Rodolfo Alves

Pelo site oficial da FIFA, São Paulo é o jogo mais frio da Copa até aqui.

Porto Alegre ontem:

Itaquerão hoje:

Inglaterra x Uruguai em SP deverá ser o jogo com mais frio ate agora na Copa...a previsao para a partida está entre 13/14 graus....com chuviscos inclusive...

A Estação do CGE no bairro de Itaquera, está a 2.9km de distância do estádio, e é a melhor referência.

No momento por lá faz 14,1C.

Os Ingleses estão adorando o "Clima Britânico" de São Paulo nessa tarde, como a BBC mostra:

Atlântico no vermelho!

Muito shear em toda a bacia, e assim ficará nos próximos dias... Com isso, nada de Ciclones Tropicais!

Bela Imagem de Satelite em Vapor Dágua dessa manhã, mostrando claramente o Jato Subtropical/Polar sendo contornado pelo cavado em altitude.

Em São Mateus, manhã de céu nublado, com chuviscos e 13,3C.

Três cidades devem concorrer ao título de jogo mais frio da copa até o momento nessa semana:

 

JOGO - CIDADE DO JOGO: PROVÁVEL TEMPERATURA - TEMPO

 

AUS x HOL- Porto Alegre: variando entre 12C e 14C- sol

URU x ING- São Paulo: variando entre 13C e 15C- nublado

HON x EQU- Curitiba: variando entre 12C e 14C- parcialmente nublado

E pelo outro lado, concorrendo a jogo mais quente da Copa:

Terça 24/06 - Japão x Colombia em Cuiabá as 17h (16h local)

Quarta 25/06 - Honduras x Suiça em Manaus as 17h (16h local)

Só para se ter uma ideia, o GFS projeta hoje 33/34C de máxima para véspera do jogo em Manaus! Tenso!!

Rússia x Coréia do Sul jogando em Cuiabá, com céu parcial nublado, 25C de temperatura, 74% umidade no Aeroporto Marechal Rondon.

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Versão em Alta Resolução do Modelo ETA indica temperaturas entre 14-16C na região de Itaquera por volta das 17h para Inglaterra x Uruguai...

No extremo sul da cidade poderá fazer 12-14C no mesmo horário.

Mas daí tem o jogo de Curitiba da sexta... Prevejo 12oC/13oC no início do mesmo.

 

Ou seja, vamos começar finalmente a ter partidas com clima de inverno na Copa. Porque já estava ficando com cara de verão, kkkkk! :ok:

Pois é né :mosking:

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Nowcasting para Fortaleza:

Radar da Funceme mostra um núcleo pequeno de chuva bem fraca se aproximando de Fortaleza nos próximos 15/30mins, depois tendência de condições secas.

No Aeroporto Pinto Martins 28C, com 66% umidade.

 

Rodolfo, sem contar que deve ter alguma boa diferença de temperatura entre o Itaquerão e a zona mais central de São Paulo né. A menos que esteja chovendo e ventando bem, daí fica muito parelho.

Pelo modelo... vai ser um dia chovendo, céu fechado e ventando de sudeste... Então devemos esperar um parelhamento... Mas de qualquer forma, é séria candidata a ser o 1' ou 2' jogo mais frio da copa até aqui, dependendo de como será a temperatura amanhã em Porto Alegre.

Aguardemos...

GFS 6z dando algo em torno de 13/15C para Inglaterra x Uruguai, quinta-feira no Itaquerão, num dia nublado e com chuva fraca... Bem ao estilo inglês!

Pode ser uma das partidas mais frias do torneio até aqui, juntamente com Holanda x Austrália amanhã em Porto Alegre.

No Padrão FIFA, BH tem agora 29C para o jogo entre Bélgica x Argélia.

Atlântico segue bem calmo, mas chama a atenção uma extensa onda tropical atravessando agora o centro da bacia...

Essa onda, que é associada a ZCIT, atravessa entre 40/45 Graus Oeste e 2 a 13 Graus Norte aproximadamente... Está portanto próxima da América do Sul, como mostra a Carta Sinótica da Marinha Brasileira.

O que é uma Onda Tropical e como identificá-lá.

Uma Onda Tropical, são curvaturas ciclônicas não fechadas (cavados) que se formam na região equatorial, a partir da Zona de Convergência Intertropical ou do Cavado de Monção permanente. Essas ondas normalmente formam trovoadas e chuva forte por onde passam, e quando encontram uma atmosfera favorável, com pouco shear, umidade, e águas quentes no oceano, tendem a evoluir em sistemas tropicais, desde que estejam de 10/15 graus de latitude mínima da linha do equador. Grandes Furacões que atingem o Atlântico Norte, em grande parte se formaram a partir de Ondas Tropicais.

No Brasil, esse tipo de cavado, é chamado de Onda de Leste, e tem a mesma terminologia das ondas tropicais que se formam no Atlântico Norte, porém, como as nossas se formam a 5 graus de latitude a sul, e a ZCIT não é capaz de atingir latitudes mais elevadas no Hemisfério Sul, as ondas de leste não encontram potencial para a formação de sistemas tropicais no nordeste brasileiro.

Uma onda tropical é facilmente identificada em mapas/modelos, em cartas de 700hpas, na forma de cavado. Eis um exemplo, da atual onda que está bem próxima da América do Sul. Ela também é identificada nas imagens de satélite pelas trovoadas em associação ao cavado, ou em mapas de vorticidade.

Essa onda tropical, apresenta um número razoável de trovoadas na imagem de satelite, e poderá entre hoje e amanhã devido a proximidade da América do Sul, de forma indireta, causar trovoadas e chuva localmente forte sobre o estado do Amapá... Embora possa parecer estranho, isso é comum de acontecer nessa época do ano.

BYE BYE CRISTINA... NHC emitiu seu último aviso para o 3' nome da temporada no Pacífico Leste.

POST-TROPICAL CYCLONE CRISTINA ADVISORY NUMBER 26

NWS NATIONAL HURRICANE CENTER MIAMI FL EP032014

200 PM PDT SUN JUN 15 2014

 

...CRISTINA BECOMES A REMNANT LOW...

...THIS IS THE LAST ADVISORY...

 

SUMMARY OF 200 PM PDT...2100 UTC...INFORMATION

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LOCATION...20.5N 113.9W

ABOUT 305 MI...490 KM WSW OF THE SOUTHERN TIP OF BAJA CALIFORNIA

MAXIMUM SUSTAINED WINDS...35 MPH...55 KM/H

PRESENT MOVEMENT...WNW OR 295 DEGREES AT 7 MPH...11 KM/H

MINIMUM CENTRAL PRESSURE...1005 MB...29.68 INCHES

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Enquanto isso no Atlântico, o GFS recuou nas suas duas últimas corridas, e agora não mostra mais que um simples distúrbio avançando sobre o oeste do Caribe no próximo final de semana... Dentro dos modelos globais, nenhum sugere o desenvolvimento desta baixa.

Dentro do Ensemble, ainda há um número considerável de membros formando a baixa, porém apenas 1 ou 2, intensificam em algo mais considerável entre 1004 e 1005hpas... Os demais ficam entre em 1008 e 1010hpas o que é pífio pra um sistema tropical...

De acordo com o CFS, deveremos ter a primeira leva da onda de Madden Julian (MJO/OJM), que é favorável para o aumento das trovoadas nos trópicos, entre o final de Junho/início de Julho sobre o Atlântico, podendo abrir uma janela considerável para a formação de sistemas tropicais. Até lá a tendência é de um Atlântico hostil para Ciclones Tropicais.

Próximo jogo em São Paulo no Itaquerão, será na quinta-feira entre Uruguai e Inglaterra.

Duas seleções que tiveram seus primeiros jogos com temperaturas em 30C em Fortaleza e Manaus. Por aqui, as seleções encontrarão uma situação totalmente diferente, afinal SP estará sobre influência de umidade marítima, pós-frontal o que deixará o clima no mínimo agradabilíssimo para as duas seleções

Por ora o GFS projeta uma quinta-feira de céu encoberto, com chance chuvas fracas/chuviscos e máximas que devem alcançar os 18/20C. Ventos Sudeste irão ajudar a dá a sensação de frescor...

É tudo o que o Inglaterra deseja, depois de Manaus :mosking:

Projeção do GFS indica passagem de uma onda de leste em algum momento entre a segunda a noite e a terça-feira sobre Fortaleza.

No momento, o modelo indica chuva forte para a manhã da terça, mas sem afetar o jogo do Brasil a tarde...

O técnico da França achou Porto Alegre fria. Afinal de contas ele não caiu de uma nave bem na hora do jogo, está em PoA ontem deste de manha cedo e fez reconhecimento do estádio com 15° que foi a temperatura máxima de POA ontem, temperatura que ele não encontrará em nenhum outra cidade além de POA e Curitiba.

 

http://globoesporte.globo.com/futebol/selecoes/franca/noticia/2014/06/para-deschamps-frio-em-porto-alegre-tambem-pode-ser-uma-desvantagem.html

Se tá frio pra França, imagina pra Honduras que é um país tropical.

Tem Jogador de Honduras com manga comprida...

Amigo Rodolfo,

Vou para BANGKOK, TAILANDIA, em outubro próximo.

Há chance de tufões naquela região? Tu que gostas tanto do assunto, poderia me responder?

Abração e bom sábado!

Então João...

Bangkok está numa "área segura" digamos assim para tufões, pois muitos desses sistemas que eventualmente atingem o Vietnã, se enfraquecem significantemente antes de atingir a região de Bangkok.

Mas respondendo a sua pergunta, historicamente, de acordo com o NOAA entre 1950-2012, apenas 6 sistemas tropicais impactaram a região de Bangkok no mês de outubro. Todos eles chegaram com força de depressão tropical, já bastante enfraquecidos. Portanto torna-se improvável um tufão atingir a região, mas eventualmente restos de tufões ou depressões podem sim afetar a área o que poderá contribuir para chuvas torrenciais em especial. Segue a relação abaixo:

Em Outubro, climatologicamente no Pacífico Oeste, a maioria dos sistemas tropicais,que se formam da monção de cavados a leste das Filipinas, tendem a seguir dois caminhos:

1) Curvam-se para Norte, devido a influência de cavados em altos níveis, e normalmente ganham força de tufão, sendo que alguns impactam o Japão.

2) Segue em trajetória reta para oeste, devido a formação de bloqueios atmosféricos sobre a China/Japão, e tendem a atingir Filipinas/Mar do Sul da China/Vietnã. Nessa situação não se observa grande intensificação dos sistemas, evoluindo no máximo a tempestades tropicais e casos raros tufões.

Espero ter solucionado a duvida.

Abraços!!

É Isso mesmo Accuweather??

31C Amanhã em Curitiba, pra Irã e Nigéria???

São Paulo numa tarde nublada, e de temperaturas mais amenas. No momento faz 19C em São Mateus.

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Até as 9h desse domingo, na estação convencional do Mirante de Santana, essa era a situação de Junho:

Máxima Média: 23,8C (2,0 acima da média)

Mínima Média: 14,8C (2,4 acima da média)

Precipitação Acumulada: 9,5mm (equivalente a 17% da média)

Excelente explicação, Rodolfo. :clapping:

 

Lembro de ter lido alguma coisa no blog do Jeff Masters explicando os motivos do GFS estar criando tantas tempestades fantasmas, vou procurar e depois postar aqui.

O modelo global FIM está previsto para ser substituto do GFS e esse ano ele fará seu primeiro teste, vamos ver como ele vai se sair.

 

EDITADO: 17:04

Large low pressure systems often have "spokes" of extra spin that rotate around the main low, and these "spokes" are often erroneously developed into tropical depressions by the GFS model.

Valeu Aldo e Felipe!!

Sempre que possível, tento repassar meus conhecimentos :good2:

É verdade que o FIM, vai substituir o GFS??? :shok:

Daqui a pouco tem jogo no Mineirão. Aeroporto da Pampulha com 24°C e 50% de URA. Tempo agradável.

Na Transmissão Oficial da FIFA:

24C Temperatura

51% Umidade

11km/h Vento

PACÍFICO LESTE:

Cristina acaba de ser rebaixada a Tempestade Tropical pelo NHC. Como se pode ver nas imagens de satelite, Cristina segue sendo influenciada diretamente pelo ar seco a oeste/norte do sistema.

Outro fator que irá fazer Cristina se enfraquecer nas próximas horas será a interação com as águas frias.

ATLÂNTICO:

Tudo calmo e muito shear. Esse é o cenário de hoje e dos próximos dias, mas nem tudo são flores.

Há vários dias, o GFS vem insistindo em um distúrbio se formando a partir do próxima sexta/sábado (20/21), sobre o oeste do Caribe. Na corrida das 6z, o GFS sugere que o distúrbio ganharia força e geraria uma possível Tempestade Tropical em Cuba no domingo.

O que impressiona é que no momento o GFS é praticamente o único modelo a sugerir este cenário.

ECMWF não sugere nada nos próximos 10 dias sobre o Atlântico, assim como o CMC (que é mestre em dá alarme falsos de Ciclones Tropicais). O Navgem, por sua vez sugere alguma coisa no oeste do Caribe, no mesmo período do GFS, mas nada que venha a ser significativo.

Estaria mais uma vez o GFS dá alarmes falsos para a formação de um sistema tropical?? Essa é a pergunta que os meteorologistas norte-americanos fazem.

Na interpretação de modelos, um dos modos de se verificar se a previsão da saída operacional (a que eu mostrei acima e todos nós conferimos), é confiável ou não, é verificar se há acordo com a previsão em conjunto, chamada de "Ensemble".

A Importância da Previsão Ensemble e como Interpreta-lá

A previsão em Ensemble é a reunião de várias simulações dentro de uma mesma corrida, inciadas por diversas condições, a fim de botar a prova se a previsão operacional é confiável ou não. Cada condição é simulada por um item chamado de "membro". Cada modelo possui um certo número de membros. Por exemplo o GFS possui 20 membros. Ou seja, ele pode simular a cada corrida, 20 condições iniciais diferentes para aquele sistema (seja ele Ciclone, MP, Bloqueios, etc). O ECMWF por sua vez possui 50 membros, o que lhe dá uma maior gama de previsibilidade teoricamente. Para se verificar a confiabilidade perante a solução dos membros, existem diversas técnicas, como Spaghetti, Spreads, Agrupamento em Clustters, etc que ajudam a verificar.

Para o caso deste sistema, usaremos o Spread/Média juntamente com o resultado individual dos membros. Esse mapa abaixo, do mesmo dia e hora mostrada no mapa do operacional anterior, mostra como o GFS está confiante para o desenvolvimento dessa baixa.

Primeiramente notem, que o conjunto de membros do Ensemble (média dos cálculos dos 20 membros) formam uma baixa sobre o oeste do Caribe para o mesmo período (linhas de pressão). Isso quer dizer que teoricamente a grande maioria dos membros formam sim a baixa pressão, o que dá suporte para a previsão do operacional.

Nota-se também algumas linhas coloridas arrendondadas em torno da baixa. Nesse mapa, é o Spread, que é a diferença (desvio padrão na matemática - observem o símbolo matemático a direita no topo, ao lado de "spread") entre a média e os extremos simulados pelos membros. Nota-se um valor de quase 1, o que sugere que há diferenças razoáveis entre os membros em relação a média, indicando que a força dessa baixa ainda tem baixa acurácia no momento.

Notem os pontos vermelhos em torno da baixa. Esses pontos são os resultados individuais de cada membro, a partir das mais diversas condições iniciais simuladas pelo GFS. Pelo menos 15 dos 20 membros sugerem a formação da baixa no período, mas há valores discrepantes quanto o valor da baixa. Notem que há desde valores "08" e "10", (que significa 1008 e 1010 hpas), até "97", "98", "99" (que significam 997, 998, 999hpas) em torno de Cuba (o que justifica o spread dito anteriormente).

Em resumo da análise, o GFS dá alta confiança neste momento para a formação da baixa, com atestamento em Ensemble, mas diverge entre ser um simples distúrbio ou uma forte tempestade tropical... Acompanhemos pra vê no que dá.

A depressão ganhou um pouco mais de força e gerou agora uma tempestade tropical, sendo nomeada de Hagibs. Nota-se boa convectivade em torno do centro da tempestade, que tem um centro exposto, denunciando uma mistura de características tropicais/subtropicais.

Altissima confiança dentro do GFS para Hagibs fazer landfall no sudeste da China pela manhã... Após isso seguirá como um sistema extratropical.

Parabéns para o modelo HWRF que até o momento acertou a intensidade dos três ciclones ocorridos no Pacífico Leste.

Previsão do modelo para Cristina no dia 07/06.

Boa observação Felipe!!! Pode ser interessante dá uma maior atenção as corridas do HWRF, visto esse aproveitamento.

Chuva fraca segue por toda a Grande BH

 

 

15,7ºC às 18h na zona sul (INMET).

O Ruim de BH é que não tem Radar pra captar chuva fraca, pois o Pico do Couto só capta núcleos profundos, devido a distância.

Mas em Agosto, segundo o Cemaden, o Radar de Três Marias estará em operação. Felipe irá curtir essa notícia :mosking:

Aguardemos

Engraçado, Rodolfo, é saber que o GFS foi desenvolvido JUSTAMENTE pra auxiliar na previsão de furacões lá do Caribe. Pelo menos pra previsao de força e intensidade, tem dado um show a parte sobre os outros modelos. Me parece que a melhora dos computadores e membros do GFS tem traduzido em maior variabilidade do que em confiança de previsão.

 

Creio que o problema maior se deve a matemática. Talvez os cálculos sofram alguma influencia para que possam chegar a resultados mais precisos. Ou seja, é como induzir um erro para que a acurácia perto do evento aumente. Creio que tá ai o problema.

Maior varabilidade de cenários, e menos estabilidade/confiança, bem isso mesmo... O problema é que a previsão de furacões exige acima de tudo confiança/precisão, pois salva vidas.