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Brasil Abaixo de Zero

Dados - Região Norte


Daniel Panobianco
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O domingo segue muito quente em praticamente todo o Estado de Rondônia. Chove apenas no extremo oeste e região da capital Porto Velho.

Segue o METAR das 19 horas (UTC), 15 horas (Hora Rondônia).

 

Indicador de Localidade: SBPV

Data: 06 de Maio de 2007.

Hora: 19:00 (UTC).

Temperatura: 32ºC

Vento (Norte Geográfico): Direção: 330º

Velocidade em KT(nós): 05

Velocidade em km/h : 9,26

Condições Gerais do Tempo: Céu parcialmente nublado, com pancada de chuva.

Observação Meteorológica: 33005KT 9000 VCSH SCT020 FEW025TCU SCT100 32/25 Q1006=

 

Indicador de Localidade: SBGM

Data: 06 de Maio de 2007.

Hora: 19:00 (UTC).

Temperatura: 31ºC

Vento (Norte Geográfico): Vento calmo.

Condições Gerais do Tempo: Céu parcialmente nublado.

Observação Meteorológica: 00000KT 9999 BKN020 FEW025TCU 31/24 Q1008=

 

Indicador de Localidade: SBVH

Data: 06 de Maio de 2007.

Hora: 19:00 (UTC).

Temperatura: 32ºC

Vento (Norte Geográfico): Direção: 340º

Velocidade em KT(nós): 08

Velocidade em km/h: 14,82

Condições Gerais do Tempo: Céu parcialmente nublado.

Observação Meteorológica: 34008KT 9999 BKN020 32/22 Q1011=

 

A gangorra muda na quarta-feira, com o segundo fenômeno da friagem do ano na região!

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ultima_AZ.jpg

 

O mapa mostra em destaque uma forte área de instabilidade, da qual causou levantamento vertical muito intenso do ar e acabou gerando tempestades severas, com raios, rajadas de ventos e até precipitação de granizo, na noite de ontem entre o leste do município de Ji-Paraná e o interior do município de Aripuanã, em Mato Grosso.

 

Região dos aeroportos das cidades

00:00 – Céu limpo, sem restrições operacionais para a aviação e 24°C em Vilhena.

00:00 – Céu parcialmente nublado com relâmpagos e 25°C em Ji-Paraná.

00:00 – Céu limpo, sem restrições operacionais para a aviação e 25°C em Guajará-Mirim.

00:00 – Céu nublado e 24°C em Porto Velho.

 

Fonte de dados: CPTEC/INPE – INMET – REDEMET - RINDAT

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Obrigado caro André, aos poucos e sempre que restar algum tempo vamos trazendo informações sobre a Região sim.

 

Com relação a tão comentada onda, em Rondônia por enquanto só o vento é que muda para norte e já na fronteira com a Bolivia, a nebulosidade e os ventos aumentam gradativamente.

 

Talvez na próxima noite já tenhamos algum reflexo mais nítido da penetração desse segundo ramo frio do ano na Amazônia.

 

Em Vilhena, a primeira cidade do Norte que sente a friagem, ainda está tudo calmo às 11 horas (UTC), 07 horas (Hora Rondônia), com 23°C e vento de apenas 07 km/h.

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Com a aproximação da massa de ar frio, o tempo muda completamente em Rondônia.

Nos setores centro, norte e noroeste, o sol ainda brilha forte e faz muito calor. Agora em Ji-Paraná faz 34°C, em Guajará-Mirim, 34°C, em Ariquemes 35°C e em Porto Velho, 31°C.

Por outro lado, no sul, região de Vilhena, a entrada do ramo frio a partir da calha do rio Guaporé provoca ventos fortes e acentuada queda nas temperaturas, embora sem chuva, sendo um ramo totalmente seco. Nas últimas duas horas, a temperatura em Vilhena caiu de 32°C para 24°C. Agora, 20h20min (UTC), 16h20min (Hora Rondônia), faz 23°C em Vilhena.

Chove mais forte apenas ao sul de Porto Velho.

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A forte massa de ar frio avança Amazônia adentro pegando quase todo o Estado de Rondônia. Apenas na região de Porto Velho, o ar tropical continua causando chuvas e mantendo a temperatura mais elevada.

Em Vilhena, a temperatura às 04 horas (UTC), 00 hora (Hora Rondônia) esteve em apenas 15°C, mas devido aos ventos fortes, a sensação térmica era de apenas 10°C.

O ar frio também já chegou ao centro e oeste do Estado, regiões tradicionalmente muito quentes. Em Ji-Paraná venta forte sem cessar desde as 18h30min e agora faz 19°C, com sensação térmica de 14°C. Na fronteira com a Bolívia, Guajará-Mirim têm céu nublado com 18°C e sensação térmica de 14°C. Em Porto Velho a chuva persiste em alguns bairros com 24°C no momento.

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Os primeiros dados do inicio da manhã desta quarta-feira apontam para o dia mais frio do ano em Rondônia.

 

Quem mora na porção centro-sul de Rondônia teve que acordar hoje como há muito tempo não se fazia. De agasalho e preparado para as oscilações da temperatura no decorrer do dia. O frio chegou ontem por volta das 16 horas ao sul do Estado, onde Vilhena sentiu de imediato a mudança brusca nas temperaturas. Em menos de 3 horas, a mesma despencou de 31°C para 24°C, sempre acompanhada de fortes rajadas de ventos.

Logo mais foi a vez dos municípios da fronteira oeste, como Costa Marques e Guajará-Mirim, que além dos ventos fortes também registrou precipitação, segundo dados do aeroporto local. Em Guajará às 20 horas, a temperatura era de apenas 19°C.

Outras cidades das regiões de Cacoal, Rolim de Moura e Ji-Paraná sentiram a mudança no tempo por volta das 18 horas, quando o vento forte foi tocante. Em Ji-Paraná, às 18h30min foram registradas rajadas de ventos de 60 km/h, segundo monitoramento da plataforma do SIVAM.

Na capital Porto Velho quem esperava para o frio ainda na noite de ontem teve que dar graças à chuva que caiu em diversos bairros. Devido à atuação do ar quente tropical, nuvens carregadas se formaram levando chuva até por volta da meia-noite, onde os termômetros registraram 24°C, segundo dados do aeroporto Governador Jorge Teixeira de Oliveira.

As primeiras horas desta quarta-feira já são as mais frias do ano até agora nas regiões de Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná e Guajará-Mirim. O destaque feito em rede nacional, onde o CPTEC/INPE previa recordes de frio para Vilhena se concretizou, onde a mínima às 07 horas foi de apenas 13°C, segundo dados do aeroporto local. Na Zona Leste da cidade, divisa com o Estado de Mato Grosso, a temperatura foi ainda menor, com registro de 12,4°C na estação da Embrapa/Soja. Devido aos ventos fortes e a cobertura de nuvens, a sensação térmica na cidade chegou a 08°C. Em registros do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), esse já é o mês de maio mais frio no sul de Rondônia desde 2000. Na ocasião, uma forte friagem baixou a mínima para 10°C em Vilhena.

O código de plotagem do aeroporto local confirma a menor mínima do ano na cidade.

 

Indicador de Localidade: SBVH

Data: 09 de Maio de 2007

Hora: 11:00 (UTC).

Temperatura: 13ºC

Vento (Norte Geográfico): Direção: 160º

Velocidade em KT(nós):12

Velocidade em km/h: 22,22

Condições Gerais do Tempo: Céu nublado.

Observação Meteorológica: 16012KT 3000 BR OVC006 13/12 Q1022=

 

O frio também foi tocante em Cacoal, que registrou mínima de 15°C, assim como em Rolim de Moura e Ji-Paraná. Em Guajará-Mirim fez 17°C e na capital, a mínima ficou na casa dos 22°C.

Na próxima madrugada, novos recordes devem ser quebrados no Estado. Os principais centros prevêem mais frio e desta vez, quem reside na capital também vai sentir o ar um pouquinho mais fresco que o normal. Em Vilhena a mínima pode chegar aos 12°C e até ficar abaixo desse valor. Os ventos continuam intensos gerando maior sensação de friagem.

 

Dados: CPTEC/INPE – INMET – SIVAM – Embrapa/Soja-Vilhena - SEDAM/Rolim de Moura - Aeroportos: Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná, Guajará-Mirim e Porto Velho.

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Daniel, aqui no Acre a temperatura está em torno dos 14°C no extremo sul do Estado, regiao de Brasiléia. Em Rio Branco ainda está um pouco mais elevado, faz 16°C na zona urbana da cidade. As rajadas de vento chegaram a mais de 60km/h aqui na capital essa madrugada, segundo registrado da estaçao automática da Ufac, e o acumulado de chuva até as 4 da manhã chegou a quase 80mm!

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Em Rondônia, essa já é a madrugada mais fria do ano, desde maio do ano 2000. O recorde de frio batido ontem, quando a temperatura mínima atingiu o valor absoluto de 12,4°C em Vilhena, já foi quebrado.

Recorde de frio em todo o Estado de Rondônia, incluindo na capital Porto Velho, onde a temperatura atual já é inferior a mínima de 18,8°C registrada no mês de fevereiro deste ano.

Até o amanhecer, o ar gelado pode marcar pela primeira vez em 2 anos, temperaturas de um digito apenas na porção sul-amazônica, onde a mínima pode ficar abaixo de 10°C nas regiões de Vilhena e Costa Marques.

 

Região dos aeroportos das cidades

00:00 – Céu limpo, sem restrições operacionais para a aviação e 12°C, com sensação de 09°C em Vilhena.

 

00:00 – Céu limpo, sem restrições operacionais para a aviação e 13°C, com sensação de 10°C em Ji-Paraná.

 

00:00 - Céu limpo, sem restrições operacionais para a aviação e 14°C, com sensação de 11°C em Guajará-Mirim.

 

00:00 – Céu limpo, sem restrições operacionais para a aviação e 18°C, com sensação de 15°C em Porto Velho.

 

Fonte de dados: CPTEC/INPE – INMET – REDEMET - RINDAT

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Há sete anos, não fazia tanto frio em Rondônia no mês de maio

 

A mais intensa onda de ar frio deste ano provocou um novo recorde de temperaturas mínimas em grande parte do Brasil, com relação ao dia anterior. Em Rondônia, novos recordes também foram superados essa manhã.

 

O frio, que há dois dias mudou completamente a rotina do rondoniense fez com que hoje fosse registrada a menor temperatura desde o ano 2000. A mínima absoluta alcançou às 06h10min, apenas 08,7°C na cidade de Vilhena, segundo dados da estação da Embrapa/Soja, que fica ao longo da rodovia BR-364 na fronteira com o Estado de Mato Grosso. No aeroporto local também foi reportada temperatura muito baixa, cerca de 09°C, como a plotagem confirma abaixo:

 

Indicador de Localidade: SBVH

Data: 10 de Maio de 2007.

Hora: 10:10 (UTC).

Temperatura: 09ºC

Vento (Norte Geográfico): Direção: 120º

Velocidade em KT(nós): 06

Velocidade em km/h: 11,11

Condições Gerais do Tempo: Céu sem restrições operacionais para aviação.

Observação Meteorológica: 12006KT CAVOK 09/08 Q1018=

 

Essa é a primeira vez em 7 anos cuja temperatura mínima dentro do território rondoniense atinge apenas um digito de temperatura.

 

Em Porto Velho, também ocorreu recorde de temperatura mínima. Segundo o reporte do aeroporto Governador Jorge Teixeira de Oliveira, às 06 horas (local) fazia apenas 16°C na capital de Rondônia.

 

Indicador de Localidade: SBPV

Data: 10 de Maio de 2007.

Hora: 10:00 (UTC).

Temperatura: 16ºC

Vento (Norte Geográfico): Direção: 280º

Velocidade em KT(nós): 02

Velocidade em km/h: 3,70

Condições Gerais do Tempo: Céu parcialmente nublado.

Observação Meteorológica: 28002KT 9999 FEW010 BKN200 16/16 Q1016=

 

Novas marcas foram batidas em Ji-Paraná, Cacoal e Rolim de Moura, onde a mínima baixou para apenas 11°C.

Muito frio também nas regiões de Ariquemes e Guajará-Mirim, cerca de apenas 13°C.

 

Desde o dia 29 de maio do ano 2000, o frio não era tão marcante na porção sul da Amazônia. O que mais impressionou nessa onda de agora, não foi somente quanto aos dígitos dos termômetros, mas sim a expansão territorial que o ar frio chegou. Segundo dados do INMET, a temperatura caiu até próximo de Iauaretê, oeste do Amazonas, região muito quente, assim como em Rondônia, mas não livre de invasões continentais intensas.

Resgatando de 2000 para cá em nossos arquivos, o frio no mês de maio tem um ponto em comum:

Sempre que o período da estação chuvosa, ou mais conhecido localmente como “inverno amazônico” é marcado por precipitações irregulares e abaixo da média, até meados do mês de março, os outros seguintes ficam a marca de grandes penetrações a partir da calha dos rios Paraguai e Guaporé.

Segue abaixo por datas, os registros de frio na Amazônia:

 

29-05-00 - Uma forte onda polar chegava em Rondônia mais pela fronteira oeste, região de Costa Marques e Guajará-Mirim, onde os termômetros despencaram mais de 18°C em menos de 24 horas. Na ocasião, a menor temperatura registrada no Estado foi na cidade de Cabixi, as margens de rio Guaporé, na fronteira com o Estado de Mato Grosso e a Bolívia. Nesse dia, a temperatura mínima chegou a marcar apenas 11,4°C, segundo dados da SEDAM (Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia).

 

No ano 2001, o mês de maio não registrou penetração alguma de frio no Estado, embora uma frente fria muito intensa atingiu a Região Sul, onde ocorreram vendavais intensos, principalmente no Estado do Paraná, no dia 06.

 

08-05-02 - O mês de maio de 2002 teve dois episódios de friagem em Rondônia, um logo no inicio do mês, no dia 08 e outra, mais intensa no dia 23, onde a temperatura caiu para 15°C em Vilhena.

 

Mais um mês de maio sem frio significativo foi registrado em 2003, quando um forte bloqueio atmosférico se instalou no oeste de Mato Grosso, impedindo a entrada de frentes fria pelo interior do continente.

 

06-05-04 - A expansão do ramo frio foi tão forte que o ar gelado chegou primeiro na Amazônia que em Soa Paulo, provocando o 1° fenômeno da friagem do ano em Rondônia, Acre e sudoeste do Amazonas. Em Rondônia a temperatura que às 12 horas do dia anterior era de 30°C não passou de 17°C na região de Vilhena. À noite a mesma caiu bastante e com os ventos fortes, a sensação térmica foi de 10°C.

 

16-05-04 - A grande onda de ar polar derrubou as temperaturas do Rio Grande do Sul ao Acre provocando mais um fenômeno de friagem nos Estados da Região Norte. Esse foi o 2° episódio do ano na região. Em Vilhena, a temperatura caiu cerca de 12°C em menos de 10 horas. As rajadas de ventos ultrapassaram 40 km/h aumentando a sensação de frio na região.

Na Região Sul houve registro de geada moderada em Santana do Livramento na fronteira com o Uruguai aonde a temperatura mínima chegou a 5,5°C. Em Bagé e Uruguaiana a temperatura foi de 5°C, mas sem ocorrência de geadas segundo o 8° DISME.

 

27-05-04 – Nesse dia chegava ao sul de Rondônia à terceira friagem do ano. Em Vilhena, o fenômeno causou queda acentuada das temperaturas, com registro de temperatura mínima de 13°C e máxima não passando de 18°C.

 

Apesar de 2005 ter registrado um número recorde de friagens em Rondônia, 14 ao longo de todo o ano, o mês de maio não apresentou queda significativa nas temperaturas que caracterizasse um evento de frio atípico. Ao contrário do frio surpreendente que entrou no mês de fevereiro, justo o mês mais quente do ano no Estado. Na penetração, a temperatura mínima chegou a 13,7°C em Vilhena e 18°C em Porto Velho, segundo dados do INMET.

 

09-05-06 - E por final no ano passado, a forte massa de ar frio que havia entrado no Rio Grande do Sul, logo no primeiro dia do mês, foi reforçada por outra onda de frio chegando a Rondônia no dia 09. O ar polar avançou de novo sobre o sul da Região Norte provocando a 3° friagem do ano, a mais longa, diga-se de passagem. Em Vilhena, o dia amanheceu com 14,3°C. Esfriou também em Guajará-Mirim, onde a mínima foi de 17°C e em Porto Velho, a temperatura foi de 18°C. O próximo dia foi ainda mais frio na região.

 

10-05-04 - Mais um dia com baixas temperaturas no sul da Amazônia. Nos Estados de Rondônia e Acre a queda da temperatura foi a menor do ano registrada até esta data como em Vilhena, onde a mínima absoluta foi de 11,7°C no centro da cidade. Em Rio Branco a temperatura mínima foi de 16,2°C segundo o INMET.

 

11-05-04 - O ar polar continuou influenciando o sul da Amazônia e manteve a temperatura baixa, com mínima de 12°C em Vilhena.

 

12-05-04 - Recordes de frio foram observados no Acre, em Rondônia e no sul do Amazonas. Em Rio Branco, a temperatura mínima neste dia foi de 13,8°C, a menor do ano. Ainda no Acre, a madrugada foi a mais fria do ano em Tarauacá, com mínima de 16,1°C e em Cruzeiro do Sul, com mínima de 16,9°C. Em Porto Velho, a temperatura mínima foi de 17,8°C, também a menor do ano. No sul do Estado, Vilhena registrou pelo quinto dia consecutivo 12°C.

 

Dizer que friagens intensas não são comuns na Região Norte torna-se um fato ignorante por parte de alguns. Os primeiros migrantes que aqui chegaram na década de 70, principalmente os gaúchos e catarinenses, relatam fielmente quão intenso foi o resfriamento do dia 19 de julho de 1975. Nesse dia, a quem diga, que a sensação de frio, onde hoje está Vilhena, chegou a 0°C.

 

Mesmo que os dados atuais continuem apontando para períodos de diminuição do frio com o passar dos dados, o mesmo não pode ser comprovado tão imediatamente. Tudo faz parte de ciclos.

 

Dados: INMET – SEDAM – Embrapa – Aeroportos locais – Arquivo Pessoal

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Otimo relato Daniel...incrivel este frio ter chegado com tanta força ai..Mas os 04 graus de Ponta Porã pra mim foi o sinal que isto iria ocorrer..!!

 

abs

 

Sim caro Carlos. Ponta Porã é o principal indicativo de como são as invasões frias em Rondônia.

Ponta Porã e Corumbá são o termômetro inicial do que vai acontecer aqui.

 

Bom dia.

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karacas, que relato ein Daniel, parabéns amigo!

 

E quanto a mínima de hoje em Vilhena, foi espetacular ao lembrarmos que ainda estamos no COMEÇO DE MAIO :shock: . Imagina cara o que pode fazer no INVERNO :shock: .

 

Esse ano eu e você não podemos relamar do frio Jordan. Pena que o Diego vive nos "stress" né, e não consegue apreciar o frio de 16°C em Porto Velho. Hehehe...

Uma hora a coisa muda, tudo pode acontecer esse ano.

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Frio na Amazônia na era do aquecimento global

 

Um dos maiores expert's em meteorologia do mundo, o meteorologista e presidente-chefe da maior e mais competente empresa privada de estudos sobre o tempo no Brasil, a MetSul Meteorologia Lta., ao receber nossas informações hoje pela manhã, sobre o recorde dos recordes de frio em Rondônia faz o seguinte comentário:

 

"Episódios isolados de frio ou calor intensos não se prestam para confirmar ou desmentir as teorias sobre o aquecimento global que provocam opiniões divididas na comunidade científica, mas não deixa de ser interessante que este 10 de maio tenha registrado temperatura baixa como não vista há sete anos na região amazônica. Pela primeira vez desde o ano 2000 foi observada uma temperatura de apenas um dígito em Rondônia. Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia, a mínima em Vilhena foi de 9,5°C, marca inferior às mínimas registradas em Porto Alegre e Florianópolis no Sul do Brasil. Na capital Porto Velho a mínima chegou a 14,6°C. Em Rio Branco, capital do Acre, a mínima foi de 13,1°C. Esta onda de frio na Amazônia ocorre em ano com abundantes notícias sobre previsões de desaparecimento da floresta que se transformaria em savana ou mesmo elevações de até 10°C na temperatura média da região neste século. Mas se a onda de frio desta semana não se presta para confirmar ou desmentir as teorias do aquecimento global, ela ao menos tem a condição de demonstrar que mesmo numa era de aquecimento global ainda é possível fazer frio na Amazônia e com relativa intensidade para uma região de baixa latitude. Para quem vive na região fica a nossa idéia que uma friagem ainda mais importante que a atual tem tudo para ocorrer ainda neste ano de 2007 se considerada uma tendência que estamos antecipando de massas de ar polar mais continentalizadas neste ano. Viram desde quando não se registrava temperatura abaixo de 10°C em Rondônia ? O que aconteceu no ano em que pela última vez se registrou mínima de um dígito no estado da Região Norte ? Nenhum ano é igual ao outro, mas os análogos estão aí para serem analisados e discutidos."

 

Autor: Eugenio Hackbart

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Estive durante todo o dia de hoje entrando em contato com as autoridades do meu Estado, a fim de recolher novas informações sobre o frio recorde que ganhou destaque a nível nacional.

A indicação de METAR do aeroporto de Vilhena realmente foi fiel ao colocar precisamente às 10h10min (UTC), 06h10min (Hora Rondônia), a menor temperatura já registrada durante o mês de maio desde 2000, como já relatamos aqui. Na mesma cidade existe outra estação meteorológica, a da Embrapa/Soja, que fica às margens da rodovia BR-364 já na divisa com o Estado de Mato Grosso, que por sinal fica muito próxima de onde eu morava. Naquela estação, segundo dados repassados pelo coordenador da mesma, a temperatura às 06h45min (local) chegou a 08,7°C, sendo portanto, a menor registrada até então em Vilhena e em comum todo o Estado de Rondônia. Esses são dados que podem ser comprovados até pelos serviços de meteorologia que, apesar da precariedade das demais estações, muitas delas totalmente descalibradas, o sentido do frio foi notório.

Ao cair da noite desta quinta-feira consegui chegar aos dados de uma estação meteorológica manual pertencente a SEDAM (Secretaria de Desenvolvimento Ambiental do Estado de Rondônia), que fica na cidade de Cabixi, às margens do rio Guaporé, na fronteira com a Bolívia e Mato Grosso. De acordo com as informações repassadas pela gerencia do mesmo órgão governamental, a temperatura mínima às 07 horas na cidade foi de exatamente 08°C. Como sempre levamos em consideração os dados embasados das cidades pólos, na maioria das vezes, os cantos restritos do nosso Brasil ficam a mercê de informações que podem ser de grande valia, no caso de uma pesquisa mais profunda. Portanto, a menor temperatura registrada nas últimas 24 horas no Estado de Rondônia foi na cidade de Cabixi, com mínima absoluta de 08°C.

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A forte onda de ar frio que atingiu o Brasil na semana que se finda foi considerada a mais intensa dos últimos 20 anos em algumas localidades da Região Sul. Poucas foram às vezes em que as temperaturas caíram por demais, principalmente às máximas em latitudes menores.

No Estado de Rondônia, ao contrário do que o SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia) divulgou em nota, ressaltando que esta foi a mais intensa invasão fria do século, os registros do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), ditam que não é bem assim. Já houve outras invasões totalmente continentais durante o mês de maio, com expressiva queda de temperatura não faz 7 anos

 

Esta talvez seja uma as invasões frias mais interessantes dos últimos anos. Não só pelo recorde de frio em Estados onde normalmente as friagens não são tão intensas, como em Rondônia e Acre, mas nesse caso chama a atenção pela dimensão territorial que o sistema abrangeu. Pesquisadores ressaltam que, uma outra massa e desta vez mais potente pode vir a se confirmar nos próximos meses.

O mapa de registro do INMET colocou os dias 09 e 10 de maio como os que registraram as menores temperaturas no Brasil.

 

No mapa de temperatura máxima do dia 09 (quarta-feira), processado no dia 10, está nítido a queda acentuada das temperaturas do Rio Grande do Sul ao sudoeste do Amazonas, onde as mesmas variaram entre 25°C e 28°C. Em Rondônia, as menores máximas foram observadas no oeste do Estado, mais precisamente entre o vale do Guaporé, região de Costa Marques e Nova Mamoré. Na cidade de Guajará-Mirim, a temperatura máxima que pela norma natural da natureza é registrada no período da tarde, neste dia foi registrada às 08 horas (Hora local), com 19,4°C, segundo dados do aeroporto local.

Em quase todo o Estado de Rondônia as temperaturas máximas nesse dia variaram entre 21°C e 25°C, sendo as mais elevadas observadas nas imediações de Porto Velho.

 

60-10.05.07.gif

 

O mapa de mínimas observadas no dia 09 (quarta-feira) e processadas pelo sistema no dia 10, indica quão intensa foi à massa de ar frio. As temperaturas caíram desde Tabatinga no noroeste do Amazonas até Jacareacanga, no Pará, cidade esta localizada em 06°S do Equador. A queda de temperatura mais significativa em latitudes menores ocorreu na foz do rio Jupurá, no noroeste do Amazonas, Iauaretê e Tabatinga, estando em apenas 02°S do Equador.

 

Nesse dia, a temperatura mínima oscilou entre 09°C e 12°C, em 16 municípios rondonienses. Em Vilhena, a plotagem do aeroporto local enfocou 09°C às 07 horas (Hora local) e na estação da Embrapa/Soja, apenas 08,7°C às 06h45min.

Nas demais localidades do Estado, a mínima oscilou entre 12°C e 15°C até a capital Porto Velho que, segundo dados do INMET, a mesma foi de 14,6°C, na Zona Sul da cidade, o que não confere com a mínima registrada no aeroporto Governador Jorge Teixeira, que foi de 16°C às 07 horas.

Como a maioria dos institutos e centros de pesquisas levam a confiança para o embasamento de tais dados apenas em cidades pólos, na maioria das vezes os eventos que ocorrem nos pontos mais distintos do Brasil passam despercebidos. Coletando informações com outros postos coletores da Embrapa e da SEDAM (Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia), descobrimos que a menor temperatura não foi registrada na cidade de Vilhena, como toda a imprensa agora tem noção pelos fatos e dados apresentados. A menor temperatura dos últimos 7 anos e não do século, assim como julga o SIPAM, foi registrada na cidade de Cabixi, que fica às margens do rio Guaporé, na fronteira com a Bolívia e divisa com o Estado de Mato Grosso. Nessa localidade fez exatos 08°C às 07h10min de quinta-feira, 10, segundo a Embrapa e SEDAM local.

São meras informações que muitas vezes os centros de pesquisas locais deixam se passar pelo não-ocorrido e depois, quando uma pesquisa mais profunda é realizada ocorre erro nos dados conferidos

 

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A imagem de temperaturas mínimas do dia 10 (quinta-feira), processadas no dia 11, também enfoca em mínimas variando entre 12°C e 15°C em quase todo o território rondoniense.

 

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Em Rondônia, como os dados revelados a partir de consultas feitas ao INMET e as diversas estações da Embrapa instaladas nos municípios, esta invasão, portanto, não foi a mais intensa do século, como agora julga o SIPAM.

 

Como há muita informação textual e gráficos comprovando o fenômeno, para visualizar os registros embasados e comprovados sobre as invasões frias ocorridas do mês de maio desde 1922: Destacamos a forte friagem ocorrida em maio de 1977, onde a temperatura mínima foi de apenas 02°C em Vilhena e o evento de maio do ano 2000, com registro de 09,8°C na “cidade clima”.

 

Obs: Vale ressaltar que, os dados embasados sobre Rondônia só começaram a ser feitos com mais precisão e confiabilidade após o ano de 1960, quando então o território do Guaporé passou a ser território de Rondônia (em 1956) e, portanto, novos investimentos em infra-estrutura contribuíram para o estudo da ciência na região.

 

Dados: INMET – Embrapa/Cabixi – SEDAM/ Cabixi

 

Autor: Daniel Panobianco

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Peço perdão aos demais colegas que sempre procuram este tópico a fim de postar e comentar os dados sobre a Região Norte do Brasil, mas como já é do saber de muitos que acompanharam nas últimas horas as importantes publicações no site da MetSul Meteorologia venho através deste espaço contribuir para com algumas verdades sobre a mesma pauta em Rondônia.

 

Muitos aparelhos instalados em diversos pontos do Brasil não funcionam corretamente, devido à falta de manutenção e/ou descaso total por parte do governo. Em Rondônia, das 42 plataformas existentes, mais da metade envia os dados com algum tipo de erro.

 

Para que você entenda perfeitamente o que de fato ocorre aconselhamos que leia até o final, tendo por inicio uma matéria publicada pela empresa MetSul Meteorologia Lta., cuja autoria é do presidente-diretor da mesma, professor Eugenio Hackbart.

Segue a mesma:

 

"Uma verdade inconveniente

 

O que você verá agora nenhum site de Meteorologia nem órgão de imprensa no Brasil ainda mostrou, seja por falta de interesse ou mesmo completo desconhecimento. Prefere-se pegar o relatório pronto do IPCC, indicá-l0 como a verdade dos fatos e não questionnar o que deve ser questionado. Antes de tudo, USHCN é a sigla para U.S. Historical Climatology Network ou Rede Climatológica Histórica dos Estados Unidos. O NOAA em sua página anuncia que a USHCN é composta por 1.221 estações meteorológicas de alta qualidade que integram a U.S. Cooperative Observing Network em 48 estados norte-americanos. Os dados gerados pelas estações terrestres são utilizados para alimentar os modelos climáticos que têm sido utilizados para projetar o clima das próximas décadas assim como embasam estudos sobre o aquecimento global com previsões pra lá de sombrias. Os professores Roger Pielke da Universidade do Colorado e o pesquisador Anthony Watts resolveram investigar o estado de conservação e a localização da estações integrantes da USHCN para mostrar como são coletados os dados de estações terrestres que sustentam o relatório do IPCC e as previsões catastrofistas para o futuro. A estação meteorológica de Chico (Califórnia) é uma das mais de mil que integram a rede norte-americana. As imagens do ponto de observação revelam uma dúzia de contrariedades aos padrões internacionais de confiabilidade de medição. A estação está literalmente abandonada com a pintura desgastada e o abrigo meteorológico se transformou em depósito de lixo. As imagens dizem tudo.

 

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No estado de Kentucky, outra estação das USHCN, na cidade de Greensburg, está completamente fora dos padrões ao ser instalada junto a um prédio e com uma rua asfaltada ao lado.

 

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O mesmo ocorre em Hopkinsville, também no estado de Kentucky, onde a estação meteorológica integrante da USHCN está instalada imediatamente ao lado da parede de um prédio e com um pátio ainda coberto de concreto.

 

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A cidade de Los Angeles, a mais importante da Califórnia e uma das maiores dos Estados Unidos, tinha até pouco tempo seus dados meteorológicos coletados numa estação meteorológica instalada sob condições absurdas e contrárias à maioria dos regramente da Organização Meteorológica Mundial. O posto de observação da Meteorologia do governo dos Estados Unidos estava instalado no terraço que serve de estacionamento no Civic Center, no centro de Los Angeles, estando cercado de concreto por todos os lados.

 

A estação de Los Angeles, então, foi mudada para uma área mais adequada no campus da Universidade do Sul da Califórnia em julho de 1999.

 

Um novo estudo mostrou que a temperatura e a precipitação em Los Angeles sofreram importantes mudanças à medida que a nova estação da cidade foi instalada seis quilômetros mais próxima da costa e 27 metros mais abaixo do local anterior. Os registros mostraram uma Los Angeles mais fresca, seca e com menos extremos que o local anterior. O clima da cidade não sofreu praticamente alterações, mas sim a estação meteorológica do Civic Center distorcia a realidade. Agora pergunto a vocês. Se está assim nos Estados Unidos, alguém imagina como se encontram as estações meteorológicas no resto do mundo ? Na América Latina ? Na Ásia ? Na Africa ? Como confiar em projeções para daqui a oitenta anos feitas por modelos que não acertam muitas vezes as projeções para uma semana e que se baseiam ainda por cima em dados destas estações, muitas em ruínas ou mal instaladas até mesmo nos países ricos ?"

 

Eugenio Hackbart

 

 

No primeiro instante de averiguação causa vergonha e ao mesmo tempo, uma revolta em saber de como o dinheiro público é gasto para com as pesquisas cientificas neste País. Antes fosse, as inúmeras ações do Ministério da Ciência e Tecnologia e Ministério do Meio Ambiente, bem como são mostradas a população através da imprensa, valessem a pena ao serem criadas e administradas.

Um dos maiores gastos custeados pelo Governo Federal na área de meteorologia foi à substituição das estações meteorológicas manuais (aquelas em que havia um funcionário próprio do local onde a mesma era instalada, para fazer as leituras todos os dias), pelas tão modernas e ineficientes PCDs, que hoje, apesar de estarem em grande peso sobre todos os Estados, inclusive em Rondônia, ao pesar da balança em nada ajudam nas anotações sobre o tempo e muito pelo contrário, só atrasam nos estudos e ainda por cima prejudicam as previsões e prognósticos futuros.

 

O que é uma PCD?

As PCDs - Plataformas de Coletas de Dados surgiram da necessidade de inúmeras empresas e instituições em obter regularmente informações colhidas em lugares remotos ou espalhados por uma região muito grande. O exemplo mais clássico é o das informações meteorológicas (temperatura, pressão, direção e velocidade do vento, umidade, etc.), utilizadas por especialistas para previsão do tempo. Antigamente, em muitos locais a única maneira de colher essas informações era instalar aparelhos de registro e "visitá-los"

 

As PCDs espalhadas pelo País enviam através de sinais de antenas, os dados das variáveis meteorológicas coletadas automaticamente, através de sensores eletrônicos instalados em cada componente de leitura, tais como termômetro, pluviômetro, anemômetro, etc.

 

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O Sistema de Coleta de Dados é constituído pela constelação de satélites SCD1, SCD2 e CBERS2 (Segmento Espacial), pelas diversas redes de plataformas de coleta de dados espalhadas pelo território nacional, pelas Estações de Recepção de Cuiabá e de Alcântara, e pelo Centro de Missão Coleta de Dados. A figura acima ilustra o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados.

 

Neste sistema, os satélites funcionam como retransmissores de mensagens. Assim, a comunicação entre uma plataforma e as estações de recepção é estabelecida através dos satélites. As plataformas são geralmente configuradas para transmitirem, a cada 200 segundos, cerca de 32 bytes de dados úteis.

Os satélites SCD1, SCD2 e CBERS2 operam em duas faixas de freqüência UHF para recepção das mensagens transmitidas pelas plataformas de Coleta de Dados: em torno de 401,62 MHz e de 401,65 MHz. Os sinais recebidos a bordo dos satélites são retransmitidos para o solo na Banda S (2.267,52 MHz) e, no caso do CBERS2 também em UHF (462,5 MHz).

Os satélites SCD1 e SCD2 foram colocados em órbitas com aproximadamente 750 km de altitude e 25 graus de inclinação em relação ao plano do Equador, o que permite uma cobertura adequada de todo o território nacional. Cada satélite completa 14 órbitas por dia, das quais 8 são visíveis à estação receptora principal (Cuiabá). O plano orbital do SCD2 foi defasado em ascensão reta em relação ao do SCD1 por um ângulo de 180 graus, de modo a garantir que passagens do SCD2 irão preencher cada período diário em que ocorrem passagens não visíveis do SCD1 e vice-versa. Já o satélite CBERS2, de órbita polar, apresenta 3 ou 4 passagens/dia sobre a estação principal.

Os dados das plataformas retransmitidos pelos satélites e recebidos nas estações de Cuiabá ou de Alcântara são enviados para o Centro de Missão de Coleta de Dados em Cachoeira Paulista para processamento, armazenamento e disseminação para os usuários. O envio desses dados ao usuário é feito através da Internet, em no máximo 30 minutos após a recepção.

 

Com essa nova tecnologia, o Ministério da Ciência e Tecnologia, juntamente ligado ao Ministério do Meio Ambiente, pretendia expor com mais clareza, rapidez e menor custo na manutenção das mesmas aparelhagens, pois, em cada estação espalhada pelo Brasil, não haveria mais a necessidade de se manter uma pessoa, única e exclusivamente contratada para coletar as informações diariamente e repassá-las aos respectivos centros de pesquisa, no caso do Brasil, o CPTEC e INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) de Brasília.

O gráfico abaixo ilustra a evolução quanto ao número de plataformas instaladas no sistema desde 1993.

 

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Em Rondônia existem atualmente cadastradas, 42 PCDs espalhadas na maioria dos municípios. Existem três tipos de PCDs; As meteorológicas, que servem para a coleta de variáveis essenciais para a realização de previsões a curto e médio prazo; As hidrometeorológicas, que se baseiam principalmente na estrutura do lençol freático, monitoramento de rios e nascentes e controle de parâmetros do solo; E as agrometeorológicas, com coletas importantes para o uso em informações voltadas a agricultura, como controle fitossanitário e acondicionamento do solo em diversos níveis de leituras.A maioria das PCDs em Rondônia está sob responsabilidade da SEDAM (Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia), que visa na adequação das tais PCDs em fazendas, prédios e/ou áreas públicas nas cidades e usinas geradoras de energia elétrica.

 

Em uma outra lista está a indicação de quais são as PCDs em Rondônia, com as suas respectivas codificações, tipo de estação, cidade onde está localizada esta estação e o status de funcionamento, como ativa, em manutenção ou inativa.

A maioria estipulada na mesma lista está como ATIVA, sendo, portanto, uma das ferramentas utilizadas pelos centros de pesquisas, inclusive os órgãos de pesquisa instalados em Rondônia.

Nota-se de cara, e, diga-se de passagem, um fato até muito curioso, pois as mesmas PCDs estão sob registro oficial em uma das instituições cientificas mais respeitadas do mundo, o CPTEC. Por ai podemos ter uma breve noção de como andam os demais registros nos centros regionais ou voltados a uma área especifica do País, como no caso, a Amazônia.

 

A PCD de Vilhena é a do tipo meteorológica, e está instalada no campo de pesquisas e estudos da Embrapa-Soja, ao longo da rodovia BR-364, próximo à divisa com o Estado de Mato Grosso, na barreira de fiscalização (SEFAZ). Esta mesma encontra-se como ATIVA nos registros do CPTEC, pois continua armazenando no driver as variáveis, mas devido a uma pane ocorrida em novembro de 2004, quando um raio atingiu a estação, os mesmos dados não são repassados a Cuiabá, nem podem seguir o destino final que é Cachoeira Paulista-SP.

 

Entramos em contato com o CPTEC, via telefone e email, para saber ao certo, se o repasse de verbas destinado ao controle e manutenção total dos equipamentos estão sendo feitos, como determina os mesmos senhores ministros do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia.

 

As mesmas estão sim sendo enviadas as respectivas empresas controladoras das PCDs nos Estados e as instituições de pesquisas cientificas dos mesmos.

Em Rondônia, já são mais de três anos, desde que as primeiras plataformas foram instaladas, que ninguém do governo teve a audácia em promover estudos mais profundos sobre as verbas que são repassadas através do Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Ciência e Tecnologia.

Que essas plataformas são uma porcaria e até os pesquisadores mais renomados ditam que é puro dinheiro público jogado fora, qualquer pessoa leiga, até um simples leitor de jornal desconfia no ato da leitura. O que vêem em questionamento é o por quê das autoridades locais não saberem de nada, de repasse de verba alguma, como sempre e de costume.

 

Em Ji-Paraná fomos atrás do diretor regional da SEDAM, que, como os outros diretores regionais também procurados em Vilhena e Cacoal, não souberam dar uma explicação plausível e sequer sabem o que é uma PCD.

Elas existem; Estão funcionando na precariedade, muitas já quebradas como uma estação meteorológica em Ariquemes; A verba pública está vindo; Os impostos cobrados de cada cidadão brasileiro estão sendo injetados nessas benditas técnicas modernas de pesquisa e então, por que não estão sendo equiparadas? Reguladas? Ou melhor, como tudo em Rondônia o fim do túnel é um conto de fadas, onde, para onde está sendo destinada essa verba que, repito: É repassada às empresas administradoras dos Estados e no caso de Rondônia, a SEDAM?

Mas se na SEDAM nem ao certo sabem o que é uma PCD, como vão saber do bendito dinheiro destinado à manutenção das mesmas?

 

Centros de pesquisas, instituições governamentais voltados ao incentivo e desenvolvimento de novas tecnologias e metodologias de enriquecimento na segurança da população são fundamentais. Pena que em Rondônia, quem sempre tentar abrir os olhos para a verdade que está estampada na cara, na face de todos, sempre acaba saindo como o que procura, o leigo que não diz coisa com coisa, que sempre procura atrito com os centros de pesquisas locais. E assim o Brasil vai caminhando!

Depois da vergonha monstruosa que foi descoberta na mesma área de ciência, de que os institutos de meteorologia públicos estão vendendo fontes e dados de pesquisas pagos por nós mesmos, através de nossos impostos e até agora ninguém fez nada, é muito confiante esperar algo do futuro.

Sim, porque um dia as coisas tem que mudar, afinal de contas, o Brasil não pára, o mundo não pára. Pena que o brasileiro não foi customizado e regrado a duras penas de cabresto há 500 anos atrás. E agora, só agora promovem políticas concretas e eficazes de educação do seu povo! Um dia as coisas mudam, na ciência brasileira também.

 

Dados: CPTEC/INPE – INMET – MetSul – USP – SIVAM – SEDAM - EMBRAPA – ANA

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Autor: Daniel Panobianco

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O Brasil estaria preparado a receber uma potente onda de frio como a de 1975?

 

Os registros da economia brasileira denotam claramente o que foi a mais intensa invasão de ar frio sobre o Brasil nos últimos anos. Os dados apontam como o País era antes da onda de frio e após a terrível geada negra, cuja cultura cafeeira do Estado do Paraná se deu por perca completa. Nos tempos atuais e com as constantes erupções de ar frio, uma onda dessa magnitude levaria o Brasil a um verdadeiro caos. Todos os setores direta e indiretamente seriam afetados.

 

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Foi no amanhecer de 18 de junho de 1975, há 32 anos, que uma das geadas mais intensas do século passado reduziu a zero a área cultivada com café no Estado do Paraná. Em escala maior, o próprio Paraná nunca mais foi o mesmo. Aquela manhã fria, aliada a outros fatos ocorridos na mesma época, disparou uma série de transformações econômicas e demográficas que fizeram do Estado o que ele é hoje.

As estatísticas dão uma dimensão grandiosa dos eventos daquele dia. Na safra de 1975, cuja colheita já havia sido encerrada antes da geada, o Paraná havia colhido 10,2 milhões de sacas de café, 48% da produção brasileira. Era o maior centro mundial nessa cultura e tinha uma produtividade superior à média nacional. No ano seguinte, a produção foi de 3,8 mil sacas. Nenhum grão de café chegou a ser exportado e a participação paranaense na produção brasileira caiu para 0,1%.

Nos dias seguintes já começava a consolidar-se uma idéia de que o estrago seria duradouro. O governador Jayme Canet Júnior anunciava que o orçamento do Estado seria reduzido em 20% no ano seguinte.

O prognóstico dos especialistas era de que o prejuízo chegaria a Cr$ 600 milhões (o equivalente, pela cotação da época, a US$ 75 milhões), apenas nas lavouras de café. Outras culturas, como o trigo, também sofreram perdas importantes, de mais de 50%. Mas era o café que sustentava a economia do Paraná naquela época – uma situação que mudaria logo em seguida, já que os cafeicultores nunca mais se recuperariam desse impacto.

Em uma geração muita coisa pode mudar. Mas parece certo que a geada negra de 1975 foi um daqueles raros momentos em que um único fato é capaz de precipitar mudanças históricas. “É bem difícil imaginar como seria o Paraná hoje se a geada não tivesse ocorrido”, diz o agrônomo Judas Tadeu Grassi Mendes, que à época trabalhava na Secretaria de Agricultura do Estado e hoje é pró-reitor acadêmico do Centro Universitário FAE, em Curitiba. “O mais provável é que tudo o que aconteceu de 1975 para cá – a perda de importância da agricultura cafeeira, a supremacia da soja, o fortalecimento das cooperativas, a migração, a industrialização – tivesse lugar do mesmo jeito, mas não à mesma velocidade”, opina. Movida pelo vento frio da História, no entanto, a vida dos paranaenses nunca mais foi à mesma.

A geada negra de 1975, que mudou a história paranaense ao aniquilar a principal cultura agrícola existente no Estado, tornou a vida difícil para muita gente. Ao mesmo tempo, outros fatores surgiram para dar um empurrão extra. No oeste do Estado, a construção da usina de Itaipu obrigou pelo menos 8 mil agricultores a deixarem suas propriedades, gerando uma demanda por terra que não tinha como ser suprida na região. Ao mesmo tempo, culturas tradicionais no Estado, como o trigo e o algodão, sofriam com o clima e com a conjuntura econômica. Em escala menor, uma geada ocorrida em 1983 repetiu para os produtores de trigo o estrago que os cafeicultores haviam sentido oito anos antes.

Produtores de lugares como Cornélio Procópio, Loanda, Maringá, São Miguel do Iguaçu e Engenheiro Beltrão começaram a sonhar com as terras planas e baratas de que se falava, mais ao Norte. Começou então um movimento migratório impressionante, o que fez com que o Estado perdesse 13% da população ao longo dos anos 80. O Estado de Mato Grosso foi um dos principais destinos. A magnitude da migração pode ser avaliada pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2001, a Pnad mostrava a presença de 248 mil pessoas residentes em Mato Grosso que declaravam ter nascido no Paraná – o equivalente a 9,6% da população total, e o maior contingente de migrantes no Estado. A pesquisa também não deixa dúvidas sobre o que eles foram fazer por lá: 68% deles vivem em áreas rurais.

Não demorou muito e Rondônia era a terra de visão do futuro. A maioria das famílias que hoje residem em solo rondoniense, são frutos e/ou vitimas do caos que foi a onda de frio no Sul do Brasil entre as décadas de 70 e 80.

 

Como ocorre a geada:

Geada é o congelamento do orvalho na superfície e pode atingir diferentes intensidades. Para ocorrer este congelamento não é necessário que a temperatura no ar esteja igual ou menor que 0°C. Isto porque na superfície, a temperatura pode ser até 05°C menor que no ar, dependendo da perda radioativa que a superfície perde. A temperatura na superfície é chamada de temperatura na relva. Então, com temperaturas de até 05°C pode-se ocorrer geada. Quando se forma apenas uma camada de gelo na superfície chama-se de geada branca e quando a seiva das plantas congela chama-se de geada negra. Esse último tipo é a mais devastadora para as plantações, mas só ocorrem em cidades bem frias e no Brasil afeta apenas as cidades serranas do Sul. A geada negra muitas vezes se forma devido ao vento muito gelado que congela as plantas e nem sempre forma gelo na superfície em função de ocorrer durante qualquer hora do dia quando o ar esta mais seco. A geada branca atinge diferentes intensidades. É considerada como geada fraca quando a temperatura do ar está entre 03°C e 05°C, mais ou menos. Moderada, quando a temperatura do ar está entre 01°C e 03°C, mais ou menos e geada forte, quando a temperatura do ar está menor ou igual a 0°C. As geadas fortes são as geadas negras. Porém já foram registradas geadas com temperaturas de 06°C, pois a temperatura na relva ficou até 07°C menor que no ar. Isto porque dependendo das condições de umidade relativa do ar a perda de temperatura na superfície é muito maior.

 

Até onde chegou o frio no Brasil:

Dados do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) apontam que na mesma época, uma seqüência assustadora de geadas ocorreram em toda a Região Sul, além dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, e até no sul e oeste de Mato Grosso e sul de Rondônia.

A potente onda de ar frio de 1975 atravessou completamente a linha do Equador levando queda de temperatura em Estados como Amazonas e Roraima.

 

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Especialistas ficam atentos a cada inverno sobre o Brasil. A crescente forma da economia brasileira em uma nova conjuntura não só aferia o Sul, mas o País todo de uma maneira geral. Os preços dos produtos agrícolas, matérias-primas para a confecção de outros materiais, as exportações em si, que hoje rendem quase a metade do que o País produz. Se uma onda polar como a de 1975 ocorresse novamente no Brasil, fato este que jamais pode ser descartado, seria o caos sobre o caos.

Está ai a prova de que não tão somente no setor agrícola as influencias do tempo interferem na vida das pessoas. Boa parte da população sulina que reside em Rondônia e Mato Grosso podem ser considerados os “refugiados” da geada negra de 1975.

 

Dados: Jornal A Gazeta/Curitiba – IBGE – Ministério da Integração Nacional - INMET

 

Autor: Daniel Panobianco

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Maravilha Daniel!

Em vários tópicos aqui no BAZ, o Ronaldo e outros bazianos informaram sobre geadas que ocorrem com temperaturas bem mais altas do que os 05-06°C citados.

Mas o texto está maravilhoso, demonstrando bem a influência do clima no espaço geográfico e consequentemente na sociedade.

Parabéns pelo texto!

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Alguns previram dias atrás que uma frente-fria chegaria a Rondônia no sábado. Outros menos otimistas e confiantes levaram em consideração os dados dos computadores insistindo que não haveria mudança alguma do tempo no Estado. Mas de fato aconteceu, apesar de fraco, o terceiro fenômeno da friagem do ano entrou no Estado causando chuvas e queda de temperaturas.

 

Uma frente-fria esteve estacionada na fronteira do Brasil com a Bolívia desde a última quinta-feira, onde nessas localidades houve registro de chuva e temperaturas mais amenas. Em Guajará-Mirim principalmente, a chuva caiu de maneira mais uniforme e os termômetros não subiram muito. Na sexta-feira, o tempo fechou por completo no Estado, até em regiões mais quentes como Ji-Paraná e Ariquemes, onde a temperatura máxima não ultrapassou os 28°C, segundo dados do aeroporto local.

No sábado eis que de repente, as nuvens cresceram de tal forma, onde foram registrados diversos núcleos de chuvas e trovoadas, com alguns pontos de chuva muito forte nas regiões de Ariquemes, Jaru e Ji-Paraná. Essa seria a marca de que iria esfriar um pouco sim.

 

Mesmo que nem todo o Estado de Rondônia tenha sofrido a influência direta do sistema e a temperatura não tenha caído a tal ponto de se sentir frio, este foi sim o terceiro fenômeno da friagem ao atingir a Região Norte do Brasil. Esfriou mais no Acre que em Rondônia. Os principais critérios analisados foram à drástica mudança de escoamento na direção dos ventos, que mudaram de NW (noroeste) para SE (sudeste), onde essa direção já denota a penetração de um ramo frio e os níveis de pressão atmosférica que seguiram na retaguarda da frente e também entraram em Rondônia reforçando ainda mais a prova de um terceiro resfriamento.

A temperatura mínima na manhã desse domingo foi de 18°C em Vilhena, segundo dados do aeroporto local, 19°C em Cacoal, Ji-Paraná e Guajará-Mirim e não podendo ser diferente, os 23°C registrados em Porto Velho, segundo reporte do aeroporto Governador Jorge Teixeira.

 

Na semana que se inicia teremos, portanto, o quarto e logo em seguida, o quinto fenômeno da friagem do ano ao atingir o sul da Amazônia. A última rodada dos modelos numéricos enfoca para o primeiro pulso frio adentrando no Estado entre quarta e quinta-feira causando forte declínio nas temperaturas. A quinta friagem deverá entrar 48 depois, entre domingo e segunda-feira, dia 28, com novas quedas significativas.

Já adiantando que nas próximas semanas, o ar seco e quente não terá tanto destaque em Rondônia. Vem ai a sexta friagem do ano logo na primeira semana de junho!

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Às 17 horas (UTC), 13 horas (Hora Rondônia), o vento forte de SE penetrou no Estado causando chuvas, ventos fortes e queda brusca nas temperaturas. Em Vilhena agora faz apenas 20°C, com vento forte.

Totalmente o oposto ocorre 100 km adiante da cidade. De Cacoal até a capital Porto Velho, o calor é sufocante. Em Ji-Paraná neste momento faz 34°C, com sensação térmica de 40°C.

Outras cidades como Guajará-Mirim, Ariquemes e Porto Velho registram temperaturas em torno de 32°C, com células de chuvas nas proximidades.

O nosso choque térmico aqui é por demais de ruim. Saímos de um tremendo "forno" para um vento gelado que sopra horas e horas sem cessar. Não há corpo que agüente.

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Frio, vento e chuva forte; Assim foi à entrada de mais uma frente-fria em Rondônia.

 

A chegada de uma nova frente-fria a Rondônia provocou mudanças bruscas nas condições do tempo nas últimas horas. Em Vilhena, a temperatura que no inicio da manhã marcava 28°C, em menos de três horas caiu para 19°C. Após quase um mês de tempo seco choveu na cidade, o que amenizou a poeira, a principal marca do inicio da estação da seca.

O código de plotagem do aeroporto local mostra claramente a queda expressiva das temperaturas às 20 horas (UTC), 16 horas (Hora Rondônia), onde os termômetros marcaram apenas 17°C.

 

Indicador de Localidade: SBVH

Data: 23 de Maio de 2007.

Hora: 20:00 (UTC).

Temperatura: 17ºC

Vento (Norte Geográfico): Direção: 200º

Velocidade em KT(nós): 11

Velocidade em km/h: 20,37

Condições Gerais do Tempo: Céu nublado.

Observação Meteorológica: 20011KT 9999 BKN004 OVC100 17/17 Q1015=

 

 

Tempestades intensas, com muitos raios, rajadas de ventos e acumulados significativos de precipitação foram observadas entre os municípios de Primavera de Rondônia e São Felipe d’ Oeste, região centro-sul do Estado, por volta das 12h30min (Hora Rondônia). Entre Ji-Paraná, Teixeirópolis e Urupá, um forte temporal provocou rajadas de ventos de até 70 km/h, com quedas de árvores e destelhamentos de casas na zona rural de Ji-Paraná, próximo ao distrito de Nova Londrina. Na ocasião apenas danos materiais foram constatados. Não houve vitimas.

 

Conforme avançava Rondônia adentro, a onda frontal foi levando chuvas, muito vento e o fator mais notório da quarta-feira, a queda nas temperaturas.

Às 14 horas a penetração fria chegou a Ji-Paraná fazendo as temperaturas saltarem de 34°C para 22°C em menos de três horas. Uma significativa queda de 12°C, onde muito jiparanaense sentiu na pele a presença da friagem.

A chuva também foi intensa acumulando 55,8 mm no centro da cidade das 14h20min às 16h30min. Esse valor corresponde a mais de 60% de todo o volume esperado na região para o mês de maio

 

 

Dados: CPTEC/INPE – REDEMET – SIVAM – Embrapa

 

Autor: Daniel Panobianco

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Fala Daniel, no Acre a frente fria chegou duas horas depois de ter entrado no sul de Rondônia. Em Brasiléia, no extremo sul acreano, no início da tarde fazia 32 graus. Por volta das 15:00 as fortes rajadas de vento sul atingiram a cidade, e a temperatura simplesmente desabou! Incrivelmente as 17:00 já fazia 18°C ( QUEDA DE 14°C ) em questão de 2 horas :shock: . Às 18:00 a frente alcançava também a capital, Rio Branco 8) ! Essa madrugada promete!!!!!!! :D

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A terceira penetração fria significativa do ano entrou no Brasil derrubando as temperaturas de Norte a Sul. Em Rondônia, após uma quarta-feira molhada em diversas cidades, o frio chegou com força.

 

Mais uma vez um significativo pulso de ar frio conseguiu avançar para latitudes menores atingindo o sul da Amazônia e provocando o terceiro fenômeno da friagem deste ano. Por causa do frio abrangível e notório em todas as partes, os institutos classificaram este, portanto, como o terceiro evento, mas não desconsiderando que no sábado passado tivemos uma bolha que também se desprendeu de uma massa fria na Bolívia fazendo com que as temperaturas caíssem nos setores oeste e sul do Estado, onde Vilhena e Costa Marques registraram 17°C.

Ainda na tarde de ontem, o ramo frontal entrou com muita energia sobre o Estado causando diversas pancadas de chuvas, algumas de forte intensidade em municípios do interior. As células mais profundas de temporal foram observadas sobre os municípios de São Felipe d’ Oeste, Primavera de Rondônia, Ministro Andreazza, Presidente Médici, Ji-Paraná, Monte Negro, Vale do Paraíso, Vale do Anari e Machadinho d’ Oeste, onde em diversos pontos, o acumulado de precipitação ultrapassou 50 milímetros em pouco tempo. Nessas mesmas localidades, além das fortes pancadas de chuvas foram registrados rajadas de ventos, com picos de até 70 km/h, como em Ji-Paraná e muita atividade elétrica nas demais áreas.

O fator percebível no ingresso dessa onda frontal não foi somente à chuva, mas a queda acentuada da temperatura em si. Em Vilhena, por exemplo, às 11 horas os termômetros indicavam 28°C, com sensação de abafamento passando de 32°C. Não passaram três horas e a mesma despencou para 19°C, segundo dados do aeroporto local que reportou a mesma às 17 horas (Hora Rondônia). Uma hora depois, às 18 horas, já fazia apenas 16°C na “cidade clima”.

Devido ao seu deslocamento natural para norte e nordeste, as nuvens carregadas da frente chegaram às regiões de Ariquemes e Porto Velho provocando pancadas de chuvas e trovoadas mais generalizadas. O ar polar escoou também pela calha dos rios Guaporé e Mamoré, onde Guajará-Mirim sentiu mais uma friagem. Segundo dados do aeroporto local, a temperatura saltou de 33°C para 20°C em um intervalo de apenas 4 horas. Mas foi Ji-Paraná à cidade que registrou maior diferença entre temperaturas antes e após o ingresso da onda de frio. O dia começou com muito sol e calor, onde ás 14 horas, a mesma já era de 34°C. Em questão de duas horas, logo após a chuva, os termômetros indicavam apenas 22°C. Em duas horas, um expressivo declínio de 12°C, fato este que mexe diretamente no organismo das pessoas.

O temporal caiu das 14h30min às 16h30min, totalizando 55,8 milímetros no centro da cidade. Esse valor corresponde a mais de 60% de todo o volume de chuva esperado na região durante o mês de maio. Várias ruas e avenidas ficaram completamente ilhadas em meio ao montante de lixo acumulado nas vias públicas. Muitos bueiros entupidos não suportaram o grande volume d’ água causando então o refluxo das águas das enxurradas.

 

Temperaturas

A quinta-feira amanheceu com frio em Rondônia. A menor temperatura, como de praxe foi registrada em Vilhena. Segundo plotagem do aeroporto local, através de dados de METAR, às 07 horas, a mínima chegou a 13°C. Na estação da Embrapa/Soja, que fica às margens da rodovia BR-364 - próxima a divisa com o Estado de Mato Grosso - fez 12,8°C. Os registros de menores temperaturas sempre nessa região, se dão pela altitude, mais de 600 metros e o livre escoamento, sem barreira alguma de penetração dos ramos frios.

O frio pegou em cheio outras cidades rondonienses. Em Cacoal, segundo dados da estação do SIVAM, a mínima registrada às 07 horas foi de 14°C, assim como em Rolim de Moura e Ji-Paraná. Em Guajará-Mirim, a menor temperatura das últimas 24 horas foi de 15°C, segundo plotagem do aeroporto local, mediante informações de METAR.

Na capital Porto Velho, o ar frio chegou, embora com bem menos intensidade. No aeroporto Governador Jorge Teixeira, a mínima foi de 19°C, também às 07 horas.

 

Dados: CPTEC/INPE – INMET – SIVAM – REDEMET - Embrapa/Vilhena/Rolim de Moura

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As temperaturas despencaram na madrugada desta sexta-feira devido à diminuição da nebulosidade em Rondônia. As menores foram registradas nos setores sul e oeste do Estado.

 

Frio pra rondoniense algum deixar de falar que apenas um ar fresco adentrou no Estado nessa terceira friagem. Diferente das temperaturas registradas ontem, quando ainda havia muita nebulosidade estratiforme no céu, hoje o tempo está límpido em quase todo o Estado, o que permitiu uma queda mais acentuada das temperaturas. Quando há nebulosidade, a mesma serve como um grande cobertor, que dificulta a expansão do ar frio nas camadas mais baixas da atmosfera.

Os dados do aeroporto de Vilhena, segundo informações de METAR, dão idéia de como foi o amanhecer no sul de Rondônia. Às 06h10min (local) fez apenas 12°C na cidade. A segunda menor temperatura do ano perdendo apenas para os 09,5°C registrados no dia 10 desse mês.

O código de plotagem do aeroporto confirma da mínima de 12°C.

 

Indicador de Localidade: SBVH

Data: 25 de Maio de 2007.

Hora: 10:10 (UTC).

Temperatura: 12°C

Vento (Norte Geográfico): 150°

Direção:

Velocidade em KT (nós): 06

Velocidade em km/h: 11,11

Condições Gerais do Tempo: Céu parcialmente nublado.

Observação Meteorológica: 15006KT 9999 FEW010 SCT080 12/09 Q1018=

 

No centro do Estado, Cacoal, Rolim de Moura e Ji-Paraná acordaram sob o ar gelado de apenas 13°C, segundo informações dos aeroportos locais.

Em Guajará-Mirim, a temperatura mínima também registrada às 07 horas beirou a marca dos 13°C, quase a mesma de Rio Branco-AC.

Em Ariquemes, uma das cidades mais quentes do Norte do Brasil, a mínima nesta manhã chegou a 15°C. Em Porto Velho, segundo informações de METAR do aeroporto Governador Jorge Teixeira, a mesma alcançou 16°C, sendo que na estação da Embrapa, na Zona Sul fez mais frio ainda.

Segue abaixo o código METAR de Porto Velho:

 

Indicador de Localidade: SBPV

Data: 25 de Maio de 2007.

Hora: 10:00 (UTC).

Temperatura: 16°C

Vento (Norte Geográfico):

Direção: 160°

Velocidade em KT (nós): 06

Velocidade em km/h: 11,11

Condições Gerais do Tempo: Parcialmente nublado

Observação Meteorológica: 16006KT 5000 BR SCT010 BKN100 16/15 Q1014=

 

Dados: CPTEC/INPE – INMET – REDEMET

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O quarto resfriamento no sul da Amazônia este ano provocou acentuado declínio nas temperaturas, principalmente no sul de Rondônia. Os ventos fortes aumentaram ainda mais a sensação de frio.

 

Hoje tem muito meteorologista que não vê, não ouve e não fala nada. Os mesmos que julgaram dias atrás que nesta semana o frio iria passar longe do Norte do Brasil, hoje podem constatar que nem toda tecnologia empregada a emaranhados de cálculos matemáticos deve ser aceita com 100% de confiabilidade em dados técnicos. Também devem ter em mente que às vezes o que se aprende na teoria, dentro das faculdades, não condiz com a realidade, com a prática. A quarta friagem do ano de 2007 acontece em Rondônia.

As temperaturas mais uma vez sofreram acentuado declínio nas últimas 24 horas, principalmente no sul e oeste do Estado, regiões de Vilhena e Guajará-Mirim. No Cone Sul, a mesma despencou de 32°C para 22°C em questão de quatro horas. Segundo dados do aeroporto local, Vilhena registrou mínima de 12°C às 06 horas desta quarta-feira. O recorde de frio no mês de maio na cidade ainda pertence ao dia 10, onde os termômetros, pela primeira vez - desde maio de 2000 - registram mínima de apenas um digito, com 09,5°C, segundo o INMET.

O frio também entrou marcante pela calha dos rios Guaporé e Mamoré, na fronteira com a Bolívia. Em Guajará-Mirim, também segundo plotagem do aeroporto local, a temperatura mínima desta quinta-feira foi de apenas 14°C, às 06 horas. Na capital, a queda de temperatura não foi expressiva como nas últimas duas friagens. Segundo dados do aeroporto Governador Jorge Teixeira, às 06 horas, a temperatura chegou a marcar 23°C.

Como a maioria das friagens entra com muito vento e totalmente seca em Rondônia, a preocupação de agora em diante é com relação à propagação dos focos de queimadas. As rajadas de ventos que antecedem toda friagem ajudam a espalhar o fogo que na maioria das vezes atinge áreas de preservação ambiental, sem qualquer aparato das autoridades competentes. E ainda querem monitorar de perto as queimadas em Rondônia. As instituições de pesquisas locais vão detalhar passo a passo onde o fogo está consumindo. E agora cabe uma pergunta: Pra que? Pra que monitorar o que os institutos já fazem se até hoje o que se viu, leu e ouviu foi de que o governo estará atento as queimadas descontroláveis na Amazônia. Mais uma forma de desviar a atenção da população local para a aplicação desnecessária de verba pública. Essa é a verdade.

O que mais chamou a atenção hoje foi acompanhar o noticiário logo pela manhã nas emissoras de rádio, em alguns web jornais e na televisão, os renomados jornalistas clamarem que o frio, mais uma vez pegou todo mundo de surpresa. Essa é mais uma ladainha que pega entre a previsão de tempo e a imprensa local. Sempre, todos são pegos de surpresa.

 

Dados: CPTEC/INPE – INMET – REDEMET

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As temperaturas caíram mais significativamente nas regiões de Vilhena, Costa Marques, Cacoal, Rolim de Moura e Ji-Paraná, onde o vento frio da madrugada trouxe pela quinta vez este ano, mais um evento de friagem a Rondônia. No norte do Estado, os termômetros em nada sofreram modificações.

 

O quinto pulso frio do ano entrou novamente pelo sul da Amazônia provocando uma nova friagem em Rondônia. O frio, que não era sinalizado por diversos centros de pesquisas - inclusive os locais - pegou muita gente de surpresa ainda na tarde de ontem, onde os termômetros caíram de 28° para 19°C em Vilhena, logo após as 18 horas.

Com rajadas de ventos soprando de sudeste constantemente, o ramo frio conseguiu chegar às regiões de Rolim de Moura e Ji-Paraná, onde a mínima registrada às 06h10min desta segunda-feira chegou a 17°C, segundo dados do SIVAM. Em Vilhena, a plotagem do aeroporto local confirmou uma mínima de 14°C.

Plotagem do aeroporto de Vilhena confirmado a mínima de 14°C:

 

Indicador de Localidade: SBVH

Data: 04 de Junho de 2007.

Hora: 10:10 (UTC).

Temperatura: 14ºC

Vento (Norte Geográfico): Direção: 130º

Velocidade em KT(nós): 04

Velocidade em km/h: 7,41

Condições Gerais do Tempo: Céu sem restrições operacionais para aviação.

Observação Meteorológica: 13004KT CAVOK 14/13 Q1020=

 

Outros pontos de Rondônia também registraram queda de temperatura. Em Costa Marques, a mínima beirou os 16°C, assim como em Guajará-Mirim.

Mais uma vez, a população das regiões de Ariquemes e Porto Velho, pouco sentiram os impactos dessa nova incursão de ar frio sobre o sul da Amazônia. Segundo dados do aeroporto Governador Jorge Teixeira, às 06 horas, a temperatura foi de 22°C na capital.

 

Dados: CPTEC/INPE – REDEMET – SIVAM

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Um intenso vendaval atingiu a capital do Amapá na tarde do último domingo (04), onde foram registrados muitos estragos. Segundo as informações (ainda que preliminares) divulgadas pela imprensa local, o vendaval teve características muito mais severas que o tornado registrado na mesma região ano passado.

Desta vez, um enorme "corredor" de destruição atingiu Macapá, com muitas residências, prédios públicos e empresas completamente destruídos pelo vendaval. O IEPA irá divulgar nas próximas horas, uma nota oficial sobre o fenômeno, mas segundo informações conseguidas via telefone com a Coordenadoria da Defesa Civil na Região Norte, os ventos sustentáveis passaram de 130 km/h.

Muitos moradores, ainda assustados, contam agora que o ápice do vento não durou mais que 3 minutos, onde até torres de telefonia móvel caíram e foram dizimadas a emaranhados de ferros retorcidos. Algumas pessoas que ficaram feridas pelas escoriações foram levadas a pronto-socorros da região.

Novas informações em instantes.

 

Daniel Panobianco

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Em Rio Branco mínima hoje de 16°C. Bem agradável na madrugada! Em Brasiléia fez 14°C, empatando com Vilhena...

 

 

Mas mudando de assunto, esse tornado em Macapá ein, nem sabia que ano passado havia sido registrado um por lá :shock: . Ninguem filmou nada ein??? Hoje em dia é tao fácil captar imagens... Vamos aguardar..

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Em menos de 72 horas a região amazônica apresentou diversos e importantes fenômenos atmosféricos, dignos de grande valia para as pesquisas futuras. Desde a quinta friagem do ano em Rondônia, até o vendaval registrado em Macapá. Segue abaixo alguns registros ocorridos na região.

 

As últimas horas foram cruciais na Amazônia no que se diz respeito ao comportamento do tempo. A quinta friagem do ano entrou em Rondônia a partir do Cone Sul do Estado, onde Vilhena registrou 14°C logo ao amanhecer. O frio também chegou a outras partes, regiões tipicamente de convívio com o clima árduo amazônico. Segundo a climatologia, a média de friagens na Amazônia é de três a cinco episódios por ano. Portanto, já registramos em menos de dois meses, a média total de friagens. E ainda estamos no começo de junho. O recorde de incursões frias na região foi em 2005, quando foram registradas 14 friagens, de fevereiro a outubro.

Por outro lado, na região centro-norte de Mato Grosso, as queimadas já começam a tomar conta do ar diminuindo a visibilidade e contribuindo para o acúmulo de poluentes em regiões que convivem ano após ano com a poluição. Entre Sinop e Alta Floresta, já foram detectados mais de 30 focos de queimadas em apenas dois dias.

Em Roraima e no norte do Amazonas, a chuva não dá trégua. Em Boa Vista, o volume de chuva registrado só nos últimos dois dias chega a 145,2 mm, com 117,2 mm acumulados entre as 09 horas de sábado e às 09 horas de domingo e mais 28 mm, acumulados entre as 09 horas de domingo e às 09 horas de ontem. Em Caracaraí choveu 126,4 mm, segundo dados do INMET. O nível do rio Branco que corta a capital roraimense está 6 metros acima do nível normal invadindo casas nos pontos mais baixos da cidade.

No Amapá, um violento vendaval levou pânico a população na noite de sábado para domingo. Os ventos chegaram a rajadas de até 130 km/h, segundo a Defesa Civil Estadual. Em Macapá, milhares de casas ficaram destelhadas em uma vasta área da cidade. Na orla, barcos tombaram com a força do vento e árvores foram arrancadas pela raiz. O IEPA (Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Estado do Amapá) divulgará uma nota nesta terça-feira informando o que de fato aconteceu na região para tamanho desastre.

Segundo o órgão, o fenômeno teve duração de apenas 3 minutos, mas deixando um rastro de estragos que somam agora mais de 1 milhão de reais, com casas e estabelecimentos públicos destelhados, postes derrubados e duas antenas de telefonia móvel que despencaram no momento da tormenta.

 

Dados: INMET – CPTEC/INPE – REDEMET - Defesa Civil/Amapá – IEPA

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  • 2 weeks later...

A situação real da atmosfera em Rondônia desmente a previsão climática do SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia), de que esse seria um ano com ausência de seca severa ou perceptível no Estado. Desde o inicio do ano, ainda no período chuvoso, as anomalias de precipitação estão negativas em diversos pontos. Agora com o período da seca, os focos de queimadas registrados nos últimos 15 dias ditam a verdade sobre o que as instituições escondem da população local.

 

Queimada+3.jpg

 

Ainda estamos praticamente na metade do mês de junho e os focos de queimadas espalhados Brasil afora impressionam e já preocupam as autoridades. Os centros de pesquisas e monitoramento, ligados diretamente ao Ministério do Meio Ambiente, parecem que não perceberam ainda o verdadeiro tom de como será o período de seca em Rondônia este ano e, para ditar que as ações de Marina Silva e companhia limitada estão sendo produtivas publicam em seus meros prognósticos e boletins entrelaçados com jornais eletrônicos do Estado, o que a população já sente por todos os cantos: A secura espontânea do ar e os focos de queimadas que se proliferam a cada dia mata adentro. Isso porque no inicio do ano fizeram um grande merchandising na imprensa local de que este ano tudo estaria sob controle em Rondônia. A fiel ligação entre SIPAM, IBAMA e outras siglas que só sabem receber verba pública para atrapalhar os projetos governamentais, como no caso das ONGs no impasse da construção das usinas do Madeira, a mesma tonalidade é tratada agora com o monitoramento no setor meteorológico ambiental. Só não vê ou repercute os fatos quem não quer e nesse momento, a maioria esmagadora da imprensa rondoniense segue a risca os ofícios enviados por tais instituições de pesquisas, que se dizem preocupados com a população desse Estado. Dito isto como um simples cidadão rondoniense ou como a imprensa sempre gosta de colocar, um usuário internauta, telespectador e ouvinte.

 

Segue abaixo um trecho do texto enviado em março deste ano ditando a parceira e as ações da instituição para com o monitoramento em Rondônia:

 

“Sipam apresenta Programa de Monitoramento em RO

 

O Centro Técnico e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia de Porto Velho apresentou, em 28 de março, o Programa de Monitoramento de Áreas Especiais (ProAE), que tem por objetivo contribuir para as ações de proteção ambiental da Amazônia. O programa tem como foco o monitoramento de unidades de conservação e terras indígenas localizadas nos estados do Acre, Rondônia e Mato Grosso.

Os produtos gerados pelo programa, composto de relatórios, dados estatísticos, cartas-imagem e informações temáticas, serão apresentados aos representantes das organizações parceiras do Sipam em Rondônia pelo gerente do órgão, José Neumar da Silveira.

O programa é inovador no monitoramento de unidades de conservação e de terras indígenas, uma vez que tem a capacidade de identificar pequenas áreas atingidas pela intervenção do homem, assim como indicam carreadores de transporte ilegal de madeira. Os resultados do monitoramento serão publicados anualmente, servindo de instrumento de intervenção aos órgãos encarregados da proteção das referidas áreas.

 

ASCOM”

 

O mesmo centro técnico operacional do SIPAM em Porto Velho, realizou na terça-feira, dia 30 de abril, um encontro com especialistas discutindo o tema “Oficina sobre queimadas em Rondônia”. Na ocasião, foram discutidos temas como o motivo de a população continuar utilizando fogo para a renovação de pastos e terrenos, apesar de a prática trazer tantos dados maléficos. Os mesmos especialistas traçaram qual seria a provável duração do período de seca em 2007 e ao mesmo tempo apresentando ações para minimizar os problemas com as queimadas.

A grande união nesse encontro aconteceu entre SIPAM, Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia (SEDAM), Batalhão de Polícia Ambiental, Instituto Brasileiro de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Agência Estadual de Vigilância Sanitária (AGEVISA), Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (EMATER-RO), Ministério Público, Infraero, Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Todas essas importantes instituições organizadas, de âmbito estadual e federal estiveram cientes dos prognósticos que esse ano as ações entre tantas instituições estariam fortemente interligadas para coibir o avanço do desmatamento e consequentemente das queimadas em Rondônia.

Acontece que agora e a verdade seja dita e todos, que os focos de queimadas já registrados estão ocorrendo em áreas públicas do Estado, sendo, portanto, de responsabilidade das entidades federais, pois o governo do Estado, mesmo tendo assinado convenio com o SIPAM, faz a sua parte.

O que Marina Silva e sua corja tentam esconder através destas instituições de pesquisas, é que seu poder de ação e comando frente ao Ministério do Meio Ambiente não é viril, e apenas ao final de cada ano, os dados assustadores são repassados a imprensa e ainda ditando a diminuição do desmatamento na região. Ano após ano, essa vergonhosa forma e total desrespeito com a população é repassada pelos veículos de comunicação e nenhuma ação eficaz é praticada.

De que adianta reunir tamanho grupo de entidades competentes, com suas respectivas formas de ajudar ao não-desmatamento de áreas públicas. De que adianta montantes de dados e mais dados coletados por esses centros de pesquisas, se ao final o que se vê é a mesma ladainha de sempre? Tudo acaba em pizza, ou melhor, quando temos terra de políticos e ricos empresários de Rondônia no meio do jogo, tudo é esquecido. “Passemos à borracha, pois esse ano já vencemos mais uma contra os centros de pesquisa e monitoramento”. Hoje, essa é a visão de sátira de muito político e empresário do Estado.

Aos olhos da imprensa, o que gera ibope é divulgar quantos hectares, quantos metros cúbicos de árvores foram perdidos em cada queimada e as ações de prevenção são deixadas de segundo plano.

 

Focos de calor atuais:

 

Queimadas+acumuladas.gif

 

Muitos focos de calor foram registrados em todo o Brasil, segundo dados do INPE, através do programa PROARCO (Programa de Prevenção e Controle de Queimadas e Incêndios Florestais na Amazônia Legal). Nas últimas 24 horas foram detectados 252 focos de queimadas em todo o Brasil, sendo a maioria, 152 no vizinho Estado de Mato Grosso.

Em Rondônia, focos foram detectados pelos sensores do INPE próximo a Porto Velho, Vilhena e Cerejeiras. Os maiores ocorreram ao sul do município de Vilhena, dentro do Parque Indígena Tubarões.

 

Previsão:

 

Dias+secos.gif

 

Nas próximas semanas, segundo os mesmos dados técnicos estipulados pelas modelagens numéricas do INPE, o risco de fogo em Rondônia deve aumentar muito, devido à diminuição drástica dos níveis de umidade relativa do ar e consequentemente secura das matas. Em alguns pontos do Cone Sul, não chove a mais de 50 dias. Isso porque só estamos começando junho. Até outubro a seca promete ser fatal em Rondônia.

Para quem utiliza as malhas viárias do Estado, a recomendação da Policia Federal é de que se evite jogar pontas de cigarro às margens das estradas. Com o tempo seco e os ventos fortes, qualquer foco de brasa pode se alastrar e transformar em um incêndio de grandes proporções, como muitos registrados as margens da rodovia BR-364 neste final de semana entre Ji-Paraná e Presidente Médici e também em Vilhena, próximo à divisa com o Mato Grosso.

Só estamos no inicio do período de queimadas em Rondônia, e ao que regem agora as autoridades de fiscalização competentes, esse assunto ainda vai gerar muita discussão até meados de outubro. Lembrando que a liberação legal para a queima de renovação de pastagens e áreas de derrubada no Estado é permitida pelo IBAMA após o dia 1° de setembro.

Se a data realmente tivesse efeito assim como a fiscalização das autoridades, talvez não tivéssemos queimadas tão logo em junho.

 

Dados: SIPAM/Porto Velho/Manaus – CENSIPAM – IBAMA - FUNAI – INCRA – INPE/PROARCO - Policia Rodoviária Federal/Ji-Paraná/Vilhena.

 

Autor: Daniel Panobianco

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As temperaturas caíram essa madrugada em grande parte do Estado de Rondônia dando uma sensação de frio, principalmente no Cone Sul, com registro de 15,7°C na estação da Embrapa/Soja de Vilhena. No aeroporto local, a plotagem registrou 16°C às 06h10min (local).

Temperaturas amenas também no restante do Estado, até mesmo em Porto Velho, uma das capitais mais quentes do Brasil. No aeroporto Governador Jorge Teixeira, o reporte às 06 horas indicava 19°C de mínima. Na estação da Embrapa, na Zona Sul da cidade, a mínima foi ainda menor, algo em torno de 18°C.

Regiões mais ao centro do Estado, consideradas as mais quentes, como Ji-Paraná e Jaru acordaram sob mínima de 17°C, com formação de bancos de nevoeiros nas áreas de baixada e leito de rios.

É o inverno astronômico brasileiro mostrando que na Amazônia, mesmo sem evento de friagem, o frio se faz presente durante as madrugadas. Sentimos muito mais quando isso acontece, do que quando uma massa de ar frio chega ao Estado. A grande inversão de temperatura diurna e noturna reflete de imediato no organismo das pessoas. Pela tarde as máximas passam de 33°C chegando em alguns pontos a 35°C, 36°C. Mas é no final da madrugada que elas ficam próximas de 15°C.

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Friozinho de raspão no sul da Amazônia esse começo de manhã. Mas além do ar seco que domina a região, esse último pulso de ar frio que atingiu o sul do Brasil agora no começo de semana, pegou de raspão o leste do Acre e sul de Rondonia. Hoje a temperatura amanheceu em 15°C no leste acreano. No aero de Rio Branco fez 16°C. Mas o sol já deve fazer disparar as temp. 8) Eu que me prepare, pois amanhã a noite estarei de volta a essas terras quentes......

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  • 2 weeks later...

Estiagem em Rondônia já preocupa população e autoridades com a falta de água potável até para o consumo próprio. E a situação tende a piorar, pois o período de estiagem está apenas começando.

 

Daniel Panobianco - O período de estiagem na porção sul-amazônica entra no seu auge a partir de agora proporcionando uma mudança radical do padrão de escoamento, principalmente em Rondônia. Em mais de 80% de todo o território estadual não cai uma gota d’ água a mais de 60 dias. A estiagem é mais intensa no centro do Estado, região de Ji-Paraná, quando a última chuva foi registrada no dia 28 de abril, no primeiro fenômeno da friagem de 2007. Dessa data em diante, a umidade praticamente desapareceu no Estado fazendo com que muitos focos de queimadas se proliferassem rapidamente. Ainda não estamos em período legal de queimadas na Amazônia. A data estipulada pelo IBAMA só começa a partir de 01° de setembro, mas a visão para nós que aqui residimos e andamos Estado afora é desastrosa. Fogo por todos os cantos, florestas intactas sendo consumidas de norte a sul e a poluição, que agora conjugada junto à poeira da estiagem lota hospitais de todas as cidades. O curioso é que, mesmo não tendo nenhum sistema atuante de larga escala que venha a provocar ou agravar a estiagem no sul da Amazônia, nenhuma instituição de pesquisas ainda relatou o fato que agora sofremos e muito. O volume de chuvas desde janeiro já está abaixo da média em grande parte do Estado. Em Ji-Paraná, por exemplo, a chuva acumulada desde o dia 01° de janeiro só marca 639,7 mm, quando o normal seria entre 1000 e 1200. Isso nenhuma instituição de pesquisas coloca ao seu público alvo os possíveis motivos para uma estiagem tão localizada nesse ponto da Região Norte. Estamos preocupados, pois o período de estiagem em Rondônia está apenas começando. A chuva só retorna com intensidade significativa a partir da segunda semana de outubro, isto é, se nenhum outro evento de larga escala ou localmente atuante vier a atrasar mais uma vez o regime de chuvas no Estado. Nesse momento, quando falamos que nascentes e grandes rios da região estão minguando a pequenos fios d’ água é até estranho. No centro do Estado, o maior rio da região, o rio Machado atinge hoje a sua menor cota desde a seca de 2005, da qual escancarou a Amazônia em âmbito internacional sobre a mais intensa estiagem dos últimos 60 anos. Hoje, o nível do rio, segundo dados do Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná marca apenas 04,36 metros, quando o normal seria de 07,50 metros. Até outubro, quem sabe os centros de pesquisas, inclusive os locais não se pronunciam se o fato real e notório faz parte do ciclo de renovação da natureza ou algo mais além está acontecendo frente a todos.

Dados: CPTEC/INPE – Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná

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É Daniel, a coisa ta feia mesmo! Nossa é difícil de acreditar que a mais de 60 dias nao cai nenhuma gota d'água em Ji-Paraná. Isso é difícil de ocorrer até em cidades consideradas mais secas, como Goiania e Brasília, imagine na Amazônia.. Como eu falei, em Rio Branco estamos a 35 dias sem nenhuma gota d'água. A seca na Amazônia esse ano está impressionando, e ainda temos áridos 3 meses de seca pela frente... :shock:

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É Daniel, a coisa ta feia mesmo! Nossa é difícil de acreditar que a mais de 60 dias nao cai nenhuma gota d'água em Ji-Paraná. Isso é difícil de ocorrer até em cidades consideradas mais secas, como Goiania e Brasília, imagine na Amazônia.. Como eu falei, em Rio Branco estamos a 35 dias sem nenhuma gota d'água. A seca na Amazônia esse ano está impressionando, e ainda temos áridos 3 meses de seca pela frente... :shock:

 

Talvez tenhamos neste ano a seca mais mais forte desde 2005. :roll:

 

sdçs..

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Enquanto muitos estão satisfeitos com a chuva e o retorno do frio no Sul do País, nós da Região Norte vivemos a dura monotonia do tempo há mais de dois meses. Tempo seco, muito calor e agora, a fumaça das queimadas. O dia começou árduo no centro de Rondônia, com muita poluição e calor de 32°C às 11 horas. A forte estiagem deve sofrer um novo agravante esta semana, diante da possibilidade de uma nova friagem, que embora fraca deverá diminuir a temperatura ao mínimo na região de Vilhena. Se o fenômeno ocorrer teremos então, a sexta friagem do ano na Amazônia.

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O caos do clima: Rondônia está perto de um colapso em virtude da seca

 

O período de estiagem na Amazônia só está começando e Rondônia apresenta dados preocupantes, antes só registrados em meados de setembro. A forte estiagem ainda prevista no inicio do ano pela população local, agora fica cada dia mais severa.

 

Daniel Panobianco - Julho é mês de seca em grande parte da Amazônia. Na porção sul principalmente, que compreende os Estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre, o período de inicio da estiagem prolongada é marcado pela drástica redução no regime de chuvas e a secura espontânea do ar. É nesse período também que as queimadas - a maioria incontrolável - acontecem na região feita por agricultores intencionados na realização de limpeza do solo para a renovação de pastagens e a queima da floresta para a abertura da fronteira agrícola vista pelo governo local como a forma mais simples e barata de se promover o desenvolvimento dos Estados.

Em Rondônia, diga-se de passagem, ocorre um fato curioso. Segue o sábio pensamento de muitos representantes do governo local, que preferem lidar com questões burocráticas e liberar a queima das matas nas áreas de derrubada para seguir o livre desenvolvimento, a que fazer políticas mais construtivas de incentivo, fiscalização e autuação das irregularidades cometidas contra o meio ambiente.

Desde que o governo federal literalmente abriu as porteiras para que os migrantes sulinos adentrassem em solo amazônico - no então Território do Guaporé - esse lugar, assim como hoje ainda é conhecido mundialmente, como a triste marca da “terra de ninguém” ou “terra sem lei”, continua vago na visão de muitos aventureiros que se arriscam em vir para cá a procura de melhores condições de vida. Pois bem, não é um fato que aconteceu apenas no auge da borracha ou quando a nova fronteira agrícola invadiu a Amazônia sugando tudo o que de mais rico havia na região, onde hoje passa uma das veias do progresso rondoniense: A rodovia federal BR-364.

 

Queimada+4.jpg

 

Desmatamento na Amazônia, com queima de florestas intactas só acelera a degradação do solo, como o aumento de erosões.

 

Nos últimos vinte anos tem se notado fielmente quão pavoroso foi o poder de destruição da mata ao longo desta importante rodovia no Estado. Desde o seu inicio ainda no Cone Sul, região de Vilhena, até as proximidades da capital Porto Velho, às margens do rio Madeira, a rodovia BR-364 tornou-se a principal fonte de abertura e transformação de uma mata, antes rica em arborização e espécies de animais, com vastos e límpidos rios, em frágeis solos de cultivo de soja e áreas de pastagem para o gado.

O outro lado do avanço da fronteira agrícola em Rondônia, que há vinte anos os governantes sequer sonhavam que isso pudesse acontecer, é de que o solo da região amazônica é fértil, porém muito fraco e gasto. Desse ponto em diante deu-se a idéia de avançar floresta adentro, pois o impulso do grande desenvolvimento não pode parar. Na mesma trajetória que hoje segue a rodovia BR-364, a fronteira agrícola atravessa Rondônia e já chega ao sul do Amazonas e grande parte do Acre, com a cultura de soja e áreas de pastagens.

Quando tocamos agora no assunto clima, cuja atenção se volta para a população de todo o planeta Terra, com os dados alarmantes e catastróficos do aquecimento global, talvez essa mesma visão e sofrimento que já enfrentamos hoje não só em Rondônia, mas pelo mundo afora, com anomalias cada vez mais severas e intrigantes das condições climáticas, os nobres governantes e quem até hoje leva a bandeira do desenvolvimento hipócrita desse Estado, não tenham pensado no passado que fossem acontecer transformações em um período tão curto. Infelizmente elas estão ai, na nossa cara. As mudanças climáticas, não podem mais serem consideradas pela sociedade como um fato a se pensar daqui a vinte, trinta anos adiante. Seguimos agora, portanto, o que todo rondoniense enfrenta na pele, o ardor de uma mudança visível a olho nu, sem mais para averiguação e contestação de centros de pesquisas algum: A estiagem.

Pela regra geral da climatologia, se estabelece um prazo mínimo de trinta anos de pesquisas e coletas de informações, para se criar e tracejar as variáveis climáticas de uma determinada região. A última atualização da tabela climática brasileira foi realizada cerca de 15 anos atrás, quando muita coisa ainda estava no seu devido lugar.

Em Rondônia, a climatologia, da qual todos os centros de pesquisas seguem a risca os dados - para a comparação com as oscilações locais – está ultrapassada. Uma forma mais simples de compreender como o nosso clima mudou nos últimos anos e instituição alguma de pesquisas confronta dados para averiguação das verdades. Quem é nato desta terra, ou já vive aqui há mais de dez, quinze anos, sabe muito bem como o regime de chuvas era mais uniforme antigamente. Como o período de friagens seguia a risca as datas certas. As épocas de calor, de seca, tudo variava de acordo com as leis da natureza. Hoje, na atual realidade, você sabe ao certo em que estação estamos? Vivemos a primavera, outono, inverno e verão em menos de 24 horas. Quando estamos sob domínio de uma forte estiagem e calor tórrido, do nada começa uma copiosa chuva e a temperatura despenca. E ainda tem centro de pesquisas ditando a normalidade do clima em Rondônia e na Amazônia como um todo.

O período de estiagem, que vai de junho a outubro, também conhecido localmente como “verão amazônico” é sim marcado pela ausência completa de chuvas em muitas localidades, pelas altas temperaturas, valores assustadores, dignos de um deserto, no que se refere à umidade relativa do ar e o foco principal: As queimadas.

 

Queimada+3.jpg

 

Queimadas em vastas áreas de florestas para a abertura de campos de pastagem e cultivo de soja na Amazônia: Uma imagem muito comum a partir de agora na região.

 

Antigamente, quando os primeiros povos aqui chegaram, o planejamento das culturas era programado de acordo com a data de cada estação. Raramente havia perdas consideráveis, quando uma anomalia mais intensa atingia a região. Hoje, levar em consideração as questões climáticas para o desenvolvimento e sobrevivência própria é mais arriscado do que qualquer outro meio de aposta. Prova das grandes transformações que vivemos no dia-a-dia. Qual instituição de pesquisas programava e alertava sobre a mais intensa estiagem ao atingir a Amazônia nos últimos 60 anos?

Na ocasião da terrível seca de 2005, que começou em abril e foi até meados de outubro, centenas de espécies de peixes foram dizimadas devido à seca quase que total de vastos rios e canais úmidos. Comunidades inteiras no interior da região ficaram isoladas sem locomoção, pois o único meio de transporte – o fluvial – não tinha mais a sua estrada natural dignas de escoamento. Quantas famílias ribeirinhas não passaram fome, a espera da misera ajuda dos governos para suprir suas necessidades?

Mas no Brasil, a corja da ignorante população segue a risca e ainda aplaude aqueles que julgam o poder de ajuda aos mais carentes. Diante de tamanha tecnologia empregada a emaranhados de aparelhos e centros de pesquisas, que se proliferam a cada dia País adentro, no caso da seca de 2005, todos foram pegos de surpresa. O que dizer de tantas siglas, com instituições, plataformas de coletas de dados espalhadas floresta adentro, se ao final em nada suprem as necessidades do seu povo local?

 

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A pior estiagem já registrada na Amazônia nos últimos 60 anos. Grandes rios viraram poças d’ água em pouco tempo.

 

A mesma desgraça ocorrida em 2005 na Amazônia começa a se refletir no sul da Região Norte, em especial o Estado de Rondônia. Qual centro de pesquisas veio a público conclamar aquilo que, ninguém mais que o povo residente desse solo, que vê a cada dia as águas baixarem ditar medidas, estratégias para no mínimo conter a situação de calamidade que se aproxima?

Pois é estamos no Brasil. A fiel ligação de tais centros de pesquisas com os poderes governamentais parece mais estar preocupada com o discurso de quem rege, com ações, medidas emergenciais de envio de cestas básicas, remédios, suprimentos necessários, para mostrar ao povo brasileiro que, diante de situações vexatórias, o governo sempre estará ali firme e forte atuante. Os mesmos centros de pesquisas mantidos e controlados pelo âmbito de cada governo, sejam eles federal ou estadual, em nada podem fazer antes que toda essa novela venha à tona novamente?

Ainda existem órgãos de pesquisas ditando que tudo está sob regra normal em Rondônia. Mais é claro que está, quando seguem uma regra de climatologia estabelecida há 15 anos, muita coisa tem que se postar como antes não é mesmo? Quantos agora já sofrem com o longo período de estiagem, isso pouco importa para os centros de pesquisas, o negócio é dar as mãos com o governo e depois ditar em ofícios encaminhados à imprensa, divulgando os dados finais do que agora começamos a enfrentar cara a cara.

 

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Mapa de dias secos colhidos por satélites pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No centro-sul de Rondônia, muitas localidades beiram 100 dias sem chuva.

 

Em quase 80% de todo o Estado de Rondônia, não há formação de nuvens de chuva há pelo menos 60 dias. A situação é mais critica nas regiões de Vilhena, Cacoal, Rolim de Moura e Ji-Paraná. Nessas regiões, além do próprio período de estiagem, que apenas está começando, os valores de umidade relativa do ar contribuem e muito para a secura do solo e consequentemente na proliferação dos focos de queimadas.

A média de umidade nos últimos cinco dias em Rondônia ficou abaixo de 20% no centro-sul do Estado, o que segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), já é um valor de risco, sendo considerado como ESTADO DE ALERTA.

 

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Média de valores de umidade relativa do ar dos últimos cinco dias no Brasil. Valores entre 20% e 30% se concentraram em grande parte do Estado de Mato Grosso, além do norte de Mato Grosso do Sul, sul do Pará e centro-sul de Rondônia.

 

O menor índice de umidade relativa do ar diário pertence ao município de Machadinho d’ Oeste, onde os dados do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) de Brasília revelaram níveis críticos de apenas 19% de umidade registrada no final de semana.

Pela regra estipulada, a OMS diz que, quando a umidade relativa do ar varia entre 20% e 30%, é decretado ESTADO DE ATENÇÃO. Entre 12% e 20%, ESTADO DE ALERTA. E abaixo de 12%, ESTADO DE EMERGÊNCIA. Muita gente não percebe, mas a baixa umidade do ar é capaz de provocar danos à saúde humana e até animal, desde um simples congestionamento das vias respiratórias, até uma parada cardio-respitatória. E é por esse motivo que a SEDEC (Secretaria Nacional de Defesa Civil), sempre emite alertas sobre os baixos valores de umidade relativa do ar, que conjugadas com a poluição das queimadas lotam hospitais de todas as cidades nessa época do ano. O menor índice de umidade relativa do ar diário registrado em Rondônia, pertence à cidade de Vilhena, que registrou apenas 09% de umidade no ar em setembro de 1984 durante uma forte estiagem.

 

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Risco de queimada estipulado pelo INPE. Quase todo o Brasil apresenta níveis críticos de proliferação de queimadas, assim como 100% do território rondoniense.

 

Entre os meses de julho, agosto e setembro ocorre o ápice de queimadas na região. Em todo o Estado, os focos observados nos últimos anos levam a crer que as políticas de fiscalização, na maioria das vezes, em nada têm poder de atuação. Como fiscalizar uma área de derrubada, por exemplo, se o próprio governo local investe e incentiva produtores a derrubarem a floresta para o então desenvolvimento do Estado? A mesma forma de pensamento ocorrida erroneamente no passado se repete agora em Rondônia. O que interessa ao governo é o saldo final positivo na balança comercial, os avanços, as novas tecnologias que aqui se instalam. Se ao mínimo trabalhassem unidos entre um desenvolvimento programado e a preservação de áreas públicas de floresta, aquelas protegidas por leis, nenhum impasse estaria ocorrendo agora entre o governo do Estado e muitos centros de pesquisas e defesa do meio ambiente. Nesse ponto crucial vale destacar que muitas ONGs (Organizações Não-Governamentais) estão instaladas em Rondônia apenas para sugar o repasse de verbas do governo e frear a construção de obras importantes para um outro tipo de desenvolvimento, aquele programado, planejado, como no caso mais atual, a construção das hidrelétricas no Madeira. O que esbarra agora a construção das usinas não é estudo sem dados comprovados de impacto ambiental e sim, ONGs penetradas em Rondônia, que, além de receber verba pública do governo federal, o maior interessado na construção das usinas, gozam a cara dos mesmos governantes, pois em questão do meio ambiente elas – as ONGs – tem maior poder de abrangência. Seria um importante fato a pensar, não só em tempo de seca em Rondônia, quando a derrubada da floresta é assunto de pauta quase que diariamente, como também na atuação dessas ONGs, algumas com nome de peso a nível mundial e que simplesmente travam o desenvolvimento do Estado.

 

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Rio Machado em Ji-Paraná, sentido Machadinho d’ Oeste. O maior rio da região central de Rondônia está 4 metros abaixo da média normal para esta época do ano.

 

Também é do saber de muitas siglas de defesa do meio ambiente, ou que pelo menos intitulam ser, a atual realidade dos rios da região. Com o agravamento da estiagem, que vai até meados de outubro, muitos rios, ricos em deságüe natural já estão com níveis muito preocupantes. Nessa citação vamos colocar dados de três importantes rios em Rondônia. O rio Madeira, que margeia o norte do Estado, incluindo a capital Porto Velho, o rio Guaporé, que faz divisa entre Rondônia e a Bolívia, no município de Costa Marques e o rio Machado, que tem sua formação ainda no Cone Sul do Estado, entre os municípios de Vilhena e Chupinguaia e tão logo atravessa a região central sobre o município de Ji-Paraná.

Os dados preocupantes desses três grandes rios dão uma breve noção de como está o inicio da estiagem em Rondônia e que os centros de pesquisas teimam em dizer que tudo anda dentro da normalidade. Segundo dados da Capitania dos Portos de Porto Velho, o nível do rio Madeira já desceu do final de maio até esse inicio de julho, cerca de 6 metros, saltando de 14 para 8 metros apenas. Muitas embarcações que seguem caminho rumo a Manaus e possuem apenas o rio Madeira como linha de tráfego, já encontram gigantescos pontos com montantes de areia e pedras ao longo do caminho, o que, além de atrasar o escoamento de mercadorias, oferece riscos a quem faz do Madeira, seu trabalho diário e meio de transporte mais barato.

Ainda em 2006, quando o nível do rio desceu mais de 8 metros próximo a Manicoré, no Amazonas, diversos produtos faltaram em Rondônia, como no caso o cimento de argamassa, que possui apenas o destino Porto Velho - Manaus de abastecimento na capital rondoniense. Esse ano, o que muitos ainda não fizeram os cálculos, é que se uma estiagem mais alongada vier a ocorrer nos próximos meses, e ao que tudo indica que vai mesmo acontecer, o desenvolvimento, principalmente com a construção civil estará limitada em Rondônia. Nisso a população local também tem que levar em consideração, pois a mesma cena, e ainda que em um período curto de estiagem ano passado, o setor de construção civil de Rondônia amargou grandes prejuízos. Muito pior para quem vive única e exclusivamente do rio, ou melhor, tira o seu sustento dele. Esse é o caso de moradores ribeirinhos do rio Guaporé, no oeste do Estado. As águas do Guaporé desceram a tal ponto, que enormes bancos de areia já são visíveis onde até então, esse fenômeno só ocorria ao término da seca na Amazônia, entre setembro e outubro. Mas calma lá, ainda estamos começando o mês de julho e todos são sábios de que nos próximos três meses não entra nada de chuva na região. É nessa mesma área, um pouco mais acima, que o rio Guaporé, em conjunto com outros rios bolivianos forma um outro importante meio de sobrevivência do povo amazônico. O rio Mamoré. Logo na altura de Guajará-Mirim, em Rondônia e Guayaramerim em solo boliviano, muitas barcaças já estão atracadas no porto, pois a profundidade não mais suporta o tamanho de certas embarcações. Um dos principais pontos turísticos de Rondônia, o rio Mamoré em Guajará-Mirim está minguando a pequenas cachoeiras e o comércio local já faz as contas dos prejuízos com o longo período de estiagem que se aproxima. Em anos de seca prolongada e severa em Rondônia, o turismo sofre de imediato, pois pedra no lugar onde deveriam existir corredeiras fortes de água, isso vemos em qualquer outro ponto já perdido do planeta.

A mesma preocupação com a navegação e o sustento de muitas famílias acontece no rio Machado, entre Pimenta Bueno, região centro-sul e o seu encontro com o rio Madeira, no nordeste do Estado, próximo ao distrito de Calama. Até chegar junto as águas do Madeira, o rio Machado faz um longo percurso passando pelos municípios de Cacoal, Presidente Médici, Ji-Paraná, Vale do Anari, Machadinho d’ Oeste e mais ao fim, em Porto Velho. Nos seus quase mil quilômetros de extensão, as águas do Machado são fontes de sobrevivência de pelo menos oito comunidades indígenas e uma centena de povoados espalhados floresta adentro.

O mesmo fator tocante comentado no inicio, sobre os povos que sofreram com a seca de 2005 no Amazonas parece ser copiada com o rio Machado em Rondônia. Quem passa sobre a ponte em Ji-Paraná, logo percebe quão raso está o rio. As pedras maiores e mais robustas, que antes só apareciam em setembro, já mostram a realidade de a quantas anda a seca este ano. O rio Machado atinge nesse mês de julho, a menor cota desde 1984, quando a mesma estiagem que baixou a umidade para apenas 09% em Vilhena, também acelerou no decréscimo dos rios locais. Até mesmo no auge da seca do ano retrasado, as águas do Machado não eram tão baixas, a ponto de barcos ficarem encalhados ao longo do rio. Entre Ji-Paraná e Machadinho d’ Oeste, um outro importante ponto turístico de Rondônia, os peixes começam a ficar isolados em meio aos igarapés e lagos formados durante o período chuvoso na Amazônia. Muitas espécies, antes encontradas em qualquer lugar do rio nessa mesma época do ano, agora custam a aparecer até mesmo nos pontos onde a água ainda tem lá o seu valor considerável.

Diante de tantos dados, tantas imagens e comprovações do que ninguém melhor que a população de Rondônia, em ditar o período de estiagem que já enfrentamos na região, a parte de súplica agora se volta aos governantes, às autoridades competentes, que dobrem suas atenções para este povo, que mesmo cometendo alguns deslizes com o meio ambiente, necessita mais do que nunca desse bem essencial à vida e gerações futuras: A água.

Medidas de conscientização, de reeducação do povo local estão sendo tomadas e as pessoas estão respondendo ao tom de que, antes tarde do que nunca, estão aprendendo a lidar com tamanhas transformações da natureza. A nossa transformação de hoje, no presente, se faz necessária que prossiga no amanhã. Que os erros cometidos no passado não venham a se repetir agora, em um momento onde todos, independente de raça, religião e cultura estão dando mais atenção ao assunto aquecimento global! Demorou bastante, muita coisa já foi perdida no passado, mas se você parar por um minuto e prestar bem a atenção, tudo o que há na natureza se renova. Assim como as folhas de caem, outras tantas irão aparecer, assim como as águas turvas e poluídas, com o passar do tempo, sem interferência alguma do homem, elas retornarão límpidas como no inicio. O que não só o povo local, mas as autoridades em si, governantes, tantos centros de pesquisas aqui instalados voltem suas atenções para esse lugar, pois em meio a tantas visões de desaparecimento de espécies e agora com a secura de grandes rios e até falta de água potável em muitas cidades, se Rondônia não tomar medidas urgentes e concretas, que não fiquem apenas em meras páginas de papel, um grande colapso climático estará tão breve a caminho. Todas as visões vistas anteriormente estão se repetindo, cabe agora a boa vontade de cada cidadão brasileiro, cidadão rondoniense tomar por fonte de inicio em suas benfeitorias.

 

Dados: CPTEC/INPE – INMET – SEDEC – OMS – SIPAM/Manaus – Capitania dos Portos de Porto Velho – Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná, Cacoal, Costa Marques e Guajará-Mirim – EMBRATUR

Fonte: De olho no tempo – Rondônia – wwwdeolhonotempo.blogspot.com

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Enquanto a maioria esmagadora dos modelos, tanto o americano como o euporeu, não julgavam o deslocamento da alta para latitudes menores, nesta tarde de terça-feira, 10 de julho de 2007, Cuiabá-MT, marca às 16 horas, impressionantes 15°C!

Confere o código do aeroporto:

 

Indicador de Localidade:

SBCY

 

Data:

10 de Julho de 2007.

 

Hora:

20:00 (UTC).

 

Temperatura:

15ºC

 

Vento (Norte Geográfico):

Direção: 200º

Velocidade em KT(nós): 07

Velocidade em km/h : 12,96

 

Condições Gerais do Tempo:

Céu parcialmente nublado.

 

Menos de 700 km em linha reta acima, Vilhena tem 32°C sufocantes! Como o modelo ETA sempre chega mais perto em se tratando de temperaturas no solo rondoniense, a projeção indica queda pra lá de significativa na próxima madrugada, com apenas 12°C no sul do Estado. Se essa previsão realmente vier a tona, teremos um impacto pra lá de marcante, pois com essa secura do ar, não há corpo que não sinta a mudança com a chegada da friagem.

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