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Brasil Abaixo de Zero

Rodolfo Alves

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Everything posted by Rodolfo Alves

  1. Enquanto isso nosso mais recente Ciclone Extratropical vai se aprofundando cada vez mais nessa madrugada de domingo no Atlântico Sul.... A 0h o Ciclone tinha ventos de quase 120km/h (semelhante a um Furacão Categoria 1) na sua periferia, e um centro de pressão de 968hpas.
  2. Um Adendo, em relação ao Mirante de Santana, Com essa máxima de hoje, a média no mês de Abril está ate agora em 29,3C o que é 4,2C acima da média!! Vamos vê após a esse sistema frontal, como se comportará a média...,
  3. Condição das fotos do PH podem ser de tornado sim também na minha humilde opinião... ======================================= Nesse momento trovoadas estão explodindo entre o PR e o interior de SP, com o avanço do ramo frontal... Enquanto o ar frio de sul entra com tudo na Argentina, com o belo ciclone que se formou. Sondagem dessa manhã em Londrina dava 38 de K, e 46 de TT, com 4.6cm de Precipitação no ar, o que denota uma atmosfera bem instável e com potencial de grandes volumes de chuva na altura do ramo frontal... Diz a lenda GFS, que a frente chega na noite/madrugada de hoje pra amanhã aqui na capital... A aguardar... Por enquanto uma tarde muito abafada típica de pré-frontal. Em São Mateus 28°C com 64% de umidade.
  4. Parabéns pela cobertura Felipe! Até o momento não há informações de vítimas na imprensa australiana. Ita no Earth:
  5. Que interessante este novo radar! Cobre até o Paraguai. Além da instalação do Radar em Cascavel, o Simepar fez a graça de liberar todo o raio de cobertura do Radar, agora sendo possível acompanhar tempestades em SC/RS/SP e Paraguai, também em loco pelo Simepar, além de que tudo liberado ao público, enquanto uns ocultam o Radar Meteorológico adquirido em SP por questões comerciais... Tá de Parabens o Simepar!!
  6. Quando você acha que já viu de tudo.... Radar para monitorar o clima em SSA (Salvador) é danificado por tiro A operação para reduzir os danos provocados pelas chuvas na capital teve início, em 1º de abril, sem o auxílio de um dos seus principais instrumentos: o radar meteorológico que está sendo instalado na região do aeroporto internacional de Salvador. O aparelho - usado para detectar, com precisão, eventos atmosféricos - foi alvejado por tiro na fase de implantação, no início de março, e a autoria não foi identificada. Segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Marinez Cardoso, o período de maiores volumes de chuva em Salvador é de abril a junho. Na comparação de 2013 com 2012, as solicitações de emergências aumentaram 14,5%. Foram 3.383 ocorrências, em 2013, contra 2.953, em 2012. A previsão para que o radar se torne mais um aliado na Operação Chuva 2014, segundo o diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Álvaro da Silveira Filho, é num prazo de 30 dias. "Ele não está funcionando devido ao vandalismo. Deram um tiro no radar. Há a informação de que pode ter sido alguém da área, mas acredito que foi alguém que passou de carro", disse. O equipamento está sendo instalado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. "Com o radar, teremos informação mais rápido, o que faz com que se demande equipes para áreas monitoradas. É um equipamento melhor que o pluviômetro", disse. A assessoria do Cemaden informou que já contatou a empresa responsável pelo conserto, mas não soube dizer se a ocorrência foi registrada em delegacia de polícia. "O radar mais próximo é o de Recife (PE). Hoje, a gente trabalha com informações do Cemaden e do Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres)", acrescentou Álvaro Filho. O aparelho, que custa cerca de R$ 8 milhões, faz parte de um conjunto de nove radares que serão instalados em diferentes estados, adquiridos pelo Cemaden para atender a uma das metas do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Alertas de Desastres Naturais, lançado em agosto de 2012. "As informações obtidas com o radar serão importantes para as ações de monitoramento e prevenção desses desastres", destacou. Instrumentos Para a Operação Chuva 2014, a Codesal conta com 8 dos 15 pluviômetros instalados desde 2013. Sete deles ainda estão em fase de teste. Os outros oito estão montados em locais como a Av. Contorno, Canabrava, Cabula e Paralela. "Eles ajudam a medir o quantitativo de chuva no local para que a gente fique alerta quando chegar ao limite", explicou Álvaro. A previsão é instalar mais três até o final da Copa deste ano. O diretor da Codesal destacou, ainda, que existe um sistema municipal de proteção e defesa civil, que conta com órgãos como Limpurb, Sucop, Sucom e Bombeiros. Para atuar, engenheiros da Defesa Civil trabalham com um plano diretor de encostas de 2004, que mapeia 433 áreas de risco. "Estamos atualizando o plano. Hoje, estimamos cerca de 600 áreas de risco. Anualmente, começamos com ações de limpeza e visitas diárias nas áreas, com ações preventivas, educacionais e vistorias", afirmou. O órgão conta com 40 engenheiros para avaliar riscos. Para o diretor da Escola Politécnica da Ufba, Luís Campos, radares e pluviômetros são "interessantes do ponto de vista da evacuação. Mas não resolvem o problema da estabilização das áreas de risco. É necessário conter as encostas e reduzir o risco nestes locais", ressaltou. O secretário de Infraestrutura, Habitação e Defesa Civil, Paulo Fontana, foi procurado para falar das contenções realizadas, mas a assessoria não respondeu até o fechamento desta edição. Previsão é que o decreto que regulamenta a operação seja publicado nesta quinta-feira, 10. http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/radar-para-monitorar-o-clima-em-ssa-e-danificado-por-tiro-1582969
  7. Meus pêsames também Will! Força pra ti! BELÍSSIMO CICLONE EXTRATROPICAL ESSE QUE SE FORMOU NA ARGENTINA! Circulação dele, e a forma como ele se alonga com o ramo frontal no RS na imagem de satelite é muito lindo! :sarcastic:
  8. Próxima madrugada ainda será com temperaturas baixas, semelhante a última madrugada... A madrugada de terça ainda será agradável, mas menos fria de fato... A partir de quarta em diante, já serão noites mais abafadas, e cada vez mais piorando com o chegar do final da semana. Temperaturas máximas se manterão geralmente estáveis ao longo de toda a semana, em torno de 28/31C, talvez subindo um pouco mais no próximo final de semana, com possível condição pré-frontal... As tardes que hoje são secas, deverão ficar mais úmidas e abafadas no final da semana, a exemplo das noites. Com maior umidade, deveremos voltar a ter alguma chance de chuva a partir de quinta, mas algo significativo somente no início da próxima semana ainda, com o possível sistema frontal.
  9. Quanto a previsão para Ita, a situação segue extremamente complexa... Há um alto grau de divergência dos modelos nesse momento.. A Austrália pode, como não pode ser atingida, e se for atingida, vários locais, ou um único local pode sofrer os impactos. Não a toa, o Bureau Weather Australiano, só se limita dizer na sua previsão que Ita seguirá a oeste por mais alguns quilômetros, e atingindo força de furacão. Pelas simulação do GFS, Ita chegaria no final da semana da costa Australiana, e seguiria desecendo paralelo a costa... Já pelo Europeu, Ita seguiria a oeste direto, passando no extremo norte da Austrália... O motivo do Europeu está divergindo do GFS, se deve a um Anticiclone que ganharia força no norte da Austrália, o que manteria sua trajetoria oeste. GFS ignora este Anticiclone, com isso Ita seguiria para sul... Independente do trajeto, Ita deverá ser um Ciclone Tropical considerável, e deverá causar impactos a costa leste ou norte a Australiana.
  10. Por conta dessas chuvas, ao menos 16 morreram em inundações nas Ilhas Salomão e milhares estão desabrigados. Jornal local "The Salomon Star" disse que foi o pior desastre que a nação já viu. http://www.abc.net.au/news/2014-04-03/an-heavy-rain-causes-flash-flooding-in-solomon-islands/5366284
  11. E esqueceram de São Mateus com mínima de 12,5C Tamo na briga!! E não adianta falar que a estação tá com problema viu!? :sarcastic: :sarcastic: :good2: Nas estações do CGE, só perdeu para Capela do Socorro, que deu 12,1C se eu vi direito... A estação de Mauá ficou com 13,5C =========================================================================================================== Um adendo que não vi ninguém postando, mas creio que alguns aqui já viram, é que o MBAR agora tem grade pra quase 180h (7 dias). Mais uma ferramenta que será muito bem vinda para previsões de curto/médio prazo!
  12. Impressionante a intensificação de Hellen próximo a costa de Madagascar, atingindo status de Categoria 4 ou até 5 na Saffir Simpson, com ventos de 240km/h! Em termos de força se iguala a Phalin que atingiu a Índia no final do ano passado, mas passa longe de Haiyan (somente como mera comparação). Mesmo perdendo força já, seus impactos deverão ser bem significativos nessa parte noroeste do país nas próximas horas, que além das chuvas torrenciais que consigo trazem ameaça de inundações generalizadas, e deslizamentos de terra, haverá ventos que devem ultrapassar os 100km/h na costa em especial, e o mar que ficará extremamente revolto, e esse a principal ameaça ao meu ver, com ondas que podem chegar a 35 PÉS!! ( 10,5 METROS) DE ALTURA pelo JTWC, além da possibilidade de Storm Surge de 4 metros ou mais.... Quadro que se desenha extremamente perigoso pra região! Como já dito pelo Felipe, a Meteo France que monitora os ciclones tropicais na região, considera Hellen como o mais forte a passar pelo Canal de Moçambique de todos os tempos. Eis o boletim das 18UTC: HELLEN IS LIKELY TO BE ONE OF THE MOST POWERFUL TROPICAL CYCLONE EVER SEEN OVER THE NORTHERN CHANNEL SINCE THE SATELLITE ERA (1967). THE LIKELIHOOD IS INCREASING FOR AN EXTREMELY DANGEROUS TROPICAL CYCLONE LANDFALL OVER THE NORTHWESTERN COASTLINE OF MADAGASCAR BETWEEN CAPE SAINT-ANDRE AND MAHAJONGA. THE RSMC TROPICAL CYCLONE STORM SURGE NWP HAS BEEN RUN AND SHOWS PHENOMENAL SEA ELEVATIONS IN THE AREA EXPOSED TO THE NORTHERLY WINDS (EAST OF THE FORECAST TRACK). THE STORM SURGE COULD REACH 2 - 4 METERS (7 - 13 FEET) IN THE ESTUARY OF THE BETSIBOKA RIVER (MAHAJONGA), AND MORE THAN 7 METERS (23 FEET) IN THE BAY OF BALY (SOALALA), AND 1 - 4 METERS ON THE COASTLINE EAST OF CAPE SAINT-ANDRE. ALL PREPARATIONS FOR A "WORST CASE" SCENARIO SHOULD BE UNDERWAY. Pelos modelos, Hellen fará landfall na costa noroeste de Moçambique na província de Mahajanga entre hoje a noite e manhã dessa segunda... A principal cidade desta província é Majunga, que é costeira e logo sofrerá impacto direto do Ciclone. A cidade tinha em 2001, 135 mil habitantes... Com a interação do núcleo em terra, o sistema perderá força... Ao longo da semana, devido a evolução de um Anticiclone em média troposfera sobre a África do Sul e o sul de Madagascar, Hellen seguirá para oeste com alta confiança perante as saídas de modelo em direção a Moçambique, aonde deve chegar no meio da semana... Por enquanto as previsões sugerem que Hellen chegue bem enfraquecido a Moçambique com força de tempestade tropical fraca/mediana, isso porquê a quantidade de shear na atmosfera deverá aumentar para 30/50 nós o que deverá ser crucial, ainda que a SST esteja muito elevada na região entre 30/32C. De qualquer forma, mesmo enfraquecido, o sistema trará chuvas fortes para o país africano de língua portuguesa... Não a toa o Departamento de Meteorologia local está acompanhando Hellen e emitindo avisos para o sistema: Domingo, 30 de Março de 2014 Aviso Especial n0 023/INAM-DAPT/999/2014 ( Para Autoridades Marítimas ) TEMPESTADE TROPICAL MODERADA ” HELLEN” Emissão: 10:00 horas locais, de 30 de Março de 2014 As 10:00 horas de hoje dia 30 de Março de 2014, localizava-se sobre a região norte do canal de Moçambique um ciclone tropical intenso HELLEN, com o centro entre as coordenadas 14.3° Sul e 42.2° Este e deslocando-se em direcção sul a sueste. Deste modo, o INAM prevê a continuação de ocorrência de mau tempo entre os paralelos 12 a 17 graus sul do canal de Moçambique, caracterizado por ocorrência de aguaceiros ou chuvas fortes a muito fortes acompanhados de trovoadas e ventos tempestuoso com intensidade até 105 nós (210 km/h) que poderão provocar agitação das ondas com altura entre 09 e 12 metros. O INAM recomenda a tomada de medidas de precaução e segurança, para a navegação marítima no Canal de Moçambique. Este boletim será actualizado amanhã dia 31 de Março de 2014 as 10:00 horas locais.
  13. A Julgar pelo GFS tendência de uma semana com temperaturas agradáveis/na média no geral em São Paulo... Somente a partir do dia 8 (terça da próxima semana), o modelo enxerga chance de temperaturas mais elevadas novamente, com até 40% de chances das máximas ultrapassarem os 30C nos cálculos do modo Ensemble. Porém a chance de uma Sub-15 por exemplo, é bem remota, menor que 10% dentro dos membros do GFS por enquanto, numa janela de 10 dias por aqui. Em Termos de Precipitação, tendência de boa chance de chuva até terça/quarta, e depois chances quase nulas de ver alguma chuva até o início da próxima semana.
  14. As Chuvas que caíram essa tarde sobre a RMSP se concentram principalmente na região aonde eu moro, entre São Mateus (Zona Leste da Capital) e o município de Mauá. Uma das estações do CEMADEN próximo ao centro de Mauá registrou acumulado de 84mm!! A mais nova estação do CGE instalada na Prefeitura de Mauá, registrou até as 17h30, impressionantes 71,2mm!! Enquanto que pela rede SAISP, a estação do córrego Oratório registrava no mesmo horário 94mm!!. Tendência é que a chuva ainda persista de forma fraca/moderada por mais 30/60 mins e depois cesse ou fique bem isolada e fraca.
  15. Depois da temperatura ter chegado nos 30 graus, várias áreas de chuva se formaram, e atingem a RMSP/Capital... E ainda tem mais pras próximas horas.
  16. Será?? GFS 06z está convergindo nesse momento para o que na minha visão é um sistema tropical daqui a 12/14 dias na costa do Nordeste, com impactos diretos.... Muito Longe e somente sugerido em uma única corrida pra qualquer afirmação, mas continua no padrão nada usual apresentado pelo GFS nos últimos dias para o Nordeste... A acompanhar!!
  17. GFS 18z projetando um cenário nada usual no range médio. Uma intensa frente fria chegando até o Pernambuco em meados do mês que vem, interligada por um Ciclone Extratropical a dezenas de centenas de quilômetros de distância, em latitude completamente diferente, e uma bela alta marítima na retaguarda sobre o Centro-Sul... Se isso acontecesse, seria legal de ver!
  18. Não só tem furacões, como eles tem um "National Hurricane Center" local. http://www.ec.gc.ca/ouragans-hurricanes/
  19. Só para complementação, o Atlântico Sul teve até hoje somente 1 furacão (ventos acima de 120km/h), o Catarina. Porém há registros de pelo menos outros 4 sistemas tropicais, abaixo da classificação de furacão (menor que 120km/h) na nossa bacia, sendo eles: - Tempestade Tropical na Angola em 1991; - Depressão Tropical na costa da Bahia em 2004; - Tempestade Tropical a 1100km a sudeste do RJ em 2006; - Tempestade Tropical Anita (Juliana) em 2010 na costa do sul do país. Ainda se considera internacionalmente outros dois sistemas subtropicais de relevância: - Tempestade Subtropical Arani em 2011 na costa do ES - Depressão Subtropical formada em fevereiro de 2014, acompanhada aqui no BAZ
  20. Meu Deus, eu jurava que o Rodolfo tinha uns 40 anos kkkkkk Eu dava uns 45 pra ele kkkkkkkkkk É devido ao nome antiquado! Já vc, eu sempre imaginarei q terá 17/18, mesmo qdo estiver com 40.. O meu, combina com qker idade! Nosssa, vocês me deram tudo isso??? Meu motor tá no 2.2 ainda :mosking: :mosking: Parabens pela previsão feita na época Coutinho, e pela coragem num cenário obscuro até então, de divulgar previsões reais de acordo com o sistema, diferentemente dos órgãos oficiais, como esses dos vídeos, que preferiram omitir... Uma pena que na época eu não tinha internet pra acompanhar... aliás nem sabia o que era computador naquela época...
  21. Furacão Catarina 10 Anos (2004-2014): Há 10 anos atrás, logo após de atingir Santa Catarina, um comunicado oficial do site do CPTEC/INMET em 2004, afirmava num consenso único que Catarina não era um furacão, o que mais tarde, teve que ser revisto... Pra quem quiser ler o comunicado na integra: viewtopic.php?f=138&p=422326#p422326
  22. MEMÓRIA DO CATARINA: Como prometido, trago aqui um comunicado, alguns dias depois do Catarina ter atingido a costa do Brasil, postado no site do CPTEC afirmando categoricamente que o Catarina não era um Furacão... O que mais tarde teve que ser admitido. Print do site do CPTEC em 2004: NOTA TÉCNICA CONJUNTA CPTEC/INPE E INMET Ciclone Extratropical no litoral de Santa Catarina e Rio Grande do Sul 29 de março de 2004 O sistema que atingiu Santa Catarina neste fim de semana não foi um furacão. Furacão é um fenômeno que se forma nas águas quentes (temperatura maior que 27°C) dos oceanos tropicais, apresentando temperaturas altas no seu interior e ventos girando em sentidos opostos nos níveis próximos à superfície e em níveis altos, ou seja, cerca de 12 km de altura. O fenômeno que atingiu o litoral de Santa Catarina é um ciclone, fenômeno que apresenta temperaturas baixas no seu interior e ventos girando no mesmo sentido desde a superfície até os altos níveis. O processo de formação do furacão é diferente do processo de formação do ciclone observado. A partir do momento em que apareceu o olho do ciclone e as bandas de nuvens em rotação, surgiu a especulação de que poderia ser um furacão. Na sua fase final de decaimento, de fato, o sistema perdeu seu núcleo frio e passou a apresentar rotação no sentido contrário em altos níveis. Portanto, pode ser concluído que se tratou de um sistema com características híbridas, que deverá ser estudado e analisado com maior profundidade no futuro pelas equipes dos Centros Meteorológicos. O ciclone observado durante o fim de semana na costa de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul foi acompanhado pelos Centros Meteorológicos desde o dia 24, quando uma pequena área de instabilidade atmosférica formou-se a cerca de 1000 km da costa de Santa Catarina começando a configurar-se com uma circulação ciclônica. Inicialmente as nuvens na imagem de satélite tinham o formato de uma vírgula invertida com muita chuva. Os ventos já começavam a ter um giro no sentido dos ponteiros do relógio, típico de um ciclone. Gradualmente as nuvens passaram a adquirir o formato circular e na tarde da quinta-feira já aparecia o “olho”, ou seja, uma região sem nuvens. Durante a sexta-feira o ciclone passou a intensificar-se e deslocar-se a 20 km/h aproximadamente na direção do continente. Ventos medidos nas proximidades por navios chegavam a 70-90 km/h. As previsões numéricas indicavam que o ciclone continuaria em direção à costa da Região Sul do país com uma incerteza em relação ao local onde haveria o impacto maior. Os primeiros alertas para a Defesa Civil Nacional foram emitidos na noite da sexta-feira. Durante o sábado, as imagens de satélite indicavam que as nuvens do ciclone estavam perdendo força e os ventos no mar indicavam velocidades moderadas de aproximadamente 60 km/h. O alerta foi mantido. As previsões indicavam o enfraquecimento do ciclone porém com a ressalva que ao atingir a região costeira poderia ocorrer intensificação localizada. A região a ser atingida seria desde Florianópolis até o norte do Rio Grande do Sul. Durante a noite do sábado as primeiras bandas de nuvens atingiram a costa e ocorreu intensificação do sistema na região da Serra Geral Gaúcha e Catarinense. Os ventos do ciclone ao atingirem a Serra Geral induziram a intensificação das nuvens que por sua vez favoreceram a ocorrência de ventos fortes em várias localidades. Entre a noite de sábado e a madrugada de domingo o ciclone atingiu o continente, particularmente nas áreas entre o sul de Santa Catarina e nordeste do Rio Grande do Sul, entre Criciúma e Torres. Durante esse período foram observados ventos e chuvas fortes. Pelos danos provocados pode-se inferir que os ventos chegaram a atingir 150 km/h. No decorrer do domingo as chuvas persistiram sobre as serras gaúchas e catarinenses e o ciclone foi perdendo intensidade gradualmente. Os avisos da noite de sexta-feira apontavam para o enfraquecimento do ciclone, conforme foi comunicado a defesa civil. Foi feita a ressalva que ao atingir a costa poderiam ocorrer intensificações dos ventos e chuvas em locais montanhosos desde Florianópolis até o nordeste do Rio Grande do Sul, numa área correspondendo a aproximadamente 200 km de costa, ou seja, uma extensa área. A previsão e o monitoramento de eventos mais localizados como o ocorrido depende da qualidade e quantidade de observações tanto na área continental como na área oceânica utilizadas em conjunto com previsões numéricas de alta resolução espacial, imagens de radar e satélites meteorológicos.
  23. Agradeço de verdade Carlos Campos pelas felicitações, e pelas experiências compartilhadas do Felipe que acompanha Ciclones Tropicais como eu, e do Coutinho que viveu mais de perto o Catarina... De fato, o bloqueio atmosférico esquentou muito o oceano, e poderia sim ter formado um furacão, se outros fatores colaborassem... Vide o modelo CMC que chegou a sugerir o furacão se formando, o que não passou apenas de projeções... Quando se formou em 2004, na época eu tinha meus 13 anos, mas já acompanhava meteorologia e acompanhava pela tv o progresso do Catarina, mas sem todo o know-how e a avalanche de dados que temos hoje, confiando plenamente no que era informado nos noticiários... De qualquer forma, o Catarina, foi um dos motivadores de hoje eu estudar e gostar imensamente da meteorologia... Abraços!!
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