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Brasil Abaixo de Zero

Dados - Região Norte


Daniel Panobianco
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O vilhenense acordou hoje pensando estar sob efeito do frio em terras no Sul do Brasil. Os dados do sexto fenômeno da friagem de 2007 surpreenderam até mesmo muitos meteorologistas que, com base em dados dos modelos numéricos, não acreditavam na potência dessa onda polar em latitudes menores. Esfriou além do previsto e imaginado por muito modelo computadorizado.

Logo na noite de ontem, quando o relógio marcava 20 horas, a temperatura na cidade mais fria da Região Norte do Brasil já indicava o que a madrugada iria proporcionar. Os dados do aeroporto registraram apenas 15°C de temperatura, mas o vento proporcionou uma maior sensação de frio de quase 10°C. Segue abaixo a plotagem do aeroporto Brigadeiro Camarão em Vilhena:

 

Indicador de Localidade: SBVH

Data: 12 de Julho de 2007.

Hora: 00:00 (UTC).

Temperatura: 15ºC

Vento (Norte Geográfico):

Direção: 220º

Velocidade em KT (nós): 08

Velocidade em km/h: 14,82

Visibilidade Horizontal Predominante: Igual ou acima de 10000 metros

Condições Gerais do Tempo: Céu sem restrições operacionais para aviação.

 

Três horas depois, a plotagem indicava uma queda de dois graus nos termômetros marcando apenas 13°C, como mostram os dados:

 

Indicador de Localidade: SBVH

Data: 12 de Julho de 2007.

Hora: 03:00 (UTC).

Temperatura: 13ºC

Vento (Norte Geográfico):

Direção: 200º

Velocidade em KT (nós): 06

Velocidade em km/h: 11,11

Visibilidade Horizontal Predominante: Igual ou acima de 10000 metros

Condições Gerais do Tempo: Céu com nuvens esparsas.

 

Nas ruas da cidade, muitas pessoas andavam abarrotadas com roupas mais pesadas. Se bem que quem reside em Vilhena trás consigo o traje sulino. Muita gente, diga-se de passagem, os mais abusados estava com touca e o famoso ponche gaúcho no corpo andando pelas avenidas da cidade. Em menos de 48 horas de frio no sul do Estado, a economia de energia elétrica chegou a mais de 40%, segundo a CERON (Centrais Elétricas de Rondônia), isso em virtude dos montantes de aparelhos de ar-condicionado que estiveram desligados durante todo o dia. Ainda porque a friagem entrou seca. Se houvesse umidade suficiente para a formação de nuvens, a sensação nas pessoas e não nos termômetros seria de muito mais frio.

A queda de temperatura foi perceptível em outras cidades tradicionalmente mais quentes, como Cacoal, Rolim de Moura e Ji-Paraná. O ar gelado da noite aliado aos ventos fortes tirou muita gente acostumada a tomar a “fresca” da noite nas praças da cidade. Durante a madrugada fez frio atípico em solo jiparanaense, apenas 13°C de mínima.

Em Vilhena, o dia começou com frio de deixar qualquer um na cama. Mesmo sendo mais “acostumados” com as temperaturas baixas do que o restante da população de Rondônia, os vilhenenses viram os termômetros marcarem apenas 11°C às 06h20min (Hora local) no aeroporto da cidade, como confirma o código de plotagem:

 

Indicador de Localidade: SBVH

Data: 12 de Julho de 2007.

Hora: 10:10 (UTC).

Temperatura: 11ºC

Vento (Norte Geográfico):

Direção: 120º

Velocidade em KT (nós): 04

Velocidade em km/h: 07,41

Visibilidade Horizontal Predominante: Igual ou acima de 10000 metros

Condições Gerais do Tempo: Céu sem restrições operacionais para aviação.

 

Frio mais intenso, por estar em maior altitude e mais próxima da calha do rio Guaporé, a estação da EMBRAPA/Soja colheu apenas 10,7°C de mínima.

Esse valor tão baixo de temperatura durante o mês de julho, só não é menor do que o da intensa friagem registrada no dia 19 de julho de 2005. Na ocasião, o recorde de frio em solo rondoniense - também pertencente à cidade de Vilhena - foi apenas 08,7°C, no aeroporto local. Essa é a menor temperatura mínima registrada na cidade em mês de julho desde 2000, também fazendo uma comparação com os dados da EMBRAPA/Soja. Em 10 de maio desse ano, a cidade registrou apenas 09°C no aeroporto local e 09,5°C na estação do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia).

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  • 2 weeks later...

Mais uma friagem chegou a Rondônia nesta quarta-feira. O sétimo resfriamento polar do ano no sul da Amazônia já é um recorde em números de pulsos frios. A média climatológica é de três a cinco friagens por ano. O que nas últimas semanas os modelos numéricos – aqueles computadores especiais que fazem os prognósticos do tempo através de dados computadorizados – vinham divergindo muito, com relação à intensidade dessa onda, agora os dados finais mostram que realmente essa é mais uma friagem considerada como “clássica” em solo rondoniense.

A forte onda de frio é de natureza totalmente continental, ou seja, vem com força total por terra, através da costa andina, a mesma que atingiu o Brasil com uma queda espetacular nos termômetros na manhã de ontem. A queda de temperatura já aconteceu até no Acre e sudoeste do Amazonas.

Em Rondônia, o frio chegou ao Cone Sul ainda no período da manhã surpreendendo a muitos. O dia começou com muito sol e temperatura de 24°C às 7 horas em Vilhena. Uma hora depois, as nuvens fecharam por completo o céu na cidade tendo inicio um vento forte de sul e denso nevoeiro, que reduziu a visibilidade no aeroporto local para apenas 800 metros. A tão esperada chuva caiu na cidade após quase dois meses só na expectativa de dias mais úmidos.

No inicio da tarde foi à vez da região central do Estado sofrer com o avanço da intensa frente-fria. Uma poderosa linha de instabilidade – focos de tempestades alinhados que se formam na dianteira de uma frente-fria intensa – atravessou as regiões de Cacoal e Ji-Paraná provocando muita chuva, raios, rajadas de ventos de até 60 km/h e declínio acentuado na temperatura. Em Ji-Paraná, por exemplo, ao meio-dia, os termômetros indicavam 33°C de forte calor pré-frontal e logo após as 16 horas, a marca era de apenas 19°C, mas devido aos ventos fortes e a chuva constante, a sensação térmica chegou a quase 10°C. Chuva que foi destaque principal nessa região localizada de Rondônia. Entre as 13h30min e as 18h45min choveu na cidade cerca de 52,3 milímetros, praticamente todo o volume de chuva esperado para os meses de julho e agosto na área. Muitas ruas e avenidas ficaram alagadas em pouco tempo. Galhos de árvores caíram sobre a fiação elétrica interrompendo o fornecimento de energia por alguns minutos.

Choveu forte no inicio da noite também em vários bairros da capital. Quem custava acreditar que essa grande frente chegaria a Porto Velho deu o braço a torcer pouco depois das 19 horas. O vento mais intenso de sul entrou com força na cidade provocando diversas pancadas de chuvas, trovoadas e queda de temperatura. Antes de a frente entrar na região, a temperatura era de 34°C na cidade e pouco depois das 20 horas, o termômetro do aeroporto local indicava 23°C.

A mínima nesta manhã em Vilhena foi de 12°C, segundo dados do aeroporto local. Em Cacoal, Ji-Paraná e Rolim de Moura fez 15°C. Na região oeste, Guajará-Mirim acordou com 14°C e Porto Velho registrou 19°C no aeroporto Governador Jorge Teixeira.

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  • 2 weeks later...

As temperaturas mínimas caíram na madrugada desse domingo em todo o Estado de Rondônia, assim como havia sido previsto. A entrada de mais uma friagem, a nona desse ano, pela calha do rio Guaporé, produziu uma acentuada queda nos termômetros que saltaram de 36°C para 15°C em menos de 12 horas. Um frio sentido por muitos em várias cidades. No Cone Sul, o pulso frio entrou ainda na noite de sábado com intensificação gradativa dos ventos e ligeira queda nos termômetros.

Essa não foi uma queda brusca apenas na região de Vilhena, considerada a cidade mais fria de toda a Região Norte do Brasil, mas sim em regiões tradicionalmente quentes como Cacoal, Ji-Paraná e Guajará-Mirim.

Segundo dados do aeroporto Brigadeiro Camarão de Vilhena, a mínima às 06h45min chegou a 13°C na Cidade Clima. Temperaturas baixas também em toda a faixa oeste, que faz fronteira com a Bolívia. No posto fiscal Rolim Miguel do Guaporé, que fica ao sul do município de Alto Alegre dos Parecis, às margens do rio Guaporé, a temperatura mínima observada na plataforma do CTENERG (Fundo Setorial de Energia), pertencente a ELETRONORTE, foi de 14°C às 06 horas. Mesmo padrão de mínima registrado em Costa Marques, pela plataforma da SEDAM, com apenas 14,2°C. Em Cacoal, no centro-sul rondoniense, a mínima também baixou muito para os padrões amazônicos. As 06h30min os termômetros indicaram apenas 14,5°C, segundo dados do aeroporto local. Em Ji-Paraná, a temperatura saltou de 26°C a meia-noite para apenas 15°C às 06 horas. Uma queda de 11°C em apenas 6 horas de intervalo. O mesmo foi observado em Guajará-Mirim que registrou mínima de 16°C. Na capital, o aeroporto Governador Jorge Teixeira registrou mínima de 21°C, com pouco reflexo de friagem.

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  • 2 weeks later...

A quantidade de focos de queimadas surpreende em Rondônia. Mesmo com a atual politica do meio ambiente, tanta gente dizendo-se preocupada

na defesa da Amazônia e as autoridades governamentais ditando dados

e mais dados, sobre a redução do desmatamento na região, como fazem

todos os anos, a mesma ladainha de sempre que nunca muda.

Quem vê pela televisão ou acompanha via internet o sofrimento da população

desse lugar agora, não faz idéia do verdadeiro caldeirão que estamos

dentro. Não é exagero muito menos sensacionalismo, é fato! A

quantidade de fumaça das queimadas está prestes a levar Rondônia e

norte de Mato Grosso a um verdadeiro colapso ambiental. As queimadas

sempre existiram, desde que o governo federal "abriu" a porteira

para o então "desenvolviento" da região amazônica. Acontece que

mesmo com toda a tecnologia disponível de satélites, a ação, ainda

que minima, das autoridades competentes na fiscalização e a boa

vontade de alguns, não supre o vencimento na balança com os atuais

focos. O sol não aparece em boa parte do período.

Da mesma forma que um forte nevoeiro fecha aeroportos e reduz a visibilidade no Sul e Sudeste em dias de tempo úmido e temperatura baixa, aqui nós temos a mesma coisa agora, só que totalmente poluido: A bruma.

A baixa visibilidade, que nas primeiras horas do dia ficou restrita à menos

de 1000 metros em Vilhena, em conjunto com o calor tórrido das

tardes, mais de 35°C, têm lotado hospitais e postos de saúde e o

interessante é que agora, governo algum aparece para ditar medidas

emergênciais. Como sempre, só fazem o uso da mídia para divulgar

dados ilustrativos de que suas ações têm efeito comprovado na

Amazônia. Grande mentira. A verdadeira prova não está exposta em

gráficos, montantes de papéis ou imagens de satélite, a verdadeira

prova está aos nossos olhos, ao nosso convivio diário.

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A quantidade de focos de queimadas surpreende em Rondônia. Mesmo com a atual politica do meio ambiente, tanta gente dizendo-se preocupada

na defesa da Amazônia e as autoridades governamentais ditando dados

e mais dados, sobre a redução do desmatamento na região, como fazem

todos os anos, a mesma ladainha de sempre que nunca muda.

Quem vê pela televisão ou acompanha via internet o sofrimento da população

desse lugar agora, não faz idéia do verdadeiro caldeirão que estamos

dentro. Não é exagero muito menos sensacionalismo, é fato! A

quantidade de fumaça das queimadas está prestes a levar Rondônia e

norte de Mato Grosso a um verdadeiro colapso ambiental. As queimadas

sempre existiram, desde que o governo federal "abriu" a porteira

para o então "desenvolviento" da região amazônica. Acontece que

mesmo com toda a tecnologia disponível de satélites, a ação, ainda

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A baixa visibilidade, que nas primeiras horas do dia ficou restrita à menos

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tardes, mais de 35°C, têm lotado hospitais e postos de saúde e o

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prova está aos nossos olhos, ao nosso convivio diário.

 

ISTO MOSTRA A VERDADEIRA FACE DOS GOVERNANTES E GRANDES EMPRESÁRIOS, MAIORIA, NÍVEL BRASIL E MUNDO, FALAM DA BOCA PARA FORA.

 

UMA GERAÇÃO OU DUAS TERÁ QUE PAGAR O PATO, SERÁ A NOSSA E DOS FILHOS, MAS NINGUÉM ACREDITA NISSO E CONTINUA COM A VIDINHA... QDO REALAMENTE COMEÇAR O DESEQUILÍBRIO E O REEQUILÍBRIO DA NATUREZA, AÍ SERÁ TARDE PARA ESTE SISTEMA ATUAL E O SER HUMA SOFRERÁ A SUA MAIOR EVOLUÇÃO, POIS A NOVA SOCIEDADE SERÁ TOTALMENTE DIFERENTE DESTA, PENA QUE TERÁ UM CUSTO ALTÍSSIMO E DESNCESSÁRIO PARA ISTO....

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A quantidade de focos de queimadas surpreende em Rondônia. Mesmo com a atual politica do meio ambiente, tanta gente dizendo-se preocupada

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todos os anos, a mesma ladainha de sempre que nunca muda.

Quem vê pela televisão ou acompanha via internet o sofrimento da população

desse lugar agora, não faz idéia do verdadeiro caldeirão que estamos

dentro. Não é exagero muito menos sensacionalismo, é fato! A

quantidade de fumaça das queimadas está prestes a levar Rondônia e

norte de Mato Grosso a um verdadeiro colapso ambiental. As queimadas

sempre existiram, desde que o governo federal "abriu" a porteira

para o então "desenvolviento" da região amazônica. Acontece que

mesmo com toda a tecnologia disponível de satélites, a ação, ainda

que minima, das autoridades competentes na fiscalização e a boa

vontade de alguns, não supre o vencimento na balança com os atuais

focos. O sol não aparece em boa parte do período.

Da mesma forma que um forte nevoeiro fecha aeroportos e reduz a visibilidade no Sul e Sudeste em dias de tempo úmido e temperatura baixa, aqui nós temos a mesma coisa agora, só que totalmente poluido: A bruma.

A baixa visibilidade, que nas primeiras horas do dia ficou restrita à menos

de 1000 metros em Vilhena, em conjunto com o calor tórrido das

tardes, mais de 35°C, têm lotado hospitais e postos de saúde e o

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Amazônia. Grande mentira. A verdadeira prova não está exposta em

gráficos, montantes de papéis ou imagens de satélite, a verdadeira

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ISTO MOSTRA A VERDADEIRA FACE DOS GOVERNANTES E GRANDES EMPRESÁRIOS, MAIORIA, NÍVEL BRASIL E MUNDO, FALAM DA BOCA PARA FORA.

 

UMA GERAÇÃO OU DUAS TERÁ QUE PAGAR O PATO, SERÁ A NOSSA E DOS FILHOS, MAS NINGUÉM ACREDITA NISSO E CONTINUA COM A VIDINHA... QDO REALAMENTE COMEÇAR O DESEQUILÍBRIO E O REEQUILÍBRIO DA NATUREZA, AÍ SERÁ TARDE PARA ESTE SISTEMA ATUAL E O SER HUMA SOFRERÁ A SUA MAIOR EVOLUÇÃO, POIS A NOVA SOCIEDADE SERÁ TOTALMENTE DIFERENTE DESTA, PENA QUE TERÁ UM CUSTO ALTÍSSIMO E DESNCESSÁRIO PARA ISTO....

 

É meu caro Ronaldo, tudo o que se refere às questões ambientais na Amazônia, têm lá a sua boa parcela de ficção! É horrenda a politica desse País.

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Uma verdade inconveniente: A farra de Marina Silva e ONGs ilimitadas Brasil afora

 

Os dados apresentados semana passada pelo Ministério do Meio Ambiente sobre a redução do desmatamento na Amazônia Legal enfeita a imprensa brasileira. Diversas ONGs, que sobrevivem do dinheiro público para atrapalhar importantes obras de desenvolvimento elogiam dados que só servem para escurecer a mente da população mediante aos verdadeiros números do desmatamento.

 

O povo brasileiro é burro! Jamais pudemos ver tanta gente infiltrada clamando ser “defensor do meio ambiente” no meio da grande corja horrenda da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva e companhia limitada. Para agravar ainda mais a situação vexatória, diversas ONGs (Organizações Não-Governamentais) fazem dos dados divulgados pelo Ministério, como uma grande bandeira de vitória ditando que conquistas foram adquiridas na atual política brasileira.

Para entender melhor, a outra face da moeda que o governo esconde da população veja primeiro a integra divulgada pela Agência Brasil:

 

“A taxa de desmatamento na Amazônia caiu 25,3%, totalizando 14.039 quilômetros quadrados. O dado, correspondente ao período de agosto de 2005 a julho de 2006, foi anunciado por um grupo

interministerial.A área representa cerca de metade do estado de Alagoas e supera a estimativa divulgada em outubro pelo governo, que era de 13.100 quilômetros quadrados. No ano anterior, o desmatamento havia sido de 18.790 quilômetros quadrados.

O presidente do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), Gilberto Câmara, observou que foi a segunda redução consecutiva. “Isso mostra que antes havia uma tendência de crescimento e que agora está caindo significativamente”, comentou.

Câmara anunciou para setembro o lançamento de um novo satélite brasileiro de monitoramento e informou que está em implantação o terceiro sistema de acompanhamento na região, o Detecção de exploração Seletiva (Detex), que mapeará também a extração de madeira. “A Science [uma das principais publicações científicas] diz que o modelo brasileiro é a inveja do mundo”, disse.

Segundo o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco (também presidente interino do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), três estados concentraram 80% (quatro quintos) do desmatamento: Pará, Mato Grosso e Roraima. Desses, apenas no último houve crescimento, informou. O outro estado, dos nove da Amazônia Legal, onde a área derrubada cresceu foi o Amazonas.

De acordo com o Ministério da Ciência e Tecnologia, o Brasil libera na atmosfera cerca de 1 bilhão de toneladas por ano de gás carbônico – um dos principais gases que agravam o aquecimento global. Isso faz dele o quarto maior emissor do mundo, e, segundo o ministério, três quartos desse total se devem à derrubada de árvores.”

 

 

“O anúncio da diminuição do desmatamento na Amazônia Legal foi elogiado pela ONG Greenpeace. Segundo a ONG, mesmo que os dados para 2006-2007 sejam provisórios, eles são muito "estimulantes", pois "mostram que o desmatamento inverteu a tendência de alta".

Para o coordenador da Campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, os esforços do governo na fiscalização e aumento das APA´s (Áreas de Proteção Ambiental) foram importantes para a diminuição do desmatamento, mas outros fatores precisam ser considerados como a queda do preço da soja e da carne. Adário avalia que é necessário se pensar na questão econômica para que se mantenha a diminuição do desmatamento.

"Não houve uma mudança estrutural na economia brasileira que permita a continuação da queda do desmatamento. Os fatores econômicos que foram favoráveis a floresta estão negativos, a economia está se aquecendo e a questão dos biocombustíveis pode aumentar o desmatamento no futuro", avalia o coordenador.

Segundo o Greepeace, vários fatores podem ter contribuído para esta queda, entre elas: a criação de milhões de hectares de áreas protegidas, aumento na fiscalização do Ibama, a queda de preço das commodities agropecuárias, desvalorização do real e até campanhas da sociedade contra o desmatamento.”

 

A outra face da moeda:

 

A fiel ligação dos tantos setores do governo brasileiro com as diversas ONGs esparramadas pelo Brasil só tem mesmo é que ser positiva. O governo, por obrigação tem que mostrar dados positivos e as ONGs mostrarem que também estão ali, firmes e fortes atuando na defesa do não-desmatamento desordenado na Amazônia Legal. Dentre tantos números, tantas tabelas, a ministra do Meio Ambiente (que é nata desta terra) esqueceu de um pequeno detalhe: Os índices de desmatamento observados estiveram concentrados em áreas privadas. Áreas onde o agricultor, pela atual movimentação cambial não está mais conseguindo investir como antes. Áreas onde criar gado hoje em dia não compensa mais como há 10, 15 anos atrás. E com isso, com o empobrecimento no solo, a “entrada” da Amazônia, espaço que compreende o centro-sul de Rondônia, sul e leste de Mato Grosso, sul de Tocantins e sul do Maranhão, está ficando de lado. Usam as terras, promovem o desmate para a abertura de novas fronteiras de desenvolvimento e poucos anos adiante, com o solo já todo remexido, mudam Amazônia adentro para lugares ainda não explorados pelo homem. Com isso, produção e desenvolvimento chegam ao Acre, à região de Humaitá já no sul do Amazonas e Novo Progresso no Pará. O governo esqueceu de ditar que as áreas protegidas pelas leis federais e estaduais estão por um fio. Os enormes parques indígenas, as florestas nacionais, unidades de conservação estão sob fogo. Nisso o governo federal jamais pode atestar e, como se não soubessem de nada, medidas preventivas não podem ser adquiridas para frear aquilo que já foi quase tudo consumido. Não temos tecnologia suficiente para o monitoramento à aplicação de penas a quem comete este crime? O que significa então o montante de siglas SIPAM, SIVAM, LBA, outras tantas de ONGs amoitadas Amazônia adentro? Sim, equipamento existe. É tão eficiente que o próprio Sistema de Vigilância da Amazônia não consegue captar os pequenos aviões que transportam a cocaína da Colômbia para o Brasil passando pela Amazônia. Por esse outro ângulo, você já parou pra pensar o porquê de o governo nunca saber a resposta?

 

Dados: CPTEC/INPE

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Em Rondônia, moradores de cidades que fazem fronteira com a Bolívia, como em Costa Marques e Guajará-Mirim, também relataram que a sensação de tremor foi sentida na noite de ontem. Em cidades que possuem construções maiores como Vilhena, Cacoal e Ji-Paraná, os relatos de lustres de luz e vidraças de casas tremendo é comentário geral hoje em Rondônia. A Defesa Civil estadual confirma que tal fenômeno possa ter ligação direta com a catástrofe ocorrida no Peru. Não há informações de vitimas em solo rondoniense.

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Daniel,parabens pelas suas partipações nos sites de meteorologia,são sempre brilhantes!

Em Guarulhos,a secura diminuiu agora à noite graças a brisa maritíma:20 graus.

 

Como tem se comportado a URA ai amigo? Muito baixa também?

 

Abraços

 

 

Oi Daniel,por aqui tá muito tb!E para piorar os poluentes em supsensão emitids por veículos e fabricas,causam um grande desconforto.Mesmo com a entrada da brisa maritíma agora à noite sobre a Grande São Paulo,a umidade esta em torno dos 45%.

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O décimo primeiro pulso frio de 2007 chegou a Rondônia essa madrugada provocando fortes rajadas de ventos e queda acentuada de temperatura. Os menores valores foram registrados nas regiões sul e oeste do Estado, com mínima de 14°C na cidade de Vilhena, segundo dados do aeroporto Brigadeiro Camarão. As mínimas cairam também na região central, entre Ji-Paraná e Cacoal, com registro de 16°C e rajadas de 35 km/h. No mesmo horário da madrugada de domingo, a temperatura era de 26°C.

Na capital rondoniense o frio não chegou, mas os ventos aumentaram bastante de intensidade, o que ajudou a dispersar a grossa bruma formada pelas queimadas. No aeroporto Governador Jorge Teixeira, as rajadas às 9 horas de hoje chegaram a 32 km/h.

A atmosfera permance muito seca em todas as cidades. Pelo quinto dia consecutivo, Rondônia registrou UR abaixo de 20%, com observação mínima de apenas 11% no municipio de São Miguel do Guaporé, região centro-oeste do Estado, segundo dados do SIVAM.

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Estiagem amazônica: A ineficiência das institutições de pesquisas para com a população local

 

A previsão climática do SIPAM enfocava ausência de estiagem marcante em Rondônia este ano. A imagem de agora, de rios secos e um número assustador de queimadas por todo o Estado dita que nem sempre uma previsão climática de fato se confirma, ainda mais quando julgam tamanha confiança em seus prognósticos.

 

A realidade do clima rondoniense é preocupante a cada dia e contradiz qualquer prognóstico climático feito por centro de pesquisa local. No dia 18 de junho, o Centro Técnico Operacional (CTO) do SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia) de Porto Velho, reuniu certa quantidade de pessoas para ditar a população, o que os pesquisadores da instituição esperavam para o período de seca na Amazônia em 2007. De praxe, logo foi descartada a possibilidade de uma estiagem mais agravante na Amazônia, semelhante com a de 2005, da qual levou a região amazônica para capas de jornais do mundo todo ditando as influencias de El Niño na maior floresta do planeta Terra. Acontece que no evento de El Niño em 2005, a maior parte da Amazônia afetada pela seca pertenceu aos Estados do Amazonas e Pará, com a secura completa de grandes rios e o isolamento total de comunidades que margeiam as áreas alagadiças. Em Rondônia, a estiagem também foi sentida, mas sem danos marcantes como nos demais Estados.

Ainda no inicio do mês de maio, a baixa espontânea no nível das águas dos rios Madeira, Guaporé e Machado já dava uma síntese do que poderia de fato vir a ocorrer nos meses seguintes, considerados os mais cruciais no assunto estiagem em solo rondoniense. Diversas foram às notas publicadas na imprensa com imagens, dados de gráficos e mapas dos institutos de âmbito nacional mostrando que haveria sim certa preocupação, caso uma mudança radical na atmosfera não ocorresse. Pois bem, essa mudança, como já esperada, não ocorreu e a seca ganhou imagens impressionantes. O que a reunião do SIPAM em Porto Velho houvera descartado até então, já não tinha mais valia em diversas localidades do Estado, principalmente na região central, que desde o mês de janeiro só registra anomalias negativas de precipitação.

No inicio desta semana veio o susto, principalmente para quem acompanha o nível dos rios no Estado. O nível do rio Machado, em Ji-Paraná, que sempre oscila nesse período do ano entre 6 e 7 metros, na tarde desta segunda-feira marcou apenas 2,85 metros, a menor cota desde que as medições começaram a ser feitas pela equipe do Corpo de Bombeiros local. A dificuldade antes enfrentada por diversos pescadores em descer o rio à procura de sustento, agora se limita a uma pequena parcela, não mais distante que 2 km do centro da cidade. O agrupamento do Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná está aconselhando que as pessoas não utilizem barcos e lanchas no Machado, pois a quantidade de pedras a mostra jamais foi vista antes. O rio mingua a um estreito canal d’ água em seu centro, visão esta provocada pela mais longa estiagem já registrada na região desde 1989. A última chuva significativa com acumulo de mais de 60 milímetros que caiu na região de Ji-Paraná foi no dia 23 de abril, logo no primeiro fenômeno da friagem de 2007. De la para cá, nada de chuva de grandes proporções. Antigamente, mesmo em período de estiagem amazônica, alguma pancada de chuva era registrada entre os meses de julho e agosto. Na atual realidade, nenhuma nuvem, quiçá de chuva se forma no céu de Rondônia.

Outro ponto que sofre com a seca intensa é a região do baixo Madeira em Porto Velho. A navegação de grande porte que faz o trajeto Porto Velho - Manaus está comprometida. Grandes bancos de areia se formaram ao longo do rio dificultando a navegação e trazendo sérios riscos de acidentes. O Madeira é conhecido por suas águas barrentas e o rio com as maiores corredeiras do mundo. Na época do inverno amazônico, a velocidade das águas chega a ser superior a 30 km/h arrastando troncos de árvores e qualquer outra embarcação de pequeno porte. Milhares de acidentes completam a história do Madeira em Rondônia. Na situação atual, o nível das águas marca apenas 4,65 metros, quando o normal seria de 8 metros.

A situação não é diferente na fronteira com a Bolívia. O nível dos rios Guaporé e Mamoré é alarmante. Estamos diante de um verdadeiro caos para a navegação e sobrevivência da população ribeirinha. A média do Mamoré, que nesse período varia entre 5 e 6,50 metros, hoje só marca 2,75 metros na região de Guajará-Mirim. A quantidade de pedras impede o tráfego de qualquer espécie de embarcação, seja ela de pequeno, médio ou grande porte. Em todas, as situações de risco de acidentes são elevadas.

 

Com base em todas as imagens reais que agora vemos fica uma pergunta: Por que há tanta falta de interesse e menosprezo dos centros de pesquisas locais para com a população amazônica? Falam tanto de seus estudos, seus serviços prestados a comunidade em geral, se ao final o que vemos é puro desleixo, pessoas sofrendo com as questões climáticas, vivendo em meio à miséria, a fome. Se simples medidas preventivas fossem tomadas antes de o fato realmente acontecer, será que hoje, na atual realidade em que se encontram as milhares de comunidades ribeirinhas de Rondônia, elas estariam passando por tamanha necessidade?

O governo federal enche a boca para ditar que os serviços de incentivo a pesquisa cientifica no Brasil anda de vento e polpa. São operações e mais operações das autoridades competentes dentro da floresta para coibir o desmatamento ilegal, o regime de escravidão e o tráfego internacional de drogas. Há quantos anos o governo diz a mesma ladainha e nada muda? Tantas siglas criadas para cuidar da região mais rica do planeta, mas que no final a junção das mesmas em nada tem efeito positivo para nós, população amazônica, que não precisa de dados computadorizados para tomar as devidas precauções quando uma catástrofe se anuncia. Que não esperamos o mandado final das autoridades de Brasília, que controlam pelo cabresto tais instituições de pesquisas na região Amazônica.

O exemplo mais simples, notório e verdadeiro está na ineficiência de controle do SIPAM e outra sigla conjugada, o SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia), que foram incapazes de detectar dentro do espaço aéreo brasileiro o transporte de cocaína trazida da Colômbia para o Brasil, passando pela área de monitoramento dessas instituições. O governo federal e seus ministros fantoches adoram aparecer na imprensa brasileira tentando “tapar o sol com a peneira” mostrando ações glorificadas de combate ao desmatamento, ao trabalho escravo e as pesquisas cientificas na Amazônia. Será que o restante da população brasileira, não a residente neste lugar, mas aquela que em tudo o que vê, ouve e lê acredita, será que o morador la do Rio Grande do Sul realmente acredita na eficiência do trabalho dos nossos governantes nesse local?

A realidade está ai a mostra para quem ainda tiver dúvidas ou simplesmente não acreditar que em pleno agosto de 2007 vivemos o caos do clima no sul da Amazônia. Rios secos, gente passando fome, pessoas escravizadas dentro das matas e fogo, muito fogo por todos os cantos. Vale a pena para quem ainda duvida destas cenas que convivemos no cotidiano, a comparação com dados numéricos, imagens de satélite ou simplesmente ler, ver e ouvir a horrenda preocupação dos nossos governantes, para com as pessoas dessa região. Ações que poderiam sim ter seu efeito benéfico, caso medidas inteligentes fossem tomadas e investimentos adequados fossem feitos. Mas como tudo no Brasil “se dá um jeito de resolver”, nada que um rico merchandising na imprensa possa reverter o inteligente pensamento da população local. A censura na pesquisa cientifica em Rondônia e no restante da Amazônia, é vexatória.

 

Dados: CPTEC/INPE – Amazônia.org – Corpo de Bombeiros – Delegacia Fluvial de Rondônia – Capitania dos Portos de Porto Velho – EMBRAPA – SEDAM

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A longa estiagem que atinge todo o Estado de Rondônia coloca em risco a tráfego fluvial no rio Madeira entre Porto Velho e Manaus. A situação tende a piorar, pois o período de vazante está apenas na metade.

 

Mais uma prova do caos do clima em Rondônia neste ano. Embora as previsões dos especialistas locais fossem de neutralidade no período da seca, a imagem de agora do rio Madeira preocupa as autoridades. Segundo a Capitania dos Portos, a média histórica de baixa no Madeira é de 4,72, mas hoje, o mesmo não passa de 3,83 metros e continua diminuindo a cada dia.

Para o delegado fluvial Robson Aberdon, o alerta vale para todos que navegam dentro do canal hidroviário. Segundo ele, nunca foi tão perigoso navegar na hidrovia do Madeira.

O recorde de baixa ainda pertence ao ano de 2005, quando a Amazônia foi castigada pela pior estiagem dos últimos 60 anos. Há dois anos, o nível mínimo do rio chegou a 3,22 metros, apenas 70 cm a menos que a situação de agora.

A Capitania dos Portos faz um alerta e considera a atual situação como “alerta vermelho”, o mais alto grau de periculosidade na navegação em hidrovias. “Acontece que este ano, o período da vazante, o surgimento de bancos de areia é maior e o perigo de embarcações encalharem é muito grande”, comenta o delegado.

Vários incidentes já foram registrados nas últimas semanas no rio Madeira e o alerta prossegue. Na semana passada, uma balsa que saiu do canal de navegação, encalhou próximo a capital de Rondônia. A quantidade de bancos de areia e troncos de árvores presentes no Madeira assusta.

Como ainda estamos no período de vazante, a tendência é de que o nível do rio diminua ainda mais, podendo ficar até abaixo do valor registrado em 2005. A chuva em Rondônia que, ao contrário da previsão dos pesquisadores locais, não caiu em quantidade suficiente, teve um fator mais agravante, pois o período de seca começou quase dois meses antes da normalidade. Os dados do CPTEC/INPE (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) do (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) vão contra a previsão dos centros de pesquisas locais, que julgam uma neutralidade da estiagem na porção sul-amazônica. A chuva deve demorar a voltar com intensidade esse ano, os volumes esperados, segundo o mesmo instituto, devem ficar ligeiramente abaixo da média climatológica, o que sugere total cautela da população local e mais competência a quem tem o papel de “cuidar” e “monitorar” esta parte do País. Devido à mesma baixa dos rios em Rondônia, muitas cidades já enfrentam racionamento de água potável, situação nunca registrada no Estado. A seca ainda está pela metade.

 

Dados: CPTEC/INPE – Capitania dos Portos – CAERD

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Nos últimos dias, quem mora em Rondônia têm enfrentado um verdadeiro caldeirão insuportável por conta da intensa fumaça das queimadas e do calor tórrido. Na manhã desta quinta-feira, a visibilidade horizontal em muitas cidades chegou a menor cota desde 2002.

Daniel Panobianco – Rondônia respira monóxido de carbono apenas. A quantidade de focos de queimadas registradas nesses 22 dias de agosto, não reflete apenas em vastas áreas verdes e intactas viradas à pó. A intensa bruma, aquele “nevoeiro” formado a partir da fumaça expelida nos focos de incêndio e que, em conjunto com a total falta de ventos fortes - que dispersariam um pouco o aglomerado na atmosfera - fecha agora o céu de norte a sul trazendo sérios riscos de acidentes e levando muita gente para hospitais.

A quinta-feira começou com muita fumaça em praticamente todo o território rondoniense. A cidade de Vilhena às 5 horas registrava no aeroporto Brigadeiro Camarão, apenas 500 metros de visibilidade horizontal. Pouco depois das 8 horas, a qualidade tinha melhorado estando com visibilidade em torno de 1600 metros, mas mesmo assim, considerada como muito baixa, principalmente para a aviação. Esse valor de apenas 500 metros de visibilidade horizontal na cidade de Vilhena - em nossos registros arquivados e os do aeroporto Brigadeiro Camarão – não era registrado desde setembro de 2002. Na ocasião, o ano foi um dos mais poluídos pela fumaça das queimadas em Rondônia, com registro de apenas 350 metros de visibilidade horizontal na Cidade Clima.

Na região central, o dia também começou com muita fumaça. Entre Cacoal, Ji-Paraná e Jaru, a visibilidade observada chegou a 800 metros logo nas primeiras horas do dia. Alguns trechos da rodovia BR-364 chegaram a ser interrompidos pela Policia Rodoviária Federal devido a total falta de visão conjugada com os focos de incêndios às margens da mesma.

Na capital Porto Velho, o aeroporto Governador Jorge Teixeira registrou às 8 horas, apenas 1200 metros de visibilidade horizontal e em Guajará-Mirim, também foi registrado um valor muito baixo, cerca de 2000 metros.

 

Queimada+12.jpg

 

A visibilidade em diversas cidades de Rondônia é a menor desde 2002. A falta de ventos fortes dificulta e muito a dispersão dos poluentes.

 

Somente nas últimas 24 horas, mais de 150 focos de queimadas foram detectados pelos satélites no Estado de Rondônia. A atual política de controle, fiscalização e prevenção já não têm mais valia nesse lugar. O interessante é que todos os anos as queimadas fogem de controle em Rondônia, mas na atual situação, o estado é de emergência, não só pela intensa bruma ou a quantidade de focos registrados, mas sim o local onde está pegando fogo. Focos intensos foram detectados na Reserva Biológica do Guaporé, no município de São Francisco do Guaporé, na fronteira com a Bolívia, no Parque Nacional do Pacaás Novos, que fica no município de Guajará-Mirim e na Reserva Biológica do Jaru, em Ji-Paraná. Todas, áreas de preservação protegidas por leis federais, mas que na atual circunstância dos focos já registrados, em nada mais adianta se o governo está ou não atuante na fiscalização. Outra data que nunca teve valia em Rondônia. Todos os anos, o calendário de queimadas é feito pelo IBAMA e sempre, a liberação é a partir do mês de setembro. Nesse ano, a data liberada para a queima é a partir do dia 1°. Parece até ironia dos governantes, pois todos sabem que queimada na Amazônia, quando chega setembro quase tudo já foi consumido e o trabalho está na reta final. Mais uma data estipulada pelos governantes tentando criar na cabeça das pessoas seu poder viril de ação e proteção ao meio ambiente. Tolo quem acreditar na idéia infame.

 

Dados: CPTEC/INPE – INMET – REDEMET – SEDAM – IBAMA

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A total falta de visibilidade registrada hoje em Rondônia causou engavetamento de sete carretas e um ônibus próximo à cidade de Vilhena.

 

Daniel Panobianco Um acidente registrado na manhã desta quinta-feira, pouco depois das 7 horas na rodovia BR-364, aproximadamente a 30 km de Vilhena, sentido Cuiabá, envolveu seis carretas e um ônibus, sendo três carretas de transportes, duas de combustível e derivado, um ônibus e uma carreta baú.

Algumas vitimas foram encaminhadas para o hospital regional com várias fraturas, mas sem registro de situações graves, com risco de morte. De acordo com a Cabo Sara do Corpo de Bombeiros as vitimas estavam conscientes e nervosas com o acidente, ela ressaltou que somente o motorista do ônibus da empresa Eucatur estava com várias fraturas, mais que foi removido consciente para o Hospital. Até o momento não foi divulgado os nomes das vitimas, para a imprensa.

Informações fornecidas por testemunhas alegam que a fumaça das queimadas ao redor da BR 364, estava impedindo a visão dos motoristas, quando a primeira carreta parou. E de acordo com alguns motoristas mesmo os veículos estando em baixa velocidade, não havia tempo o suficiente pra que todos parassem sem se colidir, neste momento iniciou-se o engavetamento.

O motorista condutor do ônibus colidiu com a traseira de uma carreta que transportava álcool combustível, gerando vazamento do liquido pela pista. O corpo de bombeiros acionou o caminhão contra incêndio que lavou o trecho da BR 364, evitando qualquer risco de incêndio e transportou a carga do tanque em vazamento para um caminhão auxiliar.

Até o momento que a equipe de reportagem deixou o local por volta das 10h20min, os guinchos não haviam começado a retirar as carretas da BR para a liberação da pista.

Rondônia registra hoje, o dia com menor visibilidade horizontal desde 2002. Na cidade de Vilhena, às 5 horas, não se enxergava nada após 500 metros de distância.

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Os efeitos desta décima segunda friagem do ano estão bastante notórios no Acre, em Rondônia e Mato Grosso. Desde o ínicio do dia as temperaturas despencaram nesses Estados, com registro de acumulados significativos de precipitação, principalmente no extremo norte de Mato Grosso e quase todo o Estado do Acre. Em Rondônia, apesar da densa nebulosidade visível na imagem de satélite, poucas foram as células observadas durante todo o período. O destaque de hoje ficou por conta mesmo da queda espontânea de temperatura. Nenhum modelo numérico previu tal declínio tão acentuado nos termômetros. Às 21 horas (local) fazia apenas 14°C na cidade de Costa Marques, oeste de Rondônia, na divisa com a Bolívia. Devido aos ventos fortes, a sensação térmica na cidade ainda é de 07°C. Em Vilhena, considerada uma das cidades mais frias da Amazônia, a temperatura não baixou de 20°C, por enquanto. Venta muito forte em praticamente todos os municípios rondonienses, o que aumenta ainda mais a sensação de frio e o fato mais grave, a propagação dos inúmeros focos de queimadas registrados.

A queda de temperatura na capital acreana foi fantástica, assim como em Cuiabá, onde por quase 10 horas consecutivas, a mesma não passou de 16°C. Faz frio na chapada mato-grossense, com 14°C em Comodoro, 14°C em Tangará da Serra e 12°C na região de Campo Verde nesse momento.

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Os efeitos desta décima segunda friagem do ano estão bastante notórios no Acre, em Rondônia e Mato Grosso. Desde o ínicio do dia as temperaturas despencaram nesses Estados, com registro de acumulados significativos de precipitação, principalmente no extremo norte de Mato Grosso e quase todo o Estado do Acre. Em Rondônia, apesar da densa nebulosidade visível na imagem de satélite, poucas foram as células observadas durante todo o período. O destaque de hoje ficou por conta mesmo da queda espontânea de temperatura. Nenhum modelo numérico previu tal declínio tão acentuado nos termômetros. Às 21 horas (local) fazia apenas 14°C na cidade de Costa Marques, oeste de Rondônia, na divisa com a Bolívia. Devido aos ventos fortes, a sensação térmica na cidade ainda é de 07°C. Em Vilhena, considerada uma das cidades mais frias da Amazônia, a temperatura não baixou de 20°C, por enquanto. Venta muito forte em praticamente todos os municípios rondonienses, o que aumenta ainda mais a sensação de frio e o fato mais grave, a propagação dos inúmeros focos de queimadas registrados.

A queda de temperatura na capital acreana foi fantástica, assim como em Cuiabá, onde por quase 10 horas consecutivas, a mesma não passou de 16°C. Faz frio na chapada mato-grossense, com 14°C em Comodoro, 14°C em Tangará da Serra e 12°C na região de Campo Verde nesse momento.

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Após uma misera possibilidade de chuva em solo rondoniense, o ar frio entrou com força sobre o Estado nesta madrugada. Ontem, a grande quantidade de nuvens fechou o tempo em Rondônia, com registro de chuva fraca e muito isolada apenas nos setores norte e oeste, áreas que sofrem com a longa estiagem. Nas regiões de Ji-Paraná, Cacoal, Costa Marques e Vilhena, nenhuma gota d’ água pra contar história nesse evento foi registrada. A temperatura que, ao contrário de todas as previsões, tanto dos centros de pesquisas locais, quanto dos de âmbito nacional, surpreenderam mais uma vez. A previsão do SIPAM, por exemplo, enfocava ontem uma máxima de 33°C para a cidade de Ji-Paraná, sendo que na realidade, a mesma não passou de 25°C. O CPTEC/INPE previu temperatura de 17°C em Vilhena nesta madrugada, mas às 6 horas, os termômetros marcavam 14°C.

A queda de temperatura ocorreu em todos os municípios rondonienses. Em Cacoal, Rolim de Moura e Ji-Paraná, a temperatura mínima foi de 16°C, segundo o SIVAM. Guajará-Mirim e Costa Marques registraram mínima de 15°C e em Porto Velho, o aeroporto governador Jorge Teixeira de Oliveira, às 6 horas enfocava temperatura de 20°C. Um menor valor foi registrado na estação automática do INMET na Embrapa, Zona Sul da cidade, com 18,7°C às 7 horas.

Os ventos fortes que vieram junto com a frente-fria trouxeram um sério problema para Rondônia. Os inúmeros focos de incêndios existentes ganham proporções enormes agora, como o foco registrado desde domingo no Parque Nacional dos Pacaás Novos, em São Miguel do Guaporé. Como não choveu na região, o vento de até 40 km/h e a vegetação totalmente seca fazem com que o fogo se alastre rapidamente.

O tempo deve permanecer nublado durante esta terça-feira, segundo dados do CPTEC/INPE. Entre quinta e sexta-feira, uma nova incursão de ar frio deve entrar no sul da Amazônia prometendo queda de temperatura. Desta vez, o ramo organizado de nuvens não chega por isso à queda de temperatura será notória apenas no período da noite, principalmente no oeste do Estado.

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Importantes rios de Rondônia estão à beira do caos, com nível muito baixo. Alguns já superam a marca registrada na seca de 2005 que atingiu grande parte da região amazônica.

 

O rio Machado atingiu no final da tarde desta quarta-feira, o menor nível já observado desde que as medições começaram a ser feitas pelo Corpo de Bombeiros e Comissão Municipal de Defesa Civil de Ji-Paraná em 1978. A cota de 2,85 metros registrada há duas semanas só não era menor que os 2,65 metros registrados em 1989. Curiosidade ou não, no mesmo ano, o Machado também registrou seu maior volume de águas, com 17 metros colocando Ji-Paraná em estado de calamidade pública em virtude da intensa cheia ocorrida entre fevereiro e abril. Naquela época, a cheia foi tão impressionante que 30% da cidade, ainda jovem, foi engolida pelas águas barrentas e rápidas do maior rio do interior de Rondônia, com nível ultrapassando inclusive a rodovia BR-364. A parte mais afetada da zona urbana foi à vila Jotão, que teve todas as casas e lojas tomadas pela força da natureza.

Logo após a terrível cheia, a mais severa também já registrada no Estado ganhando até mesmo da grande enchente do rio Madeira em 1997, o nível caiu bruscamente em questão de semanas. Começava ai a longa estiagem em solo amazônico.

No final de setembro, o Machado tinha apenas 2,65 metros, entre fios d´água para a navegação segura e uma quantidade assustadora e visível de pedras.

Esta mesma cena se repete agora em 2007, ano em que a tecnologia dos centros de pesquisas, não consegue detectar tamanha intensidade de uma estiagem capaz de interferir direta e indiretamente na vida das pessoas. Só que esse ano a coisa está muito além de uma simples ausência de chuvas constantes e condição segura para a população jiparanaense e outras tantas cidades por onde o Machado passa até alimentar suas águas no rio Madeira, já na divisa com o Estado do Amazonas. A seca este ano, muito ao contrário do que foi divulgado pelo CTO (Centro Técnico Operacional) do SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia), de Porto Velho - uma instituição criada única e exclusivamente para pesquisar e monitorar qualquer evento dentro da região amazônica – é a mais intensa já registrada em Rondônia.

Os centros de pesquisas levam em consideração e motivo para pauta de comparação, a estiagem que assolou a Região Norte em 2005, quando tivemos uma importante fração anômala da temperatura das águas dos oceanos pacifico e atlântico juntos. Em 2005, a grande quantidade de furacões no Caribe e Estados Unidos e a manutenção do fenômeno El Niño na costa peruana, foram os principais argumentos responsáveis para uma estiagem tão severa e abrangente, como a que culminou na secura quase que completa de largos rios no Amazonas e Pará. No sul da região, entre Acre, Rondônia e norte de Mato Grosso, a estiagem também foi marcante, porém não a mais intensa. O rio Machado, em Ji-Paraná chegou a 3,10 metros de nível mínimo com fatores não muito significativos de interferência no cotidiano da população local. Embora a instituição SIPAM não tenha dado atenção ao inicio do “verão amazônico” este ano em Rondônia, a drástica redução no volume de chuvas em janeiro, fevereiro e março, já indicava o que estávamos por enfrentar meses adiante. Diversas foram as notas publicadas a partir do blog De olho no tempo – Rondônia e repercutidas na imprensa de um modo geral, com imagens, testemunhos do Corpo de Bombeiros e Comissão Municipal de Defesa Civil, alertando que o perigo estava a mostra, mas como de praxe, o único centro de pesquisas de Rondônia não demonstrou o mínimo interesse.

A verdade é que nesta quarta-feira, o rio Machado chegou à histórica marca de 2,50 metros, um valor até então nunca visto pelos mais antigos moradores dessa região. Fato justificável para a atenção redobrada do Corpo de Bombeiros, em alertar às comunidades ribeirinhas e pescadores sobre os ricos de trafegabilidade no rio. A quantidade de pedras e bancos de areia vistos hoje impressiona. E não é só em Ji-Paraná que o Machado se transformou em um grande corredor de pedras ou o “corredor da morte”, assim chamado por muitos pescadores locais, que tiram do rio seu sustento todos os dias. Desde Pimenta Bueno, o nível já deixa nítida a imagem de uma catástrofe ambiental. Em Cacoal, Machadinho d’ Oeste e Vale do Anari, a visão jamais foi relatada anteriormente.

Uma comissão de pescadores de Rondônia formula agora, um protocolo junto às comissões municipais de defesa civil dos municípios banhados pelo Machado, o pedido para que seja decretado estado de emergência, pois não há como trabalhar e tirar o alimento, sendo que a fonte principal de sobrevivência das comunidades está quase seca.

Acidentes com lanchas e pequenas embarcações foram registrados no final de semana em Machadinho d’ Oeste, com equipamentos encalhados no montante de pedras presentes no rio. Segundo informações do departamento de turismo e pesca de Machadinho, a pior seca da história do rio Machado agrava e muito o setor hoteleiro na região. Não há atrativos a se mostrar para as pessoas, com pedras e mais pedras no leito totalmente intrafegável.

Outros rios também estão com nível critico

Mas não é só o rio Machado que sofre com a mais intensa estiagem já registrada em solo rondoniense. Em Jaru, o nível do rio que recebe o mesmo nome da cidade alcançou nesta quarta-feira, o nível impressionante de 3,20 metros, segundo o Corpo de Bombeiros local. A preocupação se dá nesse ponto do Estado, porque as águas do Jaru alimentam parte da cidade e milhares de vilarejos e comunidades da região. Esse também é um dos menores valores de água corrente já registrados no rio Jaru.

Em Ariquemes, a situação do rio Jamarí não é diferente. As nascentes localizadas no município de Governador Jorge Teixeira, às margens da serra dos Pacaás Novos, estão quase secas. Há registro de falta d´ água no interior de Governador Jorge Teixeira, Monte Negro e Cacaulândia. Se a chuva não cair com intensidade significativa agora na primeira quinzena de setembro, o abastecimento de água em várias localidades estará comprometido.

Na capital, o rio Madeira atingiu a marca de 3,50 metros estando apenas poucos centímetros de chegar menor nível registrado em 2005. A Capitania dos Portos confirma que o tráfego noturno permanece proibido, pois a quantidade de bancos de areia e pedras no canal hidroviário preocupa. Diante dessa situação, o escoamento de balsas que trazem diversas mercadorias de Manaus, dentre elas o cimento de argamassa, está comprometido em Rondônia. Em várias cidades falta cimento e a construção civil está paralisada. A situação tende a pender nas próximas semanas para o abastecimento de combustível no Estado. Como a distribuição por Manaus corre sérios riscos de ficar comprometida, o método de transportar combustível via terra a partir do sul poderá produzir reflexos de imediato no bolso do consumidor, com o aumento dos preços.

Uma estiagem anunciada há tempos, mas que pela falta de boa vontade e atenção dos nossos centros de pesquisas locais para com a população de Rondônia, medidas simples de prevenção e alerta mais uma vez não foram tomadas, por quem julga “Proteger e Promover o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia”. É o preço da ciência brasileira na região amazônica.

 

Dados: Corpo de Bombeiros/Pimenta Bueno/Cacoal/Ji-Paraná/Jaru/Ariquemes – Comissão Municipal de Defesa Civil de Ji-Paraná – Capitania dos Portos – Secretaria Municipal de Turismo de Machadinho d’ Oeste

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Dia 01 de setembro de 2007. Essa é a data fantasia criada por IBAMA e SEDAM (Secretaria de Desenvolvimento Ambiental) para o inicio de queimada liberada em Rondônia. Quer dizer, os mais de 1300 focos registrados até o momento foram ilegais e como se o governo não soubesse de nada, medidas para frear o desmatamento ilegal no Estado não têm valia. Prova maior está no céu, no ar que respiramos agora. A intensa concentração que CO (Monóxido de Carbono) e outros tantos poluentes nocivos à saúde humana e animal registrados desde julho, não podem entrar no calendário do desmatamento feito pelo Ministério do Meio Ambiente. Assim há redução absurda mesmo nas taxas de desmatamento na Amazônia Legal.

A verdade é que, enquanto houver árvore de custo em pé nessa região, a queimada irá fazer parte do cotidiano, aliás, já faz porque a própria SEDAM desconhece tamanha quantidade de destruição ocasionada pelo fogo em Florestas de Preservação Ambiental e Reservas Biológicas. A mesma poluição das queimadas que foi responsável por um grave acidente na rodovia BR-364 na semana passada em Vilhena, não pode entrar no calendário mesmo das autoridades de fiscalização de Rondônia. Para todos, o que importa são os números do desenvolvimento, mesmo que irracional e ignorante, pois são esses dados que geram lucro ao governo local.

O interessante é que no vizinho Estado do Acre houve boa vontade dos parlamentares em criar leis rígidas para diminuir o sofrimento da população local na época da seca. Resultado: Não há mais concentração excessiva de poluentes na atmosfera do Acre. Dizer que não há o que se fazer em Rondônia para minimizar os efeitos da poluição e desmatamento ilegal, é horrendo e pensamento de menosprezo com a população local.

A fumaça das queimadas só piora a cada dia no Estado. A cidade de Vilhena, por exemplo, tem registrado visibilidade horizontal de apenas 500 metros no aeroporto Brigadeiro Camarão. Uma falta de visibilidade nesse patamar já é considerado como fator de altíssimo risco aos meios de transporte, fluvial, rodoviário e aéreo. Mas, como não há medidas preventivas, o jeito é se familiarizar com a densa bruma todos os dias, manhã, tarde, noite e madrugada principalmente.

O livre pensamento do governo agora, não coloca na ponta do lápis, que no pesar da balança, os lucros obtidos no desmatamento, não suprem os gastos com pessoas amontoadas nos leitos dos hospitais. Quem paga por isso? A população, claro.

Um fator agravante contribuiu para a piora na qualidade do ar e consequentemente na visibilidade em Rondônia nas últimas 24 horas. A tão comentada frente-fria que, segundo as previsões, traria chuva para acabar com o longo período de estiagem, não surtiu efeito benéfico na região, apesar da queda geral de temperatura dando um alivio no intenso calor de até 38°C dos últimos dias. Os ventos de sul provenientes da Bolívia trazem agora no final de agosto, uma densa camada escura de fumaça que fecha o céu por completo no sul da Amazônia. O mês de setembro é considerado o mais critico em queimadas e poluição e quanto mais friagens chegaram à região, mais poluída ficará a atmosfera.

No momento auge em que o governo espuma a boca para falar de redução de desmatamento, até parece que estamos livres da incompetência visível de quem governa esta região

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A quantidade de focos de incêndios no Brasil ainda vai aumentar. O mês de setembro é considerado como o mais crítico em números de queimadas e conseqüentemente, em emissão de gases poluentes na atmosfera.

 

Daniel Panobianco – Os números de focos de queimadas computados durante o mês de agosto em todo o Brasil, pelo grupo de Monitoramento de Queimadas do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) de São José dos Campos-SP, através de onze satélites, não geram nenhuma ação de comemoração, muito menos de propaganda de vitória dos governos. Pelo contrário, embora na totalidade a quantidade seja de apenas 5432 focos de queimadas abaixo do mesmo período registrado no ano passado, em todo o País, a distribuição territorial aumentou com relação a agosto de 2006. O fogo avançou para áreas como o centro-leste do Maranhão, sul do Piauí e oeste da Bahia, ditando que a fronteira agrícola segue firme e forte nos extremos da então chamada “faixa de produtividade” do Brasil. No sudoeste do Pará, norte de Mato Grosso e noroeste de Rondônia, a quantidade de queimadas continua no mesmo ritmo acelerado de destruição. No total, em todo o País foram detectados pelos satélites 20376 focos, contra 25808 registrados em agosto de 2006.

 

Situação em Rondônia

O ritmo do desenvolvimento em Rondônia está tomando outras posições que geram preocupação. Enquanto em agosto do ano passado, o maior número de focos de queimadas ficou concentrado apenas na região de Buritis, o município rondoniense mais devastado na atualidade, em agosto desse ano, o fogo se dispersou largamente pelo interior atingindo reservas florestais e áreas de preservação ambiental, fato totalmente desconhecido pelas autoridades locais, que adoram se aparecer na imprensa ditando que medidas cabíveis estão sendo tomadas. Sim, claro, tantas medidas foram tomadas, que Rondônia fechou agosto com mais de 1500 focos de queimadas e o governo ainda tem a cara de pau em ditar que estão controlando o ritmo desordenado de desmatamento ilegal no Estado. Um fato até interessante, pois, quem rege pelo controle e fiscalização dos crimes ambientais em Rondônia, como SEDAM (Secretaria de Desenvolvimento Ambiental) e IBAMA, também rege o fator desenvolvimento, enriquecimento local.

O governo está lá preocupado com queimadas no Estado coisa alguma, se tivesse teria junto aos seus parlamentares, medidas concretas e eficazes contra esse crime que ano após ano se repete em Rondônia. Lembra do exemplo no vizinho Estado do Acre, que entrou em colapso ano passado em virtude dos incêndios e da intensa fumaça? Pois é, lá os deputados existem. Fizeram duras leis, com duras penas para o cidadão que colocasse fogo fora de época e agora você já viu o resultado? Uma diminuição de 90% no número de queimadas.

Será que em Rondônia, caso os deputados existissem de verdade, medidas como as tomadas no Acre, também teriam o mesmo efeito? Por que será que ninguém ainda pensou nisso, só estão preocupados com o enriquecimento pessoal e o bem mais importante que fique pra segundo plano? Porque em Rondônia ainda existe muita, muita árvore mesmo em pé. Árvores que custam alto, que geram lucro e desenvolvimento para o Estado. Essa é a verdade, enquanto existir espaço para o desmatamento ilegal, a política governamental e outras tantas ONGs e siglas de centros de pesquisas enfiadas nesse lugar, que só estão interessados nos números positivos, com o desenvolvimento da região, o desmatamento que se dane!

A atual estiagem que castiga a agricultura, a pesca, a pecuária e a população urbana de muitas cidades em si, até pode ser levada na conversa infame dos pesquisadores locais, de que tudo se finda em fenômenos de grande escala, ou melhor, traduzindo, no bendito aquecimento global. São tão idiotas pensando que as pessoas levam a sério suas teses e conclusões, em boletins e mais boletins esparramados na imprensa, mas esquecem de somar o atual ritmo de destruição do Estado ao fator cume de agora. A seca excessiva em solo rondoniense, a diminuição drástica do volume de chuvas ano após ano e o aumento assustador das temperaturas, está totalmente ligado aos números do desmatamento, ou melhor, do desenvolvimento que o governo tanto vangloria nesse lugar.

Idiotas! Pagam agora o preço esse colapso climático com a intensa seca, o mesmo preço que computaram anos atrás com toneladas e toneladas de madeiras viradas ao progresso.

 

Parque Nacional dos Campos Amazônicos em Machadinho d’ Oeste

O primeiro ponto, com focos variando entre 50 e 100, foi detectado ao norte do município de Machadinho d’ Oeste, nas proximidades do rio Machado, na divisa com os Estados do Amazonas e Mato Grosso. É nessa mesma região que no ano passado, o Ministério do Meio Ambiente criou a então Floresta Nacional dos Campos Amazônicos, e que há duas semanas foi descoberto, mediante uma operação conjunta entre IBAMA e Policia Federal, o regime de escravidão na área e retirada ilegal de madeira. Conclusão: O governo, inocente como só, cria áreas de lei para ditar que está fazendo a sua parte e joga nas costas das demais autoridades, a competência e responsabilidade de fiscalização. Esse é um dos muitos pontos mais destruídos em Rondônia na atualidade. Uma área de lei federal, mas que na atual situação, em nada tem valia se é de lei ou simplesmente uma terra de grilagem perdida por ai. O negócio é explorar mesmo, pois o desenvolvimento madeireiro no Estado não pode parar! Estamos em alta, momento ápice de exportação de madeira para a Europa!

 

Parque Indígena Karipunas, entre Nova Mamoré, Buritis e Porto Velho

Inocentes são os índios que estão vendo suas terras virar cinza não é mesmo? Mentira! Há três anos consecutivos, as terras dos Karipunas estão registrando a maior quantidade de focos de queimadas e conseqüentemente de desmatamento em Rondônia. Localizada no noroeste do Estado, a área, também de lei, é a mais devastada que se tem registro. Nos dados apenas do mês de agosto, de queimadas na região, três pontos de quadrículos acumulam entre 50 e 100 focos. Será que tanto fogo ao mesmo tempo e por vários anos seguidos seria somente descontrole da natureza, ou melhor, acidente ambiental? Com tanta imagem de satélite, com a maior resolução possível da área, FUNAI, onde está? Na mesma região mais a leste está o município de Buritis. Esse município foi criado em 2001 onde até então, comportava aproximadamente 9100 habitantes. Apenas cinco anos adiante, hoje Buritis apresenta o maior índice de crescimento populacional em Rondônia, segundo dados do IBGE, com mais de 50 mil habitantes.

Será que mais uma mina de ouro foi descoberta na região para tanta gente se mudar para lá em tão pouco tempo? Sim, claro, o nosso ouro verde tem de sobra naquele lugar, e como Buritis é um município rondoniense 100% sem um palmo de terra de lei, com parques, reservas e áreas de preservação ambiental, o negócio é guincho nas máquinas e fogo no mato, pois o desenvolvimento na localidade anda a todo vapor!

O interessante é que hoje, dia 1° de setembro de 2007, muitos moradores da mesma Buritis do progresso, da riqueza e do desenvolvimento, estão assustados com a escassez de água potável. Olha como é bela a ironia do destino. Uma região tão rica e tão inexplorada até então, não tem água para seu povo beber. Onde está o erro? Será que isso os pesquisadores locais se habilitam em dizer onde o todo apocalíptico aquecimento global tem influência direta? Ou será que o problema é mais embaixo, mais localizado?

 

Município de Vilhena

Esse é um dado que preocupa de verdade. O município de Vilhena, localizado no extremo sul de Rondônia, na divisa com o Estado de Mato Grosso, é um dos mais ricos do Estado. O desenvolvimento flui de maneira espetacular, onde a soja e a criação de gado fala mais alto. É o campeão no quesito exportação dos dois produtos, considerados, a face de Rondônia lá fora.

A mesma Vilhena do progresso, do futuro e do enriquecimento levou um grande susto no mês passado. A quantidade de poluentes na zona urbana, principalmente, jamais foi registrada, nem mesmo na década de 80, quando o governo federal “abriu as porteiras” para o povoamento da região amazônica e o avanço do progresso ao tão jovem Estado de Rondônia. A visibilidade horizontal na cidade no período noturno chegou a impressionantes 400 metros de distância. Para se ter uma idéia de como a fumaça, ou melhor, o desenvolvimento no Cone Sul lançado a atmosfera anda acelerado, a OMS (Organização Mundial de Saúde) estabelece que, visibilidade horizontal de partículas provenientes da combustão de gases antropogênicos (gerados pelo homem), abaixo de 2 mil metros, já é considerada como Estado de Emergência, pois, além de oferecer sérios riscos aos meios de transporte, aéreo, rodoviário e fluvial, como o engavetamento ocorrido dias atrás pela falta de visibilidade na rodovia, influi diretamente na saúde das pessoas, com o agravamento de doenças respiratórias, principalmente problemas de garganta, além da proliferação de qualquer tipo de vírus contido na atmosfera. A mesma Vilhena do desenvolvimento vê hoje em seus postos de saúde e no Hospital Regional, uma quantidade absurda de pessoas, principalmente crianças e idosos, amontoados nos leitos pedindo ajuda para sugar um ar mais límpido.

A quantidade de queimadas registradas só no mês de agosto no município de Vilhena é maior que os focos de 2005 e 2006 juntos no mesmo mês. A região do distrito de São Lourenço é a mais devastada, onde o fogo tem que queimar, pois logo a chuva chega e o pasto tem de estar preparado para engodar o gado. E assim vamos levando o desenvolvimento adiante!

 

Note nas três situações em destaque do mês de agosto, O Parque Nacional dos Campos Amazônicos, o Parque Indígena Karipunas, o sul do município de Porto Velho, o município de Buritis por completo e o oeste do município de Vilhena, que o desenvolvimento segue firme e forte e não há ação de governo ou outra entidade de fiscalização que freie esse processo de destruição. Note também que nas mesmas localidades, pessoas passam sede, fome, são escravizadas, ficam doentes com uma pandemia de doenças infecciosas e respiratórias, mas para o governo, o que importa são dados positivos, dados do enriquecimento de Rondônia, da região amazônica, por parte do governo de Lula e companhia limitada. A população local, ela que se dane, pois gente chegando à região não falta mesmo. Morre um chegam dez para o trabalho.

A incumbência dos nossos governantes deixa de levar a riqueza de certa região, a que regras geradas para o desenvolvimento de uma sociedade organizada. Apenas atacar o governo não vale, seria demagogia demais criticar quem não existe mesmo, só aparece na hora do voto. O povo brasileiro, o povo amazônico e o povo rondoniense são totalmente coniventes com a atual situação de colapso climático que a região enfrenta. Se não fossem tão ignorantes e se não colocassem a maldita gana de riqueza a frente de suas idéias, o tão falado, comentado e elogiado desenvolvimento regional poderia ocorrer sim, só que de forma pacifica, ordenada e compreendida. Mas como né, se tudo ao final volta para a política. O ciclo de ignorância é esse mesmo. Começa pelos políticos, passa pela população e volta pra quem nós colocamos no cargo. No pesar da balança, veja se os milhões conseguidos com a venda de madeira ilegal suprem os gastos em um grande hospital, onde todos são tratados como miseráveis. É a política do nosso governo na Amazônia.

Protetores, defensores, isso um dia existiu?

 

Dados: CPTEC/INPE – IBGE – SEMUSA[/b]

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