mm 20/05/1983

111,0mm 05/12/2006

105,4mm 10/11/1975

103,2mm 25/06/2013

100,8mm 23/05/1988

100,0mm 05/03/1951

Total:12 dias

 

Máximas anuais:

2503,0mm 1976

2315,4mm 1975

2276,4mm 1983

2221,4mm 1972

2207,1mm 2009

 

Mínimas anuais:

943,1mm 1952

1020,6mm 1945

1039,0mm 1944

1033,2mm 1968

1047,5mm 1949

 

 

Média mensal: 

Mês:

01 187,5mm

02 159,0mm

03 130,5mm

04 95,4mm

05 116,5mm

06 109,8mm

07 90,0mm

08 74,9mm

09 130,1mm

10 150,7mm

11 131,2mm

12 162,5mm

 

Máximas mensais:

Mês:

01 433,9mm 1946

02 335,7mm 2013

03 311,4mm 1996

04 274,4mm 2012

05 411,8mm 1983

06 365,4mm 2013

07 345,8mm 2009

08 235,8mm 2008

09 371,8mm 2009

10 315,8mm 1982

11 478,0mm 1975

12 465,8mm 1975

 

 

Mínimas anuais:

Mês:

01 43,6mm 1992

02 20,3mn 2005

03 23,0mm 1997

04 0,0mm 1967

05 0,0mm 1963

06 3,2mm 1986

07 0,0mm 1963

08 0,0mm 1983

09 10,0mm 1955

10 20,4mm 1939

11 0,0mm 1971

12 16,6mm 2005

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Casa Nova – BA (Ouricuri)

 

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Latitude: -8.9425
Longitude: -41.4069
Altitude: 500 metros
Dados: ANA
Período: 1962 - 1989.
Média anual: 571,1 mm

 

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Maiores acumulados em 24 horas:


95,0 mm - 01/03/1989
91,0 mm - 29/11/1977
90,0 mm - 09/05/1973
88,0 mm - 30/01/1967
87,4 mm - 03/04/1988

 

Maiores acumulados por mês:

Janeiro: 323,5 mm - 1964
Fevereiro: 239,5 mm - 1980
Março: 241,9 mm - 1972
Abril: 268,7 mm - 1985
Maio:  96,0 mm - 1973
Junho: 34,2 mm - 1965
Julho: 30,0 mm - 1973
Agosto: 19,0 mm - 1964
Setembro: 61,0 mm - 1982
Outubro: 178,1 mm - 1976
Novembro: 208,9 mm - 1964
Dezembro: 241,2 mm - 1989
 
Menores acumulados por mês:
Janeiro: 0 mm - 1971
Fevereiro: 0 mm - 1984 e 1988
Março: 0 mm - 1980
Abril: 0 mm - 4 vezes
Maio: 0 mm - 12 vezes
Junho: 0 mm - 15 vezes
Julho: 0 mm - 19 vezes
Agosto: 0 mm - 23 vezes
Setembro: 0 mm - 19 vezes
Outubro: 0 mm - 12 vezes
Novembro: 0 mm - 1982
Dezembro: 0 mm - 4 vezes

 

Anos mais secos e mais chuvosos:


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Tabela completa mês a mês: Ouriciri (Casa Nova) - Precipitação mensal.xlsx


P.S. Pluviômetro localizado a 38 km a sul de Queimada Nova.

 

Edited by Tstorm
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Casa Nova – BA (Luís Viana)

 

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Latitude: -8.7892
Longitude: -41.2408
Altitude: 532 metros
Dados: ANA
Período: 1962 - 2019 (exceto 1992-2004, menos 1997).
Média anual: 552,3 mm

 

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Maiores acumulados em 24 horas:
104,3 mm - 31/12/1979
104,2 mm - 13/03/1988

101,3 mm - 15/04/1988

100,5 mm 14/11/1984
96,2 mm - 30/12/1981

94,7 mm - 20/04/2006

94,2 mm - 24/12/1989
93,9 mm - 19/02/2007

93,6 mm - 09/12/2017

91,8 mm - 01/02/2008
 

Maiores acumulados por mês:

Janeiro: 558,2 mm - 2016
Fevereiro: 231,9 mm - 2007
Março: 439,7 mm - 1988
Abril: 219,3 mm - 1985
Maio:  60,9 mm - 2005
Junho: 30,2 mm - 1985
Julho: 45,1 mm - 1975
Agosto: 19,4 mm - 1964
Setembro: 66,8 mm - 1976
Outubro: 131,6 mm - 1976
Novembro: 163,9 mm - 1987
Dezembro: 364,7 mm - 1989
 
Janeiro de 2016 foi realmente épico na minha região. Se aquele mês fosse um ano seria o 15º mais chuvoso num total de 42 anos com registros completos em Luís Viana. Se considerarmos a média 2004-2019 o acumulado foi 18% acima da média anual. Dentre todos os pluviômetros que postei aqui, o janeiro de 2016 de Luís Viana foi o mês mais chuvoso de todos, superando inclusive o janeiro de 2004 de Paulistana - PI.

Menores acumulados por mês:
Janeiro: 0 mm - 4 vezes (mais recente: 2019)
Fevereiro: 0 mm - 1977 e 2013
Março: 0 mm - 1976
Abril: 0 mm - 7 vezes (mais recente: 2016)
Maio: 0 mm - 17 vezes (mais recente: 2010)
Junho: 0 mm - 22 vezes
Julho: 0 mm - 28 vezes
Agosto: 0 mm - 31 vezes
Setembro: 0 mm - 31 vezes
Outubro: 0 mm - 18 vezes (mais recente: 2017)
Novembro: 0 mm - 1971, 1981 e 1982
Dezembro: 0 mm - 1984 e 2015

 

Anos mais secos e mais chuvosos:

 

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Os anos em itálico possuem meses faltando dados. 1989 falta outubro e novembro. 1997 está faltando novembro. Destaque para o final da década de 80 muito chuvosa.

 

Tabela completa mês a mês: Luís Viana - Precipitação histórica.xlsx


P.S. Pluviômetro localizado a 26 km a sudeste de Queimada Nova. Esse é o pluviômetro oficial mais próximo daqui.

Em relação a Ouricuri, Luís Viana localiza-se a 28 km a nordeste. Em relação a Cachoeira do Roberto (postado um pouco mais acima), localiza-se a 17 km a sudoeste.

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  • 1 month later...

Salgadinho, Paraíba

  • Latitude: -7.1
  • Longitude: -36.85
  • Altitude: 410 m
  • Responsável pelos dados: DNOCS e AESA
  • Período de dados: 1934 - 2018 (sem os meses: jun/1964; jan/1966; fev/1973; dez/1974; abr/1975; abr a out/1976)

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  • Média anual: 455,1 mm
  • Média mês a mês:

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  • Chuvas acima de 100 mm:

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  • Máximos mensais:

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  • Mínimos mensais:

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  • Top 10 de anos mais secos e mais chuvosos:

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Existe o valor de 698,7 mm registrados no ano de 1964, o que ficaria acima de 1977, mas não tem o dado de Junho.

Existe, também, o valor de 835,7 mm registrados no ano de 1974, o que ficaria acima de 2009, mas não tem o dado de Dezembro.

Edited by CloudCb
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Guest Wallace Rezende

Relação das chuvas de 100 mm (ou mais) em uma hora registradas na cidade do Rio de Janeiro (não se trata de “rain rate”, mas de acumulado real por hora).

 

Os registros de intensidade da chuva na cidade foram iniciados em 1997, com o sistema Alerta Rio da prefeitura (30 pluviômetros automáticos no início, hoje 33, com leitura da chuva a cada 15 minutos).  No final de 2015, o Cemaden também instalou pluviômetros automáticos na cidade (parte da uma rede nacional), estes com leitura a cada 10 minutos, o que melhorou o monitoramento da intensidade das chuvas.

 

Como os pluviômetros do Cemaden realizam 6 leituras por hora (contra 4 na rede Alerta Rio), a chegada do Cemaden aumentou a probabilidade de uma chuva de 100 mm/h ou mais ser detectada, o que também ajuda a explicar o aumento do número de ocorrências a partir de 2016.

 

Infelizmente, a rede completa do Cemaden só funcionou por uns 2 anos; hoje o número de pluviômetros operacionais deste centro caiu pela metade na cidade, comparando com o período 2016/2018.

 

Porque 100 mm?  A escolha foi totalmente arbitrária, mais pelo simbolismo do número mesmo, já que uma chuva de (digamos) 70 mm por hora já é considerada bem forte para a maioria das aplicações.  Escolher um patamar menor de intensidade também deixaria a lista muito maior, aumentando as chances de algum evento ficar de fora (por simples desconhecimento meu mesmo).  O horário representa a última leitura da hora mais chuvosa (00:00 quer dizer entre 23:00 e 00:00), e logo após o mês está o dia (ou os dias) da ocorrência.  Dá para perceber claramente que a noite é o horário preferencial destes eventos; de fato, não houve nenhum caso diurno até a presente data.

 

Março de 2000 (18/19):                    
Campo Grande Alerta Rio: 116,2 mm (00:08)                    
                    
Junho de 2006 (11):                    
Sumaré Alerta Rio: 103,4 mm (23:50) #                  
                    

Março de 2016 (12):                    
Morro da Formiga Cemaden: 127 mm (20:00) #                  
Usina Cemaden: 115,2 mm (20:10)                    
Vidigal Alerta Rio: 106,4 mm (20:15)                    
Rocinha Alerta Rio: 105,2 mm (20:15)         
           
                    

Fevereiro de 2018 (14/15):                    
Alto da Boa Vista Cemaden: 130,6 mm (00:00)                    
Barra/Riocentro Alerta Rio: 123,2 mm (23:45)                    
Jacarepaguá Cemaden: 120,8 mm (23:50)**                    
Abolição Cemaden: 112,8 mm (00:00)                    
Vicente de Carvalho Cemaden: 111,4 mm (23:50)                    
Jacarepaguá/Cidade de Deus Alerta Rio: 109,6 mm (00:00)                   
Pilares Cemaden: 108,8 mm (00:00)                    
Piedade Alerta Rio: 106,6 mm (00:00)                    
Estrada Pedra Bonita Cemaden: 101,4 mm (00:10) #               
   
                    
Fevereiro de 2019 (06):                    
Estrada Pedra Bonita Cemaden: 110,3 mm (20:30) #                
                    
Abril de 2019 (08):                   
Jacarepaguá Cemaden: 106,6 mm (21:00)**                    
Vargem Pequena Cemaden: 101,2 mm (21:40) 
                   
                    
Fevereiro de 2020 (02):                    
Padre Miguel Cemaden: 110,8 mm (22:40)                    
 

# Estações que já não estão mais em operação; a da Pedra Bonita saiu do ar um dia após o temporal de fevereiro de 2019, quando também registrou 61 mm em 20 minutos.

 

** Estação localizada na subprefeitura da Barra da Tijuca, no bairro homônimo (mas acabou levando o nome de Jacarepaguá, o mesmo do aeródromo vizinho).

 

Como os medidores tradicionalmente subestimam ligeiramente o volume de chuva, entre outros motivos por causa do vento (chuva cai inclinada, o que diminui a captação), deixo abaixo mais dois casos em que o total registrado pela estação em uma hora foi muito próximo dos 100 mm, mas a chuva horária real certamente alcançou este patamar.

 

No dia 25/04/2011, a estação Tijuca/Muda do Alerta Rio registrou 99,6 mm por hora  (até 21:45), e o no dia 14/02/2018 a estação Estrada Grajaú/Jacarepaguá do Alerta Rio registrou 99,8 mm por hora (até 00:00 do dia 15).

 

 

 

Edited by Wallace Rezende
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12 horas atrás, Wallace Rezende disse:

Relação das chuvas de 100 mm (ou mais) em uma hora registradas na cidade do Rio de Janeiro (não se trata de “rain rate”, mas de acumulado real por hora).

 

Os registros de intensidade da chuva na cidade foram iniciados em 1997, com o sistema Alerta Rio da prefeitura (30 pluviômetros automáticos no início, hoje 33, com leitura da chuva a cada 15 minutos).  No final de 2015, o Cemaden também instalou pluviômetros automáticos na cidade (parte da uma rede nacional), estes com leitura a cada 10 minutos, o que melhorou o monitoramento da intensidade das chuvas.

 

Como os pluviômetros do Cemaden realizam 6 leituras por hora (contra 4 na rede Alerta Rio), a chegada do Cemaden aumentou a probabilidade de uma chuva de 100 mm/h ou mais ser detectada, o que também ajuda a explicar o aumento do número de ocorrências a partir de 2016.

 

Infelizmente, a rede completa do Cemaden só funcionou por uns 2 anos; hoje o número de pluviômetros operacionais deste centro caiu pela metade na cidade, comparando com o período 2016/2018.

 

Porque 100 mm?  A escolha foi totalmente arbitrária, mais pelo simbolismo do número mesmo, já que uma chuva de (digamos) 70 mm por hora já é considerada bem forte para a maioria das aplicações.  Escolher um patamar menor de intensidade também deixaria a lista muito maior, aumentando as chances de algum evento ficar de fora (por simples desconhecimento meu mesmo).  O horário representa a última leitura da hora mais chuvosa (00:00 quer dizer entre 23:00 e 00:00), e logo após o mês está o dia (ou os dias) da ocorrência.  Dá para perceber claramente que a noite é o horário preferencial destes eventos; de fato, não houve nenhum caso diurno até a presente data.

 

Março de 2000 (18/19):                    
Campo Grande Alerta Rio: 116,2 mm (00:08)                    
                    
Junho de 2006 (11):                    
Sumaré Alerta Rio: 103,4 mm (00:50)                    
                    

Março de 2016 (12):                    
Morro da Formiga Cemaden: 127 mm (20:00) #                  
Usina Cemaden: 115,2 mm (20:10)                    
Vidigal Alerta Rio: 106,4 mm (20:15)                    
Rocinha Alerta Rio: 105,2 mm (20:15)         
           
                    

Fevereiro de 2018 (14/15):                    
Alto da Boa Vista Cemaden: 130,6 mm (00:00)                    
Barra/Riocentro Alerta Rio: 123,2 mm (23:45)                    
Jacarepaguá Cemaden: 120,8 mm (23:50)**                    
Abolição Cemaden: 112,8 mm (00:00)                    
Vicente de Carvalho Cemaden: 111,4 mm (23:50)                    
Jacarepaguá/Cidade de Deus Alerta Rio: 109,6 mm (00:00)                   
Pilares Cemaden: 108,8 mm (00:00)                    
Piedade Alerta Rio: 106,6 mm (00:00)                    
Estrada Pedra Bonita Cemaden: 101,4 mm (00:10) #               
   
                    
Fevereiro de 2019 (06):                    
Estrada Pedra Bonita Cemaden: 110,3 mm (20:30) #                
                    
Abril de 2019 (08):                   
Jacarepaguá Cemaden: 106,6 mm (21:00)**                    
Vargem Pequena Cemaden: 101,2 mm (21:40) 
                   
                    
Fevereiro de 2020 (02):                    
Padre Miguel Cemaden: 110,8 mm (22:40)                    
 

# Estações que já não estão mais em operação; a da Pedra Bonita saiu do ar um dia após o temporal de fevereiro de 2019, quando também registrou 61 mm em 20 minutos.

 

** Estação localizada na subprefeitura da Barra da Tijuca, no bairro homônimo (mas acabou levando o nome de Jacarepaguá, o mesmo do aeródromo vizinho).

 

Como os medidores tradicionalmente subestimam ligeiramente o volume de chuva, entre outros motivos por causa do vento (chuva cai inclinada, o que diminui a captação), deixo abaixo mais dois casos em que o total registrado pela estação em uma hora foi muito próximo dos 100 mm, mas a chuva horária real certamente alcançou este patamar.

 

No dia 25/04/2011, a estação Tijuca/Muda do Alerta Rio registrou 99,6 mm por hora  (até 21:45), e o no dia 14/02/2018 a estação Estrada Grajaú/Jacarepaguá do Alerta Rio registrou 99,8 mm por hora (até 00:00 do dia 15).

 

 

 

Wallace Rezende,

ótimo levantamento de dados, alguns eu já tinha esquecido.

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Em 10/05/2020 em 16:46, CloudCb disse:

Salgadinho, Paraíba

  • Média anual: 455,1 mm
  • Máximos mensais:

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  • Top 10 de anos mais secos e mais chuvosos:

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Me chamou muita atenção esse valor de fevereiro de 1985. Apesar daquele ano ter sido extremamente chuvoso em toda a região, fevereiro foi horrível nos pluviômetros próximos daqui, tendo o acumulado de 3,2 mm em Afrânio - PE e de 5 mm em Dormentes - PE. Em outros pluviômetros fevereiro de 85 foi um pouquinho melhor, variando entre 34 e 59 mm, só em Paulistana - PI foi bom com 128 mm.

 

Esse é o mapa do CPTEC pra aquele mês:

 

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Ou seja, até mesmo em anos excelentes a irregularidade se faz presente no Nordeste.

 

Também me chamou atenção, a grande diferença entre os anos mais chuvosos e mais secos. Os valores, tanto dos anos mais secos tanto do ano mais chuvoso, são totalmente impensáveis pra cá.

 

Em 11/05/2020 em 01:48, Wallace Rezende disse:

Relação das chuvas de 100 mm (ou mais) em uma hora registradas na cidade do Rio de Janeiro (não se trata de “rain rate”, mas de acumulado real por hora).

 

Ótimo post, como sempre, Wallace!!

Muito interessante esse padrão de chuvas no início da noite.

Destaque também pra relativa pouca quantidade de registros dessas chuvas, mesmo com tantos pluviômetros espalhados pela cidade. Pelo que parece o Nordeste é realmente uma região bem mais propícia a esse tipo de chuva em relação ao Sudeste, como já discutido anteriormente no tópico de monitoramento.

Edited by Tstorm
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1 hora atrás, Tstorm disse:

 

Ou seja, até mesmo em anos excelentes a irregularidade se faz presente no Nordeste.

 

Só em situações como a de janeiro de 2004, março de 1960, etc., é possível chover muito em todos os pontos da região, ao que parece. 

 

1 hora atrás, Tstorm disse:

Também me chamou atenção, a grande diferença entre os anos mais chuvosos e mais secos. Os valores, tanto dos anos mais secos tanto do ano mais chuvoso, são totalmente impensáveis pra cá.

 

Sim, o Cariri da PB e o "Cariri" do RN e do PE (entre aspas porque nesses dois últimos estados não tem esse nome) são uma das regiões mais interessantes de se analisar (opinião minha isso). É muito extrema, o motivo em grande parte se deve ao relevo. Vou postar mais algumas quando for possível.

Edited by CloudCb
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Guest Wallace Rezende
11 horas atrás, Tstorm disse:

 

Ótimo post, como sempre, Wallace!!

Muito interessante esse padrão de chuvas no início da noite.

Destaque também pra relativa pouca quantidade de registros dessas chuvas, mesmo com tantos pluviômetros espalhados pela cidade. Pelo que parece o Nordeste é realmente uma região bem mais propícia a esse tipo de chuva em relação ao Sudeste, como já discutido anteriormente no tópico de monitoramento.

 

Acho que você leu uma coisa e entendeu outra.😂  Trata-se de uma lista de chuvas de 100 mm em uma hora, e não em um dia.  O Rio é única capital brasileira a ter alcançado os 100 mm por hora em várias estações da rede Cemaden até a presente data.  Fora das capitais, existem vários registros de mais de 100 mm por hora na rede Cemaden, mas a recorrência num mesmo ponto é bem rara, ainda que não seja raro alguma estação dentro do território nacional alcançar esta marca.  Aí no Nordeste, mais recentemente, houve um registro de 131,6 mm/h em Cantanhede (MA) em 30/12/2019, e outro de 121 mm em Piripiri (PI) no dia 06/03/2020 (a primeira estação é do Cemaden, e a segunda do INMET, sendo que o registro máximo em 1 hora de Piripiri foi omitido pelo maldito algoritmo deles, mas recuperei no Ogimet).

 

Agora sim falando de um dia (ou 24 horas):

 

Chuvas de 100 mm por dia são banais nos bairros mais chuvosos da cidade do Rio, em especial no Alto da Boa Vista, onde ocorrem todos os anos diversas vezes (o Alto da Boa Vista é seguramente uma das estações do INMET com maior recorrência de chuvas acima dos 100 mm/dia no Brasil). 

 

Nas chuvas de 24 horas, 8 estações do Alerta Rio e 4 estações do Inmet, todas dentro do município do Rio de Janeiro, já superaram os 300 mm por dia alguma vez (a última ocorrência foi entre os dias 8 e 9 de abril de 2019, com mais de 350 mm em 24 horas no Forte de Copacabana, sendo 288 mm até 9 da manhã).  A última chuva acima dos 200 mm em 24 horas na capital fluminense foi entre 29/02 e 01/03 de 2020, com 207 mm no bairro de Padre Miguel (Cemaden).

 

O Rio de Janeiro, por conta do relevo acidentado e da posição geográfica, tem uma grande facilidade para registrar taxas elevadas de chuva, e também volumes diários elevados em alguns bairros.

 

Abaixo o print do evento do Forte de Copacabana no ano passado, totalizou 357,6 mm entre 20 UTC do dia 08 e 18 UTC do dia 09 (22 horas).

 

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Edited by Wallace Rezende
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Olivedos, Paraíba

  • Latitude: -6.9833
  • Longitude: -36.25
  • Altitude: 545 m
  • Responsável pelos dados: DNOCS
  • Período de dados: Jun/1933 - Dez/1992 (sem os meses: Out/1933, Out/1978 e Nov/1992)

146477244_ScreenHunter4055.thumb.png.8d9aaeeb86f8ccaf436f804250ef59db.png

  • Média anual: 468 mm
  • Média mês a mês:

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  • Chuvas acima de 100 mm (não tem o período de 1984 a 1992):

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  • Máximos mensais:

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  • Mínimos mensais:

image.thumb.png.9579e446923dab29a9b0c75eeaf2659c.png

  • Top 10 de anos mais secos e mais chuvosos:

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Guest Wallace Rezende

Entre o final da tarde e o início da noite do dia 17/03/2008, a cidade de Cabaceiras (PB), considerada uma das de menor índice pluviométrico médio no Brasil, registrou um “evento extremo” de chuva, com 156,2 mm (pouco menos da metade da média anual, e mais que o total de chuva dos anos mais secos) em apenas 2 horas.

 

Esta chuva foi causada por um núcleo convectivo profundo, que se alimentou de uma atmosfera quente e úmida, e também ocorreram fortes rajadas de vento (a maior delas foi omitida pelo algoritmo do Inmet, na primeira hora da chuva) e rápida queda de temperatura (fazia quase 30ºc logo antes da chuva começar, mas a temperatura caiu para 20ºc num intervalo de menos de uma hora durante a chuva, e esta acabou sendo a menor mínima do mês).

 

O total acumulado em 14 horas, até as 6:00 do dia 18, foi de 210 mm, uma vez que voltou a chover com intensidade moderada na madrugada deste dia, após o núcleo mais intenso do dia anterior

 

Voltou a chover bem na região 24 horas depois da chuva mais intensa (no final da tarde/início da noite do dia 18, até 31 mm por hora), e o mês terminou com 370,8 mm na estação meteorológica automática da cidade.  Apesar dos problemas (localmente graves) causados pelo grande volume de chuva em pouco tempo, vários moradores da região ficaram muito satisfeitos com as chuvas, que causaram um bom incremento no açude do Boqueirão.

 

cabaceiras.thumb.png.8eca735820b945643888ee1cd0060d22.png

 

No mesmo dia meteorológico (18/03), outras cidades da Região Nordeste (PE/AL/PI) registraram chuva volumosa, causada por núcleos distintos.  Em Petrolina, a automática chegou a registrar 169 mm em apenas 8 horas, superando a convencional.

 

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Petrolina auto:

 

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Edited by Wallace Rezende
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  • 3 months later...
Guest Wallace Rezende

Tabela atualizada com os recordes mensais (1851/2020) e diários (1882/2020) de chuva na área do Centro da cidade do Rio de Janeiro, para incluir o novo recorde de agosto superado ontem (24 horas até 9:00, mas até meados do século XX o horário da leitura pode ter sido diferente).

 

Nota 1: reparem que todos os recordes diários entre agosto e dezembro ocorreram no século XXI (o recorde diário anterior de agosto era de 50,9 mm em 1886).

 

Nota 2: todos os registros mais extremados (>200 mm/dia) são antigos ou muito antigos, com maior concentração nos meses de outono.

 

Nota 3: a estação mudou de lugar várias vezes desde a primeira mudança em 1922 (desmonte do Morro do Castelo), mas todos os endereços foram bem próximos uns dos outros, sem impactar nas médias de chuva.  Os dados são do Observatório do Rio de Janeiro (até os anos iniciais do século XX), depois Inmet (alternando com Alerta Rio entre 1997 e 2017), e por fim somente Alerta Rio (2018/presente).  Entre 1992 e 1996 tive que usar dados mensais do aero Santos Dumont por falta de outra opção (dados diários não disponíveis neste período, mas tudo indica que nenhum recorde diário foi estabelecido nestes 5 anos).

 

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Edited by Wallace Rezende
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  • 1 month later...

CASA NOVA - BA

 

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Casa Nova foi uma das 4 cidades que foram inundadas com a criação do lago de Sobradinho, o que, por consequência, provocou a mudança do local do pluviômetro. A Casa Nova atual está em azul no mapa. Em vermelho está a localização próxima da Casa Nova antiga que foi habitada até 1976.

 

Latitude: -9.175*

Longitude: -40.79*

Altitude: 380 metros*

Dados: DNOCS/ANA

Período: 1911 (julho) - 2020 (fevereiro) 

Média anual:  489,1 mm

*Casa Nova atual.

 

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1. MÉDIAS POR PERÍODOS

1.1. "NORMAIS" (PERÍODOS DE 30 ANOS)

 

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1.2. DÉCADAS

 

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Destaque para a média baixíssima da década de 2010, disparada a mais seca da normal de Casa Nova com 65,3 mm a menos do que a segunda década mais seca.

 

*Há menos de 3 anos de dados da década de 90 em Casa Nova. Por isso essa década não aparece nas tabelas.

 

1.3. MUDANÇA DE LOCAL DO PLUVIÔMETRO

 

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Como mencionado anteriormente a cidade de Casa Nova mudou de local no ano de 1976. Entretanto, como é possível observar na tabela acima, nos anos observados não foi possível observar uma variação significativa na média anual, apesar da distância de 32 km entre os locais e a própria existência do lago de Sobradinho que deve interferir na dinâmica das chuvas das áreas próximas a ele. Mas claro, isso é uma comparação simplista.

 

2. OUTRAS MÉDIAS

2.1. MÉDIAS DIÁRIAS

 

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Interessante notar a grande queda nas médias na primeira quinzena de janeiro. Provavelmente pela maior atuação da ASAS nesse período, fazendo com que janeiro tenha média menor que os meses adjacentes. Também chama atenção a média mais elevada em meados de dezembro, época em que a ZCAS atua bastante por aqui.

Por essa tabela também dar para estabelecer bem uma data esperada para início e término do período chuvoso, que em Casa Nova é de 12 de novembro e 17 de abril, respectivamente.

 

2.2. MÉDIA DE DIAS DE CHUVA POR MÊS

 

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3. RECORDES ANUAIS

 

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4. RECORDES MENSAIS

4.1. MAIS SECOS

 

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Fevereiro com mais anos zerados do que dezembro e janeiro mesmo tendo médias maiores. Isso também pode ser explicado pela ASAS que também costuma atuar nesse mês, embora nos últimos 10 anos janeiro tenha sido o mês preferido por ela.

 

4.2. MAIS CHUVOSOS

 

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5. RECORDES DIÁRIOS

5.1. MAIORES ACUMULADOS EM 24H (<100 MM)

 

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Os 262,3 mm do dia 04/10/1913 são provavelmente um dos maiores acumulados já registrados no semiárido nordestino em um único dia. E o mais incrível dessa chuva é que ela ocorreu fora do período chuvoso, que só começa geralmente um mês depois, como citado anteriormente. Esse acumulado representa 54% da média anual de Casa Nova. Para tornar essa história ainda mais inacreditável no dia seguinte foram registrados mais 56,6 mm, deixando o acumulado em 2 dias em 318,9 mm, o equivalente a 2/3 da média anual em pleno período seco. Nunca saberemos como esses acumulados foram distribuídos. Se foi um temporal único, se foram 2 ou até mais chuvas em um único dia, ou até se os 318,9 mm foram ininterruptos. 

 

As cidades mais próximas registraram acumulados bem inferiores a Casa Nova naqueles dias. Remanso - BA teve apenas 11,4 mm, São Raimundo Nonato teve 46 mm, Pilão Arcado - BA 47,1 mm e Juazeiro 54,4 mm. O que faz criar dúvidas quanto a confiabilidade dos valores de Casa Nova, mas como se trata de chuva tudo é possível.

 

5.2. MAIORES ACUMULADOS EM 24H POR MESES

 

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Esse acumulado de chuva do dia 04/09/1939 e de setembro de 39, como um todo, é uma das coisas mais absurdas que já vi em questão de chuva aqui no semi-árido. Setembro, como é possível perceber ao longo deste post e de outros que já fiz neste tópico, é um dos meses mais escassos de chuva no sertão. No caso de Casa Nova a média do mês é de míseros 1,8 mm, sendo que 90 dos 101 meses de setembro com registros terminaram zerados. Isso quer dizer que somente em setembro de 1939, com seus 126,3 mm, choveu mais que o dobro do que todos os demais "setembros" juntos (53,7 mm). Setembro de 39 teve anomalia de inacreditáveis 6917% acima da média. Tive que refazer o cálculo diversas vezes para ver se não tinha errado.

 

Mas além do acumulado do dia ou do mês, o que também impressiona foi justamente a época de setembro em que essas chuvas caíram. Os 126,3 mm foram distribuídos entre os dias 3 e 8 (4,3 mm dia 3; 85 mm dia 4 e 37 mm dia 8) exatamente a parte do mês em que menos se esperaria um acumulado desses, já que é muito próximo de agosto, mês que consegue ser ainda mais seco que setembro com média de 0,6 mm. Ou seja, essa chuvarada toda caiu justamente no miolo do período seco. Um evento desses pode ser considerado no mesmo nível de raridade se ocorresse cidade de Arica no deserto de Atacama, Chile, considerada a cidade mais seca do mundo com média anual entre os mesmo 1,8 mm e 0,7 mm (a depender do local).

 

Toda chuva fora de época não ficou restrita a Casa Nova. Todos os pluviômetros próximos também tiveram um setembro bem chuvoso. Eis alguns dados: Sento Sé - BA - 101,3 mm (93,2 mm dia 4); São João do Piauí - 76 mm; Remanso - 67 mm e Juazeiro - 50 mm. Queimada Nova provavelmente também foi atingida. Meu bisavô contava sobre uma grande enchente que teria ocorrido por aqui no ápice do período seco, fazendo com que alguns produtores perdessem todo o milho que tinham colhido, pois havia sido deixado em áreas próximas a um riacho e a água carregou tudo. Provavelmente ele se referia a setembro de 1939.

 

PLANILHA COM DADOS MENSAIS COMPLETOS

Casa Nova - precipitação mensal.xlsx

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Em 07/12/2019 em 23:47, Wallace Rezende disse:

No Centro do Rio de Janeiro, existe uma série pluviométrica que está entre as mais longas da América do Sul (diria até das Américas), com dados praticamente contínuos de 1851 até os dias de hoje (em Fortaleza CE os registros foram iniciados na mesma época, mas não sei se foram contínuos no século XX).

 

A estação funcionou nos seguintes locais (todos eles na área central da cidade do Rio, num raio onde as médias pluviométricas não apresentam variações significativas, ou seja, foi possível montar uma série relativamente homogênea).  A altitude variou entre 3 m (Santos Dumont) e 61 m (Morro do Castelo).  Os registros diários foram disponibilizados somente a partir de 1882.

 

01/01/1851 - 13/07/1922: Observatório do Rio de Janeiro, Morro do Castelo.

14/07/1922 - 28/02/1939: Ponta do Calabouço.

01/03/1939 - 10/06/1941: Av. Presidente Wilson.

11/06/1941 - 31/10/1973: Praça XV de Novembro.

01/11/1973 - 31/12/1991: Marina da Glória/Aterro do Flamengo (final da série contínua INMET)

01/01/1992 - 31/12/2004: Aeroporto Santos Dumont #

01/01/2005 – dias de hoje: Saúde (sub-bairro do centro, dados do INMET até 03/2017 e Alerta Rio depois, com o fechamento da convencional).

 

# Os dados do Santos Dumont estão incompletos em vários meses (problemas no pluviógrafo, especialmente em 1998), por isso foram utilizados também dados da antiga estação do Alerta Rio, que ficava entre a Gamboa e a Saúde (mudou de endereço em 2013), para ajudar a estimar o total de alguns meses entre 1998 e 2004.

 

Média anual (1981/2010): 1177 mm $

Máximo anual: 1820,7 mm (1966)

Mínimo anual: 575,8 mm (1984)

 

$ Ao contrário do que aconteceu na nossa vizinha São Paulo, as médias anuais se alteraram muito pouco ao longo de mais de 160 anos no centro do Rio de Janeiro, se mantendo em torno dos 1100 mm até os anos 1920, e entre 1150 e 1200 mm desde a década de 1940 (os dados da década de 1930 estão subestimados).

 

Médias mensais:

Jan: 142,2 mm

Fev: 117,9 mm

Mar: 131 mm

Abr: 104 mm

Mai: 78,2 mm

Jun: 65,4 mm

Jul: 56,4 mm

Ago: 39,8 mm

Set: 86,4 mm

Out: 90,2 mm

Nov: 109,7 mm

Dez: 157,3 mm

 

Máximos mensais:

Jan: 617,6 mm (1966)

Fev: 443,8 mm (1988)

Mar: 468,6 mm (1916)

Abr: 455 mm (1872)

Mai: 408 mm (1853)

Jun: 310,7 mm (1916)

Jul: 168,5 mm (1989)

Ago: 286 mm (1853)

Set: 219,1 mm (1983)

Out: 206 mm (1874)

Nov: 415 mm (1851)

Dez: 325,4 mm (1925)

 

Mínimos mensais:

Jan: 4,5 mm (1893)

Fev: 0 mm (1977)

Mar: 7,6 mm (2007)

Abr: 2,9 mm (2002)

Mai: 3,7 mm (1902)

Jun: 0 mm (1869)

Jul: 1,5 mm (1974, 2016)

Ago: 0 mm (1879, 1884, 1925)

Set: 1,1 mm (1963)

Out: 3,7 mm (1961)

Nov: 12 mm (1863)

Dez: 31,9 mm (1891)

 

Recordes diários desde 1882 (o horário de observação é desconhecido até a primeira parte do século XX, mas desde uma data indeterminada e até os dias de hoje é 9:00 da manhã no horário local, ou 12 UTC).  Para os recordes diários, foram utilizados dados do Alerta Rio + INMET desde 1997.

Jan: 237 mm (11/01/1966)

Fev: 154,6 mm (19/02/1967)

Mar: 151,3 mm (18/03/2003)

Abr: 223 mm (24/04/1883)

Mai: 216,6 mm (12/05/1897)

Jun: 205,7 mm (17/06/1916)

Jul: 97,8 mm (19/07/1977)

Ago: 50,9 mm (30/08/1886)

Set: 82,7 mm (20/09/2016)

Out: 112,8 mm (25/10/2007)

Nov: 103,6 mm (08/11/2018)

Dez: 161,4 mm (24/12/2001)

 

Obs: os dados sugerem que houve um aumento das chuvas fortes na primavera (os recordes diários nos últimos 4 meses do ano foram todos no século XXI), e uma diminuição no outono (os recordes mensais e diários entre abril e junho são muito antigos).  Não faço ideia das causas, mas poderia ser uma coincidência também (embora me pareça mais provável que mudanças climáticas, mais ou menos antropogênicas, estejam por trás).

 

Top 5 anos mais chuvosos:

1820,7 mm (1966)

1723,6 mm (1967)

1718,9 mm (1988)

1668,2 mm (2010)

1664,9 mm (1916)

 

Top 5 anos menos chuvosos:

575,8 mm (1984)

585 mm (2014)

614,6 mm (1934)*

643,8 mm (1963)

666,9 mm (1933)*

 

* Os índices pluviométricos muito provavelmente foram subestimados entre 1929/1930 e 1939 (em torno de 25%, estimo) por motivo desconhecido, mas optei por manter a lista conforme os dados disponíveis já que os primeiros lugares não foram afetados.

 

Alguns recordes adicionais da cidade do Rio de Janeiro (levando em conta outras estações do INMET e postos pluviométricos do INEA espalhados por toda a área do município):

Maior chuva anual: 3779,4 mm (Alto da Boa Vista/INMET, em 1998)

Maior chuva mensal: 967,7 mm (Capela Mayrink/INEA, em 02/1988) - Estação bem perto do Alto da Boa Vista, que está com dados incompletos no mês.

Maior chuva diária: 349,4 mm (Engenho de Dentro/INMET, em 26/02/1971)

Boa tarde Wallace, sou novato por aqui. Sou de Pau dos Ferros/RN e queria aqui saber se você sabe onde ficava aquela exatamente aquela estação (83743) que dizem era na Praça Mauá.

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Em 23/12/2019 em 18:32, CloudCb disse:

Martins (RN)

 

Pluviômetro instalado em 1911

 

Lat -6.0833

Lon -37.9167

Alt 645 m

 

Médias referentes a 1911-2018 e chuvas acima de 100 mm referentes a 1911-2019

 

Médias

 

01 114.5 mm

02 176.1 mm

03 280.2 mm

04 259.8 mm

05 137.5 mm

06   62.0 mm

07   35.5 mm

08   11.4 mm

09     5.4 mm

10     8.8 mm

11   12.8 mm

12   29.3 mm

Anual 1133.3 mm

 

Máximos anuais

 

image.png.1cc54ebd1d8fd1c79e4b95ccae800f2c.png

 

Mínimos anuais

image.png.2b61520e79c60ef6a65475b0bf21cb60.png

 

Chuvas acima de 100 mm (clique pra ampliar)

image.thumb.png.63681ba5e2ec6d9cba673162a12fef2d.png

 

 

Máximos mensais

 

01 569.9 mm (2004), 420.5 mm (2002), 347 mm (2016), 342.6 mm (2000) e 331.8 mm (2011)

02 528.6 mm (1934), 514.1 mm (1985), 468.2 mm (1980), 453.5 mm (1963) e 413.9 mm (1924)

03 720.2 mm (1920), 669.1 mm (1981), 577.5 mm (1921), 543.4 mm (2008) e 525.5 mm (1947)

04 811.2 mm (1985), 739.8 mm (1974), 675.4 mm (1924), 602.5 mm (2018) e 564.9 mm (1955)

05 509.4 mm (2009), 411 mm (2006), 381.1 mm (1940), 352.1 mm (1974) e 335.4 mm (1945, 1994)

06 458.4 mm (1994), 265.5 mm (1977), 227 mm (2013), 198.8 mm (1918) e 192 mm (1951)

07 231.5 mm (1914), 198.2 mm (1975), 188 mm (1989), 123.8 mm (1995) e 120.9 mm (1969)

08 173.7 mm (1914), 103.9 mm (1972), 101 mm (2009), 98.2 mm (2000) e 60 mm (1996)

09 70.2 mm (1912), 70 mm (2000), 55 mm (1974), 39 mm (1990) e 30.6 mm (1975)

10 190.3 mm (1976), 138.7 mm (1939), 113 mm (2010), 77 mm (2011) e 60 mm (1914)

11 120.2 mm (1978), 113.3 mm (1921), 94 mm (2013), 78 mm (1986) e 64 mm (1939)

12 176 mm (1989), 151.4 mm (1913), 148 mm (1963), 143.5 mm (1985) e 133.4 mm (1915)

 

 

Depois vou ver se posto alguma do sul do CE, tem muitas interessantes naquela região de Juazeiro do Norte.

Bom dia @CloudCb, moro em Pau dos Ferros/RN, a 45 km de Martins, sou novato aqui no fórum e queria te fazer uma correção, em 2016 foram 723,8 mm e não 704,8 mm como está no site.

 

 

2016-Martins-RN.PNG

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Agora, CloudCb disse:

 

Manda o link do local que tu retirou esses dados, por favor?

Consegui através de contato com a EMPARN há dois anos. Infelizmente não tem na Internet, mas posso enviar aqui o TXT com dados de todos os postos em 2016. E pra variar tem falhas. A EMPARN tem muitas falhas em sua rede pluviométrica.

2016a.TXT

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Guest Wallace Rezende
6 horas atrás, marcoseojr disse:

Boa tarde Wallace, sou novato por aqui. Sou de Pau dos Ferros/RN e queria aqui saber se você sabe onde ficava aquela exatamente aquela estação (83743) que dizem era na Praça Mauá.

 

Boa noite, e seja bem-vindo.  A estação meteorológica convencional do Centro do Rio de Janeiro funcionou na antiga sede do Sexto Disme (INMET) entre a Saúde e a Praça Mauá (na Rua Barão de Tefé com Avenida Venezuela) de maio de 2002 até meados de 2013 (a estação foi instalada num terraço muito mal ventilado, e registrava temperaturas máximas acima da realidade).  Em meados de 2013 (não sei o mês exato), o Inmet desocupou o prédio, que foi então demolido para dar lugar a uma moderna torre de escritórios, parte do projeto "Porto Maravilha" (que resultou também na demolição do viaduto da Perimetral).  Entre meados de 2013 e março de 2017, o Inmet funcionou em outro endereço muito próximo dali, um prédio do Ministério da Agricultura na Av. Rodrigues Alves 129, a apenas 180/190 metros do endereço anterior (a estação convencional passou a funcionar num terraço mais alto e ventilado, com superaquecimento menor nas máximas).   Mas o Inmet dispunha de um espaço inadequado neste prédio, e a partir de abril/maio de 2017 o Disme se mudou para o endereço atual, no bairro da Usina (zona norte), onde não há mais estação convencional. Em breve, talvez o próprio sexto Disme seja extinto, dado o crescente abandono do Inmet, mas até onde eu sei ele segue funcionando no bairro da Usina.

 

Hoje resta, para fins de comparação, o pluviômetro automático do Alerta Rio no hospital dos Servidores (bairro da Saúde), muito perto de onde ficava o Inmet.

 

Esta foto que tirei em janeiro de 2020 mostra o prédio (torre espelhada) que foi construído no lugar exato do antigo edifício ocupado pelo Inmet (e pela estação convencional) até 2013.

 

bakunin.thumb.jpg.f0fefbe8bc3ff81f8caf3f57fa42364f.jpg

 

Obs: Achei os dados de Pau dos Ferros muito interessantes, mas as creio que o lugar certo para publicá-los seria aqui, não vejo necessidade de um tópico só para isso.  Qualquer dúvida, caso deseje transferir o post para cá e apagar o tópico original, peça para algum moderador (o nome aparece em vermelho) te ajudar.

 

 

Edited by Wallace Rezende
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33 minutos atrás, Wallace Rezende disse:

 

Boa noite, e seja bem-vindo.  A estação meteorológica convencional do Centro do Rio de Janeiro funcionou na antiga sede do Sexto Disme (INMET) entre a Saúde e a Praça Mauá (na Rua Barão de Tefé com Avenida Venezuela) de maio de 2002 até meados de 2013 (a estação foi instalada num terraço muito mal ventilado, e registrava temperaturas máximas acima da realidade).  Em meados de 2013 (não sei o mês exato), o Inmet desocupou o prédio, que foi então demolido para dar lugar a uma moderna torre de escritórios, parte do projeto "Porto Maravilha" (que resultou também na demolição do viaduto da Perimetral).  Entre meados de 2013 e março de 2017, o Inmet funcionou em outro endereço muito próximo dali, um prédio do Ministério da Agricultura na Av. Rodrigues Alves 129, a apenas 180/190 metros do endereço anterior (a estação convencional passou a funcionar num terraço mais alto e ventilado, com superaquecimento menor nas máximas).   Mas o Inmet dispunha de um espaço inadequado neste prédio, e a partir de abril/maio de 2017 o Disme se mudou para o endereço atual, no bairro da Usina (zona norte), onde não há mais estação convencional. Em breve, talvez o próprio sexto Disme seja extinto, dado o crescente abandono do Inmet, mas até onde eu sei ele segue funcionando no bairro da Usina.

 

Hoje resta, para fins de comparação, o pluviômetro automático do Alerta Rio no hospital dos Servidores (bairro da Saúde), muito perto de onde ficava o Inmet.

 

Esta foto que tirei em janeiro de 2020 mostra o prédio (torre espelhada) que foi construído no lugar exato do antigo edifício ocupado pelo Inmet (e pela estação convencional) até 2013.

 

bakunin.thumb.jpg.f0fefbe8bc3ff81f8caf3f57fa42364f.jpg

 

Obs: Achei os dados de Pau dos Ferros muito interessantes, mas as creio que o lugar certo para publicá-los seria aqui, não vejo necessidade de um tópico só para isso.  Qualquer dúvida, caso deseje transferir o post para cá e apagar o tópico original, peça para algum moderador (o nome aparece em vermelho) te ajudar.

 

 

@Wallace Rezende obrigado, muito obrigado mesmo. Só para confirmar, a estação do INMET era em cima desse prédio, então?

 

INMET-83743.png

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Guest Wallace Rezende
20 minutos atrás, marcoseojr disse:

@Wallace Rezende obrigado, muito obrigado mesmo. Só para confirmar, a estação do INMET era em cima desse prédio, então?

 

INMET-83743.png

Exato, dá até para ver alguns instrumentos na foto (como o pluviógrafo e um anemômetro).  O abrigo ficava um pouco mais para trás da cerca, e as paredes (que se elevam acima do terraço, por trás) não só recebiam o sol da tarde, como reduziam a ventilação no abrigo.  Uma belezura para regirar máximas superestimadas.  Na segunda localização da estação, entre 2013 e o outono de 2017, os instrumentos também ficavam num terraço, mas bem mais alto e ventilado.  Entre 1992 e 2001 (assim como atualmente), não houve monitoramento do Inmet na região central do Rio,  e provavelmente nunca mais haverá.

 

 

 

 

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On 5/17/2020 at 12:57 AM, Wallace Rezende said:

Entre o final da tarde e o início da noite do dia 17/03/2008, a cidade de Cabaceiras (PB), considerada uma das de menor índice pluviométrico médio no Brasil, registrou um “evento extremo” de chuva, com 156,2 mm (pouco menos da metade da média anual, e mais que o total de chuva dos anos mais secos) em apenas 2 horas.

 

Esta chuva foi causada por um núcleo convectivo profundo, que se alimentou de uma atmosfera quente e úmida, e também ocorreram fortes rajadas de vento (a maior delas foi omitida pelo algoritmo do Inmet, na primeira hora da chuva) e rápida queda de temperatura (fazia quase 30ºc logo antes da chuva começar, mas a temperatura caiu para 20ºc num intervalo de menos de uma hora durante a chuva, e esta acabou sendo a menor mínima do mês).

 

O total acumulado em 14 horas, até as 6:00 do dia 18, foi de 210 mm, uma vez que voltou a chover com intensidade moderada na madrugada deste dia, após o núcleo mais intenso do dia anterior

 

Voltou a chover bem na região 24 horas depois da chuva mais intensa (no final da tarde/início da noite do dia 18, até 31 mm por hora), e o mês terminou com 370,8 mm na estação meteorológica automática da cidade.  Apesar dos problemas (localmente graves) causados pelo grande volume de chuva em pouco tempo, vários moradores da região ficaram muito satisfeitos com as chuvas, que causaram um bom incremento no açude do Boqueirão.

 

cabaceiras.thumb.png.8eca735820b945643888ee1cd0060d22.png

 

No mesmo dia meteorológico (18/03), outras cidades da Região Nordeste (PE/AL/PI) registraram chuva volumosa, causada por núcleos distintos.  Em Petrolina, a automática chegou a registrar 169 mm em apenas 8 horas, superando a convencional.

 

Rmax.png.add744f953b7cd9aa442d77efac9cf78.png

 

Petrolina auto:

 

PETRO.thumb.png.48e4b8d4972fc59ad99c44344cb8ecbe.png

 

 

Só vi hoje essa postagem. Que relato incrível Wallace. Desde criança ouço falar dessa cidade quando fazia aquelas pesquisas "qual a cidade mais seca do Brasil?", e invariavelmente aparecia ela. Deve ter sido uma espécie de apoteose para a população local acostumada com as severidades das secas. 
Clima_CPTEC.png.0d54d18a6e836f9c8de848a5678d24f7.png

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Boa tarde galera, sou Marquinhos, natural e residente em Pau dos Ferros, cidade do Alto Oeste do Rio Grande do Norte. Já havia postado isso antes, no entanto, como sou novato acabei criando um tópico só para isso e solicitei a um dos administradores que apagasse, mediante isso trouxe esses dados pra cá.

 

Posto aqui os maiores acumulados de chuva da minha cidade, primeiramente os recordes em 24 h/mês, depois os meses mais chuvosos e todos os acumulados acima de 100 mm.

 

O pluviômetro foi instalado em 1911 pelo DNOCS e coletou dados até 1985, quando a responsável era a SUDENE. No ano seguinte a SUDENE paralisou o monitoramento e, infelizmente, não existem dados pluviométricos oficiais do período de 1986 a 1992. Somente em 1993 o monitoramento voltou a ser feito, desta vez pela EMPARN.

 

Recordes de chuva em 24 horas por mês

 

JAN: 105,6 mm, 20/01/1978

FEV: 120 mm, 18/02/2017

MAR: 123 mm, 30/03/1940

ABR: 147,8 mm, 15/04/1982

MAI: 143 mm, 13/05/1934

JUN: 68,6 mm, 28/06/1978

JUL: 103,6 mm, 26/07/1973

AGO: 106 mm, 03/08/2008

SET: 38,4 mm, 25/09/2012

OUT: 79 mm, 28/10/1930

NOV: 78 mm, 19/11/1979

DEZ: 103,4 mm, 31/12/1999

 

Acumulados de 100 mm acima

147,8 mm: 15/04/1982
143 mm: 13/05/1934
123 mm: 30/03/1940
120 mm: 20/04/1984 e 18/02/2017
119 mm: 09/03/1963
118,8 mm: 03/03/1973
118,1 mm: 31/05/1982
117 mm: 12/03/1983
115 mm: 20/04/1972
114,7 mm: 26/02/1940
112 mm: 28/03/1958
109 mm: 17/03/2008
106 mm: 03/08/2008 (maior acumulado registrado fora do período chuvoso e raro em agosto, cuja média não passa dos 10 mm)
105,6 mm: 20/01/1978 e 18/05/2000
103,6 mm: 26/07/1973
103,4 mm: 31/12/1999

102 mm: 30/04/1965

 

10 meses mais chuvosos da história

03/1981: 548,9 mm
03/1955: 429 mm
03/1920 415,8 mm
04/1924: 405,2 mm
03/1921: 401,2 mm

01/2004: 385,7 mm

03/1960: 382,7 mm

03/2008: 368,2 mm

04/2009: 367,8 mm

02/1912: 365,3 mm

 

Recordes mensais:

JAN: 385,7 mm (2004)

FEV: 365,3 mm (1912)

MAR: 548,9 mm (1981)

ABR: 405,2 mm (1924)

MAI: 328,4 mm (1975)

JUN: 156,1 mm (1922)

JUL: 130,3 mm (1973)

AGO: 111,8 mm (2008)

SET: 64 mm (1912)

OUT: 88 mm (1930)

NOV: 79 mm (1979)

DEZ: 173,6 mm (1911)

 

Ano mais chuvoso: 1974 (1505,2 mm)

Ano menos chuvoso: 1919 (160,6 mm)

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Em 23/10/2020 em 17:37, Tstorm disse:

CASA NOVA - BA

 

Screenshot_130.png.825043beec179605c721b3e04d23a7e2.png

 

Casa Nova foi uma das 4 cidades que foram inundadas com a criação do lago de Sobradinho, o que, por consequência, provocou a mudança do local do pluviômetro. A Casa Nova atual está em azul no mapa. Em vermelho está a localização próxima da Casa Nova antiga que foi habitada até 1976.

 

Latitude: -9.175*

Longitude: -40.79*

Altitude: 380 metros*

Dados: DNOCS/ANA

Período: 1911 (julho) - 2020 (fevereiro) 

Média anual:  489,1 mm

*Casa Nova atual.

 

Screenshot_4.png.0f397e649c307922d02c9dd381cd02c0.png

 

1. MÉDIAS POR PERÍODOS

1.1. "NORMAIS" (PERÍODOS DE 30 ANOS)

 

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1.2. DÉCADAS

 

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Destaque para a média baixíssima da década de 2010, disparada a mais seca da normal de Casa Nova com 65,3 mm a menos do que a segunda década mais seca.

 

*Há menos de 3 anos de dados da década de 90 em Casa Nova. Por isso essa década não aparece nas tabelas.

 

1.3. MUDANÇA DE LOCAL DO PLUVIÔMETRO

 

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Como mencionado anteriormente a cidade de Casa Nova mudou de local no ano de 1976. Entretanto, como é possível observar na tabela acima, nos anos observados não foi possível observar uma variação significativa na média anual, apesar da distância de 32 km entre os locais e a própria existência do lago de Sobradinho que deve interferir na dinâmica das chuvas das áreas próximas a ele. Mas claro, isso é uma comparação simplista.

 

2. OUTRAS MÉDIAS

2.1. MÉDIAS DIÁRIAS

 

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Interessante notar a grande queda nas médias na primeira quinzena de janeiro. Provavelmente pela maior atuação da ASAS nesse período, fazendo com que janeiro tenha média menor que os meses adjacentes. Também chama atenção a média mais elevada em meados de dezembro, época em que a ZCAS atua bastante por aqui.

Por essa tabela também dar para estabelecer bem uma data esperada para início e término do período chuvoso, que em Casa Nova é de 12 de novembro e 17 de abril, respectivamente.

 

2.2. MÉDIA DE DIAS DE CHUVA POR MÊS

 

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3. RECORDES ANUAIS

 

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4. RECORDES MENSAIS

4.1. MAIS SECOS

 

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Fevereiro com mais anos zerados do que dezembro e janeiro mesmo tendo médias maiores. Isso também pode ser explicado pela ASAS que também costuma atuar nesse mês, embora nos últimos 10 anos janeiro tenha sido o mês preferido por ela.

 

4.2. MAIS CHUVOSOS

 

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5. RECORDES DIÁRIOS

5.1. MAIORES ACUMULADOS EM 24H (<100 MM)

 

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Os 262,3 mm do dia 04/10/1913 são provavelmente um dos maiores acumulados já registrados no semiárido nordestino em um único dia. E o mais incrível dessa chuva é que ela ocorreu fora do período chuvoso, que só começa geralmente um mês depois, como citado anteriormente. Esse acumulado representa 54% da média anual de Casa Nova. Para tornar essa história ainda mais inacreditável no dia seguinte foram registrados mais 56,6 mm, deixando o acumulado em 2 dias em 318,9 mm, o equivalente a 2/3 da média anual em pleno período seco. Nunca saberemos como esses acumulados foram distribuídos. Se foi um temporal único, se foram 2 ou até mais chuvas em um único dia, ou até se os 318,9 mm foram ininterruptos. 

 

As cidades mais próximas registraram acumulados bem inferiores a Casa Nova naqueles dias. Remanso - BA teve apenas 11,4 mm, São Raimundo Nonato teve 46 mm, Pilão Arcado - BA 47,1 mm e Juazeiro 54,4 mm. O que faz criar dúvidas quanto a confiabilidade dos valores de Casa Nova, mas como se trata de chuva tudo é possível.

 

5.2. MAIORES ACUMULADOS EM 24H POR MESES

 

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Esse acumulado de chuva do dia 04/09/1939 e de setembro de 39, como um todo, é uma das coisas mais absurdas que já vi em questão de chuva aqui no semi-árido. Setembro, como é possível perceber ao longo deste post e de outros que já fiz neste tópico, é um dos meses mais escassos de chuva no sertão. No caso de Casa Nova a média do mês é de míseros 1,8 mm, sendo que 90 dos 101 meses de setembro com registros terminaram zerados. Isso quer dizer que somente em setembro de 1939, com seus 126,3 mm, choveu mais que o dobro do que todos os demais "setembros" juntos (53,7 mm). Setembro de 39 teve anomalia de inacreditáveis 6917% acima da média. Tive que refazer o cálculo diversas vezes para ver se não tinha errado.

 

Mas além do acumulado do dia ou do mês, o que também impressiona foi justamente a época de setembro em que essas chuvas caíram. Os 126,3 mm foram distribuídos entre os dias 3 e 8 (4,3 mm dia 3; 85 mm dia 4 e 37 mm dia 😎 exatamente a parte do mês em que menos se esperaria um acumulado desses, já que é muito próximo de agosto, mês que consegue ser ainda mais seco que setembro com média de 0,6 mm. Ou seja, essa chuvarada toda caiu justamente no miolo do período seco. Um evento desses pode ser considerado no mesmo nível de raridade se ocorresse cidade de Arica no deserto de Atacama, Chile, considerada a cidade mais seca do mundo com média anual entre os mesmo 1,8 mm e 0,7 mm (a depender do local).

 

Toda chuva fora de época não ficou restrita a Casa Nova. Todos os pluviômetros próximos também tiveram um setembro bem chuvoso. Eis alguns dados: Sento Sé - BA - 101,3 mm (93,2 mm dia 4); São João do Piauí - 76 mm; Remanso - 67 mm e Juazeiro - 50 mm. Queimada Nova provavelmente também foi atingida. Meu bisavô contava sobre uma grande enchente que teria ocorrido por aqui no ápice do período seco, fazendo com que alguns produtores perdessem todo o milho que tinham colhido, pois havia sido deixado em áreas próximas a um riacho e a água carregou tudo. Provavelmente ele se referia a setembro de 1939.

 

PLANILHA COM DADOS MENSAIS COMPLETOS

Casa Nova - precipitação mensal.xlsx

Bem interessantes estes dados.

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  • 4 months later...
Guest Wallace Rezende

 

Diante da pasmaceira que parece reservada para o restante de 03/2021 no RJ, hoje vou relembrar um evento de chuva ocorrido majoritariamente entre a tarde e a noite do dia 29/02/2016 em parte do estado, que atingiu com mais força a região das Baixadas Litorâneas, localizada entre a capital e a Região dos Lagos.  Foi o maior evento de chuva na região das Baixadas Litorâneas desde abril de 2010, mas tudo indica que no evento de 2010 a duração foi maior e a intensidade máxima da chuva menor.

 

Alguns dos municípios mais afetados, com muitos alagamentos e transtornos, foram: Rio Bonito, Maricá, Saquarema, Silva Jardim e Araruama.  Alguns transtornos e alagamentos menores também foram registrados na RM do RJ (caso de Niterói e de alguns bairros do Rio) e na região da Costa Verde.

 

A chuva foi provocada pela chegada de uma frente-fria, com algum ar frio ainda presente (ramo frio costeiro), que avançou sobre um mar bem quente e uma atmosfera com grande disponibilidade de umidade, favorecendo a ocorrência de chuvas volumosas ao longo do litoral e nas baixadas adjacentes.

 

No “dia meteorológico” 01/03/2016 (entre 12Z de 29/12 e 12Z de 01/03), os oito maiores acumulados de chuva da rede Inmet no Brasil ocorreram no estado do RJ:

 

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No caso do distrito de Sampaio Correia, em Saquarema, 284,8 mm caíram em apenas 8 horas de chuva.

 

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Outros volumes de chuva registrados no evento (24 horas):

 

Maricá/Ponta Negra (Cemaden): 273 mm, com máximo de 115 mm em 1 hora.

Maricá/Manoel Ribeiro (ANA/CPRM): 238,3 mm

Maricá/Itaipuaçu (Cemaden): 193 mm, com máximo de 84 mm em 1 hora.

Niterói/Itaipu (Cemaden): 171 mm

Niterói/Piratininga (Cemaden): 132 mm

Edited by Wallace Rezende
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  • 3 months later...

São João do Cariri, PB

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Latitude: -7,4

Longitude: -36,5333

Altitude: 445 metros

Responsável: DNOCS

Período: 1911-1983

 

Há o pluviômetro da AESA, que fica a 4 km desse do DNOCS, e corresponde ao período de 1994 a atualmente. Eu vou juntar os 2 períodos mas separar quando for necessário.

 

Média anual: 421,7 mm

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Médias de cada período separado:

image.png.aaf559d63051325487ca2b3f00077bd2.png

 

Anos mais chuvosos:

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Anos mais secos:

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Meses mais chuvosos:

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Meses mais secos:

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E por fim as chuvas de 100 mm ou mais:

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Edited by CloudCb
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