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Brasil Abaixo de Zero

Monitoramento e Previsão - Brasil/América do Sul - Dezembro/2019


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4 minutos atrás, Enio Rezende disse:

Acho que abastecimento por enquanto não é uma questão crítica. Os reservatórios da Copasa já chegam perto dos 300mm esse mês. O problema tá mais pontual, no INMET BH, na área dos reservatórios tá chovendo dentro do esperado

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Enio Rezende,

Sete Lagoas que fica ao norte de BH choveu 300 mm em dezembro e a oeste de BH, 350 mm em Florestal, não está tão mal as chuvas nessa região de Minas.

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Agora, marinhonani disse:

Enio Rezende,

Sete Lagoas que fica ao norte de BH choveu 300 mm em dezembro e a oeste de BH, 350 mm em Florestal, não está tão mal as chuvas nessa região de Minas.

 

Talvez não tenha chovido exatamente em cima de BH, mas nas áreas próximas sim ? Então seria meramente uma questão de azar, e não de preocupação em si. 

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Guest Wallace Rezende
5 horas atrás, Pedro Victor P. disse:

2019 em Fortaleza (postos monitorados pela FUNCEME), até 26/12:

 

Pici — 2.704,6 mm

Água Fria — 2.306,4 mm

Messejana — 1.993,8 mm

Castelão/INMET (até 30/11) — 2.003,5 mm (no site da FUNCEME faltam dados desse posto, mas fui no BDMET e consegui pegar os mensais de janeiro até novembro)

 

Considerando o maior acumulado (2.704,6 mm), 2019 foi, de longe, o ano mais chuvoso da década de 2010. Aliás: só me lembro de 1974 e 1985 superando esses valores.

 

http://www.funceme.br/app/calendario/produto/municipios/maxima/anual?data=2019-1-1

Este local (Pici) costuma ser mais chuvoso que o restante da cidade mesmo (como acontece no Alto da Boa Vista do Rio, por exemplo), ou foi só coincidência este ano?

 

Aliás, você sabe alguma coisa dos dados pluviométricos de Fortaleza entre 1900 até 1960?  A série de Fortaleza é a mais antiga do Brasil junto com a do Rio de Janeiro (desde 1850 mais ou menos), mas é difícil encontrar os dados da primeira metade do século XX.  O DISME aí da região deve ter estes dados, aqui no RJ consegui alguns dados com eles.

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Exatamente @Renan e @marinhonani, as chuvas não estão ruins, só estão irregulares. BH está com azar mas os reservatórios (que realmente importam) estão com sorte.

Aqui em Lafaiete tá no time do azar...190mm até agora, mas no distrito de Buarque de Macedo onde está a nascente do rio que abastece a cidade, já passou de 250mm. Distância de 10km, discrepância de 60mm...

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9 minutos atrás, Renan disse:

 

Será que tem algum problema com essa estação ? Essa quantidade absurda de precipitação é diferente demais da minha e do Inmet. 

Renan,

se o mapa de estações do Cemaden voltasse a funcionar, olharia a localização dessa estação do distrito Industria, mas faz mais de 60 dias que não consigo acessar o mapa de estações do Cemaden.

Somente pelo endereço divulgado pelo Enio Rezende consigo ver os acumulados de chuva, cada  consulta é num estado escolhido.

Lá em Guidoval já acumulou 396 mm em dezembro, acho que em Tuiutinga também já ultrapassou fácil os 300 mm.

Na pluviométrica de São Sebastião da Vargem Alegre, com certeza já está acima de 350 mm.

Edited by marinhonani
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5 minutos atrás, Enio Rezende disse:

Exatamente @Renan e @marinhonani, as chuvas não estão ruins, só estão irregulares. BH está com azar mas os reservatórios (que realmente importam) estão com sorte.

Aqui em Lafaiete tá no time do azar...190mm até agora, mas no distrito de Buarque de Macedo onde está a nascente do rio que abastece a cidade, já passou de 250mm. Distância de 10km, discrepância de 60mm...

Enio Rezende,

distância de 10 km pode dar até diferença de 100mm, dependendo da topografia ou outro fator.

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1 minuto atrás, marinhonani disse:

Pedro Victor P,

é muita diferença 2700 mm para  2000 mm numa distância de 9 km, agora que essa estação do Inmet for a automática, aí pode ter perdido muitos dados chuva, dá muito problema as medições de chuva nas automáticas.


O horário de medição dessas estações é um pouco diferente. A do Pici é de 7h às 7h e a do INMET de 9h às 9h. 
 

Eu tenho percebido que a estação do INMET recorrentemente registra as menores quantidades de chuva dentre os 4 postos que a FUNCEME divulga no calendário das chuvas. 
 

Não descarto a possibilidade de erros do próprio site. Por exemplo, apesar de o acumulado já ter passado dos 2.000 mm no posto Castelão, o calendário da FUNCEME continua apontando 1.991 milímetros. 
 

Dá uma olhada nesses dados do dia 22/03/2019:


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32 minutos atrás, Maicon disse:

Sim.

 

Dificil estabelecer um padrão.

 

Até porque ele não existe.

 

A climatologia é uma nomologia, isto é, a descrição daquilo que nornalmente aconteçe.

 

E se ainda não há dados seguros sobre a normal de chuvas em uma região, dá para ter uma idéia pela análise das culturas plantadas. 

 

Aqui quem plantou milho está se dando bem. Ou seja, tudo dentro da "normalidade" por aqui.

 

Mas, realmente é dificil estabelecer um padrão, ainda mais falando em chuvas.

 

Nunca mais me esqueço de janeiro de 2007. Faltando alguns dias para acabar, fiz as contas e já dava quase 600mm. Até que descobri que Votuporanga já tinha passado de 700mm (acho que era Votuporanga).

 

É impressionante (e não estou fingindo surpresa) tão elevado acumulado em uma área onde normalmente acumula cerca de 300mm em Janeiro (por sinal o mês mais pluvioso). Simplesmente o dobro do esperado.

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Janeiro/2007 teve um máximo 24h de 162,6 mm e no mês seguinte outro máximo >100 mm 👇

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9 minutos atrás, Wallace Rezende disse:

Este local (Pici) costuma ser mais chuvoso que o restante da cidade mesmo (como acontece no Alto da Boa Vista do Rio, por exemplo), ou foi só coincidência este ano?

 

Aliás, você sabe alguma coisa dos dados pluviométricos de Fortaleza entre 1900 até 1960?  A série de Fortaleza é a mais antiga do Brasil junto com a do Rio de Janeiro (desde 1850 mais ou menos), mas é difícil encontrar os dados da primeira metade do século XX.  O DISME aí da região deve ter estes dados, aqui no RJ consegui alguns dados com eles.


O Pici costuma ser o posto mais chuvoso da cidade, pelo menos foi assim em 2019 e nos outros 4 anos anteriores. Os acumulados estão na coluna da direita.
 

2018:

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2017:

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2016:

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2015:

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Sei pouca coisa dos dados pré-1961 em Fortaleza, mas já achei um blog que traz alguns dados desse período daqui e do Ceará como um todo, só não sei se são confiáveis.

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Guest Wallace Rezende
2 horas atrás, Enio Rezende disse:

Exatamente @Renan e @marinhonani, as chuvas não estão ruins, só estão irregulares. BH está com azar mas os reservatórios (que realmente importam) estão com sorte.

Aqui em Lafaiete tá no time do azar...190mm até agora, mas no distrito de Buarque de Macedo onde está a nascente do rio que abastece a cidade, já passou de 250mm. Distância de 10km, discrepância de 60mm...

No atacado, 2019 foi um ano ruim no Sudeste para chuvas, embora não tenha sido dos piores (como 2014).

 

Eu não vejo uma ZCAS forte e ativa o dia todo desde 2016, e antes disso teve outra em 2013...  Digo dessas que trazem anomalias positivas para grandes áreas do interior e que não são ativadas só pelo calor do dia como essa última; num clima """estável""" estas "ZCAS intensas" deveriam ocorrer com mais frequência.  Eu acompanho os informes da ONS e é impressionante como entra mês, sai mês, a previsão é sempre uma variação sobre o mesmo tema (para o conjunto da área dos reservatórios do SE/CO), ou seja, chuvas abaixo da média, como uma notícia que li hoje mesmo: "em novembro choveu 62% da média, em dezembro 85%, e para janeiro esperamos chuva abaixo da média novamente".  Nem me lembro quando foi a última vez que disseram que um mês da estação chuvosa foi acima da média no conjunto dos reservatórios do Sudeste e Centro Oeste.

 

Cá está: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/12/hidreletricas-atingem-menor-nivel-desde-2014-mas-analistas-descartam-racionamento.shtml

 

Estamos abaixo de 2001, não fossem as termelétricas já haveria racionamento.  Se não conseguirem abrir, um pequeno trecho da notícia abaixo (Folha):

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Acho que já estamos começando a pagar o preço pela redução cada vez maior da cobertura florestal no Brasil, no final das contas sem ajuda das florestas é evidente que vai chover menos, não precisa nem de estudo para comprovar (quero dizer, os estudos são fundamentais, mas apenas para dimensionar com mais precisão o estrago).  Mas até este sinal de redução gradual das chuvas aparecer em áreas mais afetadas pelas frentes frias (como o Sul e o litoral do SE), ou onde houve incremento das chuvas causado primariamente pela ilha de calor (cidade de São Paulo) vai demorar, e o efeito tende a ser menos severo nestas áreas também.  No final das contas, nossa ignorância é muito maior que o que sabemos.

 

1963 foi um ano isolado, agora temos 3/4 anos secos para cada temporada chuvosa, e mesmo janeiro de 2016 não serviu para muita coisa vindo depois de um dezembro seco e seguido por um fevereiro ainda mais seco; o reservatório de Sobradinho só subiu um pouco após as chuvas de janeiro de 2016, apesar de ter sido um mês excepcionalmente chuvoso em grande parte da bacia do Rio São Francisco, e no meio do ano já estava patinando nos 10/20%.  Claro que neste caso (e em muitos outros) a devastação da própria bacia hidrográfica (uso do solo, assoreamento, etc) atua em conjunto com a falta de chuvas.

Edited by Wallace Rezende
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20 minutos atrás, Matheus Vinicius disse:

Infestado de pernilongo aqui, como que um ser humano em sã consciência pode gostar de verão.

incompreensível.

Ainda 20°

Noites no mínimo foram feitas para estar abaixo dos 10°.


Imagine aqui, que tem o mesmo exército de pernilongos, mas com 27ºC em plena madrugada. 

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34 minutos atrás, marinhonani disse:

Renan,

se o mapa de estações do Cemaden voltasse a funcionar, olharia a localização dessa estação do distrito Industria, mas faz mais de 60 dias que não consigo acessar o mapa de estações do Cemaden.

Somente pelo endereço divulgado pelo Enio Rezende consigo ver os acumulados de chuva, cada  consulta é num estado escolhido.

Lá em Guidoval já acumulou 396 mm em dezembro, acho que em Tuiutinga também já ultrapassou fácil os 300 mm.

Na pluviométrica de São Sebastião da Vargem Alegre, com certeza já está acima de 350 mm.

 

A zona da mata está boa de chuvas, Nani. E no interior do RJ também. Estou com 304mm esse mês, nada mal heim.. 

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Agora, Matheus Vinicius disse:

Infestado de pernilongo aqui, como que um ser humano em sã consciência pode gostar de verão.

incompreensível.

Ainda 20°

Noites no mínimo foram feitas para estar abaixo dos 10°.


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2 horas atrás, Enio Rezende disse:

Acho que abastecimento por enquanto não é uma questão crítica. Os reservatórios da Copasa já chegam perto dos 300mm esse mês. O problema tá mais pontual, no INMET BH, na área dos reservatórios tá chovendo dentro do esperado

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Pior que é um estado de alerta sim. Apesar dos bons volumes nos reservatórios, os níveis estão baixos para a época. Teriam subido mais se a chuva não estivesse tão irregular. 

 

E o maior problema de todos é que o rompimento da barragem de Brumadinho comprometeu a captação no Rio Paraopeba, então o nível dos reservatórios cai muito mais rápido do que antes, pois estão sendo mais demandados. 

Edited by RafaelBHZ
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Guest Wallace Rezende
2 horas atrás, Renan disse:

 

Será que tem algum problema com essa estação ? Essa quantidade absurda de precipitação é diferente demais da minha e do Inmet. 

Tem sim, acabei de olhar e vi uns registros absurdos: 86,44 mm em 10 minutos as 00:00 do dia 12/12, e 40,28 mm em 10 minutos as 23:40 do dia 10/12, com pouca ou nenhuma chuva antes e depois e sem chuva forte nas demais estações da área, realmente o o total real é muito menor.  Algum tipo de defeito ou um maluco jogou água na estação.

 

Tem outra estação CEMADEN à nordeste de BH que está ainda pior, registra 200/250 mm de uma vez só de vez em quando (Fazenda Picão Coqueiros/Morro do Pilar).  

Edited by Wallace Rezende
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2 horas atrás, Renan disse:

 

Talvez não tenha chovido exatamente em cima de BH, mas nas áreas próximas sim ? Então seria meramente uma questão de azar, e não de preocupação em si. 

 

Exatamente, Renan. Ficamos tão preocupados com médias, que nos esquecemos que a natureza é muito mais complexa que esses números (parte disso aprendi com nosso querido @Carlos Campos). 

 

Está um dezembro abaixo da média? Sim.

Está seco? Não.

 

Vejam os reservatórios (que, na minha opinião, são um bom indicativo de como andam as chuvas):

Ano passado, dezembro teve quase 300mm na capital e os mananciais subiram 5%. Esse ano, com seus medíocres 120mm, temos alta de quase 10%, o dobro de dezembro do ano passado. Motivos? Foi um mês mais nublado, com temperaturas próximas da média e a chuva, apesar de fraca, foi frequente. Em 2018, aquela onda de calor terrível fez um estrago com a evaporação da água do solo. Então, a análise perpassa por vários outros fatores, como insolação (nou cobertura de nuvens), temperaturas, número de dias com chuva, tipo de chuva (temporais ou mais contínuas), etc. Não é a toa que o inmet tem todos esses dados em suas medições.

 

Apesar de ter uma forte tendência mais seca, na minha opinião foi um mês dentro de um desvio padrão normal para um dezembro, afinal o sol mal apareceu na primeira quinzena... Assim como um mês com 500mm também está ainda dentro de um desvio normal. Aberrante foi janeiro/2019, aquilo foi um absurdo total.

 

Fica a reflexão sobre o que seria normal dentro dessa bagunça que são nossas médias pluviométricas tropicais.

 

Edited by LeoP
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2 horas atrás, Carlos Campos disse:

É impressionante (e não estou fingindo surpresa) tão elevado acumulado em uma área onde normalmente acumula cerca de 300mm em Janeiro (por sinal o mês mais pluvioso). Simplesmente o dobro do esperado.

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Janeiro/2007 teve um máximo 24h de 162,6 mm e no mês seguinte outro máximo >100 mm 👇

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Sim. Mas teve anos com maiores volumes em alguns pontos.

Acho que 1999 teve registros maiores em muitas cidades.

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Olhem que interessante os dados do verão de chuvas. Evidente que em se tratando de chuvas, o correto seria anotações manuais, mas a Ciiagro tem uns registros das estações automáticas em que acaba ficando meio nítido que em alguns meses foram suprimidos valores. Mas, vejam nosso curioso verão:

 

MARILIA

 

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Nessa primeira tabela vejam o quanto é comum bater 300 mm em Janeiro, com destaque para queda significativas nas chuvas em Janeiro de 2013, 2014, 2015 e deste ano, fato que irá se repetir nas próximas tabelas.

 

RIBEIRÃO PRETO

 

 

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Reparem que é muito comum valores próximos ou acima de 300mm em dezembro, janeiro e fevereiro.

 

Destaque para Dezembro de 1999 choveu apenas  1231.1mm (nunca mais esqueço esse verão).

 

ARAÇATUBA.

 

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Novamente observa-se o quão comum é registrar 300mm.

 

Destaque ai fica para Janeiro de 1999, com seus quase 800 mm, e destaque para janeiro de 2007, para os seus 880 mm.

Edited by Maicon
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Guest Wallace Rezende
1 hora atrás, Maicon disse:

Olhem que interessante os dados do verão de chuvas. Evidente que em se tratando de chuvas, o correto seria anotações manuais, mas a Ciiagro tem uns registros das estações automáticas em que acaba ficando meio nítido que em alguns meses foram suprimidos valores. Mas, vejam nosso curioso verão:

 

MARILIA

 

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Nessa primeira tabela vejam o quanto é comum bater 300 mm em Janeiro, com destaque para queda significativas nas chuvas em Janeiro de 2013, 2014, 2015 e deste ano, fato que irá se repetir nas próximas tabelas.

 

RIBEIRÃO PRETO

 

 

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Reparem que é muito comum valores próximos ou acima de 300mm em dezembro, janeiro e fevereiro.

 

Destaque para Dezembro de 1999 choveu apenas  1231.1mm (nunca mais esqueço esse verão).

 

ARAÇATUBA.

 

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Novamente observa-se o quão comum é registrar 300mm.

 

Destaque ai fica para Janeiro de 1999, com seus quase 800 mm, e destaque para janeiro de 2007, para os seus 880 mm.

 

Neste caso de Ribeirão Preto, tenho certeza que é bug ou erro de digitação na hora de tabelar, a pesquisa nos gráficos no próprio site do Ciiagro (com totais por dia) indica um total na casa dos 230 mm em dezembro de 1999, uns 1000 mm abaixo da tabela.  Não tem forçante orográfica que justifique um total mensal desta monta em Ribeiro Preto.  Devem ter tacado um "1" por engano antes.😂

 

O link é este aqui, basta selecionar a estação e as datas inicial e final (no caso, 01/12/1999 e 31/12/1999):

 

http://www.ciiagro.sp.gov.br/ciiagroonline/Graficos/graficos.asp?Fator=Chuva&Tipo=Acumulada

 

O segundo maior total (janeiro de 2003, mais de 550 mm) bate direitinho.  Janeiro de 2003 foi muito chuvoso também em áreas de MG e RJ, Belo Horizonte registrou o segundo maior acumulado mensal da história, atrás de janeiro de 1985 (INMET).  Na cidade do Rio 01/2003 foi o segundo janeiro mais chuvoso do século XXI, atrás de 2013 por pouco (média dos pluviômetros Alerta Rio)

 

Já pesquisei bastante no DAEE e o único local de São Paulo onde encontrei totais na casa dos 1000 mm/mês é a região entre o litoral e a encosta da Serra do Mar, o que faz sentido.

 

O caso de Araçatuba me parece suspeito também, a estação manual do DAEE registrou em torno de 420 mm em janeiro de 1999 e 395 mm em janeiro de 2007, o que faz mais sentido para uma área sem barreiras orográficas significativas.  Mas neste caso, de fato, o site do Ciiagro (link acima) mostra estes totais que você mencionou mesmo, pode ter sido um erro de calibração da estação automática ou chuvas muito concentradas num determinado ponto da cidade, não dá para bater o martelo embora eu favoreça a primeira hipótese.

Edited by Wallace Rezende
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Bom dia! Ontem, como estava previsto, a nebulosidade foi aumentando em Buenos Aires. No fim da tarde comecaram as primeiras pancadas de chuva e as precipitacoes se extenderam até esta madrugada, às vezes com forte intensidade e com atividade elétrica. Ontem até 21h choveu 17 mm e de 21h às 2h tivemos mais 13 mm. A temperatura variou entre 15,3°C e 27,5°C.
 

Hoje temos um comeco de manha de muitas nuvens e tempo abafado. Faz 22,8°C, URA de 91%, vento norte a 7 km/h e pressao de 1.009,8 hpa. Há possibilidade de chuvas o dia todo, mas principalmente agora de manha. Faz calor, com máxima prevista de 31°C. O sol nasceu às 5h40 e se poe às 20h08.

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Enquanto o RS pega fogo, Buenos Aires vai escapar dessa onda de calor. Até vamos ter a combinacao de calor+umidade, estará abafado, mas com muita nebulosidade e possibilidade de chuva em vários momentos na maioria dos dias, entao estará bem mais tranquilo. Nos próximos sete dias teremos mínimas de 20-24°C e máximas de 27-32°C, segundo o SMN.

Edited by Fábio De Nittis
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7 horas atrás, Wallace Rezende disse:

 

Neste caso de Ribeirão Preto, tenho certeza que é bug ou erro de digitação na hora de tabelar, a pesquisa nos gráficos no próprio site do Ciiagro (com totais por dia) indica um total na casa dos 230 mm em dezembro de 1999, uns 1000 mm abaixo da tabela.  Não tem forçante orográfica que justifique um total mensal desta monta em Ribeiro Preto.  Devem ter tacado um "1" por engano antes.😂

 

O link é este aqui, basta selecionar a estação e as datas inicial e final (no caso, 01/12/1999 e 31/12/1999):

 

http://www.ciiagro.sp.gov.br/ciiagroonline/Graficos/graficos.asp?Fator=Chuva&Tipo=Acumulada

 

O segundo maior total (janeiro de 2003, mais de 550 mm) bate direitinho.  Janeiro de 2003 foi muito chuvoso também em áreas de MG e RJ, Belo Horizonte registrou o segundo maior acumulado mensal da história, atrás de janeiro de 1985 (INMET).  Na cidade do Rio 01/2003 foi o segundo janeiro mais chuvoso do século XXI, atrás de 2013 por pouco (média dos pluviômetros Alerta Rio)

 

Já pesquisei bastante no DAEE e o único local de São Paulo onde encontrei totais na casa dos 1000 mm/mês é a região entre o litoral e a encosta da Serra do Mar, o que faz sentido.

 

O caso de Araçatuba me parece suspeito também, a estação manual do DAEE registrou em torno de 420 mm em janeiro de 1999 e 395 mm em janeiro de 2007, o que faz mais sentido para uma área sem barreiras orográficas significativas.  Mas neste caso, de fato, o site do Ciiagro (link acima) mostra estes totais que você mencionou mesmo, pode ter sido um erro de calibração da estação automática ou chuvas muito concentradas num determinado ponto da cidade, não dá para bater o martelo embora eu favoreça a primeira hipótese.

 

De 2007 em Araçatuba é veridico, pois acompanhei na época e os valores eram bem condizentes com o que aparecia de instabilidades no radar.

 

Agora de 1999 eu apenas me recordo de ter sido o verão mais tempestuoso que já presenciei.

 

Infelizmente dados pluviométricos não são muito confiáveis, em especial por falta de registros.

 

Igual você comentou dos 395 mm em Araçatuba rm 2007, nem a pau foi só isso. Bonifácio choveu menos (observando radar) e o mês fechou com quase 600mm.

 

Muitos dados são interpelados, pelo o que eu vi também. Exemplo: Em São José Do Rio Preto a ciiagro não funciona há anos com regularidade, mas os "registros de chuva" estão lá na tabela.

 

E isto que estou mostrando nas tabelas não é um errinho, pois fiz questão de destacar que em mais de uma oportunidade isso foi observado.

 

O interior de SP fica em uma região de depressão, onde se encontram JBN vindo do norte do pais e os ventos de SE das frentes frias, além de ser rota de deslocamento de cavados que se formam no Paraguai. Quando todas estas engrenagens resolvem funcionar conjuntamente, o volume de chuva é assustador.

 

Lembrando que a média de dias com chuva em janeiro é de 13 a 15. E não é incomum passar de 300mm, como visto.

 

É muita água.

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8 horas atrás, Wallace Rezende disse:

Tem sim, acabei de olhar e vi uns registros absurdos: 86,44 mm em 10 minutos as 00:00 do dia 12/12, e 40,28 mm em 10 minutos as 23:40 do dia 10/12, com pouca ou nenhuma chuva antes e depois e sem chuva forte nas demais estações da área, realmente o o total real é muito menor.  Algum tipo de defeito ou um maluco jogou água na estação.

 

Tem outra estação CEMADEN à nordeste de BH que está ainda pior, registra 200/250 mm de uma vez só de vez em quando (Fazenda Picão Coqueiros/Morro do Pilar).  

 

Obrigado pela investigação do caso, amigo. Rapidamente estranhei esses dados, pois precisamos comparar com outros pluviômetros próximos. Salvo em casos de grande variação de relevo, não pode ser concebida uma diferença de mais de 200mm em um mês. Esses casos do interior de SP também são interessantes de pesquisar, mas não faço nenhum julgamento prévio porque desconheço as particularidades geográficas. 

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8 horas atrás, LeoP disse:

 

Exatamente, Renan. Ficamos tão preocupados com médias, que nos esquecemos que a natureza é muito mais complexa que esses números (parte disso aprendi com nosso querido @Carlos Campos). 

 

Está um dezembro abaixo da média? Sim.

Está seco? Não.

 

Vejam os reservatórios (que, na minha opinião, são um bom indicativo de como andam as chuvas):

Ano passado, dezembro teve quase 300mm na capital e os mananciais subiram 5%. Esse ano, com seus medíocres 120mm, temos alta de quase 10%, o dobro de dezembro do ano passado. Motivos? Foi um mês mais nublado, com temperaturas próximas da média e a chuva, apesar de fraca, foi frequente. Em 2018, aquela onda de calor terrível fez um estrago com a evaporação da água do solo. Então, a análise perpassa por vários outros fatores, como insolação (nou cobertura de nuvens), temperaturas, número de dias com chuva, tipo de chuva (temporais ou mais contínuas), etc. Não é a toa que o inmet tem todos esses dados em suas medições.

 

Apesar de ter uma forte tendência mais seca, na minha opinião foi um mês dentro de um desvio padrão normal para um dezembro, afinal o sol mal apareceu na primeira quinzena... Assim como um mês com 500mm também está ainda dentro de um desvio normal. Aberrante foi janeiro/2019, aquilo foi um absurdo total.

 

Fica a reflexão sobre o que seria normal dentro dessa bagunça que são nossas médias pluviométricas tropicais.

 

 

Muito boa reflexão. Janeiro de 2019 jamais será esquecido, mas podemos ficar tranquilos, esse Janeiro-20 será MUITO DIFERENTE daquele. 

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8 horas atrás, Maicon disse:

Olhem que interessante os dados do verão de chuvas. Evidente que em se tratando de chuvas, o correto seria anotações manuais, mas a Ciiagro tem uns registros das estações automáticas em que acaba ficando meio nítido que em alguns meses foram suprimidos valores. Mas, vejam nosso curioso verão:

 

MARILIA

 

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Nessa primeira tabela vejam o quanto é comum bater 300 mm em Janeiro, com destaque para queda significativas nas chuvas em Janeiro de 2013, 2014, 2015 e deste ano, fato que irá se repetir nas próximas tabelas.

 

 

Esse ano aqui na cidade, além das temperaturas muito altas, nota-se uma pluviosidade bastante abaixo da média sobretudo de março em diante. Creio que Novembro e Dezembro devem elevar a média final para quase 1000mm ou um pouco mais, choveu bastante e trouxe uma melhora no clima, entretanto ainda está bastante irregular no outono e inverno e parte da primavera. Não raro, é bastante comum racionamentos de água em determinados bairros mais distantes do centro. 2019, um ano para se esquecer e jogar no limbo em todos os sentidos.

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13 horas atrás, Maicon disse:

(...)

 

RIBEIRÃO PRETO

 

 

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Reparem que é muito comum valores próximos ou acima de 300mm em dezembro, janeiro e fevereiro.

 

Destaque para Dezembro de 1999 choveu apenas  1231.1mm (nunca mais esqueço esse verão).

(...)

 

Esse dado de Ribeirão Preto em dezembro de 1999 é inconsistente:

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Foram 251,1mm.

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CHUVAS EM JOSÉ BONIFÁCIO-SP EM 2019 ATÉ O MOMENTO.

 

             INMET         CASA

 

JAN.   66.8MM  93.2MM

FEV. 222.6MM 136.4MM

MAR.   85MM   64.6MM

ABR.   61.4MM  59.4MM

MAI.   0.8MM   15.4MM

JUN*  6.8MM  10.4MM

JUL.   20.2MM  11.4MM

AGO.  43.8MM  28.6MM

SET.   35.4MM  40.4MM

OUT.   57.2MM  54.2MM

NOV.  87MM   69.4MM

 

DEZ. 205.4MM 332MM

 

Totais:

 

CASA: 915.4 MM;

INMET: 892.4 MM.

 

 

DA SÉRIE 2005 ATÉ 2019, O ACUMULADO DESTE ANO É O SEGUNDO MENOR.

Edited by Maicon
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Ainda não há consenso sobre o local de formação e nem sobre a intensidade da baixa que deve se formar na virada do ano. O modelo europeu insiste na ciclogênese ainda continental, alimentada por fluxos quentes de norte em baixos níveis com convergência de umidade e num ambiente com discreta difluência do jato em 250hPa, que teria orientação meridional, nas proximidades de Córdoba-ARG. As soluções de ontem mostravam um núcleo bem intenso já no continente, com pressão central a valores próximos de 990 hPa. A priori, a baixa rumaria para leste acoplado a um ramo frontal e se intensificaria no oceano. Uma vez que ele se forma numa região embebida em ar quente, é preciso observar a possibilidade do sistema se tornar subtropical.

 

250 hPa

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850 hPa

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A solução do GFS  é de ciclogênese próxima do Rio da Prata, mas sem intensificar muito e com trajetória para leste-nordeste.

 

Há dois pontos de concordância no que tange às consequências da formação e da progressão da baixa: a formação de um canal de umidade entre o sul da Amazônia e MG/ES (deve ser observado pela possibilidade de altos acumulados em regiões propícias a enchentes) e o avanço de ar frio e seco pela região Sul e parte do Sudeste, o que poderia causar mínimas bem baixas para a época nos pontos altos da Serra Geral e baixadas em grande parte do RS e SC.

 

Alguns termos usados:

* Difluência: é quando uma corrente de jato se bifurca em seu fluxo normal, se divide em 2 formando algo parecido com um V deitado.

* Meridional: fluxo de sul para norte; zonal é de oeste para leste. Em geral, jatos tem fluxos zonais mais pronunciados, e quando o meridional predomina pode ser indicativo de bloqueio atmosférico.

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Boa tarde à todos...

Há exatamente 6 anos, no dia 27/12/2013, formações bem desenvolvidas de trovoada pairavam durante a tarde aki no leste da região metropolitana de Curitiba.

Tive a sorte de registrar uma possível formação de nuvem funil em Pinhais, quando retornava do meu trabalh

Aki 👇um pouco de rotação...

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Formação já bem desenvolvida 👇

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Se a Climatempo estiver certa, será meu primeiro réveillon com chuva kkkkkk. E que esteja certa mesmo. To nem aí. Quero mais é entrar nos anos 20 com chuva mesmo. Vai ser bem simbólico. Que caia um raio assim que o relógio marcar 00:00 🤣🤣🤣🤣
 

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Edited by Pedro Victor P.
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14 horas atrás, Carlos Campos disse:

Relembrando... Porto Alegre na tarde de 26/12/2013 ⬇️

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Carlos Campos,

não gosto nem de lembrar, aqui o tempo secou antes do Natal e em janeiro 2014 só choveu 2 dias(24 mm) e fevereiro também quente e seco(41 mm), uma calamidade.

Espero que não repita janeiro de 2014, após essa onda de calor no RS até dia 30. Que no começo de janeiro as chuvas voltem aqui no Noroeste do Rio e Zona da Mata de Minas como o modelo GFS está indicando,não mude as previsões da água para o vinagre.

 

 

 

 

 

 

 

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15 horas atrás, Wallace Rezende disse:

No atacado, 2019 foi um ano ruim no Sudeste para chuvas, embora não tenha sido dos piores (como 2014).

 

Eu não vejo uma ZCAS forte e ativa o dia todo desde 2016, e antes disso teve outra em 2013...  Digo dessas que trazem anomalias positivas para grandes áreas do interior e que não são ativadas só pelo calor do dia como essa última; num clima """estável""" estas "ZCAS intensas" deveriam ocorrer com mais frequência.  Eu acompanho os informes da ONS e é impressionante como entra mês, sai mês, a previsão é sempre uma variação sobre o mesmo tema (para o conjunto da área dos reservatórios do SE/CO), ou seja, chuvas abaixo da média, como uma notícia que li hoje mesmo: "em novembro choveu 62% da média, em dezembro 85%, e para janeiro esperamos chuva abaixo da média novamente".  Nem me lembro quando foi a última vez que disseram que um mês da estação chuvosa foi acima da média no conjunto dos reservatórios do Sudeste e Centro Oeste.

 

Cá está: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/12/hidreletricas-atingem-menor-nivel-desde-2014-mas-analistas-descartam-racionamento.shtml

 

Estamos abaixo de 2001, não fossem as termelétricas já haveria racionamento.  Se não conseguirem abrir, um pequeno trecho da notícia abaixo (Folha):

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Acho que já estamos começando a pagar o preço pela redução cada vez maior da cobertura florestal no Brasil, no final das contas sem ajuda das florestas é evidente que vai chover menos, não precisa nem de estudo para comprovar (quero dizer, os estudos são fundamentais, mas apenas para dimensionar com mais precisão o estrago).  Mas até este sinal de redução gradual das chuvas aparecer em áreas mais afetadas pelas frentes frias (como o Sul e o litoral do SE), ou onde houve incremento das chuvas causado primariamente pela ilha de calor (cidade de São Paulo) vai demorar, e o efeito tende a ser menos severo nestas áreas também.  No final das contas, nossa ignorância é muito maior que o que sabemos.

 

1963 foi um ano isolado, agora temos 3/4 anos secos para cada temporada chuvosa, e mesmo janeiro de 2016 não serviu para muita coisa vindo depois de um dezembro seco e seguido por um fevereiro ainda mais seco; o reservatório de Sobradinho só subiu um pouco após as chuvas de janeiro de 2016, apesar de ter sido um mês excepcionalmente chuvoso em grande parte da bacia do Rio São Francisco, e no meio do ano já estava patinando nos 10/20%.  Claro que neste caso (e em muitos outros) a devastação da própria bacia hidrográfica (uso do solo, assoreamento, etc) atua em conjunto com a falta de chuvas.

 

Acho difícil fazer esse tipo de correlação, pois não vejo muita consistência nos dados. De fato, de 2014 pra cá, estamos registrando valores abaixo da média de forma geral mas, da mesma forma, anos recentes estão entre os mais chuvosos do histórico das medições aqui na RMBH (embora não saiba se isso se aplica às outras regiões):

 

Anos mais chuvosos na capital

1983: 2305mm

2009: 2147mm

2008: 2024mm

2011: 2022mm

2004: 1931mm

 

Me lembro que, entre 2008 e 2011, ocorria o oposto do relatado por vc, as chuvas eram acima da média em quase todos os meses e geralmente superavam as previsões. Até mesmo meses muito chuvosos como dezembro e janeiro tinham suas médias atingidas com facilidade e não raro a média era dobrada ou triplicada, como outubro de 2011. 

Outro dado interessante é a década de 2000, que teve média anual 250mm acima do período 1960-1980. Acho que não dá pra culpar urbanização, pois o local da estação já é urbanizado há muito tempo.

(posto os dados da chuva na capital de forma mais completa no tópico certo.)

 

Na minha opinião, o problema maior é o histórico pequeno, que nos permite fazer colocações limitadas e muitas vezes pouco conclusivas sobre as variáveis climáticas. Ainda acho que vamos ter boas surpresas, afinal o histórico mostra mudanças de padrão muito rápidas na nossa região. Afinal, apesar de haver tendências claras, nossa temporada chuvosa é bem volátil e dinâmica, com pulsos "secos" e úmidos (que podem fazer meses como dezembro terminar com 100 ou 700mm, dependendo do ano).

Edited by LeoP
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