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Brasil Abaixo de Zero

BARBOSA

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  1. Como ainda não fui atendido, solicito o meu banimento do fórum, por favor!
  2. Estou encerrando minha participação neste espaço, nenhum problema com outros membros mas simplesmente cansei de monitorar o tempo/clima de SP, vou me dedicar a outro hobby que não seja fonte de frustrações e decepções recorrentes como este se tornou, cansei de esperar por algo que não virá. Estejam à vontade para banir a minha conta, e espero que fiquem bem, Barbosa.
  3. Antes de mais nada é preciso saber onde fica/ficava a estação, um exemplo: Uruguaiana entre 1912 e 1919 (quando ocorreram algumas ondas de frio fortíssimas) nunca registrou temperatura negativa (recorde 0ºC em 08/1917), mas se olhar de 2000 para cá as negativas aconteceram várias vezes. Um desavisado vai pensar que a nova era do gelo chegou na fronteira oeste, mas a única causa disso é que a estação no início ficava na área urbana de Uruguaiana (do lado de um rio onde era raríssimo negativar mesmo antes da urbanização atual) e hoje o Inmet fica no meio de uma fazenda afastada da cidade e sem sinal de urbanização por perto. Microclima pode não ser tudo, mas em casos como esse faz toda a diferença. Se a estação de Guaíra ficava numa área rural com drenagem de ar frio, a mínima de 1963 (ar seco/forte perda radiativa) pode ser possível. Em julho de 1975 Guaíra registrou -4,1ºC e Foz do Iguaçu -4,2ºC, mas este foi um "soco" advectivo com menor diferença topo/baixada. É evidente que existem muito erros na base de dados do Inmet, alguns bem óbvios e outros mais escorregadios (estes últimos são meu maior pesadelo, como as mínimas de 1994 no Mirante do Santana que até hoje são aceitas e nunca foram questionadas abertamente, mas em uma análise mais detalhada fica claro que naquele ano as mínimas da estação se distanciaram do conjunto de estações mais próximas principalmente no inverno, voltando ao normal a partir do verão 94/95). Foi a observação da média das mínimas principalmente entre 06 e 08 de 1994 que me fez ter certeza que alguma coisa está errada (antes eu só desconfiava da mínima absoluta de julho, a mais fora da casinha). Entre as hipóteses que já passaram pela minha cabeça estão: mínima da relva pode ter sido anotada como do abrigo, os dados serem de uma estação próxima, erro de leitura do observador e problema no termômetro de mínima. Saber ao certo o que aconteceu é quase impossível, a única chance de descobrir (mas sem garantias) é se a caderneta original for disponibilizada.
  4. Perto desse ( http://www.smn.gov.ar/serviciosclimaticos/?mod=turismo&id=7&provincia=Mendoza&ciudad=Cristo%20Redentor) o de Poços de Caldas é um forno: É o passo Cristo Redentor entre Argentina e Chile..
  5. Seja qual for o motivo é injustificável estar sem dados desde o dia 31/03, ainda mais num lugar como SP, ainda tenho pequena esperança que por algum erro as máximas só não estejam sendo divulgadas no site, mas só quando atualizarem o BDMEP vai dar para saber. Apesar de tudo, eu não sou contra mudar o lugar de uma estação em casos extremos, como quando a cidade sufoca totalmente a estação a ponto de fontes artificiais de calor ficarem ao lado dos sensores de temperatura (caso de Melbourne por exemplo), talvez seja até o de Juiz de Fora, mas em SP não chegou a este ponto ainda, e tomara que não chegue. Imaginem uma estação no meio de um vão cercada por prédios de 30/50 andares, o vento e a insolação vão à zero e amplitude térmica cai para menos da metade (recordes nunca mais), aí também deixa de fazer sentido a estação. :hang1:
  6. De fato existe esta visão equivocada entre alguns climatologistas de que qualquer efeito de urbanização sobre uma estação é indesejável, mas esta visão é totalmente anacrônica, não há como defender que a estação meteorológica principal de uma grande metrópole fique numa área onde os efeitos da urbanização são mínimos, é como defender que o clima de áreas densamente urbanizadas (para onde uma parcela cada vez maior da população mundial está se mudando, sem entrar no mérito se isto é bom ou não) não deve ser monitorado, realmente um absurdo sequer pensar nisso. Agora, defender que eixstam mais estações eu também defendo, inclusive em áreas rurais aqui da região, acho que a da Capela do Socorro apesar de não ser profissional (também olho dados do CGE mais por curiosidade, é outro nível para Inmet/IAG) é um exemplo, pela foto que o Troyano colocou fica no meio de um matagal e ainda tem drenagem de ar frio, vale por curiosidade e uma estação profissional ali também seria válida mas num terreno mais limpo. A estação de Belo Horizonte é a que mais aproxima da foto de Melbourne que coloquei, nestes casos eu já sou contra colocar o sensor de temperatura do lado de uma avenida movimentada, mas considero a do Rio pior ainda pois nem gramado tem e todo o calor absorvido pela construção influencia o abrigo (e Tucson também outra tristeza em cima do asfalto e com o calor dos carros estacionados ao sol). Quando a automática do Mirante começou a funcionar no mesmo lugar da convencional eu também fui contra, logo pensei que era um desperdício, mas hoje entendo o valor desta decisão, além de servir para controlar melhor a qualidade dos dados (teria servido para esclarecer as inconsistências nas mínimas em 1994 e nas máximas em 1999, entre outras), ainda está sendo a salvação agora que as máximas da convencional misteriosamente deixaram de ser divulgadas (desde 31/03), e está impedindo a formação de um buraco na série. A automática de Barueri foi um avanço, de longe parece mais uma estação em área urbanizada mas basta dar o zoom e ver que está numa grande área verde ainda que cercada por urbanização (certamente a cidade de Barueri é mais quente que a estação, principalmente à noite), mas que venham mais estações, só não dá é para fechar a mais antiga e perder toda uma referência, é dar um tiro no pé. Infelizmente o Inmet tem muitas limitações, entre os absurdos está o fato de que o litoral paulista só contar com uma estação automática (Iguape, nem conto Moela que vive com problemas) e não ter nenhuma estação convencional do instituto, então se quisermos mais estações na grande SP terá que ser por outros caminhos.
  7. Eu costumo tentar entender os diversos pontos de vista, mas com sinceridade mover a estação do Mirante do Santana seria um absurdo, é uma das raras estações do Inmet do Brasil que está no mesmo lugar há décadas e permitiu acompanhar muito bem a mudança do clima na região, representa adequadamente dentro das limitações de uma estação (que no fim não passa de um ponto) as áreas urbanizadas da cidade. Eu sei que tem muita gente que, levando em conta unicamente o próprio gosto, acha que uma cidade do tamanho de São Paulo deve ter sua estação principal no meio do mato (vide CGE Capela do Socorro) para registrar mínima sub-10ºC 100 dias por ano, mas a estação do Mirante do Santana é importantíssima por permanecer no mesmo lugar há tanto tempo e a urbanização ao redor está dentro do esperado para uma estação urbana da maior metrópole da América do Sul (uma agradável praça num bairro residencial, nada demais), inclusive existem lugares (e não são poucos) ainda mais quentes no meio da formidável ilha de calor paulistana, em junho de 2011 por exemplo quando fez 6,1ºC no Mirante teve estação do CGE que parou na casa dos 8ºC no miolo da cidade. O fato de ficar em topo também está longe de ser um problema, afinal a estação registra melhor os ventos e o topo representa com mais exatidão o comportamento da atmosfera, o objetivo do Inmet não é procurar as menores mínimas dentro das cidades, e nem deveria ser, isto é para aficionados (e nada contra). O maior dano de trocar a estação de lugar seria ter que começar do zero uma nova série e sem parâmetros para comparação, realmente não faz sentido algum fazer isso já que são Paulo conta com uma ótima estação em um parque urbano (USP) e com estações não profissionais espalhadas desde o meio da ilha de calor até dentro de um matagal pelo CGE. Seria ótimo se tivéssemos ainda mais estações, mas que não cometam a estupidez de encerrar as observações no Mirante após 70 anos. Para quem acha esta bucólica pracinha de bairro um absurdo, vejam as fotos das estações de Melbourne (1) e Tucson University (2), ou ainda procure no site das convencionais do Inmet onde fica o abrigo da convencional do Rio de Janeiro. 1 - free jpeg images 2 - image url upload
  8. Já vejo motivos mais que suficientes para não colocar a estação no meio deste mato/brejo aí, mas a questão da segurança sozinha já basta. Do lado casa é ideal? Não, mas para ter uma localização ideal só se for estação do governo com transmissão via satélite e segurança (não à toa as duas estações mais altas do Inmet estão em instalações vigiadas do CINDACTA), pode até surgir um outro lugar na hora da instalação mas entre as opções "lado da casa" e o "matagal/brejo" não tem nem o que pensar, que fique ao lado da casa. A circulação do ar vai sofrer interferência da casa, até a temperatura pode sofrer um pouco, mas no meio do buraco deve ventar ainda menos (pouco representativo da área redor) e o bafo nos dias de sol à pino deve inflar algumas máximas, além da umidade na base da estação. Mas também confio que será instalada na melhor posição possível, e lamento não poder ajudar.
  9. São Paulo ainda com média compensada de 19,6ºC em maio até o dia 20 (conv, só a máxima da auto), se terminasse agora estaria empatado com 1992, 2002 e 2009 como o terceiro mês de maio mais quente da história das observações (atrás apenas de 1984 com 20,1ºC e 2005 com 19,7ºC). Interessante que em 1984 o último abril com média sub-20ºC na convencional do Mirante (19,5ºC) foi seguido pelo maio mais quente da história (e único a romper os 20ºC). A média deve cair um pouco até o fim do mês, mas já é certo que teremos o maior desvio positivo de média mensal no ano, que até agora não passou de 0,2ºC em fevereiro para a normal 81/10.
  10. Apesar de não poder contribuir financeiramente, novamente alerto para que não cometam a besteira de instalar a estação no meio deste brejo (na foto não parece mas coloquem uma pessoa ali dentro o mato vai quase na cabeça), isto no caso de o parque autorizar a limpeza do terreno o que considero quase impossível, para começar este brejo (e não baixada no sentido normalmente empregado aqui) ao lado da portaria em casos de céu limpo e ar parado vai dar uma diferença nas mínimas sim mas o que temos a perder é muito mais, com falta de vigilância permanente e mais rápida deterioração da estação em terreno inundável, além disso a estação seria inserida num microclima talvez até com máximas bem mais altas que o real para a região em alguns dias pelo efeito do bafo que costuma subir dos charcos com sol forte. Também aviso que este charco não é tão maravilhoso assim para mínimas como os que olham pela foto pensam, toda a área da portaria está no início do vale (ponto relativamente alto) e o acúmulo de ar frio não é dos maiores, nas áreas onde de fato as mínimas poderiam ser bem menores sob as condições certas (e ainda assim representar bem os arredores, o que não é caso deste brejo) não há segurança ou internet para colocar o abrigo (ex: abrigo Rebouças). O modelo também concordo que seja com aspiração, o sol lá é muito forte e com certeza em nenhum outro lugar do Brasil onde exista uma estação o potencial de superaquecimento do abrigo é tão grande quanto lá.
  11. Pode esquecer, a compensada de maio está em 19,6ºC até hoje no Mirante ou exatos 1,3ºC acima da média 1981/2010 que foi 18,3ºC, a média não cai mais de 1,5ºC até o fim do mês nem sob tortura, dependendo do que vier vamos fechar dentro ou acima da média. As médias de maio nos últimos 5 anos: 2008: 17,7 2009: 19,6 2010: 18,4 2011: 17,7 2012: 18 CURIOSIDADE: maio de 2013 até hoje está 0,2ºC mais quente que janeiro de 1979 no Mirante.
  12. Pelo que eu vi a temperatura de 0Z no dia da máxima de 7,8ºC em Curitiba era de 7,1ºC, então pode ter sido uma máxima da madrugada ou da noite anterior, para esclarecer isso só com dados da automática (que já existia e reporta os extremos de hora em hora), engraçado que Curitiba só teve esta máxima tão baixa no dia em questão pois o frio foi bloqueado e manteve a nebulosidade mais densa da frente relativamente estacionária, e até por isso acredito que em altura o frio não era forte sobre a região, em termos gerais este frio de 2010 esteve muito longe dos mais fortes já registrados, mas uma combinação de nebulosidade espessa e ar frio raso é suficiente para causar uma máxima muito baixa, se o frio em altura fosse mais forte mas com céu parcialmente nublado ou mesmo nublado e seco a máxima teria subido mais. Aldo, então por estes dados o dia 12/07/88 pode mesmo ter passado todo abaixo de 10ºC, pena que faltam observações horárias para confirmar ou não. Carlos, realmente é uma luta inglória, também espero que melhore um dia... Por curiosidade, o antigo observatório de Curitiba (dados não oficias a partir de 1884) registrou extremos de -8,9ºC (junho de 1899 se não me engano) e 37,4ºC (dezembro de 1895, dois dias antes de São Paulo ir a 38,5ºC). Naqueles tempos a exposição dos instrumentos não seguia o padrão atual, mas esta onda de calor de 12/1895 foi muito forte e acredito que mesmo um termômetro sob condições ideais de exposição poderia ter alcançado ou superado (ainda que por margem menor) o recorde oficial nas duas cidades.
  13. Uma das prioridades do Inmet deveria ser terminar a digitalização dos dados (em que pesem aos erros de observação e digitação, e com certeza surgirão mais) das capitais, até agora só temos dados desde 1961 e muito do que aconteceu antes fica no limbo, o primeiro passo seria digitalizar as séries completas das capitais para depois partir para o trabalho (muio maior) de digitalizar as demais estações. Consta no BDMEP que os dados oficiais de Curitiba começam em 1911 (embora as primeiras observações na cidade datem de 1884), e apesar de existirem alguns buracos na série (como no fim da década de 1910) e da estação ter mudado de lugar várias vezes, acredito que muitos destes dados oficiais mais antigos estão guardados em algum arquivo esquecido do Inmet. Os recordes oficiais são 35,2ºC em novembro de 1985 e -6,2ºC em julho de 1920, mas outras estatísticas como menor máxima e maior mínima (que nunca foram compiladas pelo Inmet numa normal) só vão aparecer numa eventual digitalização. É muito provável que em algum momento entre 1911 e 1960 Curitiba tenha registrado uma máxima menor que o recorde "moderno", São Paulo (provavelmente a estação do parque da Água Funda na zona sul) por exemplo registrou uma máxima de 7ºC uma vez em agosto de 1936, e em julho de 1918 a Avenida Paulista teve uma máxima de 9,5ºC, ambas menores que o recorde moderno do Mirante do Santana (pouco mais de 10ºC numa tarde em julho de 1988). É quase certo que o próprio Mirante do Santana alguma vez passou um dia inteiro sem chegar 10ºC após início do século XX, mas a estação só existe desde 1943 ou 1945. Este método de levar em conta a máxima desde a noite do dia anterior (concordando com manifestações anteriores) também não deveria mais ter lugar nos dias de hoje, o ideal é que os termômetros de máxima e mínima das convencionais sejam "zerados" sempre à meia -noite (hora local).
  14. Eu não entendo a "decepção" alegada por alguns a respeito das mínimas em Itatiaia, para começar esta massa masa de ar frio foi fraca em altitude desde a Região Sul (nem o MI, que é mais baixo e fica numa posição onde as MPs chegam com muito mais força, negativou), as mínimas de baixada ocorreram pela presença de ar muito seco em altura e não pela inexpressiva força do ar frio, depois já se sabia que a portaria do parque fica num dos pontos mais altos do vale (entrada), ou seja as mínimas ali não seriam "espetaculares", isto já deveria ser esperado por todos! O mais importante é que tem segurança e internet ao lado da portaria e por isso foi determinado que ali é o melhor lugar para a estação (o gramado ao lado), eu concordo plenamente com isso, poderiam colocar no Rebouças em busca de mínimas baixas mas não teria internet nem segurança, vale a pena arriscar falta de segurança num equipamento tão caro? Com certeza não, qualquer espírito de porco pode meter a mão e quebrar, e o movimento de visitantes é grande ali; esqueçam um pouco as mínimas e pensem no que sempre foi o potencial verdadeiro do lugar, a menor máxima no dia mais quente do ano (não tem nem para o MI neste quesito) e a média anual (deve rivalizar com o MI). Também acho uma péssima ideia mudar a estação para um brejo (se é que vão permitir isso no parque) só para "ganhar" alguns graus de mínima numa noite seca, este brejo aliás também está longe de ser um dos locais com maior acúmulo de ar frio do parque e ainda pode favorecer máximas maiores além de ficar fora da vigilância permanente, por mim não deveriam nem pensar em abrir mão disso (vigilância). Um dia uma MP histórica (algo que não aconteceu desde a instalação das estações em Urupema e BJS) vai passar por SC e teremos a tal mínima abaixo de -10ºC em estação padronizada com a qual muitos aqui sonham, é só questão de tempo, talvez até fique bem abaixo de -10ºC e possa ameaçar o recorde de -14ºC/Caçador numa situação extrema. No sudeste, os poucos lugares com suposto potencial para mínimas nestes patamares (Vale do Ruah, talvez os maiores baixadões do PNI), não tem segurança e/ou acessibilidade para a instalação e manutenção de uma estação, e a falta de segurança é uma barreira intransponível, quem tentar relativizar esta barreira vai acabar se arrependendo.
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