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Brasil Abaixo de Zero

klinsmannrdesouza

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  1. 2010 foi um pouco melhor para o frio do que o ano passado, pois em maio e junho daquele ano tivemos ondas de frio amplas, não foram extremas porém muitas áreas do país sentiram um resfriamento significativo. As frentes frias conseguiam chegar até o litoral do Alagoas/Pernambuco com facilidade. A zica mesmo foi no mês de julho para o Sudeste, aquela massa polar não teve mecanismos auxiliares para chegar no centro-leste do país, enquanto Campo Grande, Cuiabá, Rio Branco e Porto Velho tinham tardes gélidas, São Paulo ficava num tempo úmido e morno, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória nem sentiram qualquer mudança. O que salvou essa região foi a onda de frio de agosto, que de brinde fez precipitar neve com acumulação nas serras sulinas.
  2. Uma onda de frio fortíssima após recordes de calor, isso que é dinâmica atmosférica.
  3. As ondas de frio continentais são mais comuns no México do que no Brasil, graças a enorme quantidade de terras que tem na América do Norte, possibilitando o transporte de ar polar sem perder força até o paralelo 15N todo ano. Comparando-se o norte do México com o sul do Brasil (ambos entre 23 e 33 graus de latitude); eles tem maior frequência de precipitações invernais, enquanto aqui elas demoram mais para acontecer.
  4. Na metade Norte da África, todo ano as massas polares chegam até o paralelo 15N, nas terras altas do Marrocos, norte da Argélia e Tunísia é comum nevar em dezembro, janeiro e fevereiro. Agora com essa intensidade e tão ao sul é bem raro, as ondas de frio vindas da Europa são bem mais fracas do que o anticiclone siberiano, fora que o mar Mediterrâneo aquece um pouco as altas frias.
  5. Um padrão típico de Lá Nina é o atraso no calendário das chuvas, por vezes chove pouco no Nordeste em janeiro e bastante no centro-sul, especialmente em SP, MS, RJ, MG, centro-sul de GO e MT. Depois essa umidade toda migra para o norte, favorecendo os outros estados.
  6. Esse frio intenso que faz no Sul da Ásia todo ano é uma compensação do inverno mais fraco na Índia, o Himalaia reduz a intensidade das massas polares por lá e elas são direcionadas na direção leste. A latitude da neve chega até o paralelo 25N no interior do continente, não raro até o Trópico de Câncer.
  7. 2006 começou bem; janeiro chuvoso no centro-sul, fevereiro úmido no Nordeste, março idem (levemente abaixo da média, porém é um dos meses mais chuvosos do ano por lá), abril e maio mais frios do que o normal em muitas áreas do país (início precoce da época fria). Infelizmente depois de junho a dinâmica mudou para calor e pouca chuva, a primavera fervente com destaque para outubro, e o resto do ano acima da média.
  8. Tem previsão de neve na Flórida? Essas temperaturas são dignas de amplas nevascas
  9. Os EUA, Canadá e o México terão uma onda de frio típica de dezembro nos próximos dias, a quente Flórida vai registrar mínimas até abaixo de 0, em Miami uns 4/5 graus.
  10. Esse vermelhão passou por aqui no MS também, na capital Campo Grande está chovendo há 30 minutos, primeiro veio umas rajadas de vento e depois a precipitação. Tudo que não choveu em uma semana caiu hoje.
  11. Nem sempre el niño significa ausência de frio e la niña inverno rigoroso; 1994 teve predominância do pacífico equatorial aquecido porém tivemos duas massas polares históricas em junho e julho. Para nós, o Atlântico sul influencia bastante também, por vezes potencializa ou anula os efeitos do pacífico. Os fatores históricos apontam para a junção pacífico resfriado+atlântico sul abaixo da média a determinante favorável aos distúrbios polares sobre a América do Sul.
  12. Nos anos 90 o frio foi intenso em 1990, 1991, 1994, 1996 e 1999; mediano em 1992, 1993, 1997 e ruim em 1995/1998. Apesar do el niño entre 1997-98, o oceano atlântico entre a Argentina e a Bahia estava bem mais frio do que o normal, por isso naquele ano choveu bastante no Nordeste entre janeiro e março, o outono e parte do inverno no Brasil foi úmido e com frio constante, inclusive as massas polares chegaram mais cedo. Junho de 97 teve um episódio de frio amplo em que geou até em Goiás (não sei se há registro de neve nas serras sulinas/Mantiqueira); porém depois de julho o padrão atmosférico piorou bastante, a massa de ar quente e seco ficou por meses sob o centro-norte da América do Sul, enquanto o sul do Brasil, sul do MS/SP, Paraguai, Uruguai e Argentina sofriam com as enchentes.
  13. Impressionante como o mês de novembro há muitos anos vem sendo caracterizado por muita chuva e temperaturas mais agradáveis no centro-norte da América do Sul. Até em 2015, ano com fortíssimo el niño e com períodos longos de calor, o décimo primeiro mês do ano teve frio tardio (no Sul) grandes volumes pluviométricos no trópico brasileiro. Estas anomalias negativas de temperatura devem ser mais pela chuva do que frio, já que naturalmente nessa época as massas polares são mais oceânicas, em casos assim as frentes frias chegam até o litoral do Rio de Janeiro emendando os extensos corredores de umidade, entre o Amazonas e a Bahia.
  14. o clima e a vegetação do centro-norte da Flórida é semelhante ao Sul do Brasil; com exceção das araucárias, há um aspecto misto entre espécies tropicais (que no máximo perdem as folhas pela seca) e espécies temperadas (perdem as folhas pelas temperaturas cada vez mais baixas). As plantas ficam com uma cor verde escura/cinza.
  15. Muita chuva com ventania e descargas elétricas aqui em Campo Grande MS, um alívio do calorão recorde que não foi previsto pelas previsões. O centro-oeste do MS e SP estão sendo beneficiados por estes núcleos de instabilidades isolados.
  16. Essa teoria é bem esquisita, pois o deserto do Saara pode ter sido uma floresta quando o ser humano ainda era primitivo, mal sabendo manusear a agricultura, a última era glacial foi a mais de 15.000 anos quando o norte da África tinha mais vegetação que agora. Há uma influência humana na potencialização das catástrofes climáticas, principalmente nas ondas de calor; porém tem que haver outros fatores. Na América do Sul a maior ocupação da Mata Atlântica começou na segunda metade do século XIX, desde os anos 1950 a área entre o litoral nordestino e o estado de São Paulo é densamente ocupada e desmatada, entretanto as temperaturas naquele período eram mais brandas do que agora. A curva do aquecimento térmico começou nos anos 1990, atingiu o pico na maior parte dos anos 2000, desacelerou entre 2007 e 2013, agora voltou a subir de 2014 pra cá com aquele verão estupidamente seco.
  17. As chuvas na maior parte do Brasil são mais consistentes em dezembro do que em janeiro, tanto que neste último mês a sensação de abafamento é a maior do ano, pelo conjunto atmosfera úmida+calor+sol no ápice máximo.
  18. O que é associado ao clima temperado é a floresta decídua, nela a maioria da vegetação entra em dormência no começo do outono, passando a viver do nutriente das folhas até o inverno acabar. Com isso as folhas vão secando e mudando de cor, primeiro amarelo, depois laranja e por fim vermelho até cair por completo. No final do inverno, com o gradual aquecimento, há o rebrotamento da vegetação, primeiro as folhas, depois flores e frutos. Esse mecanismo ocorre nos climas temperados oceanico e continental; o período quente (primavera e verão) dura 6 meses, e o perioro frio (outono e inverno) também, cada estação dura 3 meses. Nas regiões de clima temperado frio, a vegetação é composta na maioria das vezes pelas coniferas, pinheiros adaptados a longos invernos e temperaturas baixíssimas (-40/-50C), aqui o período frio dura mais que o período quente. Na nossa realidade sul-americana, há mais lugares com clima subtropical do que com clima temperado; por isso no Sul do Brasil, Uruguai, parte do Paraguai e centro-norte da Argentina as mudanças na vegetação ao longo do ano ocorrem mais discretamente. Embora ocorra frio intenso nessas regiões (normalmente entre 4 e -5C), não é tão intenso a ponto de a maioria das arvores viverem por 6 meses do seu próprio nutriente.
  19. Interessante essas espécies de pinheiros nativos em regiões quentes (se tiver um topico específico para este assunto, podem remover para lá), a influência de eventos extremos de frio no Hemisfério Norte facilita o aparecimento de vegetação temperada em latitudes relativamente baixas; diferente daqui que temos poucas terras e a vegetação tropical se estende um pouco ao sul do Trópico de Capricórnio. A Floresta decídua temperada só aparece em lugares que tem muitas horas de frio todo ano (temperaturas abaixo de zero devem ocorrer muitas vezes nos meses frios); na América do Sul (não tenho total certeza) deve ocorrer pelo menos parte das espécies na Argentina. No Sul do Brasil, Uruguai, parte do Paraguai há apenas algumas árvores que perdem as folhas pelo fator frio, e outras ficam parcialmente descobertas.
  20. Nas chuvas sim, porém nas temperaturas nem tanto, junho e julho deste ano foram muito quentes, a La nina facilita as ondas de frio, mesmo que termine acima da média o normal é aparecer uma massa polar intensa em casa mês de abril a agosto.
  21. Em anos de La nina chove muito no centro-norte do país de meados de outubro até fevereiro, antes da segunda quinzena de outubro faz muito calor e a secura fica mais intensa. Mesmo com recorde atrás de recorde de máximas, mantendo o resfriamento no pacífico a tendência é boa para as chuvas, principalmente para a ocorrência de muitos dias nublados e talvez bem amenos para época.
  22. A La nina facilita a ocorrencia das ZCAS no período chuvoso, bem como sua duração mais prolongada e mais ao norte. As estações chuvosas de 20007/2008, 2007/2009, 2010/2011 e 2011/2012 foram boas nos índices pluviométricos no Sudeste.
  23. Parte do Rio Grande do Sul é uma espécie de transição entre o subtropical e o temperado, pode-se notar pela grande variação de temperatura ao longo do ano e o forte calor em novembro, dezembro e janeiro; no mês de fevereiro as temperaturas começam a diminuir, coincidindo com o aumento da inclinação solar. O clima temperado só vai aparecer nas regiões ao sul de Buenos Aires (cidade), visto as características típicas como neve ampla e frequente no inverno, tempo muito seco e quente nas ondas de calor do verão, vegetação que muda bastante durante o ano. Apesar de tudo, a América do Sul possui poucas regiões com o clima temperado típico, visto a pouca quantidade de terras ao sul do Trópico de Capricórnio, diferente de outros lugares do Hemisfério Norte. Por aqui, o clima subtropical é dominante, com algumas ''pitadas'' de alta latitude.
  24. No estado de São Paulo não faz muito frio a ponto de refletir na perda de folhas, talvez no sul do mesmo que é um pouco mais ameno por já ter clima subtropical. No interior do RS, SC e PR tem algumas especies de árvores que perdem as folhas no outono, em parte deve ser pelas temperaturas mais baixas já que a redução das chuvas não é tão grande que nem no Brasil central. A maior parte da vegetação lá, contudo, fica num verde escuro, como citaram aqui as pastagens mudam drasticamente durante o ano.
  25. O clima Tropical, com estações úmida e seca definidas igualmente durante o ano (pico chuvoso entre novembro a fevereiro, transição para a seca nos meses de março a abril, pico seco entre maio e agosto, transição para as chuvas em setembro e outubro) vai desde a latitude 10S até o paralelo 20S; na sua forma típica; onde os picos de calor acontecem em agosto, setembro e começo de outubro, depois as temperaturas ficam mais amenas com o gradual aumento da precipitação. A vegetação no interior é caracterizada pelo cerrado, com árvores de casca grossa e mais retorcida adaptadas a estiagem e rápido brotamento com as primeiras chuvas; no litoral desde o Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro temos a Mata Atlântica, floresta tropical densa e com folhas perenes, indicando maior umidade e temperaturas mais altas em boa parte do ano. Ao sul de 20S começa a haver uma transição para o clima subtropical; o período seco fica mais curto pela maior frequência das frentes frias que causam chuvas frontais, os resfriamentos se tornam mais consistentes e frequentes, inclusive com o aparecimento das geadas e as temperaturas mais altas não ficam restritas somente a agosto-setembro-comeco de outubro. Um exemplo deste clima ''sanduiche'', são as capitais São Paulo e Campo Grande; as características de tropicalidade do clima como chuvas concentradas na primavera/verão e tempo mais seco no outono/inverno ainda são presentes, porém durante a passagem das frentes frias mais intensas do ano é comum volumes de chuva acima dos 20 mm nessa região de mudança (entre maio e agosto, as áreas ao norte do paralelo 20S dificilmente registram chuvas mais constantes). O clima subtropical, entre o sul do MS, SP até o norte do RS, por si só, é uma mistura do tropical com o temperado; ele já não é quente pelos resfriamentos intensos na época do frio e pela melhor distribuição das chuvas durante o ano; e também não é temperado, pois o inverno não e tão frio e a neve não ocorre de maneira ampla por 3/4 meses seguidos. A vegetação é meio ambígua, em ainda lugares há a configuração de mata tropical, em outros há a ocorrência de árvores que não tem folhas no inverno, nas áreas acima de 600 metros há a araucária, pinheiro que resiste mais ao frio. O Paraná e Santa Catarinaora sofrem com a massa de ar seco do Brasil central ora com as tempestades e inundações de primavera.
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