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Brasil Abaixo de Zero

Dados de Clima do Brasil entre 1880 e 1920


cacella
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Sobre 1892: Vi uma noticia em um jornal antigo que a mínima em São Carlos-SP foi de -2,0°C.

 

Diz assim o trecho do jornal sobre a geada em São Carlos em 1892:

 

"O inverno no interior de S. Paulo tem sido muitíssimo rigoroso.

Em S.Carlos, segundo o Ordem e Progresso, no dia 23 caiu geada.

O Thermometro desceu, às 9 horas da noite de 22, a zero, durante a noite 2 graus abaixo de zero e às 7 horas da manhã subiu a zero."

 

Fica o registro.

 

Que jornal? Onde posso consultar? :clapping:

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Sobre 1892: Vi uma noticia em um jornal antigo que a mínima em São Carlos-SP foi de -2,0°C.

 

Diz assim o trecho do jornal sobre a geada em São Carlos em 1892:

 

"O inverno no interior de S. Paulo tem sido muitíssimo rigoroso.

Em S.Carlos, segundo o Ordem e Progresso, no dia 23 caiu geada.

O Thermometro desceu, às 9 horas da noite de 22, a zero, durante a noite 2 graus abaixo de zero e às 7 horas da manhã subiu a zero."

 

Fica o registro.

 

Que jornal? Onde posso consultar? :clapping:

 

Ops! Vou corrigir o ano. Na verdade consultando novamente o jornal reparei que o ano dessa geada foi em 1893 e não 1892. Erro bobo. Mas o Jornal que peguei essa informação se chama Minas Geraes, consultei na Hemeroteca Digital. O jornal é Minas Geraes, ano 1893, edição 00147 e página 8. É uma pequena parte do jornal falando sobre noticias relevantes de outros estados.

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Pessoal do Rio,

descobri essa imagem nos meus arquivos, não me lembro onde peguei isso, mas achei interessante e logo fiz o upload:

Rio_temperatura2graus_1926_zpsybiedptv.jpg

 

Se alguém souber mais informações da imagem, favor postar. Não deixa de ser curioso e imaginar que isso pode ocorrer em um futuro próximo. Será que houve geada em 1926 no Rio?

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Pessoal do Rio,

descobri essa imagem nos meus arquivos, não me lembro onde peguei isso, mas achei interessante e logo fiz o upload:

Rio_temperatura2graus_1926_zpsybiedptv.jpg

 

Se alguém souber mais informações da imagem, favor postar. Não deixa de ser curioso e imaginar que isso pode ocorrer em um futuro próximo. Será que houve geada em 1926 no Rio?

 

 

"Lendo a revista O Globo (23.06.13), encontrei uma matéria que falava sobre o dia em que a cidade do Rio de Janeiro teve a temperatura mais baixa: 4,8 graus. Foi em 19 de julho de 1926 e o local foi o Campo dos Afonsos"

 

Ou seja, o quê um termômetro desabrigado não faz... :mosking:

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Renan,

teve geada sim no Rio de Janeiro, mas foi "recente", em 1º de junho de 1979,um morador(estava lá mais de 50 anos) do Parque da Pedra Branca zona oeste do Rio, foi entrevistado numa reportagem do Jornal do Brasil ou O Globo, ele mora(va) perto de um açude que tem numa parte alta do maçiço do morro da Pedra Branca,perguntaram a ele se chovia muito e era frio, ele disse que até geada ele viu por ocasião de um frio muito forte no mês de São João de 1979, não lembrava o dia certo. Disse no capim que tinha capinado fazia uns dias, já estava seco, ficou branquinho,achou aquilo esquisito, colocou a mão era gelo.

Nunca esqueci dessa máteria do morador da parte alta do Parque da Pedra Branca.

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Renan,

teve geada sim no Rio de Janeiro, mas foi "recente", em 1º de junho de 1979,um morador(estava lá mais de 50 anos) do Parque da Pedra Branca zona oeste do Rio, foi entrevistado numa reportagem do Jornal do Brasil ou O Globo, ele mora(va) perto de um açude que tem numa parte alta do maçiço do morro da Pedra Branca,perguntaram a ele se chovia muito e era frio, ele disse que até geada ele viu por ocasião de um frio muito forte no mês de São João de 1979, não lembrava o dia certo. Disse no capim que tinha capinado fazia uns dias, já estava seco, ficou branquinho,achou aquilo esquisito, colocou a mão era gelo.

Nunca esqueci dessa máteria do morador da parte alta do Parque da Pedra Branca.

 

Se tiver sido frio sem vento, acredito sim em geada na década de 20 também.

Gostei do relato de 79! Não sei na época, mas atualmente o povoamento vai até pouco mais de 200m de altitude. Subtraindo a forte ilha de calor do Hell, acho que dá pra ter marcas sensivelmente mais interessantes que as do Alto da Boa Vista.

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Li uma reportagem no Jornal do Brasil na década de 90,informando das menores temperaturas registradas no Rio de Janeiro, eram dados oficiais do Inmet, informou dos 4,8ºC em 19 de julho de 1926, acho que foi em Deodoro,mas na matéria do JB, informava que a menor foi de 3,6ºC, não lembro em qual bairro, mas acredito que foi no Campo dos Afonsos.

 

A onda de frio de julho de 1926, quebrou o recorde de mínimas para julho em cidades do Rio e do centro de Minas Gerais.

Foram três dias(de 18 a 20) de muito frio em Minas e Rio de Janeiro

 

O recorde de Resende-RJ em Julho foi de 0,0ºC em 18 de julho.

 

Na estação de Macaé-RJ foi mínima absoluta de 4,2ºC em 20 de julho

 

Em Viçosa-MG, registrou sua mínima absoluta de -0,8ºC em 18 de julho

 

O 6º distrito do Inmet do Rio de Janeiro tem esses dados das antigas estações do Rio tudo arquivado em pastas, de várias estações desativadas do Rio de Janeiro.Isso tudo foi encaminhado para um galpão em Brasília para ser digitalizado.

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Renan,

teve geada sim no Rio de Janeiro, mas foi "recente", em 1º de junho de 1979,um morador(estava lá mais de 50 anos) do Parque da Pedra Branca zona oeste do Rio, foi entrevistado numa reportagem do Jornal do Brasil ou O Globo, ele mora(va) perto de um açude que tem numa parte alta do maçiço do morro da Pedra Branca,perguntaram a ele se chovia muito e era frio, ele disse que até geada ele viu por ocasião de um frio muito forte no mês de São João de 1979, não lembrava o dia certo. Disse no capim que tinha capinado fazia uns dias, já estava seco, ficou branquinho,achou aquilo esquisito, colocou a mão era gelo.

Nunca esqueci dessa máteria do morador da parte alta do Parque da Pedra Branca.

 

Interessante, heim ! Vai ser muito interessante quando este tipo de evento voltar a ocorrer.

 

Como eu queria ter visto as geadas em Juiz de Fora de 1979, 1985 e 1994, Nani. Minha avó (já falecida) sempre contava sobre como o gramado amanheceu branco de gelo nessas ocasiões. Eu já estava por aqui em 1994, mas era muito criança (8 anos de idade), nem me interessava por essas coisas ainda.

 

Também houve geada fraca ou moderada em vários outros anos, mas as mais significativas nas últimas décadas foram essas. Espero que em breve volte a ocorrer uma super bomba como essas.

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Li uma reportagem no Jornal do Brasil na década de 90,informando das menores temperaturas registradas no Rio de Janeiro, eram dados oficiais do Inmet, informou dos 4,8ºC em 19 de julho de 1926, acho que foi em Deodoro,mas na matéria do JB, informava que a menor foi de 3,6ºC, não lembro em qual bairro, mas acredito que foi no Campo dos Afonsos.

 

A onda de frio de julho de 1926, quebrou o recorde de mínimas para julho em cidades do Rio e do centro de Minas Gerais.

Foram três dias(de 18 a 20) de muito frio em Minas e Rio de Janeiro

 

O recorde de Resende-RJ em Julho foi de 0,0ºC em 18 de julho.

 

Na estação de Macaé-RJ foi mínima absoluta de 4,2ºC em 20 de julho

 

Em Viçosa-MG, registrou sua mínima absoluta de -0,8ºC em 18 de julho

 

O 6º distrito do Inmet do Rio de Janeiro tem esses dados das antigas estações do Rio tudo arquivado em pastas, de várias estações desativadas do Rio de Janeiro.Isso tudo foi encaminhado para um galpão em Brasília para ser digitalizado.

 

Manaus cravou sua mínima histórica nesta onda de frio também: 17,6°C no dia 17/07.

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Sobre 1893: Vi uma noticia em um jornal antigo que a mínima em São Carlos-SP foi de -2,0°C.

 

Diz assim o trecho do jornal sobre a geada em São Carlos em 1893:

 

"O inverno no interior de S. Paulo tem sido muitíssimo rigoroso.

Em S.Carlos, segundo o Ordem e Progresso, no dia 23 caiu geada.

O Thermometro desceu, às 9 horas da noite de 22, a zero, durante a noite 2 graus abaixo de zero e às 7 horas da manhã subiu a zero."

 

Fica o registro.

 

Relato bem parecido com o que ocorreu aqui no último dia 13/06, porém, o termômetro marcava zero por volta das 22:30 e a mínima foi de -2,3ºC

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  • 2 months later...
  • 8 months later...

Vasculhando anuários antigos do IBGE disponíveis na internet (aqui: http://biblioteca.ibge.gov.br/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=720), achei uns dados bem interessantes. Segue:

 

Estações meteorológicas em 1912:

 

rajCUgd.png

 

6zkLiG3.png

 

AjdMb33.png

 

ER148iG.png

 

Seus respectivos dados dos anos de 1908 a 1912:

 

NpMQQSj.png

 

Bmh9iKD.png

 

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PR47DWN.png

 

k7H6Fn1.png

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Interessante os dados das capitais no ano de 1942, Chapecó/capital do Iguaçu com negativas de maio a outubro.

Porto Alegre(antiga convencional ficava nos 10 metros de altitude,baixada) com média das mínimas em julho de 6,3ºC

 

Curitiba com média das mínimas em julho de 5,0ºC

 

Tem dados incríveis na década de 1940. POA teve média mínima de 6,3°C em julho de 1942 e de 6,0°C em junho de 1945 (neste último a mínima absoluta foi de -1,9°C!).

 

Chapecó (que é na verdade a estação de Xanxerê, 841,21m) tem esses dados:

 

Méd.comp (méd.mín / méd.máx / mín / máx)

 

1942 15,7 (09,7 / 24,1 / -07,9 / 32,7)

ABRIL 15,9 (10,5 / 23,1 / 01,7 / 27,5)

MAIO 12,0 (05,7 / 19,4 / -05,3 / 25,7)

JUNHO 09,9 (04,5 / 18,3 / -07,9 / 25,0)

JULHO 08,4 (03,1 / 17,1 / -07,6 / 25,3)

AGOSTO 14,0 (08,1 / 23,3 / -03,1 / 29,8)

SETEMBRO 14,4 (07,9 / 23,3 / -00,9 / 29,4)

OUTUBRO 15,9 (09,1 / 24,6 / -00,9 / 30,7)

 

1944 15,8 (09,2 / 24,7 / -10,6 / 35,5)

ABRIL 13,8 (06,2 / 23,4 / -01,8 / 28,4)

MAIO 12,3 (05,8 / 21,4 / -03,3 / 25,7)

JUNHO 11,4 (04,5 / 20,5 / -08,1 / 24,9)

JULHO 09,5 (02,2 / 20,4 / -10,6 / 25,0)

AGOSTO 14,5 (07,5 / 24,2 / -00,2 / 28,7)

SETEMBRO 16,1 (08,6 / 26,4 / -04,8 / 32,1)

OUTUBRO 18,7 (12,9 / 26,6 / -01,1 / 32,1)

 

 

1945 16,1 (08,4 / 24,4 / -11,6 / 33,1)

ABRIL 15,3 (07,5 / 25,1 / -01,0 / 28,5)

MAIO 09,6 (01,2 / 20,8 / -06,0 / 25,9)

JUNHO 06,5 (-01,8 / 19,0 / -11,6 / 25,9)

JULHO 11,4 (04,7 / 20,7 / -08,5 / 27,3)

AGOSTO 14,5 (07,8 / 24,4 / -03,9 / 31,9)

SETEMBRO 15,1 (10,3 / 22,3 / 00,3 / 28,9)

OUTUBRO 16,9 (10,2 / 25,2 / 00,3 / 32,6)

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Tem dados incríveis na década de 1940. POA teve média mínima de 6,3°C em julho de 1942 e de 6,0°C em junho de 1945 (neste último a mínima absoluta foi de -1,9°C!).

 

Chapecó (que é na verdade a estação de Xanxerê, 841,21m) tem esses dados:

 

Méd.comp (méd.mín / méd.máx / mín / máx)

 

1942 15,7 (09,7 / 24,1 / -07,9 / 32,7)

ABRIL 15,9 (10,5 / 23,1 / 01,7 / 27,5)

MAIO 12,0 (05,7 / 19,4 / -05,3 / 25,7)

JUNHO 09,9 (04,5 / 18,3 / -07,9 / 25,0)

JULHO 08,4 (03,1 / 17,1 / -07,6 / 25,3)

AGOSTO 14,0 (08,1 / 23,3 / -03,1 / 29,8)

SETEMBRO 14,4 (07,9 / 23,3 / -00,9 / 29,4)

OUTUBRO 15,9 (09,1 / 24,6 / -00,9 / 30,7)

 

1944 15,8 (09,2 / 24,7 / -10,6 / 35,5)

ABRIL 13,8 (06,2 / 23,4 / -01,8 / 28,4)

MAIO 12,3 (05,8 / 21,4 / -03,3 / 25,7)

JUNHO 11,4 (04,5 / 20,5 / -08,1 / 24,9)

JULHO 09,5 (02,2 / 20,4 / -10,6 / 25,0)

AGOSTO 14,5 (07,5 / 24,2 / -00,2 / 28,7)

SETEMBRO 16,1 (08,6 / 26,4 / -04,8 / 32,1)

OUTUBRO 18,7 (12,9 / 26,6 / -01,1 / 32,1)

 

 

1945 16,1 (08,4 / 24,4 / -11,6 / 33,1)

ABRIL 15,3 (07,5 / 25,1 / -01,0 / 28,5)

MAIO 09,6 (01,2 / 20,8 / -06,0 / 25,9)

JUNHO 06,5 (-01,8 / 19,0 / -11,6 / 25,9)

JULHO 11,4 (04,7 / 20,7 / -08,5 / 27,3)

AGOSTO 14,5 (07,8 / 24,4 / -03,9 / 31,9)

SETEMBRO 15,1 (10,3 / 22,3 / 00,3 / 28,9)

OUTUBRO 16,9 (10,2 / 25,2 / 00,3 / 32,6)

 

Tomás WRuas,

Xanxerê teve um maio e junho de 1945 gelado, média mínimas de 1,2 e -1,8.

 

Aqui pertinho de Laje do Muriaé(23 km em linha reta) tem a convencional de Itaperuna, as mínimas absolutas de maio e junho foram registradas em 1945, na série do Inmet 1931 a 1960.

Na fortíssima onda de frio nos dias 24 a 26 de junho de 1945, com recordes absolutos de mínimas em algumas cidades do RS e SC, minha região Noroeste do Rio divisa com a Zona da Mata de Minas registrou chuvas nos dias 23, 24, 25 e 26 de junho deve ter sido um frio muito forte e úmido, com máximas baixas.Pesquisei as chuvas na estação pluviométrica(ANA) que funciona desde janeiro de 1935 em Patrocínio do Muriaé-MG, que fica a 12 km em linha reta daqui de Laje.

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  • 1 year later...

Artigo de Henrique Morize, extraído do Diário Oficial da União, de 1893. Fala de alguns eventos marcantes de frio no século XIX, inclusive da famosa neve de 30/07/1858, que teria causado a morte de 3.000 cabeças de gado em Lages/SC, além de "quedas de neves muito frequentes durante o inverno em Curitiba". 

 

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  • 1 year later...
Em 24/06/2016 em 11:22, marinhonani disse:

Renan,

teve geada sim no Rio de Janeiro, mas foi "recente", em 1º de junho de 1979,um morador(estava lá mais de 50 anos) do Parque da Pedra Branca zona oeste do Rio, foi entrevistado numa reportagem do Jornal do Brasil ou O Globo, ele mora(va) perto de um açude que tem numa parte alta do maçiço do morro da Pedra Branca,perguntaram a ele se chovia muito e era frio, ele disse que até geada ele viu por ocasião de um frio muito forte no mês de São João de 1979, não lembrava o dia certo. Disse no capim que tinha capinado fazia uns dias, já estava seco, ficou branquinho,achou aquilo esquisito, colocou a mão era gelo.

Nunca esqueci dessa máteria do morador da parte alta do Parque da Pedra Branca.

 

Frequento bastante o entorno do Parque da Pedra Branca, desde 2014. Moro em Vila Isabel e vou para a Estrada do Pau da Fome, uma das que dá acesso ao Parque. A casa que vou fica bem no meio da estrada. Hoje em dia já é urbanizada mas ainda mantém bastante verde. Posso atestar que aquele local é BEM FRIO para os padrões do carioca. Já vi temperatura de 11 graus ao amanhecer e 14 por voltas das 22 horas. A diferença de temperatura, mesmo nos dias mais quente, costuma ser grande entre lá e Vila Isabel. Algo em torno de 3 ou 4 graus durante o dia, podendo ser até de mais nos dias mais frio de céu limpo.

 

Atualmente há uma estação PWS na entrada da estrada, de nome CONDOMINIO PASSAREDO. Gostaria até de saber a quem pertence, de repente é participante do forum e poderia nos dar maiores informações. Pelos dados que ela reporta e que eu já acompanhei ela bate todos os anos na casa dos 13 graus. É até comum no inverno.

 

Sendo assim acredito ser possível ter geado sim nas áreas altas daquela região e de repente até nas partes altas, em eventos de frio muito fortes, daqueles que ocorrem raríssimas vezes. Já ouvi relatos de terem visto gelo no mato ao amanhecer pelas estradas da região, pessoas que sempre moraram por ali. 

 

Além dessa região com certeza já houve no Alto da Boa Vista, como já dito por vocês. Outros locais passíveis de geada podem ser as favelas do Rio, que antes eram grandes áreas verdes. Muitas delas tem uma boa altitude. A estrada Grajaú/Jacarepaguá também pode ter vivenciado um evento desse. Hoje em dia já acho mais difícil pela densa urbanização das encostas.

 

Creio que haja condição de geada no Rio em episódios de frio extremo e que já tenha havido no passado (isso tenho certeza). Fenômenos que ocorrem talvez uma vez por século por aqui, e cada ano com menos possibilidade.

Edited by fsorf9rj
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Em 23/04/2019 em 17:53, stankevecz1 disse:

Artigo de Henrique Morize, extraído do Diário Oficial da União, de 1893. Fala de alguns eventos marcantes de frio no século XIX, inclusive da famosa neve de 30/07/1858, que teria causado a morte de 3.000 cabeças de gado em Lages/SC, além de "quedas de neves muito frequentes durante o inverno em Curitiba". 

 

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Interessante essas anotações de especialistas sobre o clima do Brasil no final do século XIX; quando a tendência já era de aquecimento após os mínimos solares dos séculos anteriores. Pelas observações, é evidente que as médias térmicas no nosso país eram muito mais baixas do que agora, em especial quando se refere ao clima da região Sudeste como "subtropical" e da região Sul como "temperado doce" e " um dos melhores climas do mundo"; outros fatores que causam espanto é a naturalidade com que é relatada a ocorrência de neve em regiões em que ela não ocorre ou raramente acontece atualmente, como em Ouro Preto e Curitiba. Como nessa notícia menciona anotações de apenas quatro anos seguidos e em poucos lugares, é possível que a neve também ocorresse com frequência na Serra da Mantiqueira e em outros pontos mais elevados do Sudeste, talvez até já tenha nevado na cidade de São Paulo num passado distante.

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  • 2 weeks later...

PDF do Relatório da Comissão Exploradora ao Planalto Central do Brasil, por Luis Cruls https://bdor.sibi.ufrj.br/bitstream/doc/344/1/258 PDF - OCR - RED.pdf

 

Relatos de geadas no centro sul de Goiás (Goyaz na época) desde Catalão até Formosa situada a 15°S, passando por Pirenópolis e atual Distrito Federal.

 

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Depois dou uma olhada para ver se já não foi postado por aqui

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1 hora atrás, Alexandre Pereira disse:

PDF do Relatório da Comissão Exploradora ao Planalto Central do Brasil, por Luis Cruls https://bdor.sibi.ufrj.br/bitstream/doc/344/1/258 PDF - OCR - RED.pdf

 

Relatos de geadas no centro sul de Goiás (Goyaz na época) desde Catalão até Formosa situada a 15°S, passando por Pirenópolis e atual Distrito Federal.

 

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Depois dou uma olhada para ver se já não foi postado por aqui

Essa onda de frio de 1892 deve ter sido uma das mais fortes daquele século para o país por ter causado geadas fortes em latitudes muito baixas (em anos normais as geadas nos meses de junho e julho chegam no máximo até o paralelo 20S no interior do continente e 24S pelo litoral); provavelmente muitas vidas foram perdidas e muita vegetação nativa foi ceifada pelo gelo.

Só acho estranho não haver relatos de neve no Sul e pontos mais altos do Sudeste, porque pelas reanálises dá pra ter noção de que foi uma massa polar fora do comum com todos os ingredientes para precipitações infernais.

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  • 5 months later...
Guest Wallace Rezende
8 horas atrás, marcoseojr disse:

Alguém sabe ou tem os dados pluviométricos de Belo Horizonte/MG referentes a 1984 e 1985, pois esses anos não possuem dados disponíveis no banco de dados meteorológicos do INMET.

 

No link abaixo (páginas 43/46) constam os totais anuais de BH e os máximos diários desde 1940 até 1993.  Em 1983 foi registrado o ano mais chuvoso, com mais de 2500 mm (total que muito provavelmente não será superado em 2020, já que por enquanto não parece que dezembro será tão chuvoso, mas vamos ter que esperar para ver).

 

http://www.bibliotecadigital.mg.gov.br/consulta/verDocumento.php?iCodigo=51563

 

Pelos dados disponíveis para consulta no site do Inmet o acumulado de 1983 teria sido quase 200 mm menor, mas considero estes dados originais do link mais confiáveis, uma vez que há uma infinidade de erros e omissões na base de dados digital do Inmet.

 

Apesar de os dados mensais estarem ausentes no link, já foi divulgado pela mídia (tendo como fonte o quinto Disme de BH) que janeiro de 1985 foi o mês mais chuvoso já registrado na estação convencional da região Centro-Sul da cidade (850,3 mm, superados em 01/2020), e março de 1985 foi o segundo março mais chuvoso com 412 mm, atrás somente de 03/1916.

 

1984, pelo que eu soube, vinha sendo um ano extremamente seco na cidade (nível 1963) até a primavera, quando as chuvas voltaram com vontade e elevaram o total anual para 1088 mm (ainda um ano bem seco, mas não histórico); houve até um total diário de 134 mm no dia 16/12/1984, que superou o máximo diário dos muito chuvosos anos de 1983 e 1985.

 

Neste e intervalo (1940/1993) choveu mais de 2000 mm também em 1945 (2268,3 mm) e 1985 (2338,3 mm), e menos de 1000 mm em 1954 (962,8 mm) e no bizarro 1963 (497,5 mm). 

 

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12 hours ago, Wallace Rezende said:

 

No link abaixo (páginas 43/46) constam os totais anuais de BH e os máximos diários desde 1940 até 1993.  Em 1983 foi registrado o ano mais chuvoso, com mais de 2500 mm (total que muito provavelmente não será superado em 2020, já que por enquanto não parece que dezembro será tão chuvoso, mas vamos ter que esperar para ver).

 

http://www.bibliotecadigital.mg.gov.br/consulta/verDocumento.php?iCodigo=51563

 

Pelos dados disponíveis para consulta no site do Inmet o acumulado de 1983 teria sido quase 200 mm menor, mas considero estes dados originais do link mais confiáveis, uma vez que há uma infinidade de erros e omissões na base de dados digital do Inmet.

 

Apesar de os dados mensais estarem ausentes no link, já foi divulgado pela mídia (tendo como fonte o quinto Disme de BH) que janeiro de 1985 foi o mês mais chuvoso já registrado na estação convencional da região Centro-Sul da cidade (850,3 mm, superados em 01/2020), e março de 1985 foi o segundo março mais chuvoso com 412 mm, atrás somente de 03/1916.

 

1984, pelo que eu soube, vinha sendo um ano extremamente seco na cidade (nível 1963) até a primavera, quando as chuvas voltaram com vontade e elevaram o total anual para 1088 mm (ainda um ano bem seco, mas não histórico); houve até um total diário de 134 mm no dia 16/12/1984, que superou o máximo diário dos muito chuvosos anos de 1983 e 1985.

 

Neste e intervalo (1940/1993) choveu mais de 2000 mm também em 1945 (2268,3 mm) e 1985 (2338,3 mm), e menos de 1000 mm em 1954 (962,8 mm) e no bizarro 1963 (497,5 mm). 

 

Cacetada!! 497,5mm em 1963?? Que loucura isso! Só em Janeiro desse ano choveu o dobro disso praticamente. Pelo que vi 1963 ocorreu El Niño de fraca intensidade, seguido por 1964 com La Niña.

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3 horas atrás, Lucas Centurion disse:

Cacetada!! 497,5mm em 1963?? Que loucura isso! Só em Janeiro desse ano choveu o dobro disso praticamente. Pelo que vi 1963 ocorreu El Niño de fraca intensidade, seguido por 1964 com La Niña.

 

Dados de chuva de BH em 1963:

Jan:   61,3 mm

Fev: 209,7 mm

Mar:     7,0 mm

Abr:      6,0 mm

Mai:      0,0 mm

Jun:      0,0 mm

Jul:       0,0 mm

Ago:     0,6 mm

Set:      0,0 mm

Out:    36,0 mm

Nov:   89,8 mm

Dez:   86,6 mm

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Em 24/06/2016 em 10:58, Renan disse:

O que nos leva a uma pergunta: Já houve geada na CIDADE do Rio de Janeiro ?

 

Pois, eu tenho quase certeza de que já houve geada no MUNICÍPIO...pois há elevações significativas por lá.

Renan, lendo esse post e sua pergunta, me lembrei do relato da mãe do @Gvieira das décadas de 70 e 80, onde ela já viu geada fraca na baixada fluminense, em terrenos vazios, próximo a divisa com o município do Rio... creio que nos melhores locais do município (mesmo a nível do mar) tenha sim tido geada nas décadas de 70 e 80, visto que em 2011 tivemos entre 7 e 8C na cidade do Rio, e 6,9C na casa do Vieira, sendo possível até 5C nas melhores baixadas da RMRJ, isso se tratando de um ano ''próximo'', imagina nas décadas de 70 e 80.

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On 6/18/2016 at 10:11 AM, Tstorm said:

Se ainda for possível, gostaria de ver os dados de Morro do Chapéu, Porto Nacional, Iguatu e Garanhuns.

Impressionado com os 0,4°C na região de Paranã - TO.

 

Morro do Chapéu

 

1073938381_AracajMorrodoChapu.thumb.jpg.2fad40c76a0341612ab81371d85f5e69.jpg

 

Porto Nacional

 

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Garanhuns

 

mdp.39015086604801-seq_104.thumb.jpg.34603bcc47b559111f770dc24665bc0d.jpg

 

Iguatú

 

mdp.39015086604801-seq_100.thumb.jpg.255deb7be3c412339b2a9f50ceee986c.jpg

 

Fonte: https://babel.hathitrust.org/cgi/pt?id=mdp.39015086604801

Edited by Samihr Hermes
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  • 2 weeks later...
Em 23/11/2020 em 00:47, Wallace Rezende disse:

 

No link abaixo (páginas 43/46) constam os totais anuais de BH e os máximos diários desde 1940 até 1993.  Em 1983 foi registrado o ano mais chuvoso, com mais de 2500 mm (total que muito provavelmente não será superado em 2020, já que por enquanto não parece que dezembro será tão chuvoso, mas vamos ter que esperar para ver).

 

http://www.bibliotecadigital.mg.gov.br/consulta/verDocumento.php?iCodigo=51563

 

Pelos dados disponíveis para consulta no site do Inmet o acumulado de 1983 teria sido quase 200 mm menor, mas considero estes dados originais do link mais confiáveis, uma vez que há uma infinidade de erros e omissões na base de dados digital do Inmet.

 

Apesar de os dados mensais estarem ausentes no link, já foi divulgado pela mídia (tendo como fonte o quinto Disme de BH) que janeiro de 1985 foi o mês mais chuvoso já registrado na estação convencional da região Centro-Sul da cidade (850,3 mm, superados em 01/2020), e março de 1985 foi o segundo março mais chuvoso com 412 mm, atrás somente de 03/1916.

 

1984, pelo que eu soube, vinha sendo um ano extremamente seco na cidade (nível 1963) até a primavera, quando as chuvas voltaram com vontade e elevaram o total anual para 1088 mm (ainda um ano bem seco, mas não histórico); houve até um total diário de 134 mm no dia 16/12/1984, que superou o máximo diário dos muito chuvosos anos de 1983 e 1985.

 

Neste e intervalo (1940/1993) choveu mais de 2000 mm também em 1945 (2268,3 mm) e 1985 (2338,3 mm), e menos de 1000 mm em 1954 (962,8 mm) e no bizarro 1963 (497,5 mm). 

 

@Wallace Rezende só agora visualizei a mensagem. Um dia desses eu encontrei os anuários estatísticos do Brasil publicados pelo IBGE que, até 1995, publicavam as principais observações meteorológicas nas capitais. BH em 1984, como falou, teve um janeiro bem seco e fevereiro principalmente, com apenas 4 mm, podendo ser um pouco comparável a 2014.

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17 horas atrás, marcoseojr disse:

@Wallace Rezende só agora visualizei a mensagem. Um dia desses eu encontrei os anuários estatísticos do Brasil publicados pelo IBGE que, até 1995, publicavam as principais observações meteorológicas nas capitais. BH em 1984, como falou, teve um janeiro bem seco e fevereiro principalmente, com apenas 4 mm, podendo ser um pouco comparável a 2014.

No Brasil várias estudos ou publicações não têm continuidade, infelizmente

Edited by Ernani de Paula
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  • 2 weeks later...

No final de novembro entrei em contato por e-mail com o 8° DISME do INMET, sediado em Belo Horizonte, perguntando sobre os dados de 1984 e 1985. Há mais ou menos duas semanas os dados faltantes de temperatura e chuva desde 1961 foram digitalizados no sistema, mas só os da capital. Além disso, todos os dados que já existiam no banco de dados foram corrigidos. Segue abaixo os acumulados de 1981 até 2010 com as respectivas médias mensais.

 

  JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

ANO

MÉDIA 339,1 175,3 207,0 74,0 28,4 12,2 7,5 16,7 56,3 100,5 243,4 370,8 1631,2
1981 323,3 49,6 196,6 85,8 7 53,6 0 31,4 1 151,6 528,9 323 1751,8
1982 393,5 52 375,1 24,5 36 31 3,6 8,6 23,8 54,1 80,4 343,2 1425,8
1983 607,9 228,5 366,7 134,4 61,3 4,9 37,3 1,4 105,2 160,3 371,8 411,3 2491
1984 62,9 4 113,3 41 8 0 6,4 54,8 72 41,8 203,4 480,6 1088,2
1985 850,3 233,3 412 45,8 42,9 6,2 0 1,6 38,7 60,5 265,5 308,5 2265,3
1986 284,1 98,2 79,2 60,5 68,7 6,4 29 35,7 11,1 3,2 180,2 453,4 1309,7
1987 218,9 72,2 219,8 93 39,4 55 4,8 1,4 72,5 50,9 175,2 644,4 1647,5
1988 246,2 297,7 169,4 96,3 29,6 1,8 0 0 68 63,9 105,2 234,2 1312,3
1989 153,9 298,6 230 5,2 3 43,6 37,4 26,5 77,4 162,9 307,6 465,7 1811,8
1990 88,6 202,5 136,9 61,7 49,7 0,5 15,4 74,6 37,4 49,1 182,7 198,3 1097,4
1991 651,2 242,8 201,8 82,2 18,8 0 0 0 54,7 108,2 179 279,9 1818,6
1992 503 176,7 62,7 72,6 21,4 0 16 20,3 93,7 86,8 219,8 425,5 1698,5
1993 199,9 217,9 103,4 174 3 21,4 0 6,4 66,5 128,9 193,9 358,5 1473,8
1994 354,2 96,2 384,6 68,7 45,4 7,9 0 0 3,4 46,4 190,4 252,8 1450
1995 89,6 235,1 302,9 55,4 34,7 5,9 0 0 59,2 275 185,5 547,7 1791
1996 205,4 205 295,2 112,4 20 3 0 21,7 70,4 65,6 370,2 346,4 1715,3
1997 510,5 159,5 153,4 111,5 41,9 30,4 2 2 61,8 100,8 137,9 210,6 1522,3
1998 339,6 226,3 68,7 37,2 78,2 3 0 43,2 39,4 105,6 338,4 231,9 1511,5
1999 237,3 94,7 246,4 56,7 4 2,4 0 0 43,8 84 279,3 294,1 1342,7
2000 469,5 194 131,4 55,1 1,5 0 2,8 18,5 49,4 69,8 268 316,4 1576,4
2001 165,9 64,7 138,9 19,2 46,9 0 10,9 42,5 56,5 162,4 329,9 421,4 1459,2
2002 285,5 303,7 72 53,1 13,4 0 5 2 80,5 32,5 245,5 395,3 1488,5
2003 781,6 182,9 178,7 26,2 20,2 0 0 10,4 12,1 22 212,1 277,3 1723,5
2004 502,9 363,9 105,6 184,9 20,5 17,7 40 0 0 44,3 157,2 499,8 1936,8
2005 241 158,3 253,7 38,6 36 23,3 6,5 4,9 127,2 42,9 292,7 393 1618,1
2006 144,2 132,6 265 54,8 45,7 5,8 3,2 21,6 89,2 123,4 343,6 338,8 1567,9
2007 350,9 171,3 79,8 98 7 0 5,9 0 1,7 104 132,4 212,2 1163,2
2008 305,5 208,6 346,5 144 0,5 2,1 0 47,1 99,7 53,2 216,2 601,3 2024,7
2009 313,4 215,8 273,2 41,6 20,4 38,6 0,2 23,1 103,1 344,3 213,7 564,1 2151,5
2010 291,5 71 247,9 85,1 26,8 0,8 0 0 71 216,6 396,6 293,2 1700,5
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Guest Wallace Rezende
8 horas atrás, marcoseojr disse:

No final de novembro entrei em contato por e-mail com o 8° DISME do INMET, sediado em Belo Horizonte, perguntando sobre os dados de 1984 e 1985. Há mais ou menos duas semanas os dados faltantes de temperatura e chuva desde 1961 foram digitalizados no sistema, mas só os da capital. Além disso, todos os dados que já existiam no banco de dados foram corrigidos. Segue abaixo os acumulados de 1981 até 2010 com as respectivas médias mensais.

 

Nenhum ano com menos de 1000 mm neste período da última normal, mas desde 2010 já aconteceu duas vezes, em 2014 e 2019 (este por quase nada).  Estes anos já vão entrar normal vigente a partir de 01/2021 (1991/2020).

 

Pelos dados acima, faltam 207,2 mm para 2020 alcançar o ano mais chuvoso (1983) na convencional de BH (2020 conta com 2283,8 mm até agora).  Como a estação vem sendo “premiada” este ano pelas chuvas, não vou ficar muito surpreso se, mesmo nas bordas de um canal de umidade (que vai atuar nestes últimos dias de 2020), ela conseguir a “proeza” de superar 1983, destoando da maior parte de MG, que não teve um ano particularmente chuvoso em 2020.

 

Resta saber a causa das diferenças entre os dados do anuário e os atualizados, embora pelo menos para o ano mais chuvoso (1983) seja uma diferença muito pequena agora (em 1985 a diferença é maior, 71 mm). Vai ser ruim só se 2020 ficar acima do total do Inmet atualizado (2491 mm) e abaixo do total do anuário (2509,8 mm) para 1983, pois vai restar uma dúvida sobre o recorde.  Se for para 2020 superar o recorde, que chova de 2510 mm para cima (ou, se não for, que fique abaixo dos 2491 mm).

 

Seria legal ainda (também pelo título do tópico, mas não só) saber os totais de BH desde 1911 até o começo da década de 1939, nunca vi estes dados publicados (aí fecharia toda a série pluviométrica de BH, embora os dados sejam de outro ponto da cidade entre uma parte dos anos 1970 e o começo da década de 1980).  Neste período ente 197? e 198?, parece que a estação funcionou no Instituto Agronômico/Horto Florestal, na zona leste.  Da década de 1910 até o início da década de 1970 a estação convencional sempre funcionou na área central/sul, embora eu não saiba os endereços exatos.

 

Edited by Wallace Rezende
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15 horas atrás, Wallace Rezende disse:

 

Nenhum ano com menos de 1000 mm neste período da última normal, mas desde 2010 já aconteceu duas vezes, em 2014 e 2019 (este por quase nada).  Estes anos já vão entrar normal vigente a partir de 01/2021 (1991/2020).

 

Pelos dados acima, faltam 207,2 mm para 2020 alcançar o ano mais chuvoso (1983) na convencional de BH (2020 conta com 2283,8 mm até agora).  Como a estação vem sendo “premiada” este ano pelas chuvas, não vou ficar muito surpreso se, mesmo nas bordas de um canal de umidade (que vai atuar nestes últimos dias de 2020), ela conseguir a “proeza” de superar 1983, destoando da maior parte de MG, que não teve um ano particularmente chuvoso em 2020.

 

Resta saber a causa das diferenças entre os dados do anuário e os atualizados, embora pelo menos para o ano mais chuvoso (1983) seja uma diferença muito pequena agora (em 1985 a diferença é maior, 71 mm). Vai ser ruim só se 2020 ficar acima do total do Inmet atualizado (2491 mm) e abaixo do total do anuário (2509,8 mm) para 1983, pois vai restar uma dúvida sobre o recorde.  Se for para 2020 superar o recorde, que chova de 2510 mm para cima (ou, se não for, que fique abaixo dos 2491 mm).

 

Seria legal ainda (também pelo título do tópico, mas não só) saber os totais de BH desde 1911 até o começo da década de 1939, nunca vi estes dados publicados (aí fecharia toda a série pluviométrica de BH, embora os dados sejam de outro ponto da cidade entre uma parte dos anos 1970 e o começo da década de 1980).  Neste período ente 197? e 198?, parece que a estação funcionou no Instituto Agronômico/Horto Florestal, na zona leste.  Da década de 1910 até o início da década de 1970 a estação convencional sempre funcionou na área central/sul, embora eu não saiba os endereços exatos.

 

Creio que tenha sido em 1989 que a estação tenha mudado para o lugar atual, pois se você verificar no banco de dados o único período com falhas é em agosto desse ano, mesmo assim, não desconsiderei esse mês dos acumulados mensais, tendo em vista que o mês é predominantemente seco na região e o acumulado dos dias com dados ficou acima da média.

Edited by marcoseojr
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Guest Wallace Rezende
8 horas atrás, marcoseojr disse:

Creio que tenha sido em 1989 que a estação tenha mudado para o lugar atual, pois se você verificar no banco de dados o único período com falhas é em agosto desse ano, mesmo assim, não desconsiderei esse mês dos acumulados mensais, tendo em vista que o mês é predominantemente seco na região e o acumulado dos dias com dados ficou acima da média.

 

Quem me passou a informação foi um meteorologista do 5º Disme, mas a resposta veio por um e-mail antigo que não tenho mais (isso foi há mais de 5 anos), e acabei não salvando. Pelo que me lembro, ele disse que as observações são feitas no local atual desde 1983 ou 1984.

 

Lembro claramente de ele ter respondido que em 1985 a estação já estava no local atual, pois perguntei especificamente sobre o acumulado de janeiro daquele ano.  Mas não descarto que as duas estações tenham funcionado simultaneamente por um tempo (antes do Inmet atualizar os dados na base digital, o acumulado de 1983 aparecia menor, e pode ter sido por conter dados de mais de uma estação, mas não tenho como afirmar).

 

De toda forma, é muito bom que o Inmet tenha finalmente coberto este buraco nos dados de BH.  Um grande número de estações do centro-sul do Brasil teve os dados de 1985 omitidos da base digital (mas eles existem, pois foram publicados na primeira versão da normal 1961/1990), tomara que façam o mesmo que fizeram no caso de BH e tragam os registros de volta.  Claro que, considerando a imensa quantidade de erros e omissões na base de dados central do Inmet (como os recordes de chuva de algumas estações que foram limados pelo software/algoritmo), qualquer alteração/recuperação será apenas a “ponta de um iceberg”, mas é melhor do que nada.

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Em 23/11/2020 em 17:22, Aldo Santos disse:

 

Dados de chuva de BH em 1963:

Jan:   61,3 mm

Fev: 209,7 mm

Mar:     7,0 mm

Abr:      6,0 mm

Mai:      0,0 mm

Jun:      0,0 mm

Jul:       0,0 mm

Ago:     0,6 mm

Set:      0,0 mm

Out:    36,0 mm

Nov:   89,8 mm

Dez:   86,6 mm

O INMET pelo visto perdeu alguns dados de novembro e dezembro, porém consegui os dados faltantes no site da ANA, não lembro qual foi o posto, mas os dados que tinham lá eram iguais aos do INMET. Sendo assim os verdadeiros acumulados mensais são esses:

 

JAN = 61,3
FEV = 209,7
MAR = 7
ABR = 6
MAI = 0
JUN = 0
JUL = 0
AGO = 0,6
SET = 0
OUT = 36
NOV = 90,1
DEZ = 93,7

 

Ano = 504,4

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17 horas atrás, Wallace Rezende disse:

 

Quem me passou a informação foi um meteorologista do 5º Disme, mas a resposta veio por um e-mail antigo que não tenho mais (isso foi há mais de 5 anos), e acabei não salvando. Pelo que me lembro, ele disse que as observações são feitas no local atual desde 1983 ou 1984.

 

Lembro claramente de ele ter respondido que em 1985 a estação já estava no local atual, pois perguntei especificamente sobre o acumulado de janeiro daquele ano.  Mas não descarto que as duas estações tenham funcionado simultaneamente por um tempo (antes do Inmet atualizar os dados na base digital, o acumulado de 1983 aparecia menor, e pode ter sido por conter dados de mais de uma estação, mas não tenho como afirmar).

 

De toda forma, é muito bom que o Inmet tenha finalmente coberto este buraco nos dados de BH.  Um grande número de estações do centro-sul do Brasil teve os dados de 1985 omitidos da base digital (mas eles existem, pois foram publicados na primeira versão da normal 1961/1990), tomara que façam o mesmo que fizeram no caso de BH e tragam os registros de volta.  Claro que, considerando a imensa quantidade de erros e omissões na base de dados central do Inmet (como os recordes de chuva de algumas estações que foram limados pelo software/algoritmo), qualquer alteração/recuperação será apenas a “ponta de um iceberg”, mas é melhor do que nada.

@Wallace Rezende eu tenho o contato com chefe do DISME de BH. Perguntei a ele se era possível fazer isso com algumas estações, ele disse que sim, agora que pode levar um tempo uma vez que eles têm que pegar todos os dados anotados nas cadernetas.

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Em 22/12/2020 em 00:24, Wallace Rezende disse:

 

Nenhum ano com menos de 1000 mm neste período da última normal, mas desde 2010 já aconteceu duas vezes, em 2014 e 2019 (este por quase nada).  Estes anos já vão entrar normal vigente a partir de 01/2021 (1991/2020).

 

Pelos dados acima, faltam 207,2 mm para 2020 alcançar o ano mais chuvoso (1983) na convencional de BH (2020 conta com 2283,8 mm até agora).  Como a estação vem sendo “premiada” este ano pelas chuvas, não vou ficar muito surpreso se, mesmo nas bordas de um canal de umidade (que vai atuar nestes últimos dias de 2020), ela conseguir a “proeza” de superar 1983, destoando da maior parte de MG, que não teve um ano particularmente chuvoso em 2020.

 

Resta saber a causa das diferenças entre os dados do anuário e os atualizados, embora pelo menos para o ano mais chuvoso (1983) seja uma diferença muito pequena agora (em 1985 a diferença é maior, 71 mm). Vai ser ruim só se 2020 ficar acima do total do Inmet atualizado (2491 mm) e abaixo do total do anuário (2509,8 mm) para 1983, pois vai restar uma dúvida sobre o recorde.  Se for para 2020 superar o recorde, que chova de 2510 mm para cima (ou, se não for, que fique abaixo dos 2491 mm).

 

Seria legal ainda (também pelo título do tópico, mas não só) saber os totais de BH desde 1911 até o começo da década de 1939, nunca vi estes dados publicados (aí fecharia toda a série pluviométrica de BH, embora os dados sejam de outro ponto da cidade entre uma parte dos anos 1970 e o começo da década de 1980).  Neste período ente 197? e 198?, parece que a estação funcionou no Instituto Agronômico/Horto Florestal, na zona leste.  Da década de 1910 até o início da década de 1970 a estação convencional sempre funcionou na área central/sul, embora eu não saiba os endereços exatos.

 

1983 eu descobri o erro, no dia 1° de janeiro foram 42,4 mm e não 24,2 mm como está lá, sendo assim o acumulado total de janeiro daquele ano foi de 626,1 mm, no dia 01/06 foram 5,5 mm e não 4,9 mm. Somando dá os 2509,8 mm. Já em 1985 o acumulado anual foi de 2266,3 mm conforme o anuário do Brasil de 1986.

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