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Brasil Abaixo de Zero

Evento de Agosto de 1965


Luiz
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CHAPECÓ 100 ANOS: NEVASCA DE 1965

 

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Vista da torre da Igreja Matriz na tarde de sábado (21) de agosto de 1965. Percebe-se as casas cobertas de neve. (Crédito: Victorino Zolett)

 

 

Morar em Santa Catarina é um verdadeiro misto de sensações. Enquanto no verão os termômetros estouram em 40 graus, no inverno as temperaturas negativas são registradas em praticamente todas as regiões.  Do picolé ao pinhão, a cada ano as estações nos presenteiam com fenômenos climáticos dignos de países europeus – com muita neve na serra e com praias paradisíacas lotadas de gente bonita ao longo do verão. Que Santa Catarina é o estado queridinho do Brasil quando o assunto é turismo no inverno, todos sabem. Temos aqui paisagens de tirar o fôlego e redes de hotéis maravilhosos que durante a estação mais fria do ano trabalham com lotação máxima.

 

O ponto mais alto do estado fica na divisa entre as cidades de Bom Retiro e Urubici no planalto serrano. O morro Boa Vista fica há exatos 1827 metros a nível do mar. Distante quase 500 km do ponto mais alto do estado, está a cidade de Chapecó. A capital do Oeste fica a 668 metros acima do nível do mar. Temperaturas e fenômenos climáticos são alguns dos fatores em comum das regiões.

 

A cidade de Chapecó vive intensamente todas as estações do ano. Todos os “eventos” climáticos podem ser sentidos e privilegiados por aqui. Exemplo disso são as nevascas que assolaram nossa região no passado. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (CEOM), da Unochapecó, durante as décadas de 40 e 60, várias cidades da região registraram  temperaturas abaixo de zero. Em junho de 1945, Xanxerê marcou -11ºC, segundo dados divulgados pela Defesa Civil do Estado.

 

Em 1965 o município de Chapecó (SC) foi atingido por uma das maiores enchentes da história. As marcas dessa tragédia jamais serão apagadas da memória de quem testemunhou a fúria da natureza. O Rio Uruguai transbordou e devastou as comunidades ribeirinhas que nas margens dele viviam. Naquele fatídico e histórico mês de agosto muitas pessoas testemunharam o imponente rio, que parecia distante e amigável, se transformar em um monstro de forma repentina, deixando um rastro de destruição jamais visto principalmente no Goio-ên, localidade atingida que mais concentrava moradores. A enchente durou vários dias.  

 

Com o passar dos dias e com o rio voltando ao normal, a imagem da destruição foi ficando mais nítida. O vazio não ficou apenas nos terrenos que antes possuíam casas, mas na história de muitas famílias que tiveram que reconstruir suas vidas, desta vez bem distante do rio.

 

O que pouca gente sabe, é que foi depois da enchente de 1965 que a Nevasca de 65 também foi registrada. Na quinta-feira, 19 de agosto de 1965, os Chapecoenses acordaram com os primeiros flocos de neve. Durante o dia a intensidade do fenômeno aumentou e só parou no dia seguinte, na sexta-feira (20), data do famoso registro fotográfico das ruas e da igreja cobertos de neve.

 

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Registro do centro de Chapecó coberto de neve na tarde de sexta-feira (20) de agosto de 1965. (Crédito: Arquivo/CEOM Unochapecó

 

A aposentada Zilma Zolett, lembra da sensação de ver a neve pela primeira vez, “Eu acordei bem cedo, e vi pela janela, era lindo, branquinho. As crianças saíram pra rua brincar, porque também nunca tinham visto” relembra Zilma.  A neve demorou três dias para derreter, e a cada dia a paisagem ia voltando ao normal.  A neve foi registrada pelas lentes do fotógrafo Vitorino Zolet, as fotos ainda circulam pela internet, principalmente durante o inverno quando a expectativa de neve aumenta na região.

 

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Família Goldschmidt em frente à residência situada à Avenida Nereu Ramos, no Centro de Chapecó. Na foto: Horst Goldschmidt, Ruth Goldschmidt, Hardy Goldschmidt, Karin, Damaren e Dagmar Goldschmidt (Crédito: Acervo Pessoa Ilka Goldschimidt)

 

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Na foto: Horst Goldschmidt, Ruth Goldschmidt, Hardy Goldschmidt, Karin, Damaren e Dagmar Goldschmidt (Crédito: Acervo Pessoal Ilka Goldschimidt)

 

Depois da  nevasca de 1965, outros indícios do fenômeno chegaram a ser registrados em Chapecó, mas nada tão intenso quanto este. Recentemente, em junho de 2013, os Chapecoenses puderam ver a neve novamente, porém de forma rasa e sem acúmulo como no passado distante de Chapecó.

 

https://clicrdc.com.br/chapeco-100-anos-nevasca-de-1965/

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Cuiabá:

Mínima, média e máxima:

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0h, 12h, 18h UTC:

 

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83361;23/08/1965;1800;35.4;

 

 

Não foi igual 1975, foi semelhante à do recentíssimo 2017, só um pouco mais forte. 

Edited by Leandro Leite
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