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Brasil Abaixo de Zero

Ciclones no Atlântico Sul - Monitoramento e Previsão (2013 a 2016)


Mafili
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Na minha opinião Cari definitivamente colocou os ciclones subtropicais/tropicais como um elemento a serem estudados, aprendidos e previstos pelos institutos nacionais (os sérios pelo menos).

 

Especialmente para o Sul do Brasil.

 

Passamos do limiar entre a curiosidade e entre a necessidade de compreender.

 

A Metsul já está saindo na frente nessa questão de estudar, apesar da previsão da Climaterra em fevereiro.

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Caio, só para finalizar essa discussão.

 

Houve a frente fria sim, ela passou por Santa Catarina, ANTES da formação da baixa. Quando a baixa pressão se formou (Em SP ainda) no início da semana (sim, indiretamente pela passagem da frente), o sistema frontal já havia se deslocado para alto-mar. Ela estava associada ao Canal de Umidade apenas (ZCAS).

 

Todos os modelos mostravam a baixa SIMÉTRICA (isobaras fechadas) desde o seu nascimento. Portanto ela nunca foi extratropical (frontal), diferente do Catarina por exemplo. Uma coisa que é necessário se compreender é que não existe baixa pressão simétrica associado a frentes... Para isso ela teria que ser ASSIMÉTRICA .

 

O próprio diagrama de Cari que eu, o Mafili, e outros usuários cansamos de postar aqui, deixa claríssimo isso que eu falei, que é regra em Meteorologia Tropical!

 

É uma questão de interpretação, porém é que eu volto a repetir... Para analisar essas baixas warm core, são outras metodologias e técnicas, diferentes da que você e a grande maioria estão acostumados a analisar dos Ciclones Extratropicais. Falo isso, porque eu estudo e acompanho essa área a 5 anos... Tenho Know-how e experiência com estes tipos de ciclones, assim como você tem também com os Extratropicais/invernais, do qual acho a sua, a melhor análise para esses sistemas!

 

Cada um colabora de uma forma aqui no Baz, não??

 

Abs.

 

Rodolfo, entendo, aceito e agradeço a explicação por você apresentada. De maneira nenhuma foi a minha intenção definir o sistema de acordo com o meu ponto de vista. O problema ocorreu quando destaquei a similaridade da baixa fechada quando se desprendeu "sistema mãe", o qual encarei primeiramente como um "sistema frontal" pela experiência vivida aqui em SC.

 

Mas as suas explicações foram de grande valia para que todos aqui ampliassem o conhecimento a cerca das tempestades tropicais, e concordo que a frente logo enfraqueceu, juntando-se ao canal de umidade. Para mim não é a questão central, mas sim a grande similaridade entre os dois momentos cruciais quando as baixas fechadas (Catarina e Cari) ganharam vida própria, fora do sistema que os originou.

 

Uma similaridade que penso eu, tivesse o Cari se formado mais distante da costa, sofrido menos a ação de wind shear (até por conta do anticiclone frio logo ao sul), em uma atmosfera "mais tropical" como foi o caso de 2004, teríamos o surgimento do segundo furacão que se teria notícia no Atlântico Sul.

 

Abraços

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Well, Impressionante como todos os modelos acertaram com uma semana ou mais de antecedência a presença de Cari

 

O acerto do Ronaldo: Mencionar a possibilidade de um evento de natureza tropical foi baseado nas altas anomalias da SST na região.

 

E somente um olho especializado, como alguém da NOAA, claro que baseado em imagens, pode constatar um raro efeito Fujiwara.

 

Durante esta semana lendo algumas discussões pela internet afora percebi o quanto é difícil a comunicação por este meio eletrônico. Um trabalho publicado por uma revista da área Geophysical Research Letters (GRL). A idéia do trabalho é relativamente simples. É um fato conhecido a várias décadas e foi neste ponto que começa o problema.

 

"85 percent of the most intense hurricanes affecting the U.S. and Canada start off as disturbances in the atmosphere over Western Africa," says Prof. Price. "We found that the larger the area covered by the disturbances, the higher the chance they would develop into hurricanes only one to two weeks later."

 

Como isto é um fato conhecido. Foi o ponto atacado, perdendo o fio da meada, isto foi no meu entendimento um bairrismo americano, pois todos que moram especialmente na Florida tremem ao ouvir a expressão " "uma perturbação ao largo da costa oeste da África". o que é uma verdade considerando que (dados do trabalho =....., apenas 10 por cento dos 60 distúrbios originários da África todos os anos se transformar em furacões. E, embora existam em torno de 90 furacões globalmente a cada ano, apenas 10 se desenvolver no Oceano Atlântico.)

 

O ponto central é: O que há de especial nos distúrbios que geram efetivamente o furacões? Uma parte de resposta está associada com as tempestades que ocorrem no interior da África Ocidental na região subsaariana e provavelmente atreladas a intensidade destas e por consequência o tamanho, a temperatura de topo e a distribuição temporal e espacial destas.

 

Alguns aspectos interessante no meu entendimento as colocações acima podem ser condensadas em Ondas de Leste.

 

Ondas de Leste influenciam de modo decisivo o regime de chuvas no Nordeste Brasileiro. A fase fria de Niño 3.4 (La Niña) é o período de chuvas regulares do Nordeste Brasileiro e também a fase de maior atividade de Furacões na Bacia do Atlântico.

 

Ah! Todo este comentário para dizer que há muito a entender sobre o clima.

 

Abraços.

 

PS: Um trabalho de reanálise do Catarina em um link abaixo. Como o Catarina é único até o momento acho interessante que seja revisitado com mais assiduidade.

 

 

http://www.sciencedaily.com/releases/2015/03/150312112304.htm

 

 

http://www.cbmet.com/cbm-files/14-1e451efe975326df355385f5684a0af7.pdf

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TEMPESTADE SUBTROPICAL CARI - ANIMAÇÕES SATELITE/RADAR:

 

PS: Atenção, as animações são muito pesadas e podem levar um tempo para carregar.

 

 

- SATELITE VAPOR A CADA 3 HORAS (PERÍODO COMPLETO DO NASCIMENTO DA BAIXA AO SEU REBAIXAMENTO).

 

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- SATELITE INFRAVERMELHO A CADA 1H NO PERÍODO DE MAIOR INTENSIFICAÇÃO (11/03)

 

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- SATELITE INFRAVERMELHO (TEMPERATURA TOPO) NO PERÍODO DE MAIOR INTENSIFICAÇÃO (11/03).

 

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- IMAGENS DE RADAR A CADA 30MIN ENTRE 09H00 10/03 AS 22H00 11/03 (UTC).

 

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TEMPESTADE SUBTROPICAL CARI - BALANÇO FINAL

 

Duração: 10 a 12 de Março de 2015

Ventos Máximos Sustentados: 65km/h

Pressão Mínima: 998hpas.

 

Para ver animações de Satelite/Radar: viewtopic.php?f=133&t=15373&p=486775#p486775

 

Cronologia:

05/03: Primeiras indicações de modelos sugeriam (de forma bem divergente) a evolução de uma área de baixa pressão indo do sudeste para o sul, após a passagem de uma frente fria pelo sul-sudeste.

 

animacao.gif

 

06-08/03: Principais modelos globais e regionais agora sugeriam a evolução de um Ciclone Subtropical ou até mesmo Tropical sobre a costa do sul do país. Modelos Regionais (Cosmo e ETA) sugeriam a baixa muito próximo da costa de forma muito intensa, enquanto que os demais modelos, que mostravam ela em alto-mar, aos pouco foram adotando essa solução posteriormente.

 

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09/03: Formação da área de baixa pressão sobre o litoral de São Paulo no período da manhã. Bandas de chuva, associada a circulação da baixa traz as primeiras chuvas para a costa de Santa Catarina.

 

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10/03: Área de baixa pressão ganha força, adquire isobaras fechadas e simetricidade, com isso evoluindo a depressão subtropical, sobre a costa de SC. Fortes bandas de chuvas associada a circulação da depressão subtropical atingiam o estado com rajadas de vento. Imagens de satelite mostravam pequena convecção se desenvolvendo em torno do núcleo.

 

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11/03: Durante a madrugada a depressão ganha força e é classificada de Tempestade Subtropical Cari pelo Centro Hidrográfico da Marinha (CHM). Ainda durante o final da madrugada, e manhã, moderada/forte convecção cresce em torno do centro, gerando um aparente olho. A convecção gerada e persistente levou ao NOAA e a Marinha dos EUA emitirem uma Classificação de INVEST 90Q para a tempestade subtropical, na qualidade de "distúrbio tropical". Em terra, fortes chuvas e rajadas de vento eram registradas em alguns locais.

 

9yvQDxP.jpg

 

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11/03 a noite: Durante a noite, a convecção do sistema foi enfraquecendo de forma rápida, deixando o centro da baixa exposto. Cari começava o caminho para perder o status de tempestade subtropical.

 

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12/03: Durante a madrugada, o CHM rebaixou a baixa para depressão subtropical, enquanto se afastava da costa. Durante a tarde, o NOAA deixou de emitir atualizações para o INVEST 90q.

 

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13/03: A Depressão Subtropical, é rebaixada em uma baixa não tropical/subtropical.

 

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CLASSIFICAÇÃO DE FASES:

 

No período em que atuou, o sistema foi praticamente todo simétrico (sem frentes), com núcleo quente em superfície, e morno em altitude, o que caracteriza um subtropical. Por volta do dia 11, quando surgiu a convecção, a baixa esteve muito perto de evoluir em tropical pela análise do GFS.

 

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Impactos:

 

Mapas de Volumes de Chuva acumulados até quarta a noite - Estações do INMET

 

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Mapas de Rajadas de Vento (m/s) até quarta a noite - Estações do INMET

 

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Em Alto-mar uma boia da Marinha registrou ondas de 6 metros, na altura do litoral de Santa Catarina:

 

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Lista Atualizada dos principais sistemas subtropicais/tropicais que atuaram sobre o Brasil

 

- Ciclone Subtropical Alto Mar (Março 1974)

[highlight=yellow]- Depressão Tropical Bahia (Janeiro 2004)[/highlight]

[highlight=yellow]- Furacão Catarina (Março 2004) - (I)[/highlight]

[highlight=yellow]- Depressão/Tempestade Tropical Alto Mar (Fevereiro 2006) - (I)[/highlight]

- Ciclone Subtropical RS/Uruguai (Janeiro 2009)

[highlight=yellow]- Tempestade Tropical Anita Alto Mar (SC) (Março 2010) - (I)[/highlight]

- Ciclone Subtropical RS/Uruguai (Novembro 2010)

 

APÓS A DEFINIÇÃO DA MARINHA DO BRASIL COMO ÓRGÃO OFICIAL RESPONSÁVEL POR MONITORAR E NOMEAR SISTEMAS SUBTROPICAIS/TROPICAIS:

 

- Tempestade Subtropical Arani - Alto Mar na costa do ES (Março 2011) - (I)

- Depressão Subtropical - Litoral do Sul (Dezembro 2013)

- Depressão Subtropical - Alto Mar (Fevereiro 2014)

- Depressão Subtropical - Alto Mar (Março 2014)

- Depressão Subtropical - Litoral PR/SP (Janeiro 2015)

- Tempestade Subtropical Bapo - Litoral de SC (Fevereiro 2015)

- Tempestade Subtropical Cari - Litoral de SC (Março 2015) - (I)

 

* Sistemas Tropicais (Sombreados em amarelos)

(I) - Sistemas que ganharam INVEST

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Uma grande área de convecção intensa (o que é não é normal) está sendo observada neste momento pelas imagens de satélite sobre o Atlântico Sul.

 

S0Su9tz.gif

 

Com isso, a seção de produtos tropicais do NOAA está indicando a possibilidade (não muito pequena) de formação de algum sistema tropical.

 

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Essa convecção está originalmente associada a evolução da frente fria sobre a costa do Sudeste, porém imagens dessa manhã do ASCAT (Scartômetro) estão sugerindo a evolução de uma área de baixa pressão em torno dessa convecção.

 

Contudo essa baixa é assimétrica (está ligada a frente), e pelas projeções do modelos não deve virar simétrica, com isso apesar dessa convecção intensa, e do NOAA indicar a possibilidade, não há expectativa de evolução para algum sistema subtropical ou tropical.

 

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  • 3 weeks later...
  • 6 months later...

JÁ VAI COMEÇAR??

 

GFS está há dias ensaiando há algumas corridas (ora melhor definido, ora nada definido) do que pode ser uma Depressão Subtropical ou Tropical sobre a costa da Bahia/Espírito Santo, para daqui a 5-7 dias!!

 

A Corrida mais recente do GFS mostra uma pequena mais fechada circulação entre Bahia e o Espírito Santo. As imagens em alta resolução do GFS fornecidas pela WXBRASIL, evidenciam bem a baixa.

 

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O Diagrama de Ciclofase não deixa dúvida. Trata-se de uma baixa de núcleo quente simétrico! E a SST na região é compativel para sistemas tropicais.

 

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Por enquanto são só simulações do bipolar GFS, mas será interessante acompanhar...

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Vale citar que até o momento a solução do GFS é outlier. Não é o padrão dos demais modelos, portanto o cenário para evolução de uma depressão tem baixíssima confiabilidade duma forma geral.

 

O quadro sinótico que irá se desenhar para a semana que vem será basicamente da frente fria alcançando o litoral do ES-BA... Durante meados da próxima semana, a frente irá se deslocar para alto-mar, e uma área de baixa pressão tende a se formar.

 

Aí entra o ponto de divergência... O grande consenso dos modelos indica para uma baixa se formando sobre o continente, no interior de Minas Gerais, o que vai intensificar a formação de mais instabilidades sobre aquela área. Apenas o GFS está apontando em algumas soluções, a baixa se desenvolvendo sobre a costa, o que abre margem para algum desenvolvimento, como sugerido na corrida 6z.

 

Por enquanto de certo, independente do cenário, é que fortes chuvas com acumulados muito elevados devem ser registrados sobre o centro-norte de Minas Gerais, Espírito Santo e Sul da Bahia daqui a 5-10 dias.

 

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Uma dúvida aqui.

A temporada de furacões (no caso aqui os caboverdianos) no Atlântico Norte se firma quando a Zona de Convergência Intertropical se afasta a Norte do Trópico do Equador. Essas ondas tropicais, por volta de 11ºN, 12ºN também se formam aqui na costa nordestina nas mesmas coordenadas, só que S, as "Ondas de Leste", que algumas vezes chegam até a altura do Espírito Santo. Pq no Atlânico Norte se desenvolvem sistemas tropicais e aqui não? A temperatura do mar do Atlântico Sul Tropical não é fria como na região Sul onde esses sistemas já se formaram.

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Uma dúvida aqui.

A temporada de furacões (no caso aqui os caboverdianos) no Atlântico Norte se firma quando a Zona de Convergência Intertropical se afasta a Norte do Trópico do Equador. Essas ondas tropicais, por volta de 11ºN, 12ºN também se formam aqui na costa nordestina nas mesmas coordenadas, só que S, as "Ondas de Leste", que algumas vezes chegam até a altura do Espírito Santo. Pq no Atlânico Norte se desenvolvem sistemas tropicais e aqui não? A temperatura do mar do Atlântico Sul Tropical não é fria como na região Sul onde esses sistemas já se formaram.

 

1) A ZCIT não se alonga tanto ao sul, como se alonga ao norte no verão do Hemisfério Norte. Isso conta muito, pois as ondas tropicais se guiam pela mesma.

 

2) As nossas Ondas de Leste tem um ambiente amplamente menos favorável para desenvolvimento em uma baixa de circulação fechada na superfície: como Ventos em Altos níveis geralmente desfavoráveis, disponibilidade de pouca umidade na atmosfera, proximidade muito grande com o Equador na grande maioria dos casos, e principalmente "Pista" de desenvolvimento. O Atlântico Norte, tem um longo caminho de águas abertas com longitude de 80ºW, enquanto a costa da América do Sul, está a 30ºW aproximadamente.

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Mesmo que esse não venha a acontecer, o Atlântico quente nos reserva surpresas no verão. Essas depressões no mar deixam a atmosfera muito interessante por aqui, muitos tipos de nuvens que não se formam constantemente aparecem, além de que é possível observar chuvas muito localizadas em forma de coluna, por vezes um vento mais forte, mas claro, isto dependendo da localização e intensidade do sistema. O que precisamos é que a prefeitura não faça tanto alarde à população quando não há muita necessidade, a exemplo do BAPO no ano passado!!

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A Baixa prevista pelo GFS na semana passada prevista para se desenvolver entre hoje e amanhã, como já esperado, não virá a se desenvolver... Ficou num Falso Alarme mesmo.

 

As simulações de hoje do GFS estão sugerindo a longo prazo, uma nova área de baixa pressão com características simétricas na costa do Espírito Santo para o final do mês... Por mais que se trate de alarmes falsos, chama a atenção um modelo já está sugerindo baixas simétricas (por mais de 1x) apenas em Novembro...

 

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Uma das causas, do GFS está insistindo tanto em baixas simétricas, pode ser o Atlântico excessivamente quente na região litorânea do ES... A análise atual de SST define bem como o Atlântico Sul (no uniforme geral, e sobretudo na metade norte) está mais aquecido do que em 2014.

 

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  • 1 month later...
Estava acompanhando pelo Cyclone Phase o GFS apontando para uma baixa no oceano já a algumas rodadas.. Alguém pode confirmar ou descartar?

 

Realmente há um quadro favorável dentro do GFS-ECMWF para o desenvolvimento de uma baixa daqui a 3-5 dias sobre a costa do sul-sudeste, no sentido terra-mar. Essa baixa aparece como simétrica e de núcleo morno aparentemente.

 

Se confirmar esse cenário é provável que teremos a primeira Depressão Subtropical desse verão.

 

Mais para frente, fora do Ciclofase, na primeira semana de janeiro, o GFS está sugerindo a formação de um grande Vórtice Ciclônico em médios níveis sobre o Sudeste, e o desenvolvimento de uma área de baixa pressão desaclopando da frente fria que chegará a costa do Nordeste. Essa baixa irá se deslocar de norte para sul, e tende a ganhar desenvoltura, a medida que se envolve com o VC e se alimenta de águas quentes. Se esse cenário se confirmar, há a possibilidade da formação de uma Tempestade Subtropical, o que consequentemente levará a nomeação de "Deni".

 

Estarei acompanhando a evolução desses sistemas nos próximos dias.

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DEPRESSÃO SUBTROPICAL PODERÁ ESTAR A CAMINHO NOS PRÓXIMOS DIAS:

Baixa deverá convergir muita umidade em cima de SP/MG!

 

Modelos indicam com moderada-alta confiança a partir de agora a formação de uma área de baixa pressão entre a costa do PR-SP a partir de domingo ou segunda-feira, e indo até por volta do dia 31. Soluções mais recentes do GFS e do CMC atestam a formação desta baixa:

 

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Diagramas de Ciclofase tanto do GFS, quanto do CMC, seguem apontando para uma baixa de núcleo simétrico e com temperaturas mornas em altitude. Por se tratar de uma circulação fraca, é possível afirmar que essa baixa se trata de uma provável Depressão Subtropical em formação. Lembrando que essa classificação de forma oficial terá que ser dada pelo Centro Hidrográfico da Marinha.

 

Diagrama GFS:

 

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Diagrama CMC:

 

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A Temperatura do Oceano está neste momento em torno dos 24-26ºC na região, o que favorece a manutenção/formação de sistemas subtropicais.

 

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Aliás o aquecimento no Atlântico Sul, está a cada semana ganhando mais força. A última reanalise do NOAA mostra um oceano com anomalias positivas significativas sobre a região Sudeste.

 

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A formação da baixa, embora fraca, tende a sucumbir em impactos em especial para São Paulo e sul de Minas Gerais nos próximos dias, pois irá convergir um grande uma grande circulação de ventos nos baixos níveis, aliada a muita umidade na atmosfera.

 

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O Resultado disso, será em muita chuva até o começo do ano, especialmente entre 28-30 de Dezembro, com acumulados diários podendo passar de 100mm em algumas áreas, e podendo passar de 250mm de hoje até o começo do ano, conforme projeção do GFS. Boa parte do Estado de São Paulo, incluindo o norte do estado, Serra da Mantiqueira, Faixa Leste (incluindo RMSP), Vale do Paraiba, Sul de Minas Gerais, estarão na região da provável convergência.

 

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A acompanhar de perto a evolução desta baixa!!

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Ow por isso vi o Gfs projetando mais de 100mm/ dia pra ca no fim de semana , oremos !

 

Posicionamento exato desta baixa irá determinar o local da convergência de umidade... Modelos irão calcular isso ainda com maior precisão nos próximos dias... Por enquanto tende a ser Leste-nordeste de SP/ Serra de Mantiqueira/ Sul MG.

 

Oremos por este cenário!

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GFS 12Z: Depressão começará a se aprofundar a partir do domingo a noite. Pico de intensidade será entre a segunda-terça

 

Aguardando a divulgação do Ciclofase daqui a pouco para analisar a estrutura.

 

(Atenção Arquivo Pesado: 2,3MB)

 

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Acumulados de chuva mais expressivos agora para o centro-oeste de SP, devido ao posicionamento mais ao sul da Baixa... E assim vai variar nas próximas corridas.

 

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Diagrama do GFS 12z, revela uma quase certa Depressão Subtropical em desenvolvimento nos próximos dias.

 

Nota-se um baixa muito bem desenvolvida, isto é, altamente simétrica, combinada com temperaturas mornas em altitude em torno do seu núcleo.

 

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CMC 12z segue um caminho quase igual ao do GFS, e leva a formação da Depressão Subtropical. No caso do modelo canadense, a baixa começa como extratropical, e aos poucos em contato com o oceano quente a partir do dia 29, passa a ser subtropical simétrica altamente definida.

 

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Na sua análise de ontem para a América do Sul, o NOAA já está mencionando a formação da Baixa por volta da segunda-feira a noite. Esta Baixa por ser simétrica, é indicada com um "X" diferentemente das outras.

 

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CICLONE EXTRATROPICAL PODERÁ SE FORMAR SOBRE O SUL DO PAÍS DURANTE A VIRADA DO ANO:

Para a virada do ano, há a possibilidade da formação de um (intenso) Ciclone Extratropical sobre o sul do país!

 

O Modelo Europeu projeta uma Baixa de menos 1000hpas, partindo do continente para o mar, rente a costa de SC/RS durante o dia 31. Já o GFS que começa a seguir o Europeu projeta por enquanto um cavado apenas no mesmo período.

 

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Solução 18Z do GFS segue com a janela para formação da Depressão Subtropical para o dia 28-30 de Dezembro sobre o litoral sul de SP

 

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A grande novidade agora vai para o Ciclone que tende a "explodir" sobre o Sul do país durante a virada de ano.

 

GFS agora dá indicativos que o Ciclone vai evoluir de EXTRATROPICAL para SUBTROPICAL, entre os dia 1 e 2.

 

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Cenário do GFS mostra claramente o sistema saindo de Assimétrico para Simétrico evoluído, provavelmente em forma de Tempestade Subtropical. Cenário que levaria a nomeação desta baixa!

 

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Passagem do ASCAT sobre o Atlântico Sul no começo da tarde de hoje, revela que a área de baixa pressão já se formou.

 

Ela está neste momento entre a costa do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, aonde está o circulo preto.

 

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A Carta Sinótica do CPTEC 12z, vai de acordo com a imagem do ASCAT, e já reconhece também a baixa sobre a costa do sul do país.

 

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Já a Marinha (CHM) no mesmo horário menciona apenas a formação de um cavado.

 

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A baixa irá se deslocar entre amanhã e segunda em direção a costa de São Paulo. Como a temperatura do oceano está relativamente elevada, entre 26-27ºC, fica a possibilidade desta baixa ser classificada pelo CHM em Depressão Subtropical, uma vez que é simétrica.

 

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O posicionamento da baixa favorecerá a formação de temporais, principalmente a tarde, em todo o estado de São Paulo na tarde do domingo e da segunda-feira em especial.

 

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Baixa começará a se aprofundar nas próximas horas na costa de SP:

 

Um Sistema de Baixa Pressão está atuando neste momento sobre o litoral do sul do país, na altura do RS, conforme destacado pela Carta Sinótica da Marinha.

 

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Porém não se enganem! Não é esta baixa que iremos monitorar.

 

A Baixa que venho falando ao longo dos últimos dias, começará a entrar em evolução simétrica agora a tarde/noite, na altura da costa sul de SP.

 

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A respeito do assunto deste tópico (monitoração da baixa), o sistema deverá ganhar leve simetricidade nos próximos dias, especialmente entre amanhã e terça. Esta será a janela para uma classificação em Depressão Subtropical, se assim bem entender o Centro Hidrográfico da Marinha. Será necessário acompanhar os próximos boletins.

 

A partir do dia 30, a baixa irá se desconfigurar, em virtude de uma nova baixa (esta extratropical) que irá se formar sobre o sul do país, entre o RS e SC.

 

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No tocante aos impactos da baixa (que serão melhor monitorados no Tópico de Monitoramento de Dezembro), segue as projeções de muita chuva, sobretudo entre PR-SP-MG agora.

 

A formação mais simétrica da baixa irá aumentar a convergência de ventos em baixos níveis, como já dito aqui antes. Essa convergência virá acompanhada de uma atmosfera extremamente saturada, o que irá desencadear em fortes chuvas, até mesmo acompanhadas por temporais em algumas áreas, especialmente entre segunda e quarta-feira.

 

O quadro mais preocupante segue com o do Estado de São Paulo que estará bem no centro da convergência de ventos e do alto teor de umidade na atmosfera.

 

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Algumas regiões poderão ter mais de 200-300mm de chuva até o final do ano. Um grave e preocupante quadro poderá estar se desenhando para sérias inundações nessas regiões.

 

A semana que começa promete!

 

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Solução do Modelo Europeu desta tarde segue em consenso para formação de um sistema subtropical ou tropical na costa do Espírito Santo entre terça e quinta-feira.

 

A 12z é mais agressiva ainda, e mostra uma Baixa Pressão significantemente simétrica e com valores de pressão entre 1002-1004hpas para Quarta-feira de manhã. No campo de ventos nota-se estimativas entre 35-40kt, o que é compatível com TEMPESTADE SUBTROPICAL OU TROPICAL.

 

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Por enquanto o ECMWF segue sozinho... Todos os demais modelos não mostram nada parecido.... GFS por exemplo mostra uma larga área de baixa pressão fraca e sem simetria.

 

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Um detalhe muito importante, será a formação de um largo Vórtice Ciclônico entre 200-500hpas durante a próxima semana, sobre o largo da costa do Sudeste. Sistemas Subtropicais ou Tropicais tendem a se formar geralmente em condições de atuação de VC's sobre a alta troposfera.

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A acompanhar...

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Consenso dos modelos esta manhã segue para a formação de uma área de baixa pressão na costa da Bahia daqui a 48-72 horas. A grande divergência segue por enquanto na evolução desta baixa.

 

Modelo Europeu, até então, o mais agressivo nas suas saídas, deu uma recuada hoje e mostra agora uma baixa bem mais fraca e talvez sem importância

 

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O CMC agora é o mais agressivo, e mostra uma possível Tempestade Subtropical em desenvolvimento muito próximo da costa do Rio de Janeiro/Espírito Santo para meados da semana.

 

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GFS por enquanto segue na dele, mostrando uma baixa fraca e com pouca simetria. Talvez no máximo uma Depressão Subtropical.

 

Modelos Regionais Brasileiros (ETA e Cosmo) divergem entre a formação ou não da baixa, mas ambos não mostram nada significativo.

 

A acompanhar...

 

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Serviço de Meteorologia do Reino Unido (METOFFICE) está emitindo agora um Guidance (orientação) de modelo para formação de Tempestade Tropical no Atlântico Sul nos próximos dias:

 

 

MET OFFICE TROPICAL CYCLONE GUIDANCE FOR NORTH-EAST PACIFIC AND ATLANTIC

 

GLOBAL MODEL DATA TIME 00UTC 03.01.2016

NEW TROPICAL STORM FORECAST TO DEVELOP AFTER 60 HOURS

 

FORECAST POSITION AT T+ 60 : 19.5S 34.5W

 

 

VERIFYING TIME POSITION STRENGTH TENDENCY

 

-------------- -------- -------- --------

 

12UTC 05.01.2016 19.5S 34.5W WEAK

 

00UTC 06.01.2016 20.6S 33.7W WEAK INTENSIFYING SLIGHTLY

 

12UTC 06.01.2016 22.3S 37.0W WEAK INTENSIFYING SLIGHTLY

 

00UTC 07.01.2016 22.6S 39.9W WEAK WEAKENING SLIGHTLY

 

12UTC 07.01.2016 23.5S 41.3W WEAK LITTLE CHANGE

 

00UTC 08.01.2016 25.8S 42.2W WEAK LITTLE CHANGE

 

12UTC 08.01.2016 BELOW TROPICAL STORM STRENGTH

 

 

THIS INFORMATION IS PROVIDED AS GUIDANCE FOR TROPICAL CYCLONE

 

RSMCS. IT REQUIRES INTERPRETATION BY TROPICAL CYCLONE SPECIALISTS

 

AND SHOULD NOT BE CONSIDERED AS A FINAL PRODUCT.

 

 

BULLETINS ARE NOW AVAILABLE WHICH PROVIDE EXPLICIT GUIDANCE

 

ON CENTRAL PRESSURE AND MAXIMUM WIND SPEED.

 

FOR FURTHER INFORMATION CONTACT TROPICAL_CYCLONES@METOFFICE.GOV.UK

 

 

MET OFFICE, EXETER, UK

TOO 030417

 

 

Seguindo as coordenadas, estas seriam as localizações inicial e final do sistema:

 

B1U8Q3H.png

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  • Rodolfo Alves changed the title to Ciclones no Atlântico Sul - Monitoramento e Previsão (2013 a 2016)
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