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Brasil Abaixo de Zero

klinsmannrdesouza

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  1. As condições oceânicas estão relativamente favoráveis pra junho e julho: pacífico equatorial neutro/levemente frio e atlântico sul próximo a normalidade. Se confirmar a queda na AAO nos primeiros dias de junho, alguma surpresa nos aguarda.
  2. A maior frustração é ter maio bom para o frio e o bimestre junho-julho quente como foi ano passado, o flop foi grande ao ponto de termos temperaturas de verão e umidade do ar típicas de agosto/setembro. Torço para que tenhamos ao menos duas bombas polares amplas, com a configuração sinotica parecida com está última só que com o centro da alta mais intenso, 1030 hPa e com neve ampla no Sul.
  3. Imagem de satélite do CPTEC, impressiona o alcance das áreas de instabilidades até o centro-norte de Goiás e Minas Gerais, locais difíceis de chover nesta época do ano.
  4. As instabilidades estão mais ao norte do que o previsto, já tem núcleos de chuva no sul de Goiás. * Imagem de satélite do cptec
  5. Se essa virada no tempo se confirmar, pode se formar super células em SP e MS, dada a secura e calor atuais. O frio pode ser mais amplo e intenso do que o previsto, vide a mp do começo deste mês.
  6. Que bom pra vocês, esta frente fria pro Sudeste é mais intensa do que a anterior, tomara que consiga chegar até Belo Horizonte com essa característica mais continental.
  7. Como é uma reanálise, acredito que esta onda de frio foi histórica pra muitos locais da América do Sul, veja como o anticiclone polar engloba 80% do continente sul-americano; o aporte de frio gerado pelo ciclone e cavado em altos níveis da atmosfera devem ter deixado brancas de neve grande parte da região Sul, Mantiqueira e partes altas de SP e MS, não duvido de alguma neve fraca na região da cidade de São Paulo e na serra do Curral nos arredores de Belo Horizonte. Nos pontos altos das serras sulinas, a mínima deve ter sido de -12/13C, na Mantiqueira -8-9C, várias áreas do Centro-Sul do Brasil com mínimas entre 0 e 4 graus, friagem intensa na Amazônia com mínimas sub-10 e no Nordeste os ventos frios chegando até o sul do Maranhão/Piauí. .
  8. As reanalises em que vi esta onda de frio (20 thc meteopt) indicaram que mais da metade do Brasil ficou abaixo dos 10 graus em 850 hPa, a linha de 0C extendeu-se da Patagônia Argentina até a região central de Minas Gerais nesta onda de frio de 1892. As isóbaras da alta polar chegaram até o interior do Nordeste, junto com um ciclone mais ao norte do que o normal (na altura de São Paulo) e um cavado amplificado sobre o Sudeste. Nessas condições, as mínimas na cidade do Rio de Janeiro devem ter oscilado entre 3 e 10 graus, considerando a localização oficial da estação meteorológica a época; no Alto da Boa Vista e arredores com certeza houve geada, e as máximas devem ter sido baixíssimas, entre 14/15 graus, mesmo com o sol, pois quando há ciclone+cavado junto com a massa polar, o frio no Sudeste é seco, inclusive no litoral.
  9. Sim, essas cidades não existiam em 1892, exceto Cuiabá. Fiz um exercício de imaginação de quantos graus deve ter feito nessa onda de frio, com base nas temperaturas em 850 hPa.
  10. Vou fazer mapas das temperaturas em 850 hPa dessa massa polar de julho-1892, pelo que vi nas reanalises 20 thc do meteopt (as mais antigas) , é uma forte candidata a onda de frio mais forte do século XIX. Com base nas estações meteorológicas atuais, os valores de mínima nas capitais (no meu ponto de vista) podem ter sido: -3C em Porto Alegre RS; -1C em Florianópolis SC; -6C em Curitiba PR; -2C em São Paulo SP (no Mirante de Santana); 6C no Rio de Janeiro RJ (Orla Marítima); -1C em Campo Grande MS; 1C em Belo Horizonte MG (região central); 7C em Vitória ES; 2C em Goiânia GO; 5C em Cuiabá MT; 3C em Brasília DF; 6 C em Rio Branco AC; 15C em Salvador BA; 8C em Porto Velho RO; 11C em Palmas TO; 16C em Aracaju SE; 15C em Manaus AM; 17C em Maceió AL. As geadas nesse episódio de frio devem ter coberto uma grande área da América do Sul, do Uruguai até o estado de Goiás e sul do Mato Grosso, pelo litoral chegou até o estado de São Paulo.
  11. 2004 foi destaque em termos de frio pela abrangência das massas polares, quase todas elas foram continentais que chegaram até a Bahia e sul da Amazônia com facilidade. Não tivemos frio extremo naquele ano, nem neve ampla e com acumulação, porém a sensação de frio foi constante do final de abril até julho, alternando entre frio úmido (maio) e frio seco (junho e julho). Olhando nas médias, maio 2004 foi o mais frio daquela década em muitas áreas do país, principalmente nas máximas. Para o pessoal do Sudeste, que sofre mais em ondas de frio continentais, foi um bom período frio, a cereja do bolo foi a ocorrência de neve no PNI, ainda que de intensidade mais fraca. Pelas temperaturas em 850 boa, pode ter ocorrido alguma precipitação invernal na Mantiqueira e em outros pontos altos que não foram registrados pela falta de estações meteorológicas. Mas enfim, 2004 foi um ano que todos entraram na festa em termos de frio, uma festa calma com comida, bebidas leves, doce e refrigerante, que durou muito tempo e foi agradável.
  12. Sim, estamos vivendo um ciclo de invernos ruins semelhante ao período 2001-2006, salvo 2016 e 2019 que tiveram eventos de frio de destaque. Até mesmo no verão está acontecendo uma dificuldade na formação das ZCAS no centro-norte do Brasil, 2014, 2015, 2017, 2018 foram ruins de chuva também. Ou seja, estamos tendo um combo de terror no nosso clima, ondas de calor prolongadas+chuvas irregulares.
  13. As geadas no centro-sul do país diminuíram em frequência e amplitude a partir de 1995, quando os períodos de frio começaram a ficar mais curtos. Depois de 2000, as massas polares intensas, daquelas que chegam até o sul da Bahia pelo interior do continente quase sumiram; o período 2001-2006 foi um dos mais fracos em termos de frio, única exceção foi em 2004. Entre 2007 e 2013 a frequência e amplitude das massas polares voltou a aumentar, tivemos invernos que lembraram o dos 80/90 a exemplo de 2011 e 2013. 2007/08/09/10 foram medianos, sem eventos históricos mas com pelo menos duas ondas de frio amplas.
  14. BH se dá bem em continentais quando elas vem com alguma baixa pressão que direcione os ventos frios e seco na direção do Sudeste, e quando o centro da alta sobe mais ao norte, na altura de SC/PR e SP. Daí sim a festa é garantida a quase todo o país, e a capital mineira pode registrar 7/8 graus na área central e sub-5 nos bairros mais desabitados.
  15. O gradiente de temperatura entre o Centro-oeste e Sudeste nessa mp foi absurdo; enquanto o MS, MT, sul de GO, RO, AC e AM congelavam num frio intenso, o centro-norte de GO, MG e o ES praticamente não sentiram nada de frio.
  16. Uma onda de frio que afete quase todo país tem que ser parecida com as de 1978/79, 1984/85/88, 1994/96, só daquelas que a o centro da alta fica entre o Paraguai/Sul do Brasil junto com um ciclone na costa de SC, mandando ventos frios e secos em cheio da Patagônia até a Bahia. A última vez que tivemos um evento assim foi em 2000, na segunda massa polar do mês de julho; muitas áreas do Sudeste tiveram minimas sub-5, até a quente Rio de Janeiro registrou temperaturas abaixo de 10 graus em muitas áreas (exceto na orla marítima).
  17. Maio de 2007 foi bem dinamico, teve de calor intenso a frio invernal em várias áreas da América do Sul. Foram três pulsos intensos de frio: o primeiro entre os dias 05 e 10, resfriando de Ushuaia até Goiás; o segundo entre 20 e 25, chegou até o sul da Bahia e oeste do Amazonas, a 5S, provocou minimas abaixo dos 10 graus em muitas áreas do Brasil, por fim o terceiro entre os dias 27 e 31, igualmente intenso e amplo. Aliás, 2007 foi um ano mediano para o frio. Não foi constante, teve calor forte entre uma massa de ar frio e outra, porém elas chegavam até o sul da região Nordeste com facilidade.
  18. Abril de 2010 teve frio antecipado no começo e depois voltou ao normal com temperaturas medianas e seca no centro-sul do país.
  19. Se essa baixa tivesse se formado uns dois meses atrás seria no mínimo uma tempestade tropical quiçá furacão, o atlântico sul estava muito mais quente até março. Agora com a entrada deste anticiclone frio a organização do sistema ficou mais difícil, pela diminuição da temperatura da água do oceano e muito ar seco ao redor.
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