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Brasil Abaixo de Zero

Monitoramento e Previsão Climática (ENSO/SST/AAO/PDO) 2016-2020


Rodolfo Alves
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Agora, Caco Pacheco disse:

O que vem a ser El Niño Modoky?

 

Aproveitando, ESTOU OTIMISTA quanto a este outono/inverno!

 

Explico: ESTATISTICAMENTE, muito raro ocorrer 3 anos em sequência com invernos médios ou ruins (2017/2018 e 2019). O terceiro (2019) deve ser, no mínimo, "mediano para bom"; quiçá bom/ótimo!

El niño Modoky é quando ocorre o aquecimento das águas do Pacífico Equatorial apenas na região central (niños 3 e 4), enquanto que na costa do Peru a temperatura permanece dentro da normalidade ou mesmo mais fria; no el niño clássico (Canônico) todos os niños apresentam aquecimento. Os efeitos do el niño Modoky são mais brandos do que o do Canônico, no Brasil a seca no Nordeste é mais suave ou inexistente e nos estados sulinos não ocorre grandes enchentes.

Eu concordo com você, apostaria num período frio dentro da média, algo semelhante a 2004.

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2 minutos atrás, klinsmannrdesouza disse:

 

Eu concordo com você, apostaria num período frio dentro da média, algo semelhante a 2004.

 

Se você estiver certo, já podemos soltar rojões ! 2004 foi um ótimo inverno, com direito a um período extremamente frio no Sudeste em Julho, graças a uma enorme MP marítima que ficou estacionada por mais de semana.

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17 minutos atrás, klinsmannrdesouza disse:

El niño Modoky é quando ocorre o aquecimento das águas do Pacífico Equatorial apenas na região central (niños 3 e 4), enquanto que na costa do Peru a temperatura permanece dentro da normalidade ou mesmo mais fria; no el niño clássico (Canônico) todos os niños apresentam aquecimento. Os efeitos do el niño Modoky são mais brandos do que o do Canônico, no Brasil a seca no Nordeste é mais suave ou inexistente e nos estados sulinos não ocorre grandes enchentes.

Eu concordo com você, apostaria num período frio dentro da média, algo semelhante a 2004.

Boa!

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Agora, Renan disse:

 

Se você estiver certo, já podemos soltar rojões ! 2004 foi um ótimo inverno, com direito a um período extremamente frio no Sudeste em Julho, graças a uma enorme MP marítima que ficou estacionada por mais de semana.

2004 teve um período frio que durou do final de abril até julho, foram três massas polares continentais intensas e amplas que chegaram até o Amazonas e na Bahia, uma delas, em junho, provocou queda fraca de neve no PNI e as menores temperaturas do ano no Sul, Centro-Oeste  e Norte brasileiro, além de frio intenso no Uruguai, Argentina e Paraguai. Em julho o maior destaque foi uma onda de frio marítima que resfriou o Sudeste e parte do Nordeste, nessas regiões as temperaturas mais baixas ocorreram durante este evento.

 

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39 minutos atrás, klinsmannrdesouza disse:

2004 teve um período frio que durou do final de abril até julho, foram três massas polares continentais intensas e amplas que chegaram até o Amazonas e na Bahia, uma delas, em junho, provocou queda fraca de neve no PNI e as menores temperaturas do ano no Sul, Centro-Oeste  e Norte brasileiro, além de frio intenso no Uruguai, Argentina e Paraguai. Em julho o maior destaque foi uma onda de frio marítima que resfriou o Sudeste e parte do Nordeste, nessas regiões as temperaturas mais baixas ocorreram durante este evento.

 

 

Só para você ter uma ideia de alguns dias registrados neste Julho-04 em JF:

 

20/07/2004: Máxima de 12,8ºC / Mínima de 09,5ºC (nublado)

22/07/2004: Máxima de 16,2ºC / Mínima de 06,6ºC (sol)

 

O período frio se estendeu do dia 17 até o dia 31. Exatamente 15 dias de frio constante, onde a temperatura máxima não ultrapassou sequer os 20 graus na estação convencional.

Edited by Renan
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3 horas atrás, klinsmannrdesouza disse:

2004 teve um período frio que durou do final de abril até julho, foram três massas polares continentais intensas e amplas que chegaram até o Amazonas e na Bahia, uma delas, em junho, provocou queda fraca de neve no PNI e as menores temperaturas do ano no Sul, Centro-Oeste  e Norte brasileiro, além de frio intenso no Uruguai, Argentina e Paraguai. Em julho o maior destaque foi uma onda de frio marítima que resfriou o Sudeste e parte do Nordeste, nessas regiões as temperaturas mais baixas ocorreram durante este evento.

 

 

Na vdde o período frio de 2004 foi até meados de agosto. Na segunda quinzena do mês de agosto as tardes mornas começaram a mostrar as garras. 

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2 horas atrás, Renan disse:

 

Só para você ter uma ideia de alguns dias registrados neste Julho-04 em JF:

 

20/07/2004: Máxima de 12,8ºC / Mínima de 09,5ºC (nublado)

22/07/2004: Máxima de 16,2ºC / Mínima de 06,6ºC (sol)

 

O período frio se estendeu do dia 17 até o dia 31. Exatamente 15 dias de frio constante, onde a temperatura máxima não ultrapassou sequer os 20 graus na estação convencional.

 

Sendo que esse pulso frio de julho atuou até nas terras altas de BA e PE. Foi um dos pulsos frios mais abrangentes e duradouros da história recente, ainda que tenha ficado longe de provocar mínimas históricas no Sul. 

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4 horas atrás, klinsmannrdesouza disse:

El niño Modoky é quando ocorre o aquecimento das águas do Pacífico Equatorial apenas na região central (niños 3 e 4), enquanto que na costa do Peru a temperatura permanece dentro da normalidade ou mesmo mais fria; no el niño clássico (Canônico) todos os niños apresentam aquecimento. Os efeitos do el niño Modoky são mais brandos do que o do Canônico, no Brasil a seca no Nordeste é mais suave ou inexistente e nos estados sulinos não ocorre grandes enchentes.

Eu concordo com você, apostaria num período frio dentro da média, algo semelhante a 2004.

 

E isso seria sinônimo de frio subindo melhor até o Sudeste?

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59 minutos atrás, LuluBros disse:

 

Sendo que esse pulso frio de julho atuou até nas terras altas de BA e PE. Foi um dos pulsos frios mais abrangentes e duradouros da história recente, ainda que tenha ficado longe de provocar mínimas históricas no Sul. 

Foi um pulso de frio totalmente oceânico, no Sul e Centro-Oeste as baixas temperaturas foram normais para a época, já no Sudeste e Nordeste fez muito frio por causa da maior proximidade do centro de alta pressão, superior a 1035 hpa somado com uma ondulação de cavado no litoral do Sudeste.

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1 hora atrás, LuluBros disse:

 

Na vdde o período frio de 2004 foi até meados de agosto. Na segunda quinzena do mês de agosto as tardes mornas começaram a mostrar as garras. 

Abril de 2004 foi muito quente; literalmente uma extensão do verão climatico, na última semana uma massa polar continental vinda da Patagônia conseguiu resfriar grande parte do país inaugurando o outono. Maio continuou com as ondas de frio continentais; porém mais amplas ao ponto de chegarem até Brasília e no Planalto da Conquista, na Bahia, e até no Acre; junho foi ainda mais frio com duas ondas de frio continentais muito abrangentes, quando causaram geadas intensas no Sul, SP, MS, MG e serras do RJ, a mínima foi de -8 em São Joaquim e nevou no PNI.

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7 minutos atrás, Caco Pacheco disse:

Aqui para São Paulo, no computo geral, ainda prefiro 2003 a 2004 em termos de frio..., decididamente devido a agosto/2003 e a primavera precoce de 2004. A bomba de julho de 2004 ficou mais restrita ao Sul.

Em termos gerais, o período frio de 2004 teve mais massas polares do que 2003, este último foi muito acima da média de janeiro a julho, só em agosto que as chuvas e temperaturas melhoraram bastante. Você tem razão sobre a primavera antecipada em 2004, no mês de agosto daquele ano as temperaturas já se elevaram bastante e as chuvas deram uma atrasada no início.

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1 hora atrás, klinsmannrdesouza disse:

Em termos gerais, o período frio de 2004 teve mais massas polares do que 2003, este último foi muito acima da média de janeiro a julho, só em agosto que as chuvas e temperaturas melhoraram bastante. Você tem razão sobre a primavera antecipada em 2004, no mês de agosto daquele ano as temperaturas já se elevaram bastante e as chuvas deram uma atrasada no início.

 

Klinsmann, Caco, 

 

Fiquei assustado ao constatar que em Julho de 2001, no finalzinho do mês, teve uma fortíssima MP chegando até Juiz de Fora, e creio que tenha chegado arrasando em SP também. Confesso que não me lembrava dela ! Vejam:

 

27/07/2001 (pré-frontal): 27,6ºC / 13,9ºC

28/07/2001: 18ºC (máxima à meia-noite) / 07,6ºC

29/07/2001: 15ºC / 06,3ºC

 

E no dia 30/07/2001 já começou a esquentar rapidamente...

 

Porém a MP mais forte aconteceu em Setembro, entre os dias 16 e 19.

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37 minutos atrás, Renan disse:

 

Klinsmann, Caco, 

 

Fiquei assustado ao constatar que em Julho de 2001, no finalzinho do mês, teve uma fortíssima MP chegando até Juiz de Fora, e creio que tenha chegado arrasando em SP também. Confesso que não me lembrava dela ! Vejam:

 

27/07/2001 (pré-frontal): 27,6ºC / 13,9ºC

28/07/2001: 18ºC (máxima à meia-noite) / 07,6ºC

29/07/2001: 15ºC / 06,3ºC

 

E no dia 30/07/2001 já começou a esquentar rapidamente...

 

Porém a MP mais forte aconteceu em Setembro, entre os dias 16 e 19.

Sim, recordo-me muitíssimo bem. A MP teve trajetória continental.

 

Chegou rasgando aqui em Sampa num sábado no final de tarde. A noite de sábado e madrugada de domingo foram congelantes na Granja Viana. Domingo clássico de sol e tempo sem alguma nuvem no céu sob MP. A bizarrice se deu pelo fato de quão tiro curtíssimo foi essa MP. Ela já foi "se tropicalizando" no PRÓPRIO DOMINGO! Esse fato foi SIMPLESMENTE RIDÍCULO! Quero dizer que ela foi perdendo força...

 

Mas, sem dúvida alguma, foi uma MP "clássica", a la anos 80/90... Trajetória continental. Houve neve fraca nos pontos mais altos de SC. Não me recordo se nevou nos pontos mais altos do RS e na cidade de SJ. Aqui na Granja Viana houve geada fraca. Depois disso, tivemos, em 2012, a última MP forte "clássica", em setembro de 2002, com neve nos locais habituais de SC e RS, mínima 5,X no Mirante. Aí, até 2010, foi "AQUELA SECURA"... 

 

O mês de junho e julho foi excelente no MS e MT em 2011. O Klisman pode falar melhor. Bem melhor do que no Sudeste.

Edited by Caco Pacheco
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1 hora atrás, Caco Pacheco disse:

Sim, recordo-me muitíssimo bem. A MP teve trajetória continental.

 

Chegou rasgando aqui em Sampa num sábado no final de tarde. A noite de sábado e madrugada de domingo foram congelantes na Granja Viana. Domingo clássico de sol e tempo sem alguma nuvem no céu sob MP. A bizarrice se deu pelo fato de quão tiro curtíssimo foi essa MP. Ela já foi "se tropicalizando" no PRÓPRIO DOMINGO! Esse fato foi SIMPLESMENTE RIDÍCULO! Quero dizer que ela foi perdendo força...

 

Mas, sem dúvida alguma, foi uma MP "clássica", a la anos 80/90... Trajetória continental. Houve neve fraca nos pontos mais altos de SC. Não me recordo se nevou nos pontos mais altos do RS e na cidade de SJ. Aqui na Granja Viana houve geada fraca. Depois disso, tivemos, em 2012, a última MP forte "clássica", em setembro de 2002, com neve nos locais habituais de SC e RS, mínima 5,X no Mirante. Aí, até 2010, foi "AQUELA SECURA"... 

 

O mês de junho e julho foi excelente no MS e MT em 2011. O Klisman pode falar melhor. Bem melhor do que no Sudeste.

2001 como um todo foi quente com poucos períodos de frio intenso no outono/inverno; como o Renan citou no final de julho houve uma massa polar continental ampla, antes disso o mês de junho foi o mais frio daquele ano, o único abaixo/dentro da média em muitas áreas do país. Na segunda quinzena um anticiclone polar associado a um ciclone impulsionou um sistema frontal para o sul do Amazonas e sul na região Nordeste enquanto fez muito frio na América do Sul com geadas amplas do interior da Argentina até Mato Grosso do Sul, foi uma clássica onda de frio aos moldes de antigamente. Depois disso 2002 e 2003 foram péssimos em termos de frio, voltamos a ter um inverno decente em 2004.

Já 2011 estreou seu período frio com uma massa polar na última semana de abril, ocorrendo as primeiras geadas significativas na região Sul do Brasil. Maio desse ano foi marcado pelo tempo seco e frio no continente sul-americano, as frentes frias adentravam o continente sem provocar grandes acumulados de chuva (padrão La niña); junho teve um período mais quente que logo retornou para o avanço dos sistemas frontais, o mais intenso ocorreu entre os dias 23 e 29 daquele mês, uma massa polar extremamente intensa associada a um ciclone extratropical ocasionou baixas temperaturas em quase todo o país, a frente fria chegou até Manaus e Palmas, no Sul, SP, MS, Triângulo Mineiro e sul de Minas ocorreram geadas severas e mínimas excepcionais. Campo Grande MS registrou 3 graus com geadas, na cidade de São Paulo houve geada em muitas áreas o Mirante de Santana teve 6 graus de mínima; nas serras do PR, SC e RS a neve pintou de branco a paisagem. 

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11 minutos atrás, klinsmannrdesouza disse:

2001 como um todo foi quente com poucos períodos de frio intenso no outono/inverno; como o Renan citou no final de julho houve uma massa polar continental ampla, antes disso o mês de junho foi o mais frio daquele ano, o único abaixo/dentro da média em muitas áreas do país. Na segunda quinzena um anticiclone polar associado a um ciclone impulsionou um sistema frontal para o sul do Amazonas e sul na região Nordeste enquanto fez muito frio na América do Sul com geadas amplas do interior da Argentina até Mato Grosso do Sul, foi uma clássica onda de frio aos moldes de antigamente. Depois disso 2002 e 2003 foram péssimos em termos de frio, voltamos a ter um inverno decente em 2004.

Já 2011 estreou seu período frio com uma massa polar na última semana de abril, ocorrendo as primeiras geadas significativas na região Sul do Brasil. Maio desse ano foi marcado pelo tempo seco e frio no continente sul-americano, as frentes frias adentravam o continente sem provocar grandes acumulados de chuva (padrão La niña); junho teve um período mais quente que logo retornou para o avanço dos sistemas frontais, o mais intenso ocorreu entre os dias 23 e 29 daquele mês, uma massa polar extremamente intensa associada a um ciclone extratropical ocasionou baixas temperaturas em quase todo o país, a frente fria chegou até Manaus e Palmas, no Sul, SP, MS, Triângulo Mineiro e sul de Minas ocorreram geadas severas e mínimas excepcionais. Campo Grande MS registrou 3 graus com geadas, na cidade de São Paulo houve geada em muitas áreas o Mirante de Santana teve 6 graus de mínima; nas serras do PR, SC e RS a neve pintou de branco a paisagem. 

2011 foi o retorno do inverno à antiga! 

 

A MP do final de junho foi MARCANTE! Registrei 2,5ºC aqui na Granja Viana com geada fraca após jejum desde set/2002!

 

Inverno MUITO BOM!

 

Fez frio constante e forte desde o início do outono até meados de julho em São Paulo e no Sudeste, com ligeira pausa. O restante de julho foi intensamente forte em termos de frio na região Sul. Agosto e a primavera também foram muito interessantes. Ano excelente para o frio.

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Em 14/03/2019 em 18:48, JOÃO MARCOS disse:

E sobre a atividade solar que pouco se fala aqui no fórum? Atualmente passamos por um período de baixa atividade, o que podemos esperar em termos de influência no outono inverno 2019?

 

 

Justamente devido a calma solar que temos falado pouco do assunto... também porque essa variabilidade do sol interfere pouco (ou quase nada) na escala sazonal, tendo impacto apenas quando persiste por longos períodos (anos/décadas). Resumindo: se esse período de mínima se prolongar conforme tem sido previsto por alguns, começaríamos a sentir lá por 2025!

 

Ps: inclusive tem um tópico específico para o assunto!

Edited by Flavio Feltrim
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Em 15/03/2019 em 09:40, Renan disse:

 

Klinsmann, Caco, 

 

Fiquei assustado ao constatar que em Julho de 2001, no finalzinho do mês, teve uma fortíssima MP chegando até Juiz de Fora, e creio que tenha chegado arrasando em SP também. Confesso que não me lembrava dela ! Vejam:

 

27/07/2001 (pré-frontal): 27,6ºC / 13,9ºC

28/07/2001: 18ºC (máxima à meia-noite) / 07,6ºC

29/07/2001: 15ºC / 06,3ºC

 

E no dia 30/07/2001 já começou a esquentar rapidamente...

 

Porém a MP mais forte aconteceu em Setembro, entre os dias 16 e 19.

 

Sim, eu lembro da MP. No dia 17/9 fez 2,7 em Cwb. Só não lembro se foi Inmet ou Simepar. 

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28 minutos atrás, Flavio Feltrim disse:

 

Justamente devido a calma solar que temos falado pouco do assunto... também porque essa variabilidade do sol interfere pouco (ou quase nada) na escala sazonal, tendo impacto apenas quando persiste por longos períodos (anos/décadas). Resumindo: se esse período de mínima se prolongar conforme tem sido previsto por alguns, começaríamos a sentir lá por 2025!

 

Ps: inclusive tem um tópico específico para o assunto!

 

Se bem que esse papo de baixa atividade solar tá na pauta desde 2005. E o que temos visto até agora foram os piores meses de verão da história, em Sampa, num curto espaço de alguns poucoas anos. 

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1 hora atrás, LuluBros disse:

 

Se bem que esse papo de baixa atividade solar tá na pauta desde 2005. E o que temos visto até agora foram os piores meses de verão da história, em Sampa, num curto espaço de alguns poucoas anos. 

A atividade solar está baixa desde 2007, de acordo com os especialistas no assunto demora alguns anos para impactar na circulação atmosférica, não é simplesmente dizer que o sol mais calmo vai congelar o mundo. 

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6 horas atrás, klinsmannrdesouza disse:

A atividade solar está baixa desde 2007, de acordo com os especialistas no assunto demora alguns anos para impactar na circulação atmosférica, não é simplesmente dizer que o sol mais calmo vai congelar o mundo. 

 

 E por que existe esse delay entre a diminuição da atividade solar e a resposta atmosférica? 

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12 horas atrás, LuluBros disse:

 

 E por que existe esse delay entre a diminuição da atividade solar e a resposta atmosférica? 

 

Porque recebemos energia do Sol e não calor. Ela vem em ondas curtas e precisam virar ondas longas (infravermelho) para produzir calor e esse processo não é imediato (embora seja muito rápido).

 

Por isso,  a hora mais quente do dia não é meio-dia mas sim no meio da tarde... ou a hora mais fria do dia costuma ser quando o sol nasce e não quando ele se põe.

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3 horas atrás, Flavio Feltrim disse:

 

Porque recebemos energia do Sol e não calor. Ela vem em ondas curtas e precisam virar ondas longas (infravermelho) para produzir calor e esse processo não é imediato (embora seja muito rápido).

 

Por isso,  a hora mais quente do dia não é meio-dia mas sim no meio da tarde... ou a hora mais fria do dia costuma ser quando o sol nasce e não quando ele se põe.

 

Mas aí entra a outra dúvida: por que, em escala de temperatura média planetária decadal, esse delay é tão forte? Teria algo a ver com a inércia térmica dos oceanos? 

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37 minutos atrás, LuluBros disse:

 

Mas aí entra a outra dúvida: por que, em escala de temperatura média planetária decadal, esse delay é tão forte? Teria algo a ver com a inércia térmica dos oceanos? 

 

Eu não sou de forma alguma entendido no assunto, mas pra mim o delay não seria tão grande. A situação atual me leva a crer que essa baixa atividade solar está apenas freando um pouco o aquecimento do planeta, são variações de ordem muito pequena na radiação recebida, anulando parte do efeito estufa gerado pelo vapor de água extra (e CO2) na atmosfera

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2 horas atrás, Felipe Backendorf disse:

 

Eu não sou de forma alguma entendido no assunto, mas pra mim o delay não seria tão grande. A situação atual me leva a crer que essa baixa atividade solar está apenas freando um pouco o aquecimento do planeta, são variações de ordem muito pequena na radiação recebida, anulando parte do efeito estufa gerado pelo vapor de água extra (e CO2) na atmosfera

 

Mas penso que uma variação negativa da atividade solar deveria se refletir numa melhora da dinâmica. Sendo que após 2001 e, especialmente após 2014, a dinâmica do leste de SP está mais c*g*d* que tudo. Claro que a UHI daqui não permitiria mais negativa no centrão como acontecia há mais de 100 anos, mesmo numa hecatombe polar. Mas é inegável que a dinâmica ainda não teve qualquer melhora pró-frio. 

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18 horas atrás, LuluBros disse:

 

Mas penso que uma variação negativa da atividade solar deveria se refletir numa melhora da dinâmica. Sendo que após 2001 e, especialmente após 2014, a dinâmica do leste de SP está mais c*g*d* que tudo. Claro que a UHI daqui não permitiria mais negativa no centrão como acontecia há mais de 100 anos, mesmo numa hecatombe polar. Mas é inegável que a dinâmica ainda não teve qualquer melhora pró-frio. 

 

Microclimas não têm nada a ver com o estado da atmosfera. Cidades grandes como São Paulo e Belo Horizonte tem seus centros totalmente urbanizados há décadas, de forma que essa variável não está mais em jogo. Mas o que vemos são aumento de veranicos e menos ondas de frio, consequentemente aquecimento ano a ano.

 

Caso fosse só o microclima que estivesse influenciando, veríamos aumento de mínimas proporcional à urbanização e só. Mas o aquecimento é nas mínimas, nas máximas, no centrão, nas periferias e nas cidades do interior. Cidades pequenas do norte de Minas aqueceram muito, mais que a capital.

 

Houve uma alteração muito importante do nosso clima, não só falando do frio, mas na atuação da alta pressão em plena estação das chuvas, como todos sabem.

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19 horas atrás, LuluBros disse:

 

Mas penso que uma variação negativa da atividade solar deveria se refletir numa melhora da dinâmica. Sendo que após 2001 e, especialmente após 2014, a dinâmica do leste de SP está mais c*g*d* que tudo. Claro que a UHI daqui não permitiria mais negativa no centrão como acontecia há mais de 100 anos, mesmo numa hecatombe polar. Mas é inegável que a dinâmica ainda não teve qualquer melhora pró-frio. 

Se computar os dados, entre 2007 e 2013 tivemos sim um aumento na frequência de ondas de frio se comparado com o período anterior (2001 a 2006), não somente na América do Sul mas em outras regiões do mundo, como Austrália, América do Norte e África Austral (Namíbia, Botswana, Lesoto e África do Sul), inclusive foram registrados danos por geadas em 2011 e 2013, bem como ocorrências mais amplas de neve nestes dois anos. As ondas de calor de 2014 e 2015 foram uma pausa neste processo, mas em escala local porque em outras  regiões o inverno foi rigoroso. Resta esperar se 2019 escala os outros anos seguintes serão com invernos rigorosos ou não.

 

 

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Em 19/03/2019 em 18:03, Felipe Backendorf disse:

 

Eu não sou de forma alguma entendido no assunto, mas pra mim o delay não seria tão grande. A situação atual me leva a crer que essa baixa atividade solar está apenas freando um pouco o aquecimento do planeta, são variações de ordem muito pequena na radiação recebida, anulando parte do efeito estufa gerado pelo vapor de água extra (e CO2) na atmosfera

Eu ja vi sobre isto há algum tempo atrás e foi em uma materia, nao lembro se de tv ou alguma coisa que li, mas se for verdade mesmo então na próxima retomada de atividade solar haveria uma disparada do aquecimento.

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Em 18/03/2019 em 18:54, Sopron disse:

nino34.png

 

No começo de Março disparou de forma acentuada, mas segue numa queda. Resta saber se em Abril, os índices se normalizarão até lá

Este aquecimento está extremado e interrompido, há curtos períodos em que as anomalias ficam inferiores a +0,5 graus; e o padrão atmosférico não esta de acordo com um el niño porque tem chovido bem em todo o Nordeste, atmosfera completamente instável.

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12 horas atrás, klinsmannrdesouza disse:

Este aquecimento está extremado e interrompido, há curtos períodos em que as anomalias ficam inferiores a +0,5 graus; e o padrão atmosférico não esta de acordo com um el niño porque tem chovido bem em todo o Nordeste, atmosfera completamente instável.

 

O Atlantico tropical sul está mais aquecido que o norte isso favorece a Zcit ficar mais ao sul do que a média.

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12 minutos atrás, Nowcasting disse:

 

mas um El Nino ignora completamente este padrão formando altas pressões bem em cima dessa região. Acho que as coisas não se correlacionam.

 

Concordo com você; a região entre o Ceará e centro da Bahia em eventos de el nino permanece totalmente dominada pela alta pressão, o que se verifica agora e o oposto disso, inclusive com acumulados de chuva acima da média. É melhor esperar o decorrer dos meses antes de oficializar qualquer fenômeno atmosférico.

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De 1950 a 2010 ocorreram 21 episódios de El Niño segundo este link: https://origin.cpc.ncep.noaa.gov/products/analysis_monitoring/ensostuff/ONI_v5.php e, destes 21 episódios 12 foram responsáveis por secas (ou ±57%). 1964, 1973, 1977, 1988, 1995 e 2003 começaram com El Niño mas os anos foram de normais a muito chuvosos no NNE.

Ou seja, o El Niño possui tendência de provocar secas no NNE, mas por ser tendência podem ocorrer anos normais a muito chuvosos se o Atlântico colaborar para isso.

Edited by CloudCb
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Em 29/03/2019 em 21:03, klinsmannrdesouza disse:

Concordo com você; a região entre o Ceará e centro da Bahia em eventos de el nino permanece totalmente dominada pela alta pressão, o que se verifica agora e o oposto disso, inclusive com acumulados de chuva acima da média. É melhor esperar o decorrer dos meses antes de oficializar qualquer fenômeno atmosférico.

Na última reunião climática do CPTEC INPE que fizeram no último dia 28 com o prognóstico para o trimestre AMJ, os modelos de chuva para a região nordeste estão divergentes, alguns dão chuvas acima da média, outros abaixo. O El nino se fortaleceu um pouco ao longo de março , (porém ainda se mostra fraco) mas em contrapartida o Atlântico sul também está mais quente posicionando a ZCIT mais ao Sul, e acredito que os modelos não estão sabendo lidar muito bem com estas variáveis o que deixa uma baixa previsibilidade. Opinião minha, eu apostaria que apenas o litoral norte do nordeste ficará com chuvas acima da média, de resto não há como saber.

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  • 2 weeks later...
Em 10/04/2019 em 18:31, CloudCb disse:

O Dipolo Negativo está atuando desde meados de fevereiro no Atlântico Tropical.

 

Fonte: LAPIS.

 

Excelente post! Quando o dipolo está negativo, significa que a alta do Atlântico Norte está mais intensa e consequentemente produzindo alísios mais fortes, fazendo com que a ZCIT fique mais ao sul e favorecendo as chuvas em boa parte do NEB. Por outro lado, a ASAS está mais enfraquecida devido a TSM mais quente do Atlântico Sul...

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24 minutos atrás, Flavio Feltrim disse:

 

Excelente post! Quando o dipolo está negativo, significa que a alta do Atlântico Norte está mais intensa e consequentemente produzindo alísios mais fortes, fazendo com que a ZCIT fique mais ao sul e favorecendo as chuvas em boa parte do NEB. Por outro lado, a ASAS está mais enfraquecida devido a TSM mais quente do Atlântico Sul...

Mas não foi a TSM do Atlântico mais aquecida que o normal que causou os grandes bloqueios secos nos verões de 2014 e 2015? Neste ano, as águas dos dois oceanos estão acima da média, porém bem distante do verificado nos anos anteriores, por isso as chuvas no Nordeste estão satisfatórias.

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Em 11/03/2019 em 18:31, Augusto Goelzer disse:

Tá uma loteria total o pacífico equatorial... imagino que deve estar sendo um sufoco fazer uma previsão climática para o outono e inverno. Espero que essa torneirinha do Panamá continue aberta hehe

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Em 11/03/2019 em 18:31, Augusto Goelzer disse:

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Interessante que na costa brasileira sobretudo no sul já existe um ligeiro resfriamento. O problema é que tanto o Pacífico Sul como o Norte houve um aquecimento e ali no Canal do panamá, o resfriamento foi neutralizado. Algumas rodadas preveem um ar frio adentrando no continente e algo parecido ocorreu uns anos atrás, porém logo depois no inverno foi terrível.

 

Sou leigo nestas coisas, mas será que o outono neste ano poderá ser agradável, visto que num cenário mais hostil para muitos modelos é de temperaturas de dentro a acima da média ???

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  • Rodolfo Alves changed the title to Monitoramento e Previsão Climática (ENSO/SST/AAO/PDO) 2016-2020
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